quinta-feira, 26 de abril de 2012

Versos controversos...

Se eu fosse uma cantora, certamente seria do estilo Maísa: densa, dramática, intensa. Tenho uma tendência a gostar daquelas músicas que são profundas na melodia e, se possível, na letra. Aliás, voltando à questão de ser uma cantora, há quem não saiba que eu cantava quando pequena. Na verdade, na adolescência também, porém  por menos tempo. Eu fazia parte de um coral espetacular! E nem digo isso porque fiz parte dele, mas por ser verdade mesmo. Isso fez com que eu gostasse de melodias elaboradas, com muitos "sobe e desces", exigindo alguma habilidade para cantar. Não posso dizer que sou exímia cantora. Apenas gosto! E isso basta.
Sendo assim, divido as músicas em dois grupos, basicamente: as que eu gosto e as que eu não gosto de cantar.
Hoje, no carro, ouvi uma dessa músicas. Do primeiro grupo. Ela nem é das mais conhecidas, mas todas as vezes que escuto, sempre no último volume, me inspiro a cantar. A música, em questão, chama "É mágoa", da Ana Carolina. A letra eu repasso abaixo. O cd é o "Estampado". Mas uma advertência: Não ouça se estiver triste sobretudo por alguma relação que acabou. As consequências podem ser dramáticas... Aliás, só me permito ouvir músicas desse tipo se eu estiver muito bem, obrigada! Caso contrário, as músicas alegres, dançantes e que trazem um astral bom são as melhores companheiras, porque de triste já basta o meu momento. Para que piorar ainda mais?
Bem, como eu prometi, então, vai a letra da música que eu falei: Pesada, forte, e por que não dizer, melodramática! A-DO-RO!

É Mágoa

É mágoa
Já vou dizendo de antemão
Se eu encontrar com você
Tô com três pedras na mão
Eu só queria distância da nossa distância
Saí por aí procurando uma contramão

Acabei chegando na sua rua
Na dúvida qual era a sua janela
Lembrei que era pra cada um ficar na sua
Mas é que até a minha solidão tava na dela

Atirei uma pedra na sua janela
E logo correndo me arrependi
Foi o medo de te acertar
Mas era pra te acertar
E disso eu quase me esqueci

Atirei outra pedra na sua janela
Uma que não fez o menor ruído
Não quebrou, não rachou, não deu em nada
E eu pensei: talvez você tenha me esquecido

Eu só não consegui foi te acertar o coração
Porque eu já era o alvo
De tanto que eu tinha sofrido
Aí nem precisava mais de pedra
Minha raiva quase transpassa
A espessura do seu vidro

É mágoa
O que eu choro é água com sal
Se der um vento é maremoto
Se eu for embora não sou mais eu
Água de torneira não volta
E eu vou embora
Adeus


Ai ai... essa é uma daquelas músicas que tiram o fôlego de tanto que pesam. De tanto que dizem mesmo sem dizer. De tanto que mexem com as estruturas... ainda que a história contada nada tenha a ver com quem a escuta. É uma melodia que toca no fundo do estômago. Concordo que esta é uma definição estranha, mas me diga depois de ouvir, se as notas dessa canção não vão direto "ao ponto"?
Entretanto, após soltar a voz nos seus versos, não há como não se sentir mais leve. É como se pressionando as mãos sobre o peito, de tão apertado, ele se sentisse mais inteiro depois de solto. A sensação é difícil de descrever, mas impossível não identificá-la.

Escute.
Sinta.
Renove-se.

Até!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sonho ou realidade?

Quando adolescente eu adorava ver filmes de suspense, de histórias policiais, de grandes crimes e descobertas fantásticas. Nunca fui fã do gênero terror, mas os "thrillers", os suspenses, eu sempre gostei. Ficava tentando decifrar os mistérios dos assassinatos antes deles serem revelados na trama. Quanto mais complicado fosse o enigma, mais eu gostava. Com o passar do tempo fui substituindo meus filmes favoritos por aqueles que traziam mais emoção. Andei assistindo um bocado de filmes que precisavam de caixas de lenços de papel ao lado. Sofria através daquela histórias que me mostravam uma vida que era bem diferente da minha, e, por isso mesmo, despertavam o meu fascínio. Para falar a verdade, acho que até uma certa idade os sofrimentos passam meio de "raspão" por nós. O máximo que nos permitimos é chorar pelo término de um namoro ou por uma probabilidade grande de reprovação na escola. De resto, tudo é festa! As histórias tristes do cinema, embora me fizessem chorar, não eram capazes de transpor as telas e entrar, de fato, na minha vida.
Aí cresci um pouco mais, virei adulta e, como tal, comecei a ver que o sofrimento acontece de verdade, que pessoas morrem todos os dias, que a miséria é uma condição humana mais frequente do que imaginamos. E aí, não consegui mais ver "graça" nos títulos que me lembravam esse sofrimento. Perdeu o sentido pegar numa locadora um filme que mostra uma situação que nas ruas, do lado de fora, é tão mais real, é tão repleta dessa realidade. Não desconsidero os filmes que mostram a realidade nua e crua. Acho até que eles têm a sua parcela de contribuição na mudança dessa situação. Acho que cumprem seu papel de trazer a tona questões importantes, fundamentais, necessárias. Só não quero isso pra mim! Há quem pense que eu estou me alienando, fechando os olhos para o que acontece do lado de fora da minha casa.
Mas meu pensamento é o seguinte: se a realidade dura transborda seus próprios limites, por que eu iria querer ver ainda mais disso, sobretudo em um lugar que foi feito para sonhar? Se eu posso fazer alguma coisa para mudar essa questão, não é para o cinema que eu irei. Assistir a esses filmes, para mim, é como um "desencargo de consciência". Algo do tipo: "- Já vi, já sei do que se trata, posso voltar para o meu mundinho!". É claro que tem espaço e gosto para tudo. Há quem prefira esse gênero. Eu não!
Eu quero ver beleza, coisas que me façam rir por nada, filmes, como eu costumo dizer, "sem maiores consequências". Filmes que eu até esqueça o enredo, mas que perdure a sensação de bem estar que eles me trazem. Menos realidade, mais lirismo...
Quero ver comédias rasgadas, ainda que a qualidade não seja das melhores...
Quero sonhar, ter bons pensamentos, sair leve do cinema...
Quero brincar com a fantasia, desejar ser aquela personagem por um instante, me transpor para a história...
Quero ver o mundo cor-de-rosa sem que isso signifique me fechar para o que ocorre lá fora...
Quero hoje, amanhã e sempre!
Porque ver o mundo em cores turvas não torna ninguém mais capacitado a mudá-lo para melhor!

Um brinde às coisas bonitas da vida...

Até breve!

domingo, 22 de abril de 2012

Apenas equívocos...

Dia desses eu estava ouvindo umas músicas antigas. Para ser sincera, muitas que eu nem lembrava mais que existiam. A breguice delas impressiona. Na verdade eu não estou me referindo a clássicos que, por isso mesmo, são atemporais, mas àquelas canções que duram o breve instante de uma temporada, dessas equivocadas, que geralmente acontecem no verão. Alguém aí se lembra de "Bamdamel"? E "Banda Reflexus"? Melhor que não! Aliás, por falar nisso, parece que no verão damos férias não só a nós mesmos, mas também ao nosso senso estético... e com as músicas não é diferente! Por que será que nos damos o direito de inventar "moda" literalmente com aquilo que deveria ficar guardado no canto mais atrofiado do nosso cérebro? Ontem resolvi pegar umas fotos velhas para levar para meus amigos verem. Um festival de cortes de cabelo surreais, modelos assimétricos e as benditas ombreiras, foram alguns dos muitos absurdos "fashionísticos" dos anos 80 e 90. O que era aquele cabelo arrepiado no melhor estilo Chitãozinho e Xororó que fazia a cabeça das pessoas mais descoladas? Assim como a calça de cintura altíssima (meu namorado tem um termo ótimo pra isso: calça rulê! rs), que era um coringa dentro do guarda-roupa. A maquiagem, nos anos 80, então nem se fala! Tinham o estilo "soco na cara", com um blush forte e mal distribuído nas bochechas.

Olha só! Até a Sarah Jessica Parker, que atualmente é um ícone da moda por causa de sua personagem Carrie Bradshaw, já viveu seus momentos de insanidade capilar.
Os anos 80 foram determinantes para a moda que encontramos hoje. Acho que foi o primeiro período da história recente em que a moda mudou com bastante frequência e as pessoas começaram a buscar uma identidade própria. Eram várias tribos que dividiam o espaço nas ruas. Havia gosto para tudo! Os anos 80 ficaram marcados pelo começo da diversidade declarada. Nessa época nos permitimos ser mais livres sem sermos vistos como estranhos. Digo isso porque em décadas anteriores tinham os hippies, mas eles eram um grupo a parte, com um estilo de vida idem. Na década seguinte cada um podia desfilar seu estilo aqui e ali sem ser "incomodado". E era possível realmente encontrar-se de tudo. Faixas para colocar na testa, calças com estampas absolutamente duvidosas, blusas com recortes que pareciam ter saído de filmes de ficção científica... tudo nas vitrines das melhores lojas. Ser básico naquela época era quase um pecado mortal! E ainda assim, se você viveu aquela época e está dizendo para você mesmo que as coisas não eram bem desse jeito, sugiro pegar no armário aquela caixa de fotos e dar uma olhadinha. Aposto que irá se surpreender com as coisas que teve coragem de usar.
Refrescar a memória nesses momentos, aliás, faz um bem enorme, pois acabamos sendo mais condescendentes com o tempo que passou. Estou mais velha, porém menos cafona! Aliás, existe palavra mais cafona que ela própria? CA-FO-NA. Até a sonoridade é brega. Lembra uma buzina!
Rir de tudo isso é um alívio para a alma. Mostra que evoluímos, felizmente. E quando a dúvida fizer parte dos seus questionamentos, quando você se perguntar porque não foi forte o suficiente para resistir àquelas investidas impróprias da moda sucumbindo a ela, lembre-se que poderia ser muito pior. O máximo da capacidade instantânea de compartilhar os momentos era uma Polaroid. Sorte nossa que a internet só veio aparecer muito depois!

Ainda bem!

Até.

sábado, 21 de abril de 2012

Laços...

Um dia resolvemos rever os amigos de escola. Entre muitos adiamentos, decidimos quando seria o "grande encontro". Quantas coisas estão contidas nesse momento? Quantas lembranças, expectativas e histórias?
Rever pessoas que fizeram parte da sua vida há muito tempo é uma tarefa tão deliciosa quanto difícil. Deliciosa porque ver o tempo passar de forma inexorável e ainda assim estarmos aqui mudados, porém inteiros, traz uma gostosa sensação de cumprir  o papel que nos cabe nesse mundinho insano. Difícil porque resgatar memórias desagradáveis e evocar fatos que parecem ter saído de outra vida, não são tarefas simples. Prefiro ficar com a primeira; com a parte boa!
Programar um encontro com ex-colegas permite que o distanciamento dos anos passados nos conceda doces surpresas. Hoje tive oportunidade de conversar com uma delas: uma colega que nos tempos de escola nem era próxima, pois estudávamos em salas diferentes. Ela me possibilitou ter uma tarde especial... é engraçado como os "pormenores" da infância tornam-se imperceptíveis em virtude da maturidade. Ela poderia ter sido minha amiga todos esses anos, mas a vida não quis assim. Ou talvez nós! O que sei é que hoje tive oportunidade de ver que sempre é tempo de reatar laços, fazer novos amigos, resgatar os que já nos eram queridos. São nomes que vão surgindo a cada conversa, situações vividas com cada um deles, nítidos esforços da memória para identificar em cada palavra algo que seja familiar. São afinidades e "desavenças" que a esta altura da vida já não fazem assim tanta diferença. Há também aqueles que apesar do tempo decorrido continuam agindo como sempre, nos trazendo a sensação de que os estranhamentos de ontem ainda permanecem interferindo  no presente. Pelo sim, pelo não, reavivar a mémoria afetiva é, de certa forma, encontrar sentido para continuar.
Reencontrar pessoas que fizeram parte da sua história é um presente enfeitado com laço de fita. É permitir-se ser feliz por mais um instante.
Encontrar velhos amigos após tantos anos funciona como se eles pudessem ser nosso espelho. Ver, frente a frente, as marcas do tempo. O mais incrível é que no momento em que o encontro acontece, somos insistentes em não vê-las. É automático pensar nessas pessoas como aquelas que deixamos. Como se as aprisionássemos lá no passado. A imagem da adolescência só vai se desfazendo quando as antigas histórias vão sendo substituídas pelas novas, quando os relatos vão montando a linha do tempo. Hoje somos adultos, temos problemas e vidas de adultos, mas em encontros como o de hoje, em algum cantinho da memória, os registros de outrora permanecem vivos.
A vocês. Patricia e Mário Márcio, o meu agradecimento explícito pela tarde encantadoramente memorável!

Até mais.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

SUR-PRE-SA!!!

Fator surpresa é aquilo que acontece além do esperado. Aquilo que não há programação e, por isso mesmo, nos toma de assalto sem que possamos antecipar os sentidos. Uma música que toca no rádio e que não ouvimos há tempos, uma pessoa que sumiu do nosso convívio e que de repente cruzamos na rua, um elogio ou comentário que vem de alguém que não nos é frequente.
A surpresa é o que transforma os dias comuns em momentos especiais. É o que faz com que a mesmice do cotidiano ganhe novas cores. A surpresa é inconfundível para quem a recebe de presente. O corpo dá sinais imediatos do que acabou de ocorrer.
A surpresa consiste, exatamente, no poder de "enganar" o conhecimento. Por isso mesmo ela é difícil de acontecer. Não existe meia surpresa. Ela é indiscutível!
Surpreender o outro é uma coisa complicada. Exige, antes de mais nada, um olhar atento, pois um passo na direção errada faz daquele momento especial um completo desastre. A surpresa não é premeditada para quem a experimenta. Sua maior virtude é encontrar seus "alvos" de braços abertos. Não há como se armar diante dela. Sendo boa ou ruim, a surpresa é, terminantemente, inesperada.
Não há como não se encantar diante de uma imagem rara. Um bicho selvagem em seu habitat, um arco-íris depois da chuva, um por-do-sol no fim de um dia cansativo. Não há como passar incólume à emoção de ouvir um bebê pronunciar suas primeiras palavras, de receber aquela declaração de amor desejada, de ouvir aquele "alô?" vindo de um telefonema do outro lado do mundo.
Há quem não goste de surpresas. O medo de se decepcionar, ou de decepcionar quem proporcionou o momento faz com que essas pessoas percam o melhor da vida: sair, temporariamente, do controle de suas emoções.
Espero ter muitas oportunidades de ser agradavelmente "virada do avesso". Espero poder fazer o mesmo. Espero sentir os efeitos do desequilíbrio que só esses momentos podem trazer. Ser surpreendido é como estar dentro do mar, sem sustentação, e delicadamente ser beijado por uma onda.

Permita-se!

Até breve.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Curiosidade mata. Mata?

Queria saber quem é que acessa este blog dos Estados Unidos, Rússia, Alemanha e Portugal, porque está registrado. Mas quem são estas pessoas?
Apareçam, por favor!

E, desde já, obrigada...

Até breve.

Botox!

Um dia a gente acorda e se dá conta de que envelheceu? Acho que não. Afinal, envelhecer é o dia-a-dia. Eu me lembro, quando bem mais nova, que eu me imaginava no alto dos meus "quase quarenta anos" muito diferente de quem eu sou hoje. Talvez porque já tenha "conhecido" a minha mãe com esta idade. Não, eu não fui adotada! Mas quando eu nasci minha mãe já tinha 31 anos e, entendendo um pouco como as coisas funcionavam, ou seja, já aos 7, minha mãe tinha a idade que eu tenho hoje. Sempre disse a ela que não a conheci nova. Hoje eu sei que isso não é bem verdade! (rs). Mas voltando...
Eu me imaginava muito distante disso porque a referência que eu tinha de uma mulher dessa idade era a minha mãe e, tendo ela uma vida muito diferente da minha atual, eu acreditava que este era o padrão para uma mulher adulta: casada, com três filhos e uma carreira profissional próxima do fim. Com ela, de fato, foi assim. Apenas sete anos mais tarde ela era aposentada... condição que permanece até hoje - graças a Deus! - há vinte e quatro anos!
Devo confessar que venho de uma família de longevos. Minha família, em sua grande maioria, morre de velhice. Um dia a máquina para de funcionar... simples assim! Por conta disso tenho pouca vivência de perda (ainda bem!), mas em compensação tenho muita noção do que o tempo faz com o corpo e de que é preciso cuidar bastante agora já que ele foi feito para durar muito... pelo menos aqui em casa!
Por falar em corpo, um dia desses eu estava na academia, em uma aula de jump, aquelas caminhas elásticas que a gente pula ao som de uma música frenética seguindo uma coreografia, e umas jovenzinhas (vocabulário de velho! rs) faziam tudo como se fossem movidas a pilha quando eu já estava prestes a ter um infarto. Eu brincava com a situação dizendo "um dia eu já fui assim..." como quem fala de jovens adultas. Qual não foi minha surpresa quando a professora me disse que estas mocinhas tinham entre 14 e 16 anos. Foi uma libertação! Com esta idade eu seria capaz de fazer aquilo e muito mais. Aos 15 anos a gente tem obrigação de conseguir ir longe, ir além. Aos 38, estou feliz em sair viva da aula. Parece pouco, mas eu poderia ser mãe delas. E aí, me vi no lugar da minha mãe quando eu dizia que ela era velha... que ironia!
Desejo pela beleza
Mas qual é a exigência fisica para alguém da minha idade? A quais regras eu devo me curvar e quais delas são apenas bobagens dessa ditadura infeliz que diz que nós temos que nos manter bonitos, magros e jovens eternamente? Até a rainha má da Branca de Neve pagou um preço alto pela sua beleza. Por que nós, pobres mortais, nos sujeitamos a isso? O mundo é cruel com quem é natural. E se nós sucumbimos a isso, nos tornamos estranhos até a nós mesmos. Eu quero ter direito a ter uma "gordurinha" aqui e ali sem me martirizar por isso. Quero ter direito a comer um doce ou tomar um refrigerante sem ser zero e sem causar estranhamento. Quero poder dormir até mais tarde e não ir a academia para poder me entregar aos braços da preguiça. Quero não ter uma barriga de tanquinho e nem pernas excessivamente torneadas porque em seu lugar eu estava fazendo musculação no cérebro. Quero fazer ginástica sim, mas pelo bem-estar que ela me proporciona o dia inteiro e não por um ideal inalcançável de perfeição.
Quero, por fim, ser aceita pela minha porção humana, que engorda, envelhece e, por que não dizer, se torna mais bonita por dentro do que por fora com o passar dos anos...

Até mais!

domingo, 15 de abril de 2012

Do amor e suas manifestações

Estava ouvindo o tema da novela que vai começar e na letra diz " se colocar seu amor na vitrine ele não vai valer nem R$1,99"... genial! O supra sumo da contemporaneidade: conseguir inserir em uma letra de música o fenômeno comercial das lojas de bugigangas baratas.
Agora falando sério. O que caracteriza o valor de um amor? O que torna um amor importante?
Demonstrações públicas de afeto são mais comuns nas mulheres, exatamente pelo fato de nós termos mais "direito histórico" a isso. Os homens são criados para serem duros, bravos, insensíveis. Nós mulheres abraçamos e beijamos mais, cuidamos mais, somos mais cuidadas pelas outras. Para muitas pessoas, receber uma faixa com um gigantesco "EU TE AMO" é uma grande demonstração de amor e, por isso mesmo, sinal de sua importância, sobretudo se vier de um homem.
Há quem morreria se visse seu nome em uma faixa, tamanha vergonha de ser exposto para tantas pessoas. Amor para eles é o "EU TE AMO" no pé do ouvido, escondidinho numa sala de cinema, no quase silêncio de um abraço.
Há pessoas que gostam de presentes. Dar e receber. Quanto mais caros e surpreendentes, maior a demonstração daquele amor. Joias, carros, viagens... só quem ama demais é capaz de presentear dessa forma, pensam os que são desta "categoria".
O amor pode ser aquele telefonema no meio da tarde só para dizer o quanto você é importante. Pode ser aquela flor "catada" no instante que ouviu-se aquela música que lembrava você. Pode ser uma carta com declarações explícitas de gratidão. O amor pode ser um sorriso inesperado, um beijo roubado, um momento de carinho na hora de dormir.
A medida de um amor é de acordo com o que se espera dele. Se a expectativa é grande, nenhuma demonstração é suficiente, enquanto a ausência de expectativa torna qualquer sinal um grande presente.
Para saber o tamanho de um amor é preciso, ainda, saber de que amor se trata. Amor de Deus, é supremo, de mãe, infinito, de bicho é generoso, de namorados, colorido, de amigos é coletivo.
Há quem ame e não saiba mostrar. Há quem mostre o que nem sente de verdade. Não há receita para saber a medida de um amor.
Para mim, o valor de um amor está nas questões mais simples da vida. Nos momentos comuns, em um olhar carinhoso, em um "muito obrigado!", em um pedido de desculpa, em um beijo gostoso que acontece em segredo ou numa esquina qualquer...

Até mais!

sábado, 14 de abril de 2012

É ouro, prata ou bronze...

Já disse algumas vezes aqui que muitas são as coisas que me emocionam. Não é difícil me ver chorar por coisas extremamente simples como comerciais de margarina, por exemplo. Mas se tem algo que realmente me toca é o esporte. Só para esclarecer eu não estou falando de qualquer jogo de futebol no domingo, mas de grandes competições como panamericanos e olimpíadas. Embora estejamos falando de atletas de performance e isso, por si só, exige uma grande dose de preparação e um excelente nível técnico, a farta distribuição de medalhas dá a sensação daquela olímpiada da escola onde todo mundo tem chance de ganhá-las. Aliás, as crianças têm uma visão muito particular dessas situações. Lembro de um episódio há uns anos, quando a Maurren Maggi conquistou uma medalha de ouro e, ao comunicar à filha que naquela época devia ter os seus 4 anos, ouviu como resposta um "ah! eu queria uma de prata!"... o que dizer diante disso?
O esporte agrega, o que é paradoxal à competição. Apesar da seleção ser rigorosa, o esporte dá a qualquer um, democraticamente, a condição de se tornar o melhor. Há aquelas modalidades que segregam a começar pelo equipamento e local de treino exigidos, como o hipismo, o golfe ou o polo. Mas não é difícil encontrar aquele menino pobre que trabalhava como apoio dos atletas e que, de repente, se mostra em condição de fazer o mesmo que eles.
Tenho uma predileção pelas modalidades em que a competição se resolve de forma rápida, como o judô, a natação ou o atletismo.Torço como se estivesse na arquibancada e vibro a cada conquista suada. As olimpiadas chamam atenção não só para os atletas do nosso país, mas para todos aqueles que têm uma história de superação para contar. Aliás, esporte rima com superação. Os atletas profissionais costumam dizer que ser profissional sem sentir dor não existe. Acho que isso se aplica a qualquer área, para ser sincera. A dor do atleta é física, mas também é emocional. Dar tudo de si e no fim das contas perder a competição, onde só se tem uma chance para mostrar suas muitas horas de dedicação, deve trazer uma frustração sem tamanho. Por outro lado, são pessoas que exatamente por andarem na corda bamba das emoções, se fortalecem a cada queda. Nas outras profissões somos privilegiados em ter a oportunidade de tentar várias vezes, mas o sacrifício pode ser comparado quando gastamos horas e horas de estudos, anos e anos de dedicação, fins de semana em busca de aprimoramento. Não ganhamos medalhas, mas por outro lado também não temos que nos contentar com apenas os três primeiros lugares no pódium. Nos concentramos diante de um evento importante, abdicamos de programas sociais e do convívio com a família ou amigos para nos dedicar com mais ênfase àquela tarefa tão importante.
Os atletas são frágeis na mesma intensidade que demonstram sua "opulência" física. Parece contraditório, mas não é. Os corpos perfeitamente esculpidos funcionam no limite da sua capacidade, e isso os torna inacreditavelmente definidos, porém um mínimo passo em falso causa uma lesão que denota o quão frágeis eles são.
Fora o aspecto competitivo disso tudo, o esporte é pura beleza. É poesia em forma de imagem. É dor, é lágrima, é riso, é festa... tudo na mesma proporção, em cores saturadas, em contornos recheados de música.
A fluidez da ginástica, a estética do ritmo, a força dos movimentos. É a vida em uma perspectiva tridimensionalmente lírica.

Que venha Londres!

Até.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Faixa de pedestre, uniforme, cabelo...

Parei na faixa de pedestre. De um lado da rua uma escola. Do outro, alunos que cruzavam a faixa para ir até ela. Fiquei observando os adolescentes de seus 13 ou 14 anos que vinham conversando, carregando suas pesadas mochilas cheias de materiais e, certamente, de muitas incertezas. Automaticamente me remeti ao tempo em que eu também era uma adolescente dessa idade. Tentei me ver naqueles rostos quase infantis e me lembrar dos conflitos que povoavam minha cabeça naquele momento. Uma menina saiu do carro à minha frente. Colocou a mochila sobre os ombros e ajeitou a trança mal feita, bem ao estilo da moda atual, antes de verificar se já podia atravessar. Tento pensar em como terá sido o seu início de manhã antes de ir para a escola. O rosto "amassado" pela noite de sono não mostra suas marcas pela generosidade da juventude. O cabelo com sua vida própria, arrepiado e meio desajeitado pelo travesseiro, talvez até fosse o motivo daquela trança. A roupa que provavelmente não era a que ela gostaria de estar vestindo, mas que por uma determinação do sistema e, convenhamos, da impossibilidade de pensar em algo melhor para a ocasião, servia como uma luva.
Como eu era na época de escola? Quais eram as "agruras insuportáveis" que eu vivia naquela época? O medo da rejeição, a timidez, a dificuldade em me concentrar no que era falado pelo professor quando tinha amigos tão legais para conversar e, por que não dizer, um menino tão bonitinho na fileira ao lado...
Lembro apenas nos percalços vividos no dia-a-dia, coisa que muitos dos adolescentes de hoje não experimentam, em virtude das mudanças. Nós íamos de ônibus carregando nossos trabalhos em cartolinas enroladas, levávamos merenda ou um dinheirinho para comprar um refrigerante que acompanharia o sanduíche de queijo trazido de casa. Como as coisas eram difíceis!
Volto a observar a escola do outro lado. Uma outra menina entra pelo portão, visivelmente curvada como se fosse possível esconder-se de si mesma. Uma franja muito lisa cobre sua testa. Franja esta que deve ter levado algum tempo e muitas batidas na porta do banheiro até que ela saísse perfeita. Um casaco completa o disfarce. Sua seriedade denota que hoje é um dia importante. Talvez o dia de uma prova ou da resposta daquele menino sobre ir à festa no sábado...
Como são importantes os conflitos da juventude. Como banalizamos o que eles sentem! Nos julgamos superiores porque temos "problemas de verdade", porque já vivemos tudo isso e porque os assuntos fundamentais de outros tempos não eram assim tão fundamentais. Amadurecemos e isso faz parte do ciclo natural da vida... ainda bem! O que eu lamento é perder a inocência que fazia parecer que todos os problemas do mundo se resumiam a festas, provas, franjas e beijos.
(...)
A esta altura, a menina da trança e a menina da franja estarão ao telefone contando, uma à outra, sobre seus pais que acham que tudo em suas vidas é bobagem, mas no fundo o que importa mesmo é se aquele vestido favorito vai ficar bom para encontrar com ele no sábado.
Vida que segue!

Até.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O preço da liberdade

Quanto custa ser livre? Depende... principalmente do conceito que se tem do que é liberdade.
Se considerar o bater de asas sem rumo de uma borboleta, custa o tempo do casulo. Sem esse confinamento, e as tentativas "dolorosas" de sair dele, uma borboleta não pode alçar seus belos voos.
A liberdade também pode ser a ausência de compromissos, mas significaria aprisionar-se na mesmice dos dias e, para isso, custaria abrir mão de uma vida de verdade.
Poderia considerar como liberdade o ato de fazer escolhas por conta própria e a isto custaria perder aquilo que não fora selecionado. Custaria, ainda, a frustração da perda.
Se considerar que ser livre é viajar ao redor do mundo, o preço é deixar para trás pessoas queridas, lugares preferidos, objetos de apreço. Exigiria desprendimento para escolher o que levar para além dos sentimentos.
A liberdade pode ter várias faces. Para cada pessoa ela representa uma importância diferente. Há quem ache que ser livre é não ter ninguém pela vida toda. Consideraria igualmente uma prisão! Há quem julgue a moda uma prisão. E talvez seja mesmo... a regra é uma prisão, pois dela extraímos os argumentos necessários para desculpar nossa falta de coragem em ser, simplesmente, diferentes. Há a liberdade de expressão, onde mostramos quem somos, o que pensamos, a que tribo pertencemos. Existe a liberdade de imprensa, da arte, de ir e vir. Para todas elas, o preço é o de arcar com as consequências dos atos cometidos. 
Há quem pense que o amor aprisiona. Em seu lugar, o que aprisiona são os sentimentos equivocadamente atribuídos a ele, como o ciúme, a desconfinça. Ao contrário, o amor liberta. Liberta o melhor de cada um, liberta o que não cabe em apenas um coração e transborda. Liberta tanto que somos capazes de desejar para o outro o que, até então, só desejaríamos a nós mesmos.
A palavra é ambígua: liberta e aprisiona na mesma medida! A palavra conforta, fere, alivia, incomoda... depende do momento e, principalmente, de quem a profere.
Qual é o preço da liberdade? Existe liberdade total, irrestrita? Há como medir o tanto de liberdade que cada um precisa para ser feliz e o quanto custa abrir mão dela?
Grades, jaulas, muros, portões... são infinitas as formas de cercear a liberdade. Mas a verdade é que nada pode ser mais prisioneiro do que a nossa consciência. Não há maior liberdade do que aquela que concede a cada um a possibilidade de viver de maneira simples, descomplicada, livre.
Desejo ser assim, para sempre!
Livre e leve...

Até mais!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Uma crônica... mil ideias!

Minha irmã me emprestou um livro. "Feliz por nada", da Martha Medeiros. Diz ela que meus textos lembram muito os dela, o que para mim é, ao mesmo tempo, uma honra e um exagero, já que fã e ídolo não se misturam porque não se confundem.
O livro traz uma coletânea de crônicas (não sei se todas já publicadas em sua coluna!) sobre diversos assuntos, o que é bem próprio dela e, admito, de mim. É um convite ao prazer que só uma boa leitura pode dar!
Após ler alguns textos - o tanto que o tempo me permitiu - resolvi voltar ao livro para ver de que forma ela começava suas histórias. Considero as primeiras linhas o divisor de águas entre um texto que será concluído e aquele que será abandonado pelo próprio fastio. Como blogueira, gosto de "analisar" outros escritores para me aprimorar. E nisso fui passando a vista, folha a folha, para observar as palavras iniciais de cada crônica. Rapidamente percorria os olhos pelo título, por ser ele o visto de entrada para mergulhar nesse universo. De repente, ao iniciar mais uma "primeira linha", uma sensação maravilhosa tomou conta de mim... sabe aquela sensação que vai da cabeça aos pés como uma corrente de energia que dura um milésimo de segundo, mas que não deixa qualquer dúvida de que uma reação orgânica demonstrou que o imprevisto veio fazer parte daquele momento? Uma espécie de arrepio tomou conta de todo o meu corpo. No meu caso, a sensação foi boa... muito boa, aliás!
Cheguei até um determinado texto e dei de cara com aquele que me fez apaixonar pela Martha Medeiros ou, melhor dizendo, por suas palavras!
Ainda me lembro da forma despretensiosa com que abri a revista do jornal num domingo qualquer e, nem sei dizer porque, resolvi ler a sua coluna. O fato é que dali em diante, uma nova janela se abriu para mim! O título da crônica em questão era "Do outro lado do balcão" e, de alguma forma, me chamou atenção como  aquelas palavras friamente impressas no papel podiam despertar tantos sentimentos e reflexões maravilhosas.
O blog só veio aparecer na minha vida alguns anos depois, mas a influência daquele texto aparece a cada tentativa minha de expressar as ideias. Gostaria, nesse momento, que as minhas palavras chegassem até aquela que tanto me inspirou. Que me mostrou, sem nem mesmo saber, que eu era capaz de refletir sobre os acontecimentos do cotidiano de uma forma lírica, poética. Que me encoraja secretamente a publicar meus pensamentos e, curiosamente, fazer tantas outras pessoas se identificarem com eles... a pessoa que me fez entender, quase como o meu inconsciente, que valia a pena explorar meu potencial e acreditar na força das palavras!

Obrigada por me ajudar a ser "feliz por nada"!

Até.

domingo, 8 de abril de 2012

Três dias...

Estava pensando... você já parou para observar quantas oportunidades existem em um ano para refletir sobre a vida? Pelo menos três. Uma delas é a véspera do dia do aniversário, que nos remete a um contar de tempo que é próprio e, por isso mesmo, representa um novo ciclo a cada "girar" do calendário! Esse dia ajuda a contar a história de cada um, mostra o passar da vida, ajuda a delinear as marcas presentes em cada expressão. O dia do aniversário termina e inicia cada etapa, assim como apresenta a cada um de nós uma oportunidade de fazer diferente.
Outro momento significativo para rever as próprias ações é a virada de ano. Embora o fuso horário não permita que todo o mundo esteja na mesma sintonia ao mesmo tempo, a verdade é que durante os momentos anteriores e posteriores ao zerar do relógio, todas as pessoas estão vivendo um clima de bons sentimentos. O ano novo traz consigo aquela sensação de bem-estar, que eu tanto falei no texto anterior. Todos os problemas são momentaneamente esquecidos, os incômodos apagados, as tristezas compensadas. Se eu tivesse que atribuir uma cor à virada do ano, seria o branco. Não pela simbologia da paz ou por ser a cor mais usada nessa data. Seria o branco porque ele contém todas as cores em si. Acredito mesmo que o universo tem mais coisas do que podemos explicar e, sem dúvida, nessa hora - e porque não dizer o dia inteiro! - um espaço mágico se abre para abrigar todas as vibrações positivas desejadas ao redor do mundo. A energia é tanta que o dia primeiro de janeiro traz em si uma certa "ressaca" (e nem precisa se embriagar para isso!).
E o terceiro momento é o que estamos vivendo agora: a Páscoa! Para o cristianismo essa data representa a ressureição de Jesus e, consequentemente, uma vida nova. E para cada um de nós? O que esperamos que aconteça a partir desse dia? Tenho percebido um movimento nos últimos tempos que pretende repensar o sentido da Páscoa. Aliás, as pessoas andam carentes de sentido! Algo que as faça acordar todos os dias, enfrentar as batalhas que a vida apresenta, encarar os desafios. As pessoas precisam de algo que as faça querer melhorar, pensar no futuro, rever os erros que passaram. Precisam se sentir úteis, importantes, necessárias. Diria até que as pessoas hoje buscam um motivo para se perceberem peça de uma engrenagem muito maior. Apesar da questão comercial que envolve a data, o ato de presentear é uma forma de dizer ao outro que eu me importo com ele. É uma forma de comunhão, de doação, de receber no agradecimento o significado de sua atitude.
Desejo então, neste dia, que você, leitor, possa encontrar sentido em cada dia da sua vida, em cada "bom dia" que disser a alguém, em cada gesto demonstrado de gratidão e de afeto. Desejo que o período que se inicia lhe dê oportunidade de exercitar o melhor de si mesmo, de refletir sobre seus atos e, porque não dizer, de pensar antes mesmo de agir.
Desejo dias de sol, ainda que chova!
Para você, apenas o melhor do mundo...
Feliz começo de vida!

Até logo.

sábado, 7 de abril de 2012

Bem-estar-bem!

Algumas coisas na vida simplesmente trazem uma sensação de bem-estar! Tudo bem que há quem diga que eu sou meio Alice, porque vejo o mundo meio cor-de-rosa. Confesso que me identifico bastante com a Deedee... aquela irmã chatinha do Dexter, dos desenhos animados. Essa sou eu! Parece que tem um arco-íris em cada canto. É bem verdade que eu não sou assim todos os dias... fosse assim eu seria mesmo uma alienada sem noção. Não! Eu tenho sentimentos... choro com a mesma facilidade que rio, mas de um jeito ou de outro, posso dizer q a maior parte dos meus dias é rindo e achando que dessa vez será melhor!
Pois bem... ontem vivi um destes simples momentos da vida que trazem bem-estar!
Eu e meu namorado fomos ao cinema, como fazemos com bastante frequência... e assim como sempre fazemos, saímos meio sem saber o que veríamos. Chegando à porta do cinema, vi um imenso cartaz de filme, que na hora me fez lembrar que era um dos que eu gostaria de assistir, a partir de uma entrevista que eu havia visto sobre ele. Qual não foi minha surpresa quando meu namorado disse que era aquele o filme que ele tinha pensado em assistir. A estreia era ontem mesmo. O título: Espelho, Espelho meu!

Como já sugere, mostra uma recontagem deliciosamente divertida sobre a história da Branca de Neve.

E como eu disse, lá no comecinho do texto, o filme é um daqueles momentos simples da vida que trazem um incrível sensação de bem-estar.
A madrasta, ao contrário da história tradicional, rouba a cena. Ela é engraçada, irônica e, como era a intenção da atriz, muito carismática. É impossível não gostar dela. Durante vários momentos do filme, desejei que ela simplesmente se tornasse boa, pois perdê-la seria significativo na trama. Tudo bem que eu sou suspeita a falar, pois adoro as atuações da Julia Roberts. Para mim ela consegue ser uma estrela com jeitinho de uma "vizinha" nossa, tamanha capacidade de tornar humano cada personagem ao qual ela se aventura viver. A Branca de Neve também é uma graça! Ela é encantadoramente bonita, porém nesta versão ela é uma menina forte, decidida e guerreira.
Como em qualquer conto de fadas, o filme traz consigo toda a magia presente nessas tão conhecidas e recontadas histórias. Toda a beleza dos lugares onde tudo é possível, tão próprio do cinema, faz com que nós que estamos assistindo esqueçamos por vários minutos da realidade que existe do lado de fora da sala de projeção.
Há alguns anos, assisti ao filme "Encantada" e saí do cinema com a sensação de que o mundo era um pouco mais cor-de-rosa, bem próprio de quem eu sou... ontem o encanto se repetiu. Que delícia é a sensação de reviver a inocência da infância e se deixar levar pelo mundo maravilhoso da magia!
Certamente, fui dormir mais leve...

Agora, só me resta dizer: I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe, I believe in love... (love, love, love)

Até a próxima

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma ação... duas reações!

No post anterior acabei entrando na questão da diferença entre homens e mulheres. Embora a gente busque socialmente uma igualdade, sabemos o quanto somos desiguais. Ainda agorinha estava vendo um desses seriados sem maiores consequências e a cena em questão era sobre revelar uma traição. Ela havia dado um beijo em alguém e ele tinha feito um passeio com outra. Daí iniciou-se uma pequena discussão entre o casal e foi possível perceber que, assim como na vida real, na ficção os comportamentos também são opostos. Ela, andava atrás dele dentro da casa como se pudesse forçar uma conversa. Ele, por sua vez, mostrava-se extremamente desconfortável com o fato dela segui-lo por todos os cômodos. Ela queria falar e discutir os pontos obscuros como se fosse capaz de diluir o incômodo dele nas palavras. Já ele preferia se calar e demonstrava impaciência a cada tentativa dela de falar. Ele resolveu dar uma volta. Nitidamente precisava desse tempo para digerir o que acabara de ouvir. Ela queria respostas imediatas. Queria que ele fosse capaz de analisar friamente a situação para, então, perdoá-la do deslize cometido. Ele queria sair dali. Ela queria que ele respondesse imediatamente o que iria acontecer em seguida...
Esta cena foi a demonstração fiel do que acontece na vida real. Mulheres gostam de falar e acham que podem resolver tudo na base da conversa. Mulheres não têm tempo a perder. Suas muitas tarefas lhes ensinaram a ser imediatistas. O problema é agora, e a resolução idem. Fazendo novamente (novamente porque no post anterior eu falei sobre isso!) um paralelo com os homens de outros tempos, dizem que na volta das caçadas eles ficavam longos períodos na frente da fogueira, como se pudessem se transportar para outro tempo, revendo seus atos, pensando em como tinha sido ou simplesmente se calando até voltar para o seu mundo. Hoje em dia o ritual permanece, porém de outra forma: na frente da tv, passando descontroladamente por todos os canais disponíveis no controle remoto. Interrompê-lo nesse momento é não dar chance para que ele elabore seus questionamentos internos, e sendo assim, ele não volta inteiro para o convívio com os outros.
Por que é tão difícil para nós, mulheres, respeitar esses momentos? Ao mesmo tempo, por que é tão difícil para os homens entender que precisamos de mais do que silêncios confusos?
Quantas questões podem conter em um silêncio? Que recusa é essa de conceder ao outro uma resposta para as suas perguntas? Talvez nunca tenhamos uma resposta para isso. Talvez nem os homens a tenham!
O que resta a todos nós nesse caso é aceitar a individualidade e a necessidade de cada um de aprender a lidar com o que causa incômodo. O problema disso é que falar ou calar, nesse momento, é necessariamente se moldar um pouco ao formato do outro. Talvez seja essa a resposta: adaptação!
E como termina a cena do seriado? Sem solução...
Talvez seja a "deixa" de que entre casais não há receita. Não há forma correta de lidar com os conflitos. É viver e aprender com o outro, porque certamente na próxima relação aquela receita já não servirá mais!

Até breve.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Entre bolsas e sapatos: comprar!

Li em algum lugar que os homens na pré-história deixavam suas famílias para ir em busca de caça. Saíam com o objetivo definido de trazer alguma comida para casa. Já as mulheres iam em companhia das outras e de seus filhos para andar pelos campos e, se possível, colher frutos e alimentos que pudessem servir. Ao contrário dos homens, não era nenhuma vergonha que não trouxessem nada no retorno à casa (ou caverna, suponho!rs).
Dizem que este comportamento definiu os hábitos que hoje nós temos em relação às compras. Os homens são, em geral, objetivos, práticos, sem muita paciência para procurar o produto certo. As mulheres, por sua vez, gastam horas em frente às vitrines enquanto conversam com as amigas e não ficam frustradas se chegarem em casa de mãos vazias. Admito que nem todos os homens e mulheres são assim. Como toda regra há as suas exceções. Mas o fato é que, de um jeito ou de outro, temos visões muito diferentes sobre o mesmo "tema".
Mulheres gostam de quantidade. Gostam de miudezas, objetos bonitinhos ou qualquer artigo que seja vistoso. Gostam de sapatos, bolsas, roupas e cosméticos. Os homens, como meninos grandes, gostam de jogos, brinquedos ou coisas que sejam úteis. Gostam de qualidade e preferem menos itens, porém mais caros. Não é sem razão que há no mercado muito mais variedade para mulheres do que para homens. Assim como também não é sem motivo que quando homens ou mulheres diferem do comportamento esperado socialmente são rapidamente rotulados como se fossem do sexo oposto. Se uma mulher não gosta de maquiagem ou acessórios, escuta logo um: "nossa, você parece até homem!". Já se um homem demora para se arrumar é chamado de "dama", "noiva" ou coisas do gênero.
Vivemos a era do consumo. Nunca se descartou tanto pela facilidade de adquirir coisas novas. A questão é que o apelo é tão grande que fica difícil resistir às tentações. Há pessoas que compram por impulso, há pessoas que só compram o necessário, há as que pensam duas vezes antes de passar o cartão de crédito, e as que não ponderam se aquele objeto é, de fato, o seu desejo ou se o seu desejo é, apenas, o de comprar!
Pelo sim, pelo não, escolhemos geralmente os mesmos itens. Você já observou em quê você gasta o seu dinheiro? Eu sou uma confessa apaixonada por cosméticos, maquiagens e livros. Ao contrário da maioria das mulheres, não sou muito de comprar bolsas e sapatos. Tenho apenas o essencial. Não entendo quem tem vinte, trinta ou mais pares. Complexo de centopeia? Quem sabe...
Gosto de coisas incomuns e que, nem sempre, servem para alguma coisa. Compro livro pela capa, papeis que não vou usar, dúzias de batons em busca da cor perfeita. Gosto de presentear, surpreender, agradar. Gosto de arte, cultura e coisas que me fazem bem... nem todas "compráveis".
Compro por impulso, dou um jeitinho naquele que era o último da prateleira, mas que não era exatamente o meu número, compro com a promessa de que vai me servir algum dia! Compro quando gosto e, em geral, tenho o dom de fazer outras pessoas gostarem também. Gosto de cores, flores e cheiros. Compro para mim, compro para os outros.
O bacana dessa conversa é que numa época em que tudo parece disponível nas vitrines, as melhores coisas da vida não vêm em frascos ou embrulhos brilhantes... vêm em forma de abraço, beijo, carinho, por-de-sol, lua cheia...

Para você uma brisa com cheiro de hortelã!

Até breve.

domingo, 1 de abril de 2012

Aprilis, Abrir, Abril!

Abra os olhos para um novo dia...
Abra o coração para receber as boas vibrações que vêm do universo!
Abra as mãos para se doar mais...
Abra os braços e envolva o mundo.
Abra a cabeça e descubra tudo o que a vida tem de melhor a oferecer!
Abra-se para a possibilidade de ser feliz... sempre!
Abra as portas da sua casa e deixe que o sol invada o espaço...
Abra-se!

Afinal, é Abril...

Até