quarta-feira, 28 de março de 2012

Câmeras de segurança

Dizem por aí que bom senso e juízo todo mundo acha que tem. É bem verdade que quando avistamos diariamente nas ruas o sem número de atitudes insanas, fica fácil acreditar na veracidade da frase. É um desfile de absurdos tão grande que chegamos a perder a noção do que é certo ou errado. Desculpas para tentar entender o fenônemo não faltam! Em quase todas elas colocamos a culpa em nós mesmos... usamos argumentos como "estou ficando velha!" ou então "ah... eu estou muito intolerante!", mas o fato é que entre o aceitável e o inadmissível, algo se perdeu.
Sou completamente a favor da liberdade de expressão, de pensamento, de conceito. Mas não posso achar normal que as pessoas saiam por aí, da forma como bem entenderem, "esfregando na nossa cara" o que elas querem fazer... sem qualquer critério. Isso porque fere o meu direito de não querer participar de algumas coisas.
Não sei dizer de quem é a culpa, mas certamente ela existe. Acho até que é um pouquinho de todos nós. Os pais, que em muitas situações abandonaram o seu dever de cuidar e educar. A sociedade que em nome de uma pretensa liberdade se faz conivente com tudo o que acontece sem, para isso, mover um único músculo na tentativa de vigiar e punir. A escola que visando a instrução permanece inerte na tarefa de formar. Em favor da autonomia criamos pessoas sem noção. O modelo disciplinar de outrora nos foi tirado e em seu lugar foi colocado... não foi colocado! O problema está aí. Criticamos a forma rígida de educar, mas não implementamos algo que, de fato, pudesse trazer autonomia. Autonomia essa que representa a capacidade de se auto-governar. De fazer o que é certo sem que ninguém precise lhe dizer. Dia desses ainda escrevi no facebook - como um prenúncio desse post -  um trechinho da letra da música do Capital Inicial que diz: "O que você faz quando ninguém te vê fazendo...". E é bem por aí. Quando vigiados, agimos corretamente; quando viram as costas, fazemos tudo diferente. Algumas dessas atitudes, é bem verdade, não interferem no coletivo, já outras...
A crise moral que assola a nossa sociedade é tão evidente que já existem comerciais de televisão tentando mostrar que vale a pena ser bom e agir corretamente. Ora, se é preciso lembrar as pessoas disso, é sinal de que está tudo errado, concorda?
Hoje, por exemplo, estava indo para o trabalho e passei por uma via secundária, como faço sempre. A estrada é linda! Cheia de árvores e conservando o calçamento de paralelepípedos, que para dirigir é péssimo, mas esteticamente tem seu charme. Entretanto, apesar de estreita, esta rua recebe o tráfego de ônibus e caminhões, o que torna um pouco mais díficil passar por ali. Pois eu estava subindo a rua quando vi que um ônibus escolar estava atravessado na pista impedindo a passagem. Parei, liguei o pisca-alerta para sinalizar a quem viesse. Não é que um motorista me ultrapassou como se eu o estivesse atrapalhando? Meu Deus! Será que ele não viu que o trânsito estava impedido? A sua sorte é que eu, vendo que o ônibus teria que manobrar, parei com bastante distância e o motorista incauto pode colocar o seu carro na frente do meu, mas a sua atitude poderia ter causado um acidente se as condições fossem diferentes. Aí eu fico pensando no que passa pela cabeça de uma pessoa para que ela aja desse jeito. O problema não é a atitude, mas o pensamento que levou a ela. Que direito esse motorista pensa ter para se julgar melhor e ter o privilégio de passar a frente? Outra situação que me deixa indignada, também no trânsito, é quando a pista afunila, os carros se amontoam buscando espaço e os espertinhos vem fazendo fila dupla certos de que alguém os deixará entrar mais a frente. Que direito lhes assiste? Fico revoltada...
Há quem pense que o problema é de punição, ou da sua falta. Acho mesmo que o problema é de educação. De formar nossa população de modo que cada um tenha consciência de seu papel, do quanto suas ações implicam e são implicadas pelas ações dos outros. Esses dias tive, inclusive que tomar uma atitude. Adolescentes praticando bullying, livremente, pela internet. Por acaso eu tenho a mesma relação de afeto com os praticantes e a vítima. O grupo em questão publicou uma foto da colega no facebook sem autorização. O que me assusta é a inconsequência dos atos. Estou certa de que a intenção - e é melhor pensar assim! - era a de fazer apenas uma brincadeira. O problema é que toda ação gera uma reação (isso bem aprendemos nas aulas de Física) e não pensar no retorno das atitudes faz com que aquele que age, o faça deliberadamente.
Está cada vez mais difícil encontrar pessoas que saibam que a moral não é elástica. Que aquilo que vale para um, deve valer para todos. Que não importa se sendo vigiado ou não, tenha a capacidade de fazer o que é certo.
...
Que as crianças do futuro já nasçam com suas próprias câmeras de segurança.

Até!

domingo, 25 de março de 2012

Coisas da vida...

De repente me dei conta. A quantas coisas eu não tenho me dedicado? O tempo é tão corrido e isso serve tão bem para desculpar minhas falhas que eu acabo de perceber que não me dedico a várias coisas que seriam determinantes na minha vida. Diria até que determinante não é, propriamente, a atividade em questão, mas o ato de fazê-la.
Quantas coisas tenho deixado para trás e, por conseguinte, pessoas ligadas a elas? Em geral me sinto tão bem quando realizo determinadas tarefas que deveria me esforçar mais para não deixá-las passar tanto. Às vezes me vejo em um trem, com a paisagem passando pelo lado de fora e eu, apenas, avistando-a da janela. Triste? Nem tanto quando penso no sol e no vento batendo no meu rosto. Mas é só... a paisagem do lado de fora não me pertence do mesmo modo que eu a ela. A distância que a imagem confere se faz necessária para a sobrevivência diante dos desafios muito grandes, porém se ela se apresenta frequente, dá a nítida sensação do quanto tentamos fugir do inevitável... em vão!
Tenho tanto prazer em estar com pessoas queridas, como hoje, quando me dei o direito de ir tomar um café na casa da minha irmã. Um simples ato gerou momentos tão interessantes com meus sobrinhos e tão divertidos como quando joguei nado sincronizado no Wii com a minha irmã... (vale ressaltar que empatamos. Ela foi melhor em uma partida; eu na outra!). O momento, ainda por cima, foi filmado pelo meu cunhado.
Por que não me permito fazer isso com mais frequência? Estar com amigos, jogar conversa fora, rir de mim mesma. Jogar boliche, caminhar ao ar livre, tentar uma atividade nova.
Eu tenho um problema muito sério: quando gosto muito de alguma coisa não me dedico a nenhuma outra. E isso é péssimo!
Quero, daqui por diante, aprender a dividir melhor o meu tempo para poder usá-lo em coisas produtivas e divertidas... sejam elas quais forem.
Quero estar mais presente naquilo que me traz tranquilidade e alegria.
Quero estar aqui e agora; não lá e depois.
Quero rir mais ainda, deixar passar o que não importa, aceitar mais.
Quero ter mais momentos para me lembrar do que dias que passam como um número no calendário.
Enfim, quero exercitar a minha capacidade infinita de ser feliz!

Desejo o mesmo para você!

Até breve

sábado, 24 de março de 2012

Uma semana

A semana foi, digamos, difícil. Um clima pesado pairou no ar. Não sei dizer se a dor foi no corpo, na alma, ou um pouquinho em cada. Mas a questão é que, ainda de forma lenta e gradual, o que fazia meu mundo parecer de cabeça para baixo, começou aos poucos a dar as costas para mim. Ainda bem!
Nessas horas, aquela tão conhecida frase "Não há mal que nunca acabe, nem bem que dure para sempre!" toma uma proporção bastante "tangível". Tudo bem que a parte boa a gente nunca quer abrir mão, mas sem a parte ruim não teríamos um parâmetro e, por conta disso, saber que o bom é bom!
O período que compreende uma semana parece ter sido meticulosamente calculado. É incrível como sete dias são o tempo ideal para algumas coisas. Assim como em outras situações, uma semana representa um ciclo e, como tal, nos dá o direito de começar e terminar o que quer que seja. Quantas coisas nós conhecemos que são medidas em semanas? Certamente muitas! Até mesmo a sublime tarefa de gerar uma criança é medida em semanas...
Para outras coisas da vida três dias parecem ser pouco, assim como dez passam a ser demais! Sete dias é o tempo perfeito. Medimos as atividades de trabalho e estudo em semana e fim-de semana... As frutas, as gripes, as esperas burocráticas... tudo no mundo parece ser medido por elas... E que bom que é assim, pois este é um tempo que conhecemos e que conseguimos administrar. Um único dia, efêmero; um mês, tempo demais! Mas quatro semanas, (ah!) passam rapidinho!
Claro que a percepção de tempo varia de pessoa, de ansiedade, de expectativa, mas de modo geral, uma semana é o tempo necessário e suficiente para aquietar qualquer ânimo... para sentir saudade sem morrer dela, para preparar o espírito em situações de estresse.
A semana acabou! As dúvidas, nem todas... mas pelo sim, pelo não, que venha a próxima semana para trazer consigo todas as esperanças e boas sensações para varrer de vez as incertezas...
Desejo a você, então, uma semana abençoada!

Até semana que vem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

E por que não dizer?

Sou uma pessoa de muitas opiniões... até demais! Coisa rara para mim é não ter o que dizer. Tanto que me incomoda quando isso acontece. Eu me lembro quando fazia terapia, e vinha pelo caminho pensando em que eu falaria naquela sessão. Até contar para a minha psicóloga e ela dizer que eu não deveria me preocupar com isso, que os assuntos fluiriam naturalmente. Relaxei. Porém em vários momentos isso voltou a fazer parte de mim. Como agora...
Uma das minhas preocupações em ter um blog era exatamente a frequência com que eu escreveria e, sobretudo, quais assuntos eu poderia abordar e ser interessante para quem lesse. Admito que desde que me lancei nesse desafio não tive problema para escolher temas e desenvolvê-los. Curiosamente (ou não!) as ideias vieram surgindo tão espontaneamente quanto é a minha facilidade de expressá-las. Ao menos até esta semana.
As pessoas próximas de mim sabem que eu não ando muito bem nos últimos dias, mas ainda assim eu me cobro manter as atividades como sempre. A questão é que parece que a virose que me atacou foi direto ao cérebro... e bem naquela área chamada CRIATIVIDADE! Tudo bem, eu sei que não temos essa região na cabeça, mas algum canto da minha cuca é responsável por isso!
Voltando ao assunto, pela primeira vez em quatro meses eu olho para a tela em branco e não vem uma só ideia. O mais incrível disso é escrever um tantão sobre o "nada", que é exatamente o que eu estou fazendo! O legal é que basta começar e as palavras vão fluindo. Aliás, fico pasma quando vejo a dificuldade que os jovens de hoje têm de desenvolver os assuntos por escrito. Talento a parte, falta mesmo é técnica e dedicação. Olha bem: Já escrevi dezenas de frases sobre o que eu não tinha a dizer! E mais: você está exatamente aqui lendo isso!
Agora eu tenho o dever de falar a verdade. Eu até pensei em algumas coisas que eu ia escrever, mas o fato é que eu percebi que o tom de todas as conversas seria meio pesado já que é assim que eu me sinto no momento (e nem tem a ver com a balança!). Ando em uma fase meio "Familia Addams"... sabe aquela nuvenzinha negra que acompanha a casa deles? É como estou me sentindo. Mas isso é outra história... se eu entro nela, passo a ter um assunto de verdade e aí, o meu post muda de cara, ou melhor, passa a ter uma! Não é o que eu quero. Quero ter o direito de dizer não dizendo. De pensar meus pensamentos confusos em público. De refletir sobre o vazio e ter plateia...Quero me dar o direito de um monólogo desordenado e "coletivo". Porque ter uma opinião sobre tudo é muito bom, mas ainda melhor é ter opinião sobre o NADA!

Até a próxima!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mr. Pac-Man

A tela era preta. Um monstrinho redondo percorria um caminho quadrado comendo pastilhinhas e, eventualmente, fugindo de um inimigo. Esse era o Mr. Pac-Man. A imperfeição dos traços e os parcos efeitos do jogo não diminuíam em nada a nossa vontade de jogar. O ano era algo em torno de 1984. Num mundo onde a tecnologia ainda evoluía a passos lentos, o Atari se mostrava um videogame para lá de moderno. Ele era o sonho de consumo das crianças daquela época.
Em um tempo onde nem mesmo os controles são necessários, onde o corpo é o instrumento usado para jogar, as crianças de hoje certamente não veriam tanta graça em manejar de forma tão arcaica um bonequinho monocromático. Mas o fato é que nós éramos muito felizes. A brincadeira só era legal quando dividida com os amigos em pequenos torneios para ver quem tinha mais habilidade. E, para isso, não existia uma rede interligando todos os aparelhos. O grupo tinha que se reunir, presencialmente, na casa de alguém. Outra coisa bem interessante era o intercâmbio que fazíamos para ter acesso a vários cartuchos, já que eram caros. Então, trocávamos com amigos para experimentar jogos diferentes dos que tínhamos. Com isso, exercitávamos a troca, a generosidade, o desapego. Vivenciávamos uma competição saudável e uma das muitas oportunidades de estar com os amigos. Digo que era uma das oportunidades, pois as brincadeiras naquela época não se restringiam à frente da televisão, mas iam até o pátio atrás do prédio para jogar vôlei ou brincar de pique-esconde com a "molecada" da rua.
Não posso dizer que éramos mais felizes porque não há pra mim, cronologicamente falando, como viver uma infância no século XXI, mas tenho minhas sérias desconfianças de que nós éramos, ao menos, mais crianças!
Estive ontem na cidade em que eu vivi a maior parte dessas situações. Hoje de manhã visitei a feira livre de lá. Me deparei com algo que preenchia as minhas tardes saídas do colégio e que eu não via há pelo menos uns 25 anos... sendo generosa com o tempo passado: a pipoca de macarrão. Hoje, para ser sincera, nem teve o mesmo gosto de outras épocas... se o paladar não foi tão satisfatoriamente atendido, a memória, sem dúvida, ganhou um grande presente! E foi um saquinho de pipoca que me fez recordar todas essas coisas.
Desejo portanto (e apenas!) que os meus filhos, se um dia existirem, possam experimentar dessas doces experiências... com ou sem pipoca de macarrão!

Até breve.

sábado, 17 de março de 2012

Tarsila para todos

Tenho uma paixão declarada pelo Rio de Janeiro. Ontem estive por lá. Apesar do tempo chuvoso que dificulta andar na rua, não pude deixar de visitar um dos meus lugares mais queridos naquela cidade: O Centro Cultural Banco do Brasil ou, simplesmente CCBB.
Sempre que é possível eu dou uma chegada lá. Já tive oportunidade de conhecer muita coisa. Dessa vez, a mostra que me interessava era sobre Tarsila do Amaral.
A exposição é pequena. Suas obras estão distribuidas em apenas 3 salas. O bacana é que o "corte" feito para a escolha do material tem relação com a afetividade, com o caráter estimativo que ele tem a respeito da artista. Portanto a ordem cronológica e a demonstração de suas diversas fases enquanto pintora, não são os aspectos principais. Interessante observar que em pleno mês da mulher, uma exposição sobre uma de nossas mais ilustres representantes, se preocupa muito mais com  a questão feminina que envolveu Tarsila do que, propriamente, sua versão artista. Ainda aparecem na coletânea alguns manuscritos, esboços, fotografias e, claro, textos escritos por seu amado Oswald. São registros de viagens, das impressões que ela tinha da vida, de pessoas importantes que passaram por sua existência. Tudo bem que o "Abaporu" não está a mostra, mas seu traço bem definido e suas cores marcantes presentes todo o tempo tornam suas obras um convite à apreciação. São esteticamente impressionantes os quadros!
A exposição é gratuita e uma das coisas mais bacanas em situações como essa é a democratização da cultura. É um brinde aos olhos ver os grupos de idosos, de crianças, de pessoas de todas as classes sociais e interesses que se dispõem a ir até lá conhecer algo que pode enriquecer um dia como outro qualquer.
E ainda falando sobre enriquecer o dia, tive um bônus durante a minha visita. Ao mesmo tempo que eu, um grupo de adultos com necessidades especiais (muitos deles com visível déficit cognitivo) visitou a exposição... com uma atenção, educação e sensibilidade dignas de aplauso. Isso é apenas uma prova de que a arte e a cultura são capazes de atingir a todos... sem distinção!
Cartaz da Exposição


Ps.: Quem tiver interesse em saber um pouquinho mais sobre a mostra, acesse:
http://www.bb.com.br/portalbb/page508,128,10158,0,0,1,1.bb?&codigoMenu=9894

Até a próxima!

Em tempo...

Eu sabia que iria gostar de escrever no blog. Não sabia, porém, que teria tantas pessoas compartilhando dessa "jornada". Como se não bastassem todas as manifestações de carinho, eu agora tenho colaboradores! Não é muito chique?
Então...
A colaboração da vez é da minha irmã que fez o doce mencionado no post "Tá com pressa? Então experimente..." e me mandou a foto que eu fiquei devendo.
Aí vai. Obrigada, Lu.


É isso!

Até

quinta-feira, 15 de março de 2012

Tá com pressa? Então experimente...

Sempre gostei de cozinhar. Tento me recordar de quando isso começou na minha vida, mas não sei identificar em que idade isso passou a ser uma realidade para mim. Acredito que desde sempre fui frequentadora da cozinha, já que venho de uma família onde as mulheres são boas cozinheiras. É fascinante perceber como a culinária une gerações. Não há quem goste de cozinhar e não traga desde a infância alguns segredinhos de família. A questão da culinária é um fator tão importante para agregar os membros desse "clã", que tradicionalmente as crianças sempre escrevem uma receita nos cadernos da casa. E como é gostoso ver, já adulta, a minha letrinha infantil, com data e tudo, repassando uma receita que na ocasião em que foi escrita, constituiu uma espécie de passaporte para o "mundo das panelas", além de ser um registro de memória delicioso! Ainda me lembro do dia em que fiz isso, sentada à mesa da cozinha da minha avó escrevendo a caneta com certa dificuldade pela falta de prática.
Minha avó por parte de mãe era excelente confeiteira. Dela, herdei o gosto por fazer bolos, doces e criar "invencionices" culinárias. Ela dizia, magistralmente, que era uma mulher de 7 ofícios e 14 necessidades. Acho que puxei isso dela. Gosto de inventar, ousar, testar - errar - consertar...
Já a minha avó por parte de pai me deu o gosto pelos ingredientes mais sofisticados, pelos sabores contrastantes, pela vontade de conhecer o novo. E até hoje, aos seus 91 anos, ela ainda cozinha bem! E não posso deixar de mencionar a minha mãe, que aprendeu com as duas, mãe e sogra, e me deu oportunidade de experimentar viver nesse universo!
Uma das primeiras receitas de que me recordo é do bolo de chocolate que fazia sucesso entre as amigas da escola. Naquela época suponho que eu estivesse com meus 10 anos. Logo depois disso, através de uma coleção de livrinhos, precisamente uma coleção de escoteiro mirim, eu aprendi a fazer um docinho fácil, fácil, que não leva muito tempo e, por isso, é bom para os apressadinhos de plantão. E é isso que eu repasso agora, para quem quiser começar a se arriscar no maravilhoso mundo da culinária.

Gelatina a Elisabeth

1 pacote de gelatina (sabor de sua preferência)
1/2 xícara de água fervendo
1 e 1/2 xícara de gelo

É muito simples. Dissolva a gelatina na água fervendo. Coloque no liquidificador e bata com o gelo até misturar bem e virar uma espuma. É um processo bem rápido, portanto fique atento! Distribua em tacinhas e coloque na geladeira por apenas 3 minutos. É só comer... mais fácil impossível!

Uma boa pedida para fazer com crianças, dando uma ajudinha, claro, com a água fervendo.
A foto, desta vez, fico devendo!

Até mais.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Terremotos...

Ainda esta semana falava com meus alunos sobre o processo de equilibração. Falava sobre a necessária adaptação do cérebro às novas informações e consequentes alterações sofridas (e promovidas!) por ele para se "reinventar". Adaptar-se ao novo não é tarefa fácil. Exige uma dose de desprendimento, de "abandono" dos padrões estabelecidos para então receber o que está por vir. Porém, ao mesmo tempo, precisa dos padrões que já possui para agregar tais estímulos, já que fazemos associações na tentativa de estabelecer relações. É complexo!
O exercício de agregar e criar novos conceitos torna-se essencial à medida que a vida muda o tempo todo. Frequentemente buscamos estabilidade. Entretanto, os terremotos são mais recorrentes do que os períodos de calmaria.
Dentre as  minhas frases favoritas, uma que sem dúvida se aplica a este momento é aquela que diz  mais ou menos assim: Quando penso que sei todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas!
Como é difícil permanecer na zona de conforto. Como é difícil compreender, por outro lado, quando alguém vem e nos tira de lá. A vontade que dá é fugir daquilo que causa incômodo, porém se a gente não se permite experimentar os altos e baixos, é como se passássemos pela vida sem vivê-la. E mais: no caso de um terremoto, não há nada que se possa fazer para evitá-lo. Há apenas a possibilidade de se preparar para quando ele for acontecer, criando pilares que sejam seguros, porém flexíveis.
Mas a vida é assim. Quando as coisas estão muito confortáveis não nos damos sequer o direito de pensar nela sob um ângulo diferente. Os terremotos servem para isso! Servem para nos mostrar que uma certa dose de instabilidade é necessária para que a gente aprenda a lidar com as crises. Funcionam, mais ou menos, como um exercício de salvamento, daquelas simulações que a gente vê acontecer na cidade de vez em quando. Servem para que a gente possa se testar, ensaiar reações, projetar situações desconfortáveis e escolher a melhor maneira de lidar quando for para valer!

Não é fácil e não é agradável sentir os efeitos de um terremoto, mas sobrevivendo a ele, não há como não se fortalecer após a sua passagem!

Até.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Águas de Março

A meteorologia explica que fenômenos climáticos estão impedindo a chuva de chegar até aqui. E por aqui, o clima nem de longe lembra o de outros tempos.
É bem verdade que no Brasil as estações do ano nunca foram muito definidas, mas...
Sempre tivemos apenas duas estações: a fria e a quente. As outras duas são apenas caminho para elas.
Desde pequena ouvia a música que dizia "são as águas de março fechando o verão...". E onde elas estão? O clima quente anuncia que a chuva está próxima, mas por alguma razão, ela não emplacou tanto quanto nos versos da canção. Tom Jobim nos dias de hoje teria que arrumar outro mês para falar das águas, que, por conseguinte, fechariam outra estação.
O que está acontecendo com o planeta? Ainda me lembro dos muitos casacos usados no tempo de escola, em que nada parecia agasalhar o suficiente. Havia um charme especial em ver no termômetro apenas um dígito servir para a marcação das baixas temperaturas. Não sei se seria correto dizer que o tempo aqueceu. Eu diria, em seu lugar, que o clima virou do avesso, isso sim. Quando é para fazer calor, esfria. Quando é para chover, a seca toma seu lugar... e assim acontece com todo o resto. Ainda me lembro do tempo que algumas frutas só podiam ser encontradas nas suas épocas originais. Eram caras, raras e, por isso mesmo, valiosas. Se por um lado o acesso aumentou e tornou mais fácil encontrar-se de tudo, a beleza da raridade foi embora. Não há mais valor em conseguir comprar uma caixa de morangos porque elas, hoje, podem ser comidas durante todo o ano...
Até que ponto essa facilitação da vida moderna nos tornou consumidores implacáveis e sem consciência?
(...)
Curiosamente a chuva começa a cair nesse momento.
"...São as águas de março fechando o verão..."

Por um instante tenho a sensação de que a vida voltou ao normal!

Até mais.

sábado, 10 de março de 2012

O amor nos tempos do cólera

Sempre gostei de ler. Aliás, me alfabetizei antes de ir para a escola. Minha irmã, quase 3 anos mais velha que eu me passava em casa as lições que ela aprendia. Então, aprendi a separar sílabas e identificar a sílaba tônica antes mesmo de saber ler! Já na alfabetização, minha mãe comprava os livros solicitados pela professora no dia de entregá-los na escola, pois se o fizesse com antecedência eu lia antes de levar para a turma. Lembro ainda do primeiro livro inteiro que li sozinha. Chamava "Mimosa, a bezerrinha formosa". Como eu gostava daquela história! Ao recebê-la de volta no fim do período letivo carreguei-a por alguns anos como o meu livro predileto. Depois veio "Sonho de Prequeté", "Vinda com a Neve", e tantos outros títulos que me fizeram imaginar, criar um mundo diferente e gostar cada vez mais da leitura. Ainda hoje contava para os meus alunos que aos 10, 11 anos eu lia as revistas femininas adultas, pois as destinadas ao público adolescente continham matérias muito pequenas. Sou do tipo que lê de tudo um pouco. Quando criança, me lembro de tomar leite com chocolate lendo o rótulo dos produtos em cima da mesa. Ler para mim é quase uma mania, um vício.
Já na adolescência, passei por todos os livros exigidos pelas aulas de literatura e, confesso, burlei um bocado de "provas de interpretação". Aí eu me pergunto: Por que será que a escola conseguiu, temporariamente, acabar com o meu desejo pelas letrinhas? Será que a obrigatoriedade faz com que o prazer fique em segundo plano?
Fora da escola, recuperei o gosto pelos livros. Como qualquer outra atividade não obrigatória, ler exige uma boa dose de autoconhecimento, experimentação e capacidade de escolher o que mais lhe agrada. Não dá para considerar o prazer, ou não, de ler como uma coisa única, um pacote. Ler exige empatia com o título que foi escolhido!
Certa vez fui "apresentada" a Gabriel Garcia Marquez. O título não era aquele pelo qual ele recebeu o prêmio Nobel, mas apesar da aparente falta de identificação, ao ler as primeiras páginas, tive certeza de que aquele livro me marcaria para sempre. Tratava-se de "O amor nos tempos do cólera". Simplesmente apaixonante!
Tudo bem que eu conheço mais pessoas que não conseguem lê-lo, do que pessoas que conseguem. Isto porque o seu estilo fantasioso, muitas vezes, causa um certo "incômodo" pela não compreensão de algumas situações descritas. Outra questão é sua forma super detalhada de escrever. Costumo dizer que consigo sentir o calor e os vapores da Colômbia enquanto leio seus textos, tamanha fidelidade dos relatos. Este livro, para quem nunca leu, é uma história de amor maduro, tardio e cheio de beleza. É poesia pura! Há tempos concluí sua leitura. Preciso mergulhar novamente nesse universo.
Devo admitir que tenho uma "paixão" nada secreta pelo Gabo (para os íntimos! rs). Já conto com uma pequena coleção de seus títulos,  o que me torna absolutamente suspeita, mas pelo sim, pelo não, sugiro que experimente. Só assim você poderá decidir se gosta ou não da sua literatura. Agora, um alerta: Dispa-se de seus conceitos e do seu entendimento de mundo. Nem tudo nas suas obras pode ser explicado de forma lógica. Apenas sinta e divirta-se!

Boa leitura!

Até breve

quarta-feira, 7 de março de 2012

Nós chegamos lá... mas onde?

Os tempos mudaram... e nem é de hoje! Desde que eu me entendo por gente, escuto inúmeras histórias, assim como enxergo nas ruas estampada esta mesma realidade. Nós mulheres invadimos todos os espaços e hoje já não há lugar que não possamos estar presentes.
Nós estudamos, brigamos de igual para igual com os "machões de plantão", lutamos em busca de um novo caminho. Passamos a casar menos, a ter filhos mais tarde (ou não tê-los!), a reclamar nossos direitos e esconder a nossa sensibilidade. Atualmente já ficou claro que podemos chegar tão longe quanto qualquer homem, assim como temos igual capacidade de pensar e produzir, mas por que será, então, que continuamos mantendo uma postura rígida, fria e imparcial?
Nós somos fortes e disso ninguém duvida. Aguentamos as dores de trazer uma criança ao mundo, e sentimos toda a intensa variação de hormônios - e humor! - que a nossa natureza exige. Mas será que para vencer é preciso ser tão dura?
Já fui do time que defende com unhas e dentes a questão da mulher que, mais do que independente, é auto-suficiente. Hoje questiono algumas posturas em relação a isso. Acho que seríamos mais felizes se finalmente compreendêssemos que nosso papel no mundo é o de agregar, de semear, de sensibilizar. Ao longo dos tempos até acumulamos algumas funções, mas a verdade mesmo é que as deixamos para trás. Nós substituimos nossos antigos papeis por novas "atividades". Com isso um imenso abismo se abriu. Nos enchemos de informação e abandonamos a nossa porção afetividade e humanidade. Foi isso o que aconteceu!
Hoje não cuidamos do mesmo jeito dos filhos que colocamos neste planetinha, não olhamos mais para o outro, não usamos a nossa imensa capacidade de observação, não nos preocupamos mais em ser simplesmente mulheres. Encaramos a feminilidade como fraqueza e o resgate dos valores familiares como coisa antiga. Perdemos aos poucos a nossa capacidade de sonhar, nos transformamos em robozinhos produtivos. E onde iremos parar com isso?
Talvez o meu discurso seja só meu e possivelmente não compartilhado por ninguém mais. Em um tempo onde se discute que mulheres não podem ganhar menos do que os homens, meu texto está na contramão dos avanços sociais. Mas é o que eu penso no momento.
Quero ser uma mulher que cozinha, que cuida da casa, que planeja passeios com quem ama, que encontra as amigas, que compartilha coisas simples da vida e que trabalha. Só isso.
Você acha muito "do século passado"? Talvez seja mesmo. Mas nesse 08 de março, dia internacional da mulher e evento que inspirou este post, sugiro que você reflita um pouquinho sobre o que tem feito da sua vida.
Parabéns a todas as mulheres fortes, lindas, sensíveis. Dedico este post às mulheres da minha vida. As mulheres que me ajudaram a ser a mulher que eu sou hoje: Minha mãe, minha irmã, minhas avós e a Vanessa, minha amiga querida que sugeriu este assunto.

Até mais!

terça-feira, 6 de março de 2012

Sensação de véspera

O estômago avisa que há algo no ar. Um friozinho, aquela sensação de "borboletas" lá dentro. A cabeça fica meio aérea e uma aura de estrelinhas parece te acompanhar. Uma alegria meio sem sentido toma conta do dia.
De vez em quando  fico assim...
Posso dizer até que estou desse jeito de uns dias para cá. Chamo isso de "sensação de véspera". Algumas pessoas, ao ouvirem esta minha citação solta, sem contexto, imediatamente deixam escapar um "Cruzes!". Eu, como sempre, rio e depois de criar um climinha de suspense explico que é coisa boa.
Por que será que o ser humano tem mania de achar que sentimentos antecipados são sempre ruins?
Desde que me reconheço como gente, sinto quando algumas coisas vão acontecer. Não consigo precisar o que é, mas sei que algo está para ocorrer. Tudo bem, pode ser qualquer coisa, assim como pode ser uma impressão que vai do mesmo jeito que veio, sem aviso prévio!
Independente do desfecho, sentir-me dessa forma, identificar em mim esses "sintomas", já é uma tarefa interessante, pois através disso me encho de esperança de que boas coisas estão a caminho. E isso basta!
Se observar com mais cuidado, talvez até esse pensamento tenha mesmo o poder de trazê-las para perto. Talvez essa atitude, por si só, seja a responsável pelo "final feliz". Talvez eu tenha uma capacidade de ver nas coisas simples, motivos suficientes para achar que serão positivas. Não sei... só sei que é assim. Se conseguisse reunir as características que eu citei lá no começo em uma única definição, seria uma sensação duradoura de bem estar. Eu uso uma expressão que traduz bem isso: pulmão arejado. Sabe quando você enche ao máximo os pulmões de ar e sente por alguns milésimos de segundo que um sangue novo percorre todo o seu corpo? Então. É isso! Tem como não se sentir bem quando isso acontece? Aliás, você já parou para perceber esse momento?
Eu já.
...
E a sensação de véspera permanece. Algo está para acontecer. Assim que souber do que se trata, eu conto aqui. Você já se sentiu assim?
(Longo suspiro)

Até breve.

domingo, 4 de março de 2012

Viva!

O dia nem amanheceu esbanjando tanta beleza. O céu estava cinzento. Um clima quente e bastante úmido dava o tom. Para completar, o relógio havia despertado antes daquilo que considero, como digo sempre, "horário de gente"!
Entrei no banho como se a água pudesse trazer a energia necessária para seguir adiante. Tomei um café e uma porção de coragem para continuar acreditando que, apesar das condições "adversas", essa era uma boa ideia. Fui em direção ao meu destino. Aos poucos, pela rua, avistavam-se pessoas vindas de todas as partes com o uniforme que nos destacava dos demais. A camisa laranja berrante tornava fácil a identificação de quem, como eu, se dispusera a vencer o desafio.
Quanto mais me aproximava do local, mais gente eu via se juntar ao "bloco".
Havia quem fosse veterano, com seus muitos anos - e corridas - de experiência, e os novatos, que como eu, estavam apenas experimentando algo diferente. E é realmente impressionante ver como o carioca é festeiro. Que povo é esse que se dispõe a acordar de madrugada em pleno domingo, para desfrutar da companhia de outros milhares de desconhecidos por uma atividade que muito provavelmente nem faz parte do seu cotidiano, visto pelas muitas formas e tamanhos de corpos?
Que lugar é esse que abraça todo aquele que quer se reunir apenas pela celebração da saúde e da vida?
O Rio de Janeiro parece ser o cenário perfeito para receber um evento como este e fazer dele uma gostosa brincadeira. Mesmo com um dia cinza e chuvoso, a beleza dessa cidade garante aos seus moradores e visitantes a alegria de participar, de pertencer. E o mais bacana é ver o sorriso estampado no rosto de quem foi correr, de quem foi trabalhar, ou de quem foi apenas assistir e dar força para que cada um ali não desistisse.
Que povo é esse que brilha, que tem luz própria?
O desafio para mim foi lançado e vencido. E para finalizar, eu já sabia que ia gostar. Sabia que este seria o primeiro de muitos.
Dá gosto encontrar pessoas, rir por nada, ver a vontade de somar. Com toda certeza, naquela multidão, 1 + 1 é mais do que 2. Há uma energia que move a continuar. É tanta gente feliz que deve ter sobrado até para quem não estava lá. A descarga foi tão grande que depois disso precisei dormir uma tarde inteira. E não pense você que foi o excesso de exercício, pois eu estou acostumada a percorrer o mesmo trecho na esteira da academia algumas vezes por semana, portanto, o que aconteceu comigo foi muito além disso. Enfim...
O que posso dizer, nesse momento, é que uma sensação enorme de bem estar toma conta de mim. O corpo se cansou, porém a alma está renovada. Desejo a cada um sentir o mesmo!
Sugiro então, para quem nunca tentou, que comece a se programar para fazer algo que seja novo para você. Permitir-se é o primeiro passo para isso!

Divirta-se!

Ps.: Para quem não sabe, hoje eu participei dos 5km da etapa outono do Circuito das Estações - Adidas. Eu recomendo.

Até mais

quinta-feira, 1 de março de 2012

Só para esclarecer...

Se você entrou no blog agora e tomou um susto com as cores sóbrias e o visual um tanto diferente, é porque não leu o post do dia primeiro de fevereiro onde eu dizia que mudaria o layout a cada mês. As cores e a "cara" que o blog passa a ter durante este período tem a ver com o clima que rege esse espaço de tempo. Portanto, se você for dormir com um blog e acordar com outro, lembre-se que, assim como ele, todo mundo pode se reinventar de tempos em tempos.

Boas reflexões.

Até breve.

O guerreiro

Martius. O nome do mês que está começando é uma homenagem ao deus da guerra, Marte. No calendário da Roma Antiga este era o primeiro mês do ano. No hemisfério norte isto simbolizava o início da primavera, período em que a fartura e o clima ameno retornavam para a vida cotidiana. Desta forma, era nesse mês que começava a contagem do tempo, o reinício de um ciclo. Julio Cesar foi, então, o responsável pela mudança que conhecemos hoje do ano ser contado a partir de janeiro.
De uma maneira intuitiva ou imposta, o fato é que março mantém a sua altivez. Embora no Brasil estejamos entrando no outono, este mês traz consigo um "quê" de recomeço. Não podemos esquecer que o ano por aqui só engrena após o carnaval, portanto, este é o momento de organizar as coisas, encarar os compromissos com mais seriedade, colocar em ordem o que está fora do lugar.
Março é tempo de plantar. Tempo de investir nas atitudes que darão os frutos quando de seu tempo. Março é aquele período que, apesar do aparente declínio, traz a força de Marte que inspira a luta, permitindo que cada um de nós tenha coragem de jogar fora o que não serve mais e travar, muitas vezes contra si mesmos, intensas batalhas. 
Acredito, aliás, que o sentido da guerra é exatamente aquela força interior que nos leva a mudar os próprios conceitos, os pensamentos cristalizados, as atitudes ultrapassadas. 
Março é mês de gente forte. Gente que sabe que o prazer da conquista é apenas uma generosidade do universo com quem é de luta. 
Março é fim e começo. Marca de modo indelével o início de um ciclo.
Então, espero que este mês de março seja para cada um, tempo de retomar as forças, assim como as árvores que, aos poucos, perdem as folhas buscando concentrar seus esforços para enfrentar os dias difíceis que virão com o inverno. 
Para finalizar, quero deixar registrado, apenas, que este não é um mês de tristeza ou declínio. É tão somente momento para reflexão e ação.

Vamos à luta!

Até.