domingo, 30 de setembro de 2012

Viva!

Às vezes não nos damos conta do quanto somos felizes! Diria mais: não nos damos conta do quanto temos motivos para sermos felizes! Parece conversa fiada, mas a questão é que raras vezes realmente temos porque ficar tristes. Existe hoje em dia quase uma "apologia" às coisas ruins. Já até falei sobre isso aqui. Eu quero ver coisas bonitas. As coisas feias mostradas pelo excesso de realidade, me agridem! Se déssemos mais valor à beleza da vida, não teríamos tanto tempo de pensar no que não vale a pena. Eu quero ser feliz com as coisas mais simples e, ainda bem, tem um monte de gente que pensa como eu!
Viva as coisas que realmente valem e trazem em si um motivo para levantar da cama todos os dias. Viva a saúde e os dias de sol. Viva os momentos com as pessoas queridas, os passarinhos e o barulhinho que o vento faz entre as folhas das árvores!
Viva a chuva e o cheirinho de terra molhada que transportam para as quentes tardes de verão. Viva a falta de pudor que leva ao riso fácil e sem motivo. Viva o amor, o romantismo e todas as manifestações gratuitas de afeto, seja por uma pessoa especial, um bicho ou uma flor. Viva as flores que apesar da hostilidade do mundo ainda saem por aí perfumando e enchendo de cores os nossos dias. 
Quero dar um viva, ainda, para a amizade que nos mostra o que é generosidade e o verdadeiro bem querer! Viva a paz, a alegria, a boa música... viva as histórias com finais felizes e as crianças que correm e riem e gritam como recreação. Ah! Se nos mantivéssemos com o espírito de crianças o mundo seria melhor...
Viva o bem estar, a vida, as noites de lua cheia. Viva as grandes ideias, os grandes talentos e as boas lembranças. Viva o mar, os jardins e as cidades mais bonitas do mundo. Viva a diversidade, o olhar contemplativo e a vontade de acertar...
Viva o belo, o bom, o correto, o honesto. Viva a pureza de alma, espírito e coração.
Viva você! Viva eu! Viva todos nós...

Viva a semana que começa e que ela venha recheada de motivos para celebrar!

Até a próxima.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Das relações...

Tudo começa muito leve. Divertido, consensual, delicado. Tudo são flores. Há só risadas, conversas amenas e uma atmosfera de gentileza domina o espaço. As relações quase sempre começam assim. Já observou que as séries de TV são deste jeito? No início os episódios são engraçados e as relações entre os personagens, quase sempre, são agradáveis. Com o passar das temporadas, as relações vão se aprofundando e os conflitos começam a aparecer. Além dos conflitos vem as situações dramáticas, as experiências negativas e os problemas. Sempre me "queixei" disso. Escolhia as séries pela leveza e diversão que podiam me proporcionar, e aos poucos, elas iam perdendo a alegria e se tornando "pesadas". O mais curioso disso é que só conseguimos perceber a mudança quando revemos episódios antigos. A coisa acontece de forma tão gradual que vamos vivendo aquelas vidas retratadas nas séries como sendo um pouquinho nossas. E apenas quando recorremos ao passado identificamos a revolução ocorrida na trama. 
E por que isto acontece? Ora, porque na vida real as coisas são do mesmo jeito...
Quando conhecemos alguém nos esforçamos (com prazer!) para agradar, para mostrar o nosso melhor lado, para construir uma relação amistosa. Quando iniciamos uma relação, seja de afeto, trabalho ou apenas social, buscamos ser empáticos, ouvir o outro com todos os sentidos, compreender (e dar razão!) o que vem de fora. Falsidade? Acho que não. Instinto de sobrevivência, talvez. Precisamos ser aceitos, queremos mostrar nossos talentos, desenvolvemos um dom especial de agradar. Mas aí o tempo vai passando e o espaço que era ocupado por frases simpáticas e atitudes cordiais, aos poucos vai sendo substituído pela autenticidade. Com o passar do tempo, agimos de maneira mais natural e os trejeitos "programados" dão lugar ao verdadeiro "eu" de cada um. E aí, não cabe mais vestir a melhor cara, escolher as palavras que massageiam o ouvido do outro, nem decidir previamente o que fazer. Uma vez revelada a sua verdadeira identidade, resta pouco a ser feito.  No entanto, é neste momento que definimos as pessoas que permanecerão ao nosso lado e as que estavam apenas de passagem. Não é fácil se revelar. Não é fácil, igualmente, nos aceitarem do jeito que somos. O que é fato, porém, é que as pessoas cujas relações não se aprofundam, não se sustentam. São apenas "conhecidas". Há pessoas que fazem parte da nossa vida em determinadas épocas. Por circunstâncias várias se afastam de nós e outras vão entrando no circuito. Entretanto, uma vez que se aceita o outro como ele é, um laço se estabelece para sempre. E ainda que afastados por um longo tempo, aquela relação não se desfaz. Uma conexão foi criada e, de alguma forma, ela se refaz tão logo seja possível. A estas pessoas, chamamos AMIGOS. A razão que fez esta relação começar pouco importa. Pode ser um colega do colégio, pode ser parente, pode ser marido. Não faz diferença que outro título se possa ter. O que importa mesmo é que cada um tenha o direito de se mostrar do jeito que é, de apresentar seus talentos e suas fraquezas, de rir ou chorar a despeito da plateia.
O que importa mesmo é que seja de verdade... seja inteiro... seja genuíno. 

A todas as pessoas que conhecem o pior e o melhor de mim, e me aceitam do jeito que eu sou, o meu eterno agradecimento!

Até mais...

domingo, 23 de setembro de 2012

Vento de mudança

Concordo! Eu não sou uma pessoa propriamente difícil de emocionar. Aliás, gostaria de ser mais "durona" um pouco. E olha que há quem acredite que eu sou uma rocha... deixa que pense! Melhor assim.
Sou do tipo que chora por qualquer coisa e disso eu até já falei aqui no blog. Pois neste domingo estava eu pensando em escrever sobre isso quando comecei a buscar coisas que pudessem me emocionar, quando me lembrei desta música, que antes de continuarmos esta conversa, eu sugiro, ou melhor, eu exijo que você veja (e ouça atentamente)... até o fim!

Então? Não é de arrepiar? Conheço esta música há muito tempo, porém ela só passou a fazer parte de mim após ter ouvido esta versão, de uma forma muito despretensiosa, em um lugar igualmente improvável! E de lá para cá, lanço mão de ouvi-la sempre que me sinto procurando um rumo. 
Tive uma educação musical e, talvez, isso me torne mais sensível para perceber sonoridades, mas como a música é uma linguagem universal, não é preciso ter qualquer conhecimento na área para se sentir verdadeiramente tocado por ela. Eu me emociono tanto que chego a chorar quase todas as vezes que a escuto. E ao contrário do se possa imaginar, o choro não é por uma tristeza ou uma melancolia qualquer, mas por uma reação orgânica mesmo. O "sobe e desce" das notas da sua melodia me faz ter esta reação. E, sinceramente, acho que se você se deixar levar por ela, sentirá vontade de chorar também!
Não fosse o bastante, a letra, cujo título já denota (Wind of change - Vento de mudança), fala de mudanças,  de esperança, de sonhos, de uma nova vida. Fala do fim de uma guerra, de soldados e de todas as boas expectativas que qualquer pessoa que tenha passado por situação semelhante deseja. Uma guerra diferente de outras, mas não menos sacrificante. Adoro a forma como o assobio representa este vento e de que maneira o som da orquestra nos envolve. Gosto de ver a imediata reação da plateia, e quase sinto inveja por não poder estar lá. Fico agradecida por este momento ter sido filmado e me transporto para a Moscou falada na música. Sinto o vento da noite misturado com o estranhamento que os novos tempos trazem. Independente da mensagem contida, me impressiona, particularmente as oscilações na intensidade da interpretação que é dada e da impressionante combinação feita entre uma orquestra filarmônica e uma banda de rock pesado. 
Sempre que me sinto sem forças, procuro ouvi-la. Se para você não tem o mesmo efeito, eu sugiro que ouça apenas como uma música bonita e tocante. Quem sabe você não apura a sua sensibilidade e descobre, em alguma outra canção, o mesmo efeito que esta provoca em mim?
Se quiser cantar junto (o que eu também recomendo!) encontre a letra e a tradução bem aqui...



Até mais!

sábado, 22 de setembro de 2012

Sensação de bem-estar!

Bem-estar! Acho que esta sensação é a maior busca do ser humano. Tudo bem que a felicidade seria um estado superior almejado por nós, entretanto, ela acaba sendo um conceito muito filosófico para se viver na prática. Não estou dizendo que a felicidade só existe na teoria. Muito pelo contrário! Acredito verdadeiramente na felicidade duradoura que é alimentada por pequenas doses de realidade. E é esta realidade que estou chamando de bem-estar! 
O bem-estar é palpável, embora só consigamos percebê-lo pelo seu contrário. No dia a dia damos pouco valor ao estar bem disposto. Costumamos nos dar conta de sua importância quando sentimos algum incômodo que nos faz lembrar de como é bom não senti-lo. Passamos a maior parte do tempo sem dor de cabeça, mas quando a sentimos é que conseguimos mensurar o quanto é bom não tê-la. O fato é que quando temos a capacidade de perceber e valorizar o bem-estar, simplesmente, temos a real dimensão da felicidade. E se isto se torna consciente, ficamos mais próximos dela!
Pequenas coisas trazem esta sensação. Já experimentou respirar profunda e lentamente enquanto caminha por uma rua arborizada? Isso é bem-estar. Aliás, se déssemos mais valor ao ato de respirar, nos sentiríamos mais frequentemente agraciados com as boas sensações. Respirar é o princípio da nossa existência. Tão importante que temos um mecanismo automático só para isso, para que não esqueçamos desta tarefa tão essencial. E mesmo assim, não a valorizamos. Escutar a respiração, aprofundar a inspiração até sentir os seus pulmões cheios de oxigênio traz uma calma que vale a pena experimentar.
E um abraço daquela pessoa querida ou de uma criança? Quer maior sensação de bem-estar que esta? Difícil superar. O abraço aquece, fortalece, transmite segurança, confiança, boas energias. O abraço é tão sincero que só é dado quando de verdade. Já reparou como duas pessoas sem intimidade se abraçam só com os ombros? O abraço de corpo inteiro é reservado apenas para aqueles que nos são próximos, cujo sentimento é genuíno. Por isso ele é uma das mais significativas manifestações de afeto. O abraço de verdade transparece os laços que unem as pessoas envolvidas por ele. E a sensação de bem-estar que ele carrega é como uma massagem na alma!
Cada pessoa sabe o que lhe causa a sensação de bem-estar. Entretanto algumas situações são comuns a todos. Um beijo apaixonado, conquistar algo que se queria muito, terminar uma tarefa árdua, dominar-se quando não parecia possível, devolver aquela frase malcriada que estava entalada na garganta, beber água quando a sede é insuportável. Comer quando se está com fome, rever quem se tem saudade, rir, rir, rir e rir de motivos bobos. Conversar com amigos, tomar um sorvete quando o calor é implacável, perceber que o ponteiro da balança baixou 2 números e que aquela calça voltou a servir. O bem-estar pode vir por um elogio, um presente, um cumprimento ou por conseguir aquela vaga pertinho da entrada do shopping que está lotado. Bem-estar é estar com quem se ama, de bem com a vida, curtindo o que ela tem de melhor e não alimentando o que não é bom. 
Sentir bem-estar é como ser feliz em pequenos instantes, um de cada vez, e prolongá-los com as doces memórias provocadas por eles. 
Bem-estar é compreender que a vida passa depressa, mas que ela pode durar mais alguns momentos quando passada em câmera lenta.

Que possamos encontrar mais e mais causadores desta sensação maravilhosa!

Até a próxima


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Conto de fadas...

Era uma vez uma princesa. Ela não era a mais graciosa nem a mais bonita do reino. Levava uma vida comum, como todas as outras princesas dos reinos à sua volta, mas enquanto contemplava o céu de noite sonhava em conhecer aquele que seria o dono do seu coração para sempre. Um belo dia, houve um baile em um castelo próximo ao seu. Naquela noite, a princesa sabia que encontraria o seu amor para a vida inteira.  Então um príncipe apareceu. Como era de se esperar, arrebatou-lhe o peito com todo o amor que ela era capaz de sentir... e era um amor todo para ele. O príncipe e a princesa trocaram olhares, foram apresentados um ao outro, conversaram, dançaram e, por fim, se beijaram. Outros bailes vieram e a história se repetiu muitas e muitas vezes. Mas o príncipe não era como tantos outros dos contos de fadas. Muito jovem que era, queria conhecer outros castelos, desbravar outros mundos, sair em busca de aventura. E o amor da princesa, aquele que havia sido guardado da forma mais especial para o príncipe, ficou adormecido em seu coração como uma pedra preciosa. 
Um dia, uma bruxa enfeitiçou o jovem aventureiro. Transformou-se em uma moça encantadora para tornar-se a prometida do belo príncipe. Sem saber do amor da princesa, ele se deixou levar pelo feitiço que naquele momento lhe parecia a melhor escolha para a sua vida. E esforçando-se para esquecer seu verdadeiro amor, casou-se com a bruxa disfarçada. Quando o príncipe finalmente se deu conta era tarde demais. A princesa havia seguido sua vida, tentando refazer-se da perda de seu amor, e buscando viver o que a vida lhe reservara. Ele, então arrependido, não conseguia se desfazer do feitiço que o prendia àquela situação. E assim muitos anos se passaram.
Qual não foi a surpresa do príncipe, quando um dia, voltando de uma aventura, encontrou a princesa em seu caminho e percebeu que seu amor por ela ainda era o mesmo. O reencontro, ainda muito desajeitado, mostrava que o primeiro baile em que estiveram juntos ainda estava vivo na memória dos dois. Mais um tempo se passou e eles tiveram, enfim, coragem de se declarar demonstrando que um amor verdadeiro não se desfaz com a distância. Ao saber do amor da princesa, o príncipe criou coragem para acabar com o feitiço que o aprisionava e a bruxa, que já havia retornado à sua forma original, tentou fazer com que o príncipe não se livrasse tão facilmente de suas garras. Na verdade, a bruxa nem era tão má assim e nem tinha poderes mágicos. Esta é só a forma como a princesa a via!
Finalmente, príncipe e princesa puderam reviver o amor que mesmo após tanto tempo permaneceu vivo em seus corações e hoje saem juntos descobrindo outros mundos. As aventuras do príncipe, hoje, são descobertas a dois.
E eles vão viver, assim, felizes para sempre!

(O mais bonito desta história é que ela existe de verdade e está aí, em muitos lugares... é só procurar!)

Até breve.

domingo, 16 de setembro de 2012

Brilho nos olhos

O que faz seu olho brilhar? O meu, (ah!) muitas coisas... dias de sol, como o de hoje, que mais uma vez reuniu, em torno do objetivo de chegar até o fim, muitas pessoas naquele Rio de Janeiro que se mostrou mais uma vez exuberante com seu inconfundível céu azul. Hoje aquele azul desceu ao chão e se espalhou pelas camisas que cobriam o asfalto do mesmo tom do céu. O calor era cruel e cruzar a linha de chegada se mostrou um desafio ainda maior. Mas a sensação de superação ao término compensa qualquer sacrifício. Parece que todas as células do seu corpo, então exausto, celebram aquele momento.
Igualmente me faz brilhar os olhos o desejo de felicidade explícita das pessoas que riem gratuita e generosamente por tudo, e por nada. O sorriso abre portas, desfaz incômodos, aproxima. Aquele que sorri, em geral, tem em volta de si as melhores pessoas. Quem ri com frequência atrai a felicidade alheia e alimenta a sua própria. É uma corrente de boas coisas!
O amor também faz meus olhos brilharem. Talvez eu esteja em uma fase muito romântica e isso, particularmente me encante, mas mesmo antes disso eu já admirava o amor genuíno, íntegro, completo. O amor que supera, aceita, conforta. O amor que brinca, que só de olhar se sabe verdadeiro. Sempre admirei os casais que conseguem enxergar as dificuldades, as discrepâncias e ainda assim - e apesar disso! - decidem assumir a empreitada de viver uma vida juntos.
Meus olhos brilham pela contemplação! Não há como observar uma situação qualquer sem a contemplação.  É como destacar a imagem da sua realidade, congelá-la por um momento. Como se tudo ficasse em câmera lenta por um instante! A contemplação é um andar na contramão da pressa! É um recusar-se a entrar no turbilhão de acontecimentos sem sentido à sua volta.
Em tempos de primavera, as flores também fazem brilhar os meus olhos. Suas cores, tamanhos, formas e delicadeza sublime, trazem a sensação de que a vida realmente se renova. Até o cheiro do ar fica diferente. Embora saibamos que os aromas são percebidos pelo nariz, o cheiro da primavera é acompanhado de tantos outros sentidos... adoro passar em frente a algum jardim florido nesta época do ano para admirar a luz do sol por entre as folhas das árvores, as borboletas que voam tão alegrinhas, e a trilha sonora garantida por pássaros que exibem felizes o canto que embala paisagens como essa. 
Cada pessoa sabe o que faz os olhos brilharem. O importante disso é não permitir que a correria do cotidiano nos roube a possibilidade de ter estes momentos. Dar um passeio rápido,  ter um encontro com amigos, dar uma bela olhada no espelho, comprar uma roupa nova, ver uma criança pequena correndo, ganhar um beijo inesperado... vale qualquer coisa que te faça feliz! Só não vale arrumar desculpa para não viver estas experiências, afinal elas são o combustível da vida.  Um minuto de brilho nos olhos vale por muitos dias de uma felicidade autêntica. Uma felicidade simples, franca, ingênua... como ela deve ser!

Até mais!

sábado, 15 de setembro de 2012

Qual é a cor do seu medo?

O medo é incômodo de se sentir em qualquer circunstância. Muitas vezes ele é tão paralisante que nem mesmo gostamos de pensar sobre ele. Alguns medos são confessáveis, outros não são, sequer, identificados por nós. O desconforto faz com que a gente se sinta frágil, impotente, incapaz. Por outro lado o medo é um limite maravilhoso que nos impede de fazer loucuras e colocar em risco nossa própria vida. Não fosse por ele, sairíamos por aí nos jogando em precipícios ou atingindo velocidades absurdas a bordo de um carro. Esta semana aprendi um pouco mais sobre ele. Estive na feira de conhecimento da escola de um dos meus sobrinhos e o trabalho dele era exatamente sobre este assunto. Ele me disse, inclusive, que medo todos os animais sentem e é isto que mostra ao organismo que está na hora de agir, normalmente para fugir de algum predador, mas o que eu achei mais bacana - e que eu não sabia!- é que o ser humano é o único animal que é capaz de sentir medo de ter medo. Legal, né? Posso assegurar que este é, de longe, o meu maior pavor.
Sempre tive mania de atribuir cores às coisas. Leia "Bege?" e você vai entender do que eu estou falando. E não é que existe um teste que mostra através da cor que você escolher, qual é a "natureza" do seu medo? Quer saber? Então me diga: Qual é a cor do seu medo?

Sem pensar muito, feche os olhos e visualize qual das cores abaixo melhor descreve o seu medo! Agora é só ler a definição:




Preto - Ele provoca em seu ser uma tendência reacional que lhe faz nem querer ver o objeto, a causa ou o alvo desse medo. O medo preto, sem dúvida alguma, demonstra um processo que envolve um intenso e profundo sentimento, com um alto grau de sofrimento e pode estar sendo arrastado há bastante tempo em sua vida. 
Muito interessante, é que esse não querer ver chega a ocasionar uma real possibilidade disso acontecer. Por vezes, a reação de defesa é tão intensa que a pessoa ou os aspectos envolvidos em todo o processo realmente "não são vistos". Ocorre o que é chamada supressão que é uma reação de defesa tão forte e profunda que ela nos faz nem perceber que aquilo ali está. Mas, o "re"contato com o objeto do medo acaba sendo inevitável em alguns momentos e, assim, cada vez que ele aflora parece ainda mais profundo e intenso. No medo preto, não são incomuns as sensações ruins permanecerem mesmo quando se procura livrar do processo com tratamentos, terapias, força de vontade ou por outra das diversas formas possíveis. 

Branco - Evitamento das situações que envolvem o próprio medo ou evitamento em reviver as situações que geraram o processo desde quando esse medo passou a existir em sua vida. Procure observar e lembrar-se: a partir do momento em que algo ocorreu e, após a própria vivência do fato, existe um cuidado tão intenso para não se vivenciar aquilo novamente, um evitamento tão forte, que parece que tudo sempre leva você a vivenciar a "proximidade" do que se tem tentado evitar. 
Os medos brancos demonstram DEFESA! 
Uma tentativa de se proteger de alguém ou de algo que possa gerar sofrimento em qualquer área da vida. A falta de domínio perante determinadas situações da vida leva a pessoa do medo branco a procurar se proteger, a evitar confronto ou enfrentamento. A passividade é, comumente, a reação mais natural nos indivíduos que enfrentam um medo deste tipo. 

Rosa - A razão de você estar vivenciando isso é uma profunda carência de amor, de toque, de carinho, de atos que possam suprir suas necessidades afetivas, mas que partam de outras pessoas, de um outro alguém, daquela pessoa que pode lhe proporcionar o sentido de suprimento de amor e doação que vem faltando em suas vivências e experiências. 
Se você analisar bem esse processo que causa o medo rosa, passou a existir após a perda de um ente que supria essas necessidades afetivas em seu ser ou após a perda de alguém que negava essa afetividade a você e, a partir disso, a sensação de não mais poder "acertar" sua carência em relação àquela pessoa nutre um vazio, uma sensação de incompletude e de que não vai dar tempo de se realizar afetivamente. Comumente, se essa é uma realidade que se mantém em sua vida há algum tempo, essa perda pode se relacionar ao princípio de carência de amor materno ou paterno, pela perda física, distanciamento ou morte desses seres queridos ou, mesmo, pela possível "presença ausente", aquela onde mesmo a pessoa estando ao nosso lado ela não se doa, não supre as carências afetivas. 

Violeta (lilás até o roxo)A razão desse processo é a falta de domínio que você experimenta perante os objetivos de sua vida, perante as coisas que você quer alcançar ou que você tem que alcançar para você e ou também para todos que de você dependem. 
A sensação de "não saber o que", ou de "não saber se quer", ou de "se ter dúvida em conseguir ou em ser capaz de", por vezes, causam desconfortos consideráveis nas pessoas dos medos violetas. 
É quase sempre presente uma dúvida:.."até onde aquilo que faço é por mim ou por outras pessoas? Afinal, é "aqui" que posso ganhar dinheiro para me sustentar e, também, àquelas pessoas que dependem de mim, mas o que eu gostaria de verdade era de estar atuando em tal coisa... Aí sim eu me sentiria realizado!... Quem sabe um dia... A realização pessoal é quase sempre inexistente.
Ainda mais complicado é quando tudo parece bem, mas em alguns casos, a pessoa nutre uma culpa ilógica por se permitir ser feliz naquilo que faz, com aquilo que tem, etc. A sensação, nesses casos, pode ser a de uma auto-reprovação - "como posso ter ou querer algo quando tantos não têm". 

Azul Claro -  A principal razão da vivência do medo azul claro é a forte necessidade experimentada por quem o vivencia em se libertar de algo ou de alguém. Entretanto, pode ser que esteja difícil reconhecer "o que", exatamente, está invadindo seu ser e gerando esse sentimento ou impedindo um sentido de liberdade ou mesmo "do que" ela está tentando se libertar ou quer se livrar, já que sensações de falta de lógica ocorrem constantemente e invadem a pessoa confundindo suas razões e causando uma grande dificuldade no encarar dos fatos e, até mesmo, estimulando certa fuga que deixa para mais tarde a decisão, a definição ou o redirecionamento daquilo que não vem ocorrendo como ela gostaria.  A necessidade de SER LIVRE para atuar, para alcançar, para ir e voltar é intensa. A busca da liberdade para alguns, no momento em que os medos azuis claros os afligem, está acima de tudo.  

Azul Escuro A razão de você estar vivenciando esse medo é porque, em algum momento de sua vida, você bloqueou sua sensibilidade ao decidir se defender de algo que você considerava um sofrimento: "é melhor não sentir, pois isso pode doer..."
A escolha dessa freqüência de cor demonstra que vem ocorrendo uma descentralização de seu próprio ser e, ou foi a própria descentralização que ocasionou o seu medo ou ela passou a existir em sua vida a partir do fato que o levou a vivenciar esse sentimento de medo. A falta de domínio sobre o processo, decorrente do impedimento da livre expressão da sensibilidade, atrai para sua vida contínuas situações onde pessoas de seu relacionamento lhe incomodam ao tentar obrigar você a agir de determinada forma ou a tentar impedir que sua ação transcorra da maneira como você decidiu ou como você prefere. Um sentido de invasão e desrespeito às suas próprias vontades e necessidades interiores acaba ocorrendo e você nem mesmo percebe que, exatamente, sua própria vibração freqüencial é que acaba atraindo essa situação para sua vida. 


VerdeO medo verde demonstra acima de tudo uma perda de direção em relação às situações que envolvem o próprio medo ou em reviver as situações que geraram o processo desde quando esse medo passou a existir em sua vida. Procure observar e lembrar-se: a partir do momento em que ocorreu uma vivência que ocasionou o medo e após a percepção desse fato, existe uma seqüência de pensamentos conflituosos e negativos que sempre levam você a desanimar e a sentir-se sem capacidade de reconhecer metas para atingir seus objetivos. 
Os medos verdes demonstram, também, um conjunto de incertezas, ou certezas negativas, que vêm turvando seus objetivos e você já não consegue reconhecer o que quer alcançar em sua vida. Uma tentativa de você acertar sempre desenvolve um perfeccionismo, fazendo-o sofrer para realizar as coisas. 

LaranjaIsso significa que você vem sentindo a vida como um fardo muito pesado. A falta de controle da situação, quando percebida por você, lhe causa um grande desconforto. É como se a cada estímulo ou a cada nova experiência que desencadeia a vivência do medo, um turbilhão de emoções desconexas, trazendo um sentido ilógico de "fim", de "impossibilidade de suprimento" ou de "falta de nutrimento". Em reação ativa, por vezes aguda, ocorre uma tentativa intensa de reter "aquilo" que lhe parece faltar, ou que lhe parece necessário. Ocorre como se dentro de você houvesse um contínuo escoamento de suprimentos que nunca lhe permitem vivenciar uma sensação de plenitude.
Em alguns casos, o "aquilo" referido acima, pode ser "alguém" e, nesses casos, "aprisionar" esse alguém parece ser a única conduta possível para uma tentativa de saciar o vazio e preencher essa lacuna. Também as culpas acabam sendo pontos de tormenta para quem vivencia os medos laranja. Culpa pelo que fez ou pelo que deveria ter feito e não fez. Parece sempre necessário muito esforço para pouco resultado. 

AmareloSe você visualizou o amarelo, é comum você reagir impulsiva ou instintivamente aos estímulos. Por isso, algumas vezes, pode acabar criando conflitos para você mesmo e entre as pessoas com quem você convive. Em muitas dessas ocasiões, ao final, pode acontecer de todos se desentenderem e você, muitas vezes se sente injustiçado. Se isso ocorre, o mais comum é você sentir uma certa raiva ou dos fatos ou dos envolvidos ou, por outro lado, prefere nem dar atenção ao fato, mas no fundo sofre. Também, pode estar nutrindo um arrependimento que procura não demonstrar - é melhor não ser visto com essa fraqueza e, afinal, isso não mudaria o quadro... Em todos os casos você se entristece por não compreender como e porque as coisas sempre acabam assim... No medo amarelo a sensação de, injustamente, "não ser amado" pelas pessoas é presente. Comumente, o amarelo demonstra dificuldades de uma vivência sexual plena, harmônica e com a plenitude do prazer sexual. Se isso estiver ocorrendo em sua vida, procure expressar a sua sexualidade "sentindo mais do que pensando", atenta(o) em receber, em ter prazer, mas, acima e, ainda, em dar prazer e aprender a ter nesse ato o seu maior prazer! 

Vermelho - É preciso voltar a acreditar na melhoria da vida. O desacreditar nas coisas ou pessoas, desistir das lutas, e alimentar as dúvidas entre o "devo fazer" ou o "devo entregar os pontos", não vai levar você a lugar algum. As sensações de incapacidade e impotência são decorrentes da sua análise perante as situações de perigo que precisam ser eliminadas.
A freqüência vermelha alimenta a realidade concreta da vida, a do nutrimento material e do poder financeiro. Tudo, sempre, como base de sobrevivência. 
Quando você tinge uma situação de vermelho, como nesse caso o seu medo, isso demonstra que a situação que lhe causa o medo está gerando em sua vida uma luta intensa e contínua, a qualquer custo. Você tem que chegar, conseguir algo, mas nem sabe bem porque, não observa a verdadeira razão e necessidade disso, e, no fundo, nem sabe bem aonde chegar. Sem dúvida, seu medo sempre expressa a preocupação em cuidar de evitar perdas, principalmente daqueles aspectos que lhe parecem primordiais à sua sobrevivência. 


Marrom - Não há uma definição de medo específica para esta cor. Para poder defini-lo, você deve avaliar quais as cores que misturaria para dar a sua tonalidade de marrom ou a tonalidade do marrom de seu medo. 
Como isso não tem que respeitar as cores realmente necessárias para a obtenção da tonalidade marrom, suas cores podem escolhidas independente de resultarem em marrom e serão elas as que devem ser lidas para o "diagnóstico" individual do medo. 
Basta que você defina, sensivelmente, quais as cores que vc misturaria para fazer o marrom e ler as duas ou três ou mais cores escolhidas. Em cada uma dessas suas escolhas você terá um pouquinho de seu medo descrito.

Cinza - É preciso deixar de fugir! É necessário voltar a enfrentar suas dificuldades, seus conflitos, seus fantasmas... O evitamento e a fuga não resolvem e nem são defesas efetivas. Não adianta querer nem pensar ou nem enxergar as possibilidades que envolvem os seus processos. Você só sabe o que existe por trás de uma porta quando resolve abri-la! 
Você já pode estar viciado em se desvalorizar por se achar tão descrente de suas capacidades em vencer. Essa desvalorização é mais intensa quando o estímulo do medo está aflorado em você. É como se a causa desse medo, do qual foge, fizesse você perceber uma impotência perante o fato e isso demonstrasse sua fraqueza o que leva à desvalorização e gera a descrença. 
É preciso resgatar seus valores e deixar fluir a vida com confiança. Sem dúvidas... Para que a confiança seja possível precisamos aceitar certos aspectos da realidade que fazem parte da natureza cíclica do mundo relativo em que vivemos. Para aceitar precisamos compreender. Essa aceitação é um dos grandes desafios que vivenciamos e que temos que encarar para vencer. 


Se quiser saber mais detalhes e ler a definição completa da sua cor, acesse: 


Este é o site de onde tirei o teste! Desejo que possa se conhecer mais um pouquinho através disto!

Até breve.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hoje é dia de...?

Na escola comemoram-se as  datas mais importantes. Dia desses na semana da Pátria, minha mãe, que é professora aposentada, me perguntou se a minha escola iria desfilar. Ao obter uma resposta negativa ela emendou com um "Ah sim! Só se faz comemoração interna!". Achei a colocação meio absurda, uma vez que, para mim, não faz muito sentido comemorar estas coisas. Tudo bem, sou naturalmente avessa ao sistema. Sou contra a maioria das coisas deliberadamente instituídas. Resumindo: não sirvo de parâmetro! Mas foi a partir desta colocação é que me dei conta de que, quando pequena, apesar de não desfilar havia comemoração destas datas cívicas na minha escola. E eu gostava! Depois eu cresci e diante de tantos absurdos, achei que nada disso fazia mais sentido. 
Certa vez, em um filme, vi alguém perguntar a um escritor o que é necessário para escrever. A resposta foi: "Viva! Saia por aí e veja a vida!". É preciso material para escrever. Se você não tem o que dizer, não tem porque dizê-lo! Por que eu estou falando tudo isso? Simples. Porque estou sempre vasculhando, aqui e ali, assuntos para desenvolver aqui no blog. Às vezes eles surgem espontaneamente. Às vezes não. Digamos que hoje tenha sido um exemplo deste segundo caso. Saí à procura de um assunto sobre o qual gostaria de falar. Pensei em falar sobre o excesso de "datas comemorativas" que encontramos no nosso calendário. Encontrei algumas coisas tão absurdas, que me lembrei do "absurdo" do 07 de setembro, misturei tudo e cá estamos! Voilà...
Voltando ao assunto "dia de hoje", você tem ideia dos fatos comemorados neste 12 de setembro? (Cultura inútil purinha...)
Dia da América Latina - Alguém sabia disso? Existe alguma comemoração especial por isso? Foi divulgado na mídia que hoje, e não os outros 364 dias do ano, se celebra a América Latina? Tem gente que não sabe nem o que ela é!
Hoje também é o dia do trator e da seresta. Quem tem menos de 30 anos não sabe nem o que é seresta. E a maior parte das pessoas nunca viu um trator ao vivo. Será que no campo os tratores ficam parados hoje? Tipo um feriado?
Para quem está pensando em agradecer aos céus ou pedir uma graça, pode recorrer hoje a Santa Maria Vitória Fornari, pois hoje é o seu dia. Com toda sinceridade, respeito o credo de cada um e eu mesma tenho os meus santos de devoção, mas alguém conhece um único devoto desta santa? De qual região do planeta será que ela vem? 
E para finalizar as comemorações deste dia que já está quase acabando, a melhor de todas: 12 de setembro é o dia das segundas intenções. Surreal! Quem será que inventou uma coisa dessas? Certamente alguém muito criativo, ou que estava com "segundas intenções" para cima de alguém e resolveu jogar esta desculpa para ver se colava. Pelo sim, pelo não, a história pegou! Tanto que virou data comemorativa. Só gostaria de saber de quais intenções estão falando...
Com tudo isso, prefiro ficar com as minhas datas. Aquelas que tornam a minha vida significativa. O primeiro beijo, a formatura, aquele jantar romântico, a mudança de casa, o primeiro trabalho ou a viagem dos sonhos. Não precisam ser comemoradas, lembradas pelos outros, ou mesmo presenteadas. Preciso apenas não esquecer que são estas datas que fazem hoje eu ser a pessoa que eu sou. 

Até

domingo, 9 de setembro de 2012

To pee or not to pee! *

Diz minha mãe que não há um ser mais ridículo do que turista. E ela tem razão. Por que será que o anonimato, o fato de estar rodeado de pessoas estranhas, nos permite fazer coisas que não faríamos em um lugar que é nosso? Confesso que sou uma pessoa tímida e até mesmo em viagens não dá para negar que fico visivelmente desconfortável com a situação de estar posando para fotos. Porém, devo admitir que já fui bem mais contida neste quesito. Atualmente não tenho tanto problema em passar vergonha em algumas situações embaraçosas, tanto é que já protagonizei algumas, além é claro, de ter os devidos registros das ocasiões! (rs).
No começo deste ano, como todo mundo já sabe, estive em Paris. Cheguei a comentar, inclusive, sobre a falta de pudor que os franceses têm quando o assunto é banheiro. Parece que o mesmo acontece em toda a Europa. Ao contrário de nós, brasileiros, que somos rotulados de sensuais e belos, os europeus não consideram o próprio corpo como fator primordial de sedução. Com isso, não existe uma supervalorização dele e, consequentemente, a divisão, tão declarada quanto aqui, sobre o que é vergonhoso ou não. Em uma situação específica, estávamos eu e meu namorado em um restaurante e ao entrar para o banheiro feminino avistei no caminho um mictório, bem ao lado da pia e separado por uma meia parede. Pensei ter entrado no lugar errado e retornei me certificando com o garçom de não ter me confundido. Não tinha! Para ir ao banheiro, que era de uso comum, passava-se pelo mictório. Assim como em outros locais da mesma cidade, mulheres entram nos banheiros masculinos para limpá-los, bem como os homens, nos femininos. E não há qualquer interdição prévia.
Não é charmoso?
Mas o episódio que eu ia contar aconteceu comigo no último dia de viagem. Antes de viajar, fiquei sabendo de um banheiro público, estilo banheiro químico, que se lavava inteiro após cada uso. Obviamente fiquei curiosa para conhecê-lo. Procuramos por toda a cidade, mas não vimos nenhum até esse dia. Quando o vimos, sem pensar duas vezes resolvi experimentar. Aventura total! A instalação era bonita, uma casinha oval, em metal pintado de verde escuro e não se destacava em nada do restante da paisagem. Do lado de fora um mapa da cidade e um letreiro escrito apenas "Toilettes" que, por si só, já é uma palavra chique! Apertei o botão que abria a porta automaticamente, como a de um elevador. Por dentro, um banheiro como outro qualquer, com piso de alumínio e todo o resto escondido em compartimentos, já que um chuveiro é acionado periodicamente para lavá-lo. A única coisa que eu sabia era que em 20 ou 30 minutos ele abria automaticamente. Tudo o que acontece dentro dele é avisado por uma "voz". Confesso que, devido ao nervosismo não me lembro se a narração é em francês ou em inglês, porque o pânico de tomar um banho lá dentro era tanto que eu nem consegui entender o que foi falado. Há alguns botões por dentro que, admito, tive medo de apertar. Imagine só! Já havíamos feito o check-out do hotel. Fazia muito frio. Um banho, ainda mais com desinfetante, não seria a coisa mais agradável naquele momento... resumindo, fiz o que tinha que fazer e, neste meio tempo, a "voz" começou a dar um aviso incompreensível! Não perdi tempo: saí correndo, porta afora, para deleite do meu namorado que estava a postos para clicar o momento!
Olha a cara de desespero!
Como era esperado, assim que saí a porta se fechou novamente e a lavagem começou... ainda bem que eu escapei! (rs)
Devo concordar com a minha mãe! Turista é o ser mais ridículo que há!

Até a próxima

* Fazer ou não fazer xixi!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um pouco de mim

Este texto foi escrito em homenagem ao aniversário da Allere (para quem não conhece, acesse www.allere.com.br). Para quem ainda não leu, sugiro voltar ao post "Mística" para entender este. Ou, se preferir, apenas sinta o texto a seguir e coloque-o na sua vida como achar melhor! Divirta-se.

Sobre formigas e embaúbas...
“Corre-corre no formigueiro. Algo aconteceu para tirar as formiguinhas de sua rotina. Uma notícia precisa ser transmitida. Talvez várias! A calmaria de outros tempos é substituída pela agitação que a novidade traz. Não há papeis predeterminados para nenhuma das formigas, mas todas sabem de sua importância no formigueiro. Todas querem mostrar ao grupo que cumprem sua função e que vão além. Entretanto, em meio à correria, as formiguinhas não se preocuparam em pensar no que deveriam fazer. Sabiam, apenas, que deviam fazer algo.
Com o passar dos dias e da intensa movimentação, elas perceberam que haviam criado uma rede de proteção para si mesmas e compreenderam que não precisavam mais correr de um lado para o outro, de maneira insana, mas que deveriam tão somente guardar o que haviam conquistado. A calma foi novamente tomando o seu lugar e as formiguinhas, até então muito agitadas perceberam o que havia acontecido: Uma linda embaúba veio florescer próxima a aquele formigueiro. As pequeninas formigas entenderam, então, que não bastava cuidar de si, isoladamente, mas que a partir daquele momento, deveriam se unir ainda mais para cuidar de algo muito maior: O bem de todos!”
A Allere está fazendo 7 anos. Muito trabalho, muita conquista, algumas perdas, muito sucesso. Assim como as plantas, as podas às vezes são necessárias para ganharmos força e gerarmos novos frutos. Nenhuma perda é fácil, e todas elas demandam adaptação. O sucesso também não é algo fácil de lidar. Se o temos, precisamos não permitir que a prepotência o acompanhe. Se deixamos de tê-lo, precisamos não nos deixar abater. Só quem compartilha hoje da nossa conquista sabe do tamanho da luta. Só quem passou pelos maus momentos sabe apreciar os bons. Só quem torce pela vitória do nosso trabalho consegue dar a exata dimensão do caminho que percorremos para chegar até aqui. Há sempre muito a ser feito. Nossa matéria é viva! Muda o tempo todo e a cada etapa temos um novo desafio.  Que possamos ter coragem e força para levar adiante o nosso trabalho por mais 7, 10, 50 anos. Que tenhamos discernimento entre o resultado do trabalho e o sucesso vazio. Que permaneçamos formigas e embaúbas mesmo quando não estivermos mais juntas.
A nossa equipe é um sucesso porque a educação que fazemos vai além do que os olhos podem ver. Nós educamos com a alma e o coração!

Parabéns por todas as lutas, vitórias, conquistas, participações sempre tão bem recebidas e a certeza, acima de tudo, de que este trabalho transformou muitas vidas... dentro e fora dos nossos limites!

Até mais!

sábado, 1 de setembro de 2012

Quem bate? É setembro...

Acabou o ano! Não, eu  não estou enlouquecendo. Você já observou como o fim do ano chega rápido depois que nos despedimos do mês de agosto? Pois passe a reparar! Ainda mais agora que parece que a Terra está girando mais rápido e contribuindo para a nossa percepção de que o dia passou das habituais 24 horas para bem menos.
Entretanto estou aqui para relembrar que Setembro está mostrando a carinha. Este mês sempre me trouxe uma boa sensação. É aquele período em que os dias, como um todo, ficam mais coloridos. O vento já não é mais cortante. Traz com ele um calorzinho que ajuda a derreter o gelo de cada um. O céu, bastante azul, reflete a esperança dos tempos de renovação. 
Setembro é tradicionalmente o sétimo mês, pelo calendário romano que se iniciava em março. Para nós do hemisfério sul, marca o início da primavera e do renascimento, mas nos lugares onde agora é outono, há também comemoração como a colheita, a fartura e a conclusão do trabalho. 
A nossa primavera torna as cidades mais bonitas, as cores preenchem os espaços, a luz azulada e difusa do inverno ganha um colorido alaranjado típico dos dias quentes e ensolarados. Dá uma vontade de sair à vida, conhecer pessoas e lugares, caprichar mais no visual. Dá vontade de mudar, de rever os hábitos, de começar novos projetos. A primavera enche os olhos de quem passa nas ruas ornadas com belas árvores e suas copas frondosas. E ainda tem as flores... ah! As flores. Quantas cores elas podem ter? Quantos perfumes e texturas elas contêm? Pena que elas não durem muito. As flores duram apenas o tempo da contemplação. Se perdemos o instante em que elas desabrocham, sobra muito pouco. A importância de sua beleza é proporcional à sua durabilidade. Apenas os olhares atentos são capazes de percebê-las. Talvez por isso elas tenham uma vida tão curta... para selecionar as pessoas que merecem admirá-las. Um piscar de olhos separa estes dois tipos de pessoas: as que percebem a vida em sua plenitude e as que apenas passam por ela. 
Setembro é um mês de alegria, de belas paisagens, de passeios ao ar livre. Não está frio, nem quente demais. Não chove muito ao mesmo tempo que os dias começam a ficar mais longos. As noites têm uma brisa agradável e a lua, grande e iluminada, torna tudo mais bonito e cuidadosamente planejado para um momento especial.
Neste mês tente não se deixar levar pela aceleração que torna os nossos dias tão confusos. Pare um instante para admirar a beleza das coisas simples, o passar despretensioso do tempo, o fazer nada em um jardim florido. Visite bosques, parques, praças, veja a festa barulhenta dos pássaros e o voo silencioso das borboletas. Ouça, sinta, veja. Use seus sentidos para descobrir que a vida se renova a cada dia.


Deixe a primavera fazer parte de você!

Até breve.