domingo, 12 de fevereiro de 2012

O corpo fala

Fala? Muitas vezes ele grita!
O ser humano, de modo geral, tem uma tendência a querer decifrar o que parece indecifrável. Não é a toa que encontra-se facilmente por aí, uma série de livros e estudos que tem o objetivo de ensinar a nós, pobres mortais, como interpretar melhor os sinais que não vêm por meio das palavras, mas da comunicação não-verbal. Nem sempre o que é dito é exatamente o que se quer dizer! Nem sempre o que a gente escuta do outro traz a informação que ele desejava transmitir. Dominar este "vocabulário" silencioso, confere ao entendedor uma posição de vantagem sobre os demais. Através dessa linguagem é possível perceber interesses, desinteresses, recusas ou temores. Quem "escuta" o corpo do outro, certamente pode captar dele algo que nem ele, talvez, saiba que está sentindo!
Todo mundo já ouviu falar em alguns desses sinais. Ou porque eles andam mesmo por aí na "boca do povo" ou porque já leu algum artigo, ou até no livro com o mesmo título deste post. Falando nele, aliás, posso dizer que é bastante divertido. A forma como foi escrito mostra de maneira bem simples (ilustrada, muitas vezes!) como identificar alguns sinais. Uns nem precisam de tradução. São nítidos como água. O abraço é um bom exemplo. Já observou que em pessoas que a gente gosta muito, se identifica e é intimo o abraço é de corpo inteiro, enquanto que em alguém que a gente cumprimenta quase por obrigação, o abraço é só de ombro? Não precisa ser grande estudioso no assunto para perceber a diferença!
Mas há outros sinais que não são tão evidentes assim.
Quando você chega em algum lugar em que não está totalmente a vontade, a tendência é manter a bolsa, ou qualquer objeto que esteja carregando, sobre o colo. Passe a observar como isso acontece! Assim como alguém que está nitidamente se recusando a ouvir algo que você está dizendo curva o corpo para trás de forma tensa, ou coloca algum objeto à sua frente. Pense naquele aluno da sua sala que quase se deita na cadeira ou aquele que se "protege" com o caderno no peito enquanto leva uma bronca da diretora. É importante ressaltar, que um corpo exageradamente relaxado pode não significar tranquilidade, mas uma necessidade de te "obrigar" a fazer o mesmo, ditar a regra.
Aliás, a postura do corpo é bastante fácil de perceber. Quando inclinado para frente, em geral com a mão no queixo, há um interesse explícito no interlocutor. O corpo e a cabeça se voltam para o objeto de interesse.
Outras situações chegam a ser engraçadas. Imagine a cena: você está andando na rua, com alguma pressa, e encontra aquela pessoa que você não tem muita intimidade, mas ela insiste em parar para perguntar como está sua vida e o que tem feito. Você não esquece que precisa ir embora, e ela não esquece o nome de nenhum parente seu... até aqueles que nem você se lembra que tem! Pois bem. Qual é a postura do seu corpo nesse momento? Certamente será "meio de lado já saindo, indo embora". Ou seja, mesmo que você esteja respondendo a contra gosto as perguntas da sua conhecida, o seu corpo mostra o quanto você está incomodado, precisando ir embora. Como ela não percebe o sinal, você é, finalmente, obrigado a dizer: "Depois então a gente se fala. To morrendo de pressa."
Já entre pessoas que buscam um parceiro amoroso, os sinais são ainda mais estranhos. Homens, quando demonstram interesse pela mulher à sua frente, além das posturas já citadas, eles procuram um jeito de mostrar as axilas. Tente lembrar como os homens, do nada, colocam as mãos entrelaçadas atrás da cabeça. Já as mulheres, posicionam a palma da mão para cima quando querem dizer a mesma coisa. Outro sinal bastante conhecido delas é mexer nos cabelos, como quem quer chamar atenção para si mesmo!
Outros sinais, já mais conhecidos são aqueles cujos braços ou pernas cruzados indicam um certo distanciamento, uma forma de se proteger do que vem de fora. Assim como uma postura aberta é muito mais convidativa.´
São muitas as formas que o nosso corpo tem de se comunicar com o outro. E é muito divertido perceber isso! Na adolescência, eu e minha irmã gostávamos de ficar observando as pessoas na "balada" tentando se aproximar umas das outras. E nós sabíamos direitinho os que iriam dar certo e os que não iriam. Não errávamos uma! (rs)
Bem, há muito ainda para falar sobre o assunto, mas isso tira a graça de quem quer ler o livro. Portanto, se tiver interesse, eu recomendo!

Cuidado com os sinais que você anda mostrando por aí... eles revelam mais do que você imagina!

Até mais.

8 comentários:

  1. É sempre bom relembrar que todos os nossos gestos "dizem" algo, as nossas atitudes também; até o nosso silêncio diz tanto...
    Adorei o texto: descontraído e interessante... bjus.

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    1. Essa era a proposta, Dilcea... ser divertido e trazer informação interessante! Cumpri meu objetivo! Adorei ver seu comentário aqui, viu? Venha sempre! bjs

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  2. Eii, esse livro é Mara, pena que eu ñ terminei ele. Cuidado com os sinais, msm. ihuihuhihuih... Beijos

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    1. É, Carla... esse livro é mara mesmo! Acho que é um livro para se ter e consultar de vez em qdo...rs... adorei a visita e o comentário!!! Venha sempre! bjs

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  3. Esse é um dos meus livros favoritos! Li quando estava no começo da faculdade e suas lições me foram muito úteis nos anos seguintes, principalmente para entrevistas.
    O único problema é o leitor pode começar a prestar atenção demais aos detalhes logo após terminar de ler o livro - e acabar perdendo o fio da meada em alguma conversa. Com o tempo, perceber esses sinais fica mais natural - sem contar a capacidade de se policiar no que diz respeito à própria postura.
    Para quem não leu, resumo a dica que acho mais importante: cruzar os braços, jamais!

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    1. É, Leonardo... a dica é mesmo preciosa... cruzar os braços é se fechar para o mundo e, além disso, é não tomar a iniciativa de correr atrás das coisas, né?
      Mto bacana o seu comentário... como sempre! bjs

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  4. Adoro desvendar as pessoas pela expressão corporal, mas quando as pessoas fazem isso comigo, me sinto invadida, às vezes... rs Nem sempre quero que percebam, que "interpretam" o que estou pensando ou sentindo.
    Eu e minhas amigas temos este costume de observar as pessoas nas baladas e adivinhar o desfecho... rs!
    Adorei o texto!
    Beijocas!

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    1. Saber, na minha opinião, é sempre útil. Assim você também consegue se posicionar de forma "programada" se a situação exigir. Assim a gente dá menos "bandeira"...rs... bjs

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