terça-feira, 24 de julho de 2012

Efeito Sanfona

Emagrecer não é fácil! Acho que todo mundo concorda com esta afirmação. Diz-se por aí, que toda mulher sempre quer emagrecer uns 2 quilinhos pelo menos. Com a atual ditadura da magreza, acho que este número já subiu um bocado. Há quem se sinta plenamente feliz com o ponteiro da balança lá nas alturas, mas a grande maioria anda mesmo insatisfeita com a própria aparência. Acho que isto é predominantemente um problema feminino, já que a maioria de nós ganha um peso extra após alguma idade. Brincadeiras para explicar o fenômeno não faltam, mas a questão é que a natureza parece mesmo ser mais generosa com os homens do que com as mulheres.
Antes de qualquer coisa, emagrecer é uma questão de saúde, em tempos de um mundo obeso! Venho me deparando com uma situação pessoal que é a busca por um corpo magro em troca de uns anos a mais sem ter que tomar remédios para a hipertensão, prognóstico bastante provável dentro da família a qual eu pertenço.
Não posso negar que muitos outros benefícios vêm acompanhando a boa saúde. A facilidade de vestir roupas que estavam esquecidas no armário devido à diferença entre o manequim e a sua circunferência, a pele mais radiante, a autoestima que melhora e arrasta, por tabela, muitos elogios. É um ciclo. Dizem que eliminar 5% do seu peso já seria suficiente para uma mudança de qualidade de vida. Já cheguei a este patamar e posso dizer que realmente funciona. Tenho percebido que estou mais bem disposta, e a pressão arterial, que era o meu objetivo, já normalizou.
Voltando à primeira frase do texto, muitas vezes a gente desanima só de pensar em emagrecer. Vemos aqui e ali um sem número de programas de incentivo à uma vida saudável, reeducação alimentar, prática de exercícios físicos, blá, blá, blá... feliz ou infelizmente, para emagrecer não existe fórmula milagrosa. Vale a regra: quanto mais facilidade para emagrecer, mais facilidade para engordar depois. Isto acontece porque não dá tempo do organismo se acostumar com o novo peso e a memória que ele tem é a do peso anterior, o que faz com que ele, rapidamente, queira voltar à antiga forma. 
Quem quer emagrecer é porque engordou mais do que deveria. Ou seja, o sacrifício faz parte do negócio. É claro que as loucuras estão banidas do "cardápio" de quem busca saúde. As máximas da dieta continuam as mesmas desde que o mundo é mundo. Se você ingere mais calorias do que gasta você vai engordar. Como em uma conta bancária, se você gasta mais do que tem, você fica no "vermelho". O corpo é uma engrenagem fabulosa, de uma perfeição que assusta e bastante sábia. Ele poupa energia se você não come direito, se arma para estar sempre a postos se você vive estressado, ao passo que entra em um ciclo virtuoso se você se dispõe ao exercício. Outra coisa importante é buscar ajuda profissional se você está fazendo a sua parte e nada acontece. Foi o que ocorreu comigo. Entrei na academia em janeiro, e apesar de não estar me dedicando tanto quanto deveria, precisava considerar que ao sair de uma condição de sedentarismo para a de algum exercício, o efeito deveria aparecer, ainda que de forma lenta. Pois o que aconteceu foi o contrário. Em 4 meses ganhei 3 quilos e nem foi de músculos. Primeiro eu fiquei péssima, tentei entender o que havia com o meu corpo e, por fim, resolvi que precisava ir a um endocrinologista. Apesar do ganho de peso, felizmente, as minhas taxas estavam todas normais. Mesmo assim, a médica me explicou que minha tireoide estava meio preguiçosa e me deu um remédio para normalizar a função. Resultado: Emagreci quase 5 quilos em 2 meses. Além dos remédios, passei a me dedicar mais à academia e foquei na corrida de rua como incentivo para melhorar meu desempenho. Ainda estou infinitamente longe de um bom resultado, mas fico feliz de completar as 3 provas de 5km que fiz este ano e consegui reduzir, em virtude da perda de peso, 6 minutos no total da prova. É uma vitória e tanto para quem, até pouco tempo atrás, não conseguia correr 100 metros sem ficar com um palmo de língua para fora.
Não tenho uma solução milagrosa para quem está insatisfeito com o próprio peso, mas espero servir de inspiração e incentivo para quem quer se dedicar a melhorar a própria qualidade de vida.
Comece hoje... persista sempre!


Boa sorte!


Até mais

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dia do amigo

Uma vez, ainda na adolescência, fui a um show. Daqueles que a gente só vai porque já estava com ingresso, em um daqueles dias que você gostaria mesmo é de ficar em casa. O show, em questão, era do MPB4. Era um desses festivais culturais que traziam vários nomes para a cidade. Tudo bem que a minha idade não condizia com o estilo do show, mas apesar de qualquer coisa eu sempre apreciei boa música, sobretudo quando composta por vozes poderosas. Como não estava muito a fim de ir, não criei qualquer expectativa. Estava na onda de "o que vier é lucro"! O grupo estava comemorando, naquela ocasião, 25 anos juntos e todo o show girava em torno da amizade dos quatro cantores. Falaram de amizades famosas e até vestidos de super-heróis os senhores do palco apareceram. Em dado momento, no entanto, eles falaram uma frase, que confesso não saber a autoria, mas que até hoje para mim faz todo sentido. Dizia: "Amigo que é amigo, é amigo apesar de tudo, mas amigo, amigo mesmo, é aquele que continua amigo apesar de nada!" De tão óbvia é genial. Faço destas as minhas palavras. 
Gosto da amizade por ser o tipo de relação mais democrático que existe. A amizade não tem cor, idade, sexo, classe social, não tem hora marcada, não tem troca nem exclusividade. Pode-se dividir entre vários, um só, um par constante, um imenso grupo. Você pode ter um milhão de amigos e se considerar tão sortudo quanto aquele que conta apenas com a amizade de um. Há as amizades temporárias, as duradouras. Há as eternas e as que retornam para a nossa vida depois de um tempo. Há os amigos para rir, ou para chorar. Existem amigos que gostam de contato frequente, mas há aqueles que continuam amigos mesmo quando não falamos por meses e meses. Tenho amigos recentes e outros de infância. Tenho aqueles para quem posso contar de tudo e tenho os que preciso resguardar algumas opiniões, mas nem por isso são menos amigos que os outros. Há quem barganhe amizade. Não acredito na amizade que exige em troca. Que é uma via de mão dupla ninguém duvida, mas deve-se ser tão espontâneo quanto feliz em compartilhar!
Certa vez em um texto aqui do blog, escrevi que sou feliz porque sei que tenho amigos queridos ao meu lado. E sei mesmo! Não divido as pessoas em colegas, parentes e amigos. Tenho aquelas com as quais não tenho intimidade, mas confesso que para mim não é necessariamente difícil ter intimidade com as pessoas. Não sei por qual razão, tenho uma característica que faz as pessoas me contarem as coisas, então, para mim é relativamente fácil sair por aí agregando novos amigos. A amizade é assim, ela agrega, conforta, consola, diverte, fortalece, distrai, doa, une, mas acima de tudo, a amizade completa. 
Sei que tenho amigos queridos ao meu lado porque faço questão de tê-los. A amizade é tão importante para mim, que o meu amor, além de qualquer coisa, precisa ser meu amigo, meu companheiro, torcer para o meu sucesso, aceitar meu ombro nos momentos necessários. 
Quem quiser ser meu amigo, deve dispor um pouquinho de si mesmo para compartilhar a vida comigo. Amigo pela metade não existe. Amigo é inteiro, é de verdade. Amigo é pra sempre, mesmo que um dia acabe.

Neste dia do amigo, que a gente possa olhar o outro com os olhos do coração, possa se doar a alguém, ou "muitos alguéns", e ser feliz acima de tudo!

Feliz dia do amigo a todos aqueles que passaram pela minha vida e deixaram um pouquinho de si...

Até

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Luto...

Não, ninguém morreu! Habitualmente usamos o termo luto para nomear o tempo que levamos para nos recuperar de uma perda dolorosa, principalmente de quem nos é querido, mas digamos que vá um pouco além disso. Luto pode significar apenas um período em que mergulhamos em nós mesmos como quem procura atingir o "fundo do poço" e, então, voltar à tona. Falando assim parece muito dramático, mas se pensarmos um pouquinho, vamos observar que ao longo da vida passamos por vários lutos, ainda que não sejam causados pela morte de alguém importante. Vivemos o luto quando terminamos um relacionamento, quando deixamos de conseguir algo que é significativo, que queríamos muito. Vivemos o luto quando sofremos uma mudança drástica de vida ou com a descoberta de alguma doença grave. Concordo que ele é intimamente associado a um acontecimento ruim, mas se é possível se fortalecer com as perdas, o luto é certamente um rito de passagem. 
O luto pode ser o abandono de um sonho. Aquele momento em que a gente percebe que o que se pensava, como sendo verdade absoluta, só existia na nossa cabeça. Este, talvez, seja o pior dos lutos, sobretudo por ser a tomada de consciência. O grande problema é exatamente este: a tomada de consciência. Há quem viva em um mundo de ilusão, como uma realidade paralela, em que a vida é do jeitinho que fora construído por si mesmo. Neste caso, o tombo (o luto) é infinitamente maior e mais fundo. Quanto mais "cor-de-rosa" é a "realidade fictícia" - se é que isso é possível! - maior é o precipício.
Viver uma vida mais ou menos para não ter que passar por isso, também é medíocre. Ninguém vive sem um pouquinho de ilusão. O que doi é perceber que entre o seu pensamento e o que ocorre de fato, tem uma distância grande. 
Quando se abandona um sonho, seja por impossibilidade de realizá-lo ou porque aquele desejo já não condiz mais com a realidade atual, tomamos consciência de que um novo rumo deve ser tomado. Antes a gente chora, tenta entender, pensa em soluções para mudar as coisas e, só então, se rende. Render-se é passar da condição de ignorância para o realismo, muitas vezes cruel.
A partir daí então é arregaçar as mangas, traçar novos objetivos e se fortalecer para a próxima onda que vier, porque, certamente muitas virão.
Quando o luto se fizer necessário, tente não fugir dele. Isso só fará com que ele dure mais, fique mais difícil e doloroso. Entregar-se a este momento de autoconhecimento e aceitação faz com que tenhamos mais tranquilidade para entender que isso faz parte da vida e que é através disso que crescemos, que abandonamos o casulo. Sentir medo é normal, tristeza, raiva. Sentir-se impotente também é normal. É a prova que não somos onipotentes e que é a nossa pequenez que nos mantém conectados com a nossa essência. O mundo já está tão cheio de prepotência que não nos cabe aumentar isso ainda mais!

Estar de luto é viver a experiência de mergulhar no universo escondido em cada um.

Até breve!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Prioridades

Diversas vezes já li no facebook frases do tipo "Não trate com prioridade quem te deixa em segundo plano", ou algo do tipo. Confesso que tenho um certo problema com esses pensamentos com cara de filosofia-de-porta-de-banheiro. Mas por alguma razão, isto para mim faz sentido. O que é prioridade afinal?
Quando alguém nos pede para fazer algo para ela, temos a nítida sensação de que aquilo não é assim tão importante porque o que foi pedido é fundamental para o outro, e não para nós. Agora, se a pessoa que pediu nos é cara, tornamos o seu pedido uma coisa prioritária para nós. Ora, não é o que será feito que dá significado à atitude, mas o sentimento que temos por quem pediu. Prioridade não é algo que se solicite. É algo que vem do outro como um "presente". Por uma razão, ou por outra, elencamos aquilo que é importante e o colocamos em primeiro lugar. Simples assim.
Se pararmos para pensar, tudo (ou muita coisa!) é baseado em prioridades. Tempo, dinheiro, atenção, pessoas.
Voltando ao pensamento citado lá em cima, embora seja absolutamente clichê, porque nos sujeitamos a dar prioridade se o mesmo tratamento não nos é dispensado? Por que reservamos a nossa urgência para pessoas que colocam à sua frente 10000 outras coisas na lista de tarefas. Não sei dizer de que forma definimos as prioridades. Acho até que elas mudam com o passar do tempo e a necessidade. A questão, neste momento, é tentar entender por que isso acontece. Será que, de certa forma, tornar alguém prioridade na sua vida é uma forma de satisfazer a si mesmo? Uma forma de se sentir bem em permitir que o outro seja a razão das suas atitudes primeiras? Dar prioridade é gostoso, faz bem. Ser colocado em segundo plano, por sua vez, traz frustração. Traz uma sensação de não ser bom o suficiente para ser merecedor do "primeiro posto" na vida do outro. Como lidar com isso? Quando eu descobrir, eu conto!
Por agora, acho que a única coisa a fazer é estabelecer outras prioridades, começando por você mesmo! Se  para outra pessoa você não pertence ao topo da lista, passe você a fazer parte do ponto mais alto. Se dar prioridade é gostoso porque é natural do ser humano cuidar, ser a própria prioridade é reconfortante. Ninguém vive sozinho e isso é bem verdade, mas entre a coletividade e o amor próprio, não hesite em ficar com o segundo!
Sobre as prioridades, (ah!) há muita coisa interessante para se investir por aí. E com o resto do tempo? Aí você destina a quem te coloca em segundo plano... quem sabe assim o outro perceba que você é a coisa mais importante que existe!

Priorize-se!

Até...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

De forno e fogão

Ando em uma fase "mulherzinha". Tudo bem que o diminutivo frequentemente é usado como forma de tornar um termo pejorativo, mas no meu caso, posso dizer que a palavra em questão nada tem de diminuta. A fase a que me refiro é tão somente a vontade de contrariar o que tem sido a minha vida até então - focada no trabalho, e na progressão profissional e acadêmica. Sinto vontade de me dedicar a outras coisas. Compreendo que uma coisa não anula a outra, mas como gosto de fazer bem feito e não tenho muita vocação para ser Mulher Maravilha, devo entender também que algo precisa ser priorizado. No momento, minha vida doméstica. Muito anos 50 para o seu gosto? Talvez sim... talvez não. 
Ando interessada na poesia das coisas. Nos bordados e no lirismo do sonzinho produzido entre colheres e panelas. Dia desses falei, para o estranhamento dos interlocutores, que não havia nada melhor do que lavar roupas no tanque quando se está irritada. Muitas vezes (na maioria delas!) menosprezamos o valor de um bom trabalho braçal, mas posso garantir que mãos em movimento valem mais do que uma meditação, ou talvez o seja, de maneira não convencional. Mãos ocupadas mantêm a cabeça vazia. Como isso é bom!
Voltando às panelas, cozinhar para mim representa alquimia. Representa um contato direto com a essência das coisas. Cozinhar é dar um pouquinho de amor. Cozinhar é um ato de doação. Tanto é que dificilmente dá o mesmo prazer fazer uma comida apenas para si mesmo. Por outro lado, quando estamos tristes, fazer uma comida que nos agrada, conforta quase como dizer a nós mesmos que merecemos sempre o melhor. 
Quero cuidar dos detalhes da minha casa, cuidar do meu amor, como se o mesmo não o fizesse por conta própria. Quero exercitar meu lado caseiro como se isso pudesse resgatar em mim mesma uma conexão que se perdeu há tempos. Quando pequena minhas brincadeiras favoritas se referiam ao fazer doméstico. Adorava bonecas, panelas e comidinhas de mentira. Também gostava dos livros e videogame, mas o que me dizia mais fundo na alma eram as coisas de uma casinha que só existia no meu pensamento. Depois que cresci os aspectos profissionais calaram o resto. A bandeira da revolução feminista fazia meus anseios de outros tempos parecerem sem propósito. Vivi (e vivo diariamente!) minha fase trabalhadora. Agora eu quero mais. Já provei a mim mesma que sou capaz, que faço diferença, que cheguei onde eu queria. Agora quero voltar para casa. Quero voltar para dentro de mim mesma. Buscar lá no fundinho da minha alma quem eu sou de verdade.
Meu momento é este... de panelas, aventais e um irresistível cheirinho de roupa limpa e comida fresca.
Cada um é feliz do jeito que se é... descubra o seu e seja feliz também!

Até mais.

domingo, 15 de julho de 2012

Enfim, férias!

Que preguiça!!!!
Desde sempre minha mãe me ensinou a me desapegar das coisas. Acho que com isso, acabei ficando desapegada demais. Não ligo muito para coisas materiais, assim como não as conservo. São poucos os objetos dos quais tenho realmente ciúme. Por um lado isso é muito bom, pois não sofro muito quando me desfaço deles ou quando, pela própria ação do tempo, eles acabam. Em todas as férias eu tinha a tarefa, desde pequena, de abrir as gavetas e escolher aquelas peças que passaria adiante. Geralmente eram roupas que não me serviam mais, ou que eu já havia "enjoado" de usar, e brinquedos que pelo meu próprio amadurecimento já não faziam mais os meus olhos brilharem... assim, ficava apenas na memória aquilo que um dia me fizera muito feliz!
E assim as coisas continuam até hoje. Em todos os períodos de descanso, mergulho no guarda-roupa e separo aquilo que não me serve mais no momento... reza a lenda que tudo o que você não usa no período de seis meses, não faz falta. Para ser mais cautelosa, vamos considerar as estações do ano. Tudo o que você não usou no inverno passado, já pode ser dado para alguém que vá aproveitá-lo melhor. Se der muita tristeza na hora de separar as roupas, pense pelo lado positivo: sobra mais espaço para roupas novas!
Até pouco tempo atrás, eu achava que falar nesse assunto era "chover no molhado". Como isso sempre foi muito natural para mim eu não poderia imaginar que para alguém não fosse. Mas, relatando o meu "ritual de férias" por aí, me deparei com um monte de gente que não faz o mesmo. Foi então que eu pensei em algumas sugestões para serem feitas nestes 15 dias de descanso que além de mim, tenho certeza, são compartilhados por muitos leitores deste blog. Aí vão:

1 - Despeje todas as roupas das gavetas e cabides em cima da cama. Dá um certo pânico, porque fica uma bagunça danada, mas vá por mim. Se fizer a tarefa por etapas não fica tão bom. Se o seu armário for muito grande, faça um lado, depois o outro, mas é importante tirar tudo, pois assim você pode passar um paninho umedecido com água e vinagre por dentro e visualizar o tanto de roupas desnecessárias que você tem. Neste momento, separe em uma pilha, sem pensar muito, todas as roupas que serão dadas. De preferência, peça a alguém para passar as roupas adiante, pois se você fizer isso, cairá na tentação de salvar algumas pecinhas.

2 - Repita a operação com as gavetas de papeis. Temos uma tendência absurdamente grande de acumular papeis. Também não pense muito. Livros que não te interessam mais devem ir para um sebo, serem doados para uma biblioteca comunitária ou, até mesmo, dados aos amigos que já demonstraram interesse pelos temas. Isso ajuda a reciclar a energia das coisas. Boas intenções geram boas intenções. Outra questão é o próprio prazer de dar fim em algo que estava ali apenas ocupando espaço e a sua cabeça, que certamente, se incomodava com a situação de tempos em tempos!

3 - Dedique algum tempo desses quinze dias para fazer alguma coisa que você realmente gosta. De preferência coisas que você não tenha tempo normalmente, ou que você estava esperando uma oportunidade para aprender. Um trabalho manual, uma comida, um passeio, uma visita, um exercício físico. Se escolher algo que precise de regularidade as férias são boas para isso, pois o tempo livre que você terá, é suficiente para criar o hábito e ter vontade de continuar com a atividade depois que voltar para o batente.

4 - Leia um livro. Peça um livro emprestado, empreste um para alguém. Cadastre-se em uma biblioteca ou mesmo compre um livro e comece uma coleção. Bons títulos não faltam, assim como não vai faltar oportunidade de compartilhar com alguém a ideia que você acabou de conhecer. Ler é um vício. Lamento não ter mais tempo para a leitura, mas certamente durante as férias, este será um dos meus programas.

5 - E por último, mas não menos importante, permita-se sentir preguiça. Permita-se não fazer nada. O descanso é tão ou mais significativo que os períodos de "luta". Deixe-se levar pelo sol quentinho na varanda, pelo vento do lado de fora, pelo cochilo da tarde embalado por uma chuvinha na janela. Permita-se demorar no banho, cantar no chuveiro, ficar de toalha enrolada no cabelo até escova nenhuma dar jeito no penteado. Ficar de bobeira a manhã toda, para então à tarde não fazer nada também. Permita-se um dia de coisa nenhuma... nos outros 14, vamos viver!

Boas Férias.

Até a próxima!

sábado, 7 de julho de 2012

Na matemática do tempo...

Ontem me dei conta de que não escrevo desde segunda-feira... me assustei! Eu que sempre me orgulhei de conseguir manter a calma e o descanso mesmo em meio a tantos afazeres percebi que nesta semana, ao menos, fui surpreendida com o passar do tempo. O que fizeram com o intevalo que existia entre a segunda e a sexta-feira? Costumavam ser 3 dias entre elas, mas por alguma razão "mágica" eles desapareceram... ou quase!
Estava ainda no meu cardiologista esta semana e ele falava da importância de diminuir o ritmo, de contemplar as coisas que acontecem ao nosso redor e, enquanto ele seguia na tarefa de me convencer, eu, do meu lado, pensava que aquele discurso não era para mim já que eu me considero (considerava?) alguém bastante capaz de parar, observar, admirar. Acabei de descobrir que talvez as coisas não sejam mais assim para mim. E como eu percebi? Ora, perdendo a noção de que uma semana inteira se passou sem que eu pudesse me dedicar ao blog, sem que eu me lembrasse todas as tarefas realizadas nestes dias, sem que eu conseguisse listar o tanto de lugares vistos. Estive, como sempre, em muitos locais e com muitas pessoas, mas desta vez elas passaram por mim como um filme projetado. Fiquei assustada. Foi um alerta!
Será que o meu médico tem mais razão do que eu imaginava? Tudo bem, esta foi uma semana atípica. Fim de semestre, aniversário de sobrinho, namorado com uma "folguinha" providencial... mas nada disso deveria ser motivo forte o suficiente para me esquecer de viver cada coisa de uma vez!
Observei, ainda agorinha, que havia mais de 24 horas que eu não ligava o computador... não é grande coisa, mas estando em casa, eu sempre estou com ele "no ar". Não desta vez!
Será que somos capazes de perceber quando é que precisamos desacelerar? Sempre fui daquelas que dá conselhos sobre parar de fumar, sobre fazer exercício, uma dietinha ou qualquer mudança de hábito que possa melhorar a qualidade de vida. Será que justo eu não estou percebendo a modificação que preciso fazer para melhorar a minha vida?
Não me considero alguém com uma qualidade ruim de hábitos. Não fumo, bebo eventualmente (e bem dentro do limite!), como frutas, verduras e legumes, e rio bastante. Mas a verdade é que eu trabalho demais, dirijo demais, durmo de menos, bebo pouca água e, sim, sou acelerada! Tenho aquilo que chamamos "síndrome da pressa". Percebo que corro mesmo quando não estou com pressa. Faço as coisas de forma acelerada, porém, como sou perfeccionista, faço bem feito... combinação desastrosa! Já diz o ditado: "A pressa é inimiga da perfeição". Ora, alguma coisa aí fica sacrificada e, neste caso, recai sobre mim. Lastimável! Gostaria de ter energia infinita, força e coragem na mesma medida. Mas não tenho. Preciso de sono, de descanso e de tempo para ficar a toa. Qual é o problema disso? Nenhum. Só que querer fazer 359 coisas em 24 horas e ainda por cima ter tempo para dormir, é uma matemática do impossível. Simplesmente não fecha...
Se no balanço o saldo está sendo negativo, é hora de rever os custos, diminuir os gastos, usar os recursos com parcimônia, porque na poupança do tempo, não há uma segunda chance de aumentar o patrimônio. É aqui e agora!

Preciso rever minhas prioridades...

Até!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Especial...

Reza a "lenda" que sendo julho o quinto mês do ano, na época do antigo calendário romano, recebia o nome de Quintilis (esquisito que só!). Até que resolveram mudar seu título e colocá-lo como conhecemos hoje, em homenagem ao imperador de Roma, Julio Cesar. Ainda bem...!
Desde o começo do ano, me comprometi a mudar o layout do blog a cada virada de mês. Escolho a dedo a carinha que ele vai ter, penso em qual ideia quero transmitir e então escolho cuidadosamente cada um dos elementos que o compõe.
Em junho, ele estava fofo, romântico, bem ao estilo daquele mês. Todas as vezes que abria a página, me remetia a um morango, fruta que no meu entendimento simboliza perfeitamente o amor!
Aí, o mês acabou e julho chegou exigindo uma mexida no visual... então pensei: qual é o tom do período? O que este pedacinho de tempo tem de especial? Várias coisas, eu diria.
Se eu tiver que responder sobre a data mais importante da minha vida, citaria o dia 07 de julho de 1991. Por que? Porque ainda que eu não soubesse naquele momento, esse dia mudaria a minha vida para sempre. Naquele instante, de alguma forma, alguém lá em cima decidiu que ainda que demorasse muito tempo, esse dia definiria os rumos da minha trajetória. E não é por acaso que eu estava no lugar certo e na hora certa... tinha que ser assim. Hoje, quase completando 21 anos desse episódio, percebo com ainda mais clareza que o que é para ser, mais cedo ou mais tarde acaba acontecendo. Portanto, julho para mim é um mês especial porque desenha na linha da minha vida um marco divisor entre o que eu era antes e o que eu seria dali por diante. E neste episódio, participaram, um como protagonista e outro como coadjuvante, duas pessoas igualmente importantes: meu namorado e minha irmã, respectivamente!
Por falar na coadjuvante, julho é o mês dela. Mês de gente que brilha como o sol, que ilumina os lugares por onde passa, que tem a capacidade de atrair para si os mais fabulosos olhares. Gente que preenche o ambiente, que agrega, que tem o generoso dom de olhar para o outro com os olhos de quem olha para si mesmo. Minha irmã é tudo isso. Sempre a admirei pela sua capacidade de tornar as coisas possíveis, pela sua retidão de caráter, honestidade e imensa luz própria. Custei a me encontrar nesse louco mundinho, já que tudo o que eu queria era parecer com ela. Hoje entendo que somos pessoas diferentes e respeitamos, uma na outra, as qualidades que nos faltam, e que facilmente encontramos em nossos reflexos, quando frente a frente. Somos fruto da mesma matéria, e com o passar do tempo, isso fica ainda mais evidente, ainda que não estampado no rosto. A Lu é divertida, inteligente, e consegue de uma maneira muito própria delimitar seu espaço. Ela é doce, firme, guerreira. É forte, delicada e quem diria que um dia fora a menina mais tímida  que pude conhecer. Eu a admiro por tudo isso (e muito mais!)...
Julho é, ainda, um mês especial, por ser aquele período de descanso no "miolinho" do ano. É época de fazer o que der na telha, viajar, dormir até mais tarde, ir para a cama igualmente mais tarde... julho é mês de comidas quentinhas, de bons espetáculos, de atividades que tragam aconchego.
E para quem queria saber o porquê das fotos no fundo da tela, é tão somente porque as duas pessoas mencionadas neste texto adoram fotografia. Cada um à sua maneira. Cada um com um objetivo, mas tanto um quanto o outro, imprimindo nas telas "digitais" as cenas que fazem a vida ser tão espetacular quanto ela é!

Que julho traga consigo todas as boas coisas da vida... as que podem e as que não podem ser gravadas em um papel fotográfico.

Até breve!

domingo, 1 de julho de 2012

Só por hoje...

Existe uma música do Legião Urbana, banda que sou declaradamente fã, intitulada "Só por hoje" que fala sobre prometer-se fazer determinadas coisas por apenas um dia. Essa fórmula parece ter tanto efeito que os grupos de ajuda frequentemente a utilizam na tentativa de mostrar que quando vivemos um dia de cada vez, torna-se mais fácil o compromisso de fazer o que precisa ser feito. Temos o hábito de projetar coisas a longo prazo. Os quilos a menos na balança, os vícios proibidos que precisam terminar, os planos de viagem que nunca saem do papel. Quando o desafio é grande demais, de modo geral desistimos dele no meio do caminho, porque a motivação se vai com o tempo. O grande negócio é mesmo viver um dia por vez.
Então, só por hoje...
Eu não vou deixar que as pessoas me aborreçam com o que não me interessa
Eu não vou comer aquele doce que me afasta do meu objetivo
Só por hoje eu não vou ficar triste
Nem vou permitir que os maus pensamentos sejam maiores que os bons!
Só por hoje eu vou manter a minha cabeça aberta para novas experiências
Eu vou fazer o que precisa ser feito para conseguir o que eu quero.
Só por hoje eu vou tentar não revidar quando alguém me ofender.
Eu vou aproveitar o dia
Só por hoje eu não vou me lamentar ao invés de agir.
Só por hoje eu vou manter o otimismo
Vou sair sem destino
Vou organizar minhas tarefas
Só por hoje eu vou esquecer o que me atormenta
Só por hoje eu vou fazer uma oração por alguém
Eu não vou reclamar do que não tem jeito!
Só por hoje eu vou vestir um sorriso, dançar conforme a música, me permitir ser mais feliz!
Vou aprender uma coisa nova
Vou viver um pouquinho mais.
Só por hoje eu vou ter a consciência de que a vida é assim mesmo. E que isso não é necessariamente ruim.
Só por hoje, vou me comprometer com a alegria.
Só por hoje vou ver o céu azul ainda que ele esteja cinza, porque definitivamente, a beleza está nos olhos de quem vê...

Mas é só por hoje!

Até mais