quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mentira?!!

Nunca fui boa em mentiras! Sempre que conto às pessoas que eu não colava em provas, recebo um olhar "reprovador" como quem não acredita! Certamente pensam que eu quero me fazer passar por santinha, mas logo explico que não é por uma questão moral, é por incompetência. Sempre foi difícil para mim disfarçar o desconforto sentido logo após cometer o "delito". Fico tão incomodada que pareço carregar na testa um letreiro luminoso indicando que eu menti. Felizmente descobri isto bem cedo, o que me possibilitou entender minhas limitações e nem tentar uma ousadia maior. Mentir dá trabalho! Exige desprendimento de si mesmo, da própria verdade para vestir um personagem que faz coisas que eu não faço. Mentir denota uma certa dificuldade de lidar com a realidade. Tanto é que as crianças, em plena fase da fantasia, mentem como quem respira. É claro que diante da sua então inocência, não é permitido ao adulto acreditar em tudo o que eles falam. O problema da mentira é quando ela se estende a outros momentos da vida. Não há mentira menor ou maior. Há mentira. E há quem minta com frequência. Ponto final. Mas é claro que a verdade absoluta nem sempre pode ser dita. Fosse assim não nos relacionaríamos com as pessoas. É o caso da "mentira social", que é aquela que você lança mão para não magoar quando não há outro jeito. Por exemplo, a resposta que você dá para aquela amiga que te pergunta se o cabelo, já cortado, ficou bom. Adianta dizer que não ficou? Vai fazer o cabelo crescer? Não! Vai, no máximo chatear a sua amiga que, no fundo, já sabe disso!
Há quem pense que omitir é um pouco melhor do que mentir. Talvez seja mesmo, mas o resultado não muda muito, eu acho. Omitir alguma coisa não é simplesmente não contá-la. Omitir é uma atitude planejada. É decidir não contar algo que é significativo para o outro. A diferença da omissão para a mentira é que não foi perguntada. Apenas isso!
Mentir é um ciclo. Dificilmente se para na primeira. Uma história inventada exige que vários outros fatos sejam agregados e aí, novas mentiras se fazem necessárias. Com a omissão não é muito diferente, por isso acho que no fim das contas, uma coisa está intimamente ligada à outra.
Não sei dizer se toda mentira é castigada. O que eu sei é que as poucas vezes que menti na vida sofri algum tipo de punição e, sinceramente, ela veio a jato. Aí entra outra questão do meu incômodo que é ser chamada atenção. Eu odeio ser chamada atenção! Por isso, faço o possível para que isto não ocorra.
Para encerrar, deixo duas frases sobre o assunto que ajudam a pensar um pouco mais...
"É possível enganar algumas pessoas por algum tempo. É possível enganar muitas pessoas por muito tempo. Mas não é possível enganar todas as pessoas o tempo todo!"
E a outra é: 
"A verdade encerra qualquer discussão."

Por isso na hora de mentir, pense bem se vale a pena. Pense se está disposto a abrir um ciclo, porque com toda certeza ele será fechado em algum momento e posso garantir que é com uma verdade. 

Até mais.

domingo, 25 de novembro de 2012

Quattro Stagioni

Após muito tempo e desculpas, resolvi pegar um livro para ler. Adoro ler, mas por alguma razão (chamada computador!) argumentei minha falta com os mais diversos títulos por um longo tempo. Hoje decidi que isso iria mudar. Peguei de forma bastante despretensiosa um livro que havia comprado no início deste ano e que, na ocasião, confesso ter me sentido seduzida pelo título. Sabia que era uma "trilogia" de bestsellers, mas se tantas pessoas leem, pensei que seria interessante. Por que não?
Comecei minha leitura tentando me apropriar das palavras, uma vez que para se mergulhar em uma história é preciso fundir-se a ela. Entretanto, nem sempre a forma de escrever de um autor torna isto uma tarefa fácil. Há pessoas que escrevem como quem conversa. Há pessoas que buscando algo mais lírico ou, simplesmente por dificuldade de sintetizar, tornam as histórias morosas. Mas sou uma pessoa perseverante e fui em frente. Confesso que ainda não avancei muito. Embora leia rápido, é impressionante o que faz a falta de treino. Leio tanto para o trabalho que acabo deixando o prazer em segundo plano. E não precisa ser especialista para saber que textos técnicos exigem outro tipo de compreensão daquilo que se lê. 
No entanto, após passar o dia inteiro buscando um assunto para desenvolver aqui no blog, encontrei nesta leitura uma frase que me fez pensar e querer escrever sobre ela. A frase em questão é: "Algo que o tira de você mesmo também o restitui a você com uma liberdade maior." Parei uns instantes para entender o que aquilo queria dizer. E dentro da minha interpretação significa apenas que quando você se permite ousar, você se liberta dos vícios que te aprisionam e, ao se desvencilhar, volta-se para si mesmo, porém alheio aos seus medos de outrora. Fugir do nosso comportamento padrão é tão difícil que quando conseguimos fazer isso ganhamos uma força extra ao mesmo tempo que nos livramos daquilo que nos impede de ir adiante. Temos tantas manias que nos castram, que vencê-las é como evoluir mais um pouquinho. E então, no reencontro com o nosso "eu" reinventado não nos reconhecemos mais como éramos antes. Diante disso, só nos resta mudar. Não sei se consegui me explicar. Talvez você, leitor, tenha uma visão diferente desta mesma frase. Talvez ela não faça qualquer sentido para você agora, mas certamente em algum momento isso te fará refletir. Pode não parecer, mas sou uma pessoa de muitos medos. Talvez tenha mais coragens que medos, mas tenho muitos medos. E percebo que quando me permito "pensar fora da caixinha" vejo maravilhas acontecerem. Não porque o mundo inteiro tenha mudado em apenas um instante, mas porque a forma como eu percebo o mundo se tornou diferente depois que eu  me modifiquei...
É, sem dúvida, libertador! Esta é, definitivamente, a palavra. Palavra esta que me remete imediatamente à imagem de alguém andando de bicicleta com os braços abertos tendo o pôr-do-sol ao fundo. Totalmente clichê, eu sei, mas eu não sou tão isenta assim dos padrões instituídos!

Se o restante do livro valerá a pena eu ainda não sei, mas certamente estas poucas palavras já valeram por todo ele!

Até.

*Quatro Estações

Ah! Para você que está curioso, o livro de que falei se chama Todos os dias na Toscana, de Frances Mayes.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

365 dias de parabéns!

Há exato um ano eu me aventurei a escrever neste espaço. Ainda me lembro do dia em que isto aconteceu. Eu estava um tanto entediada, coisa meio comum para mim. Pensava de que maneira eu tornaria aquele meu momento mais interessante. Não tinha a menor ideia de que iria tão longe. É preciso coragem. É preciso perseverança. É preciso ainda desprendimento, alguma técnica e muita história para contar. Quem me conhece diz que isto não é problema já que eu, com todas as minhas "confusões", tenho várias! Mas não é bem assim que funciona. Nem tudo merece ser escrito. Nem tudo desperta o desejo de ser lido. De uma forma ou de outra, quase 17000 acessos depois, considero que o blog é um sucesso. Pode não ser campeão de visitas, pode não ser dos mais conhecidos, mas dentro da razão pela qual ele foi criado, considero que sua missão se cumpriu. Não gosto muito deste termo "missão cumprida" pois traz a sensação de que não necessita mais existir e isto, definitivamente, não se aplica ao meu cantinho virtual. Ainda que ninguém mais o queira ler eu continuarei escrevendo... tudo bem, se ninguém mais ler uma hora eu também vou parar (rs), mas até que isto aconteça, continuamos aqui. Eu, deste lado, com o "microfone" na mão. Você, do outro lado, lendo e dialogando comigo nos seus comentários e reproduções dos trechos preferidos nas redes sociais. Já disse o tanto que isto me enche de orgulho e vaidade! É feio se envaidecer, né? Mas eu já me confessei vaidosa aqui mesmo, então não me cabe agora o papel de modéstia ou o comportamento politicamente correto.
Uma coisa é certa: escrever me dá a possibilidade de expor meus pensamentos, de ajudar outras pessoas, de refletir sobre a vida e disseminar por aí uma visão mais otimista. Isto é o que eu acredito. E depois de 180 textos escritos neste um ano tenho a certeza, cada vez maior, que o tanto de coisas que eu sei, que eu penso, que existe para ser escrito ainda está por vir. 
Que venham mais tantos outros anos e que o desejo de espalhar sementes por aí não se esvazie!
Conto com você, meu leitor, nesta jornada.

Parabéns a nós!

Até logo.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ondas Artificiais

A fila estava enorme. Um incontável número de pessoas esperava a sua vez. Um imenso galpão escondia o que, de fato, seria enfrentado lá dentro. Mesmo sabendo do que se tratava, não fazia ideia de como me sentiria. A fila andava pouco a pouco e a sensação era de que não se poderia escapar. Uma vez que se decidisse entrar naquele espaço só restava encarar o desafio. Chega a minha vez. O ímpeto de correr toma conta de mim, mas àquela altura não podia mais. O carrinho para. Tentando fugir do inevitável, sento-me no lugar determinado e me certifico de que o cinto está bem atado. Se tem uma coisa que aprendi nas minhas idas e vindas é que quanto maiores são os dispositivos de segurança, maior é a sensação de medo provocada. Tive certeza de que dessa vez não seria diferente. Tudo o que eu desejava era que aquilo terminasse logo. O carrinho sai em uma velocidade alucinante. Sinto meu corpo colar no assento. Antes que eu pudesse me preparar uma sequência de sobe e desces começa freneticamente. Fechei os olhos, pois ver aquilo era, para mim, como se consentisse em participar. O escuro se tornou meu companheiro por toda a viagem. Além dele, apenas gritos surdos e rock pesado. A adrenalina que tomou conta do meu corpo fez com que, neste momento, apenas uns poucos flashes ainda permanecessem, me permitindo contar o episódio. Mãos geladas, pavor, vontade de simplesmente fazer parar tudo. A viagem chega ao fim. Na verdade o trajeto interminável durou alguns poucos minutos... talvez menos de dois. Pareceram uma eternidade. Depois, relaxamento. Sensação de se dominar, de enganar o medo, de vencer-se a si mesmo. Por um instante veio a vontade de tentar mais uma vez. Foi só uma vontade. A coragem momentânea não se estendeu por muito tempo. Quis mostrar a mim mesma que o medo, então vazio, pois apenas fictício, não poderia por si só causar danos mais significativos. Porém a sensação, ainda viva, não me permitiu fazer de novo. Quem sabe um dia eu tenha novamente a possibilidade de embarcar nessa aventura igualmente louca e maravilhosa. Porque estou aprendendo que uma montanha russa, com todas as suas impressionantes oscilações, nem de longe se compara com a aventura de viver.

Sentir medo é normal. Deixar que ele nos paralise, não!

Ps.: Quem quiser ter uma vaga ideia do que é, assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=YoKWD_yPJk4

Até mais.

domingo, 18 de novembro de 2012

Hello Kitty!

O homem convive com os gatos há cerca de 3000 anos. Parece muito, mas não é quando comparamos com os 10000 anos que os cachorros têm perto de nós humanos. Gosto de cachorros, mas eu e os gatos temos uma relação quase de "espécies iguais"... eu os entendo, eles me entendem. Desde pequena convivo com os bichanos, pois na família eles sempre estiveram presentes em casas de avós, primos e outros parentes. Na minha casa, o primeiro "exemplar" foi quando ainda tinha meus dentes de leite, mas assim como a pouca referência que eu tinha na época, acho que sua presença entre nós foi bastante curta. Tenho a sensação, inclusive, que ele não chegou a virar adulto. Seu nome era Fofinho, como tantos outros gatos que vemos por aí. Desde então, passamos a curtir apenas os gatos alheios, já que viver em apartamento nem sempre nos possibilitava mais do que isso. Na adolescência tentamos novamente. Desta vez veio a Cindy, uma siamesa linda que esteve entre nós por 4 anos e se foi de maneira inexplicável, mas isso já faz muitos anos. Superar a perda de um animal de estimação não é uma tarefa fácil. Prometemos que nunca mais os teremos, dizemos que desta vez será a última, mas tão logo passe a dor - e até como uma homenagem aos nossos queridos - vem a vontade de tê-los por perto novamente. 
Clarinha/curiosa de plantão!

O brasileiro tem predileção declarada pelos cachorros. Com eles se pode sair de casa, nas lojas há uma infinidade de produtos, além do que, dos cães se tem uma fidelidade única. Costumo brincar dizendo que somos um povo muito carente e precisamos de alguém literalmente babando por nós seja do jeito que for. Sinceramente, acho linda esta relação, porém, não daria conta dela. Os gatos são perfeitos para mim: independentes, cheios de personalidade e representam um grande desafio na tentativa de domá-los... entretanto, são afetuosos, muito sensíveis e companheiros. São como pessoas dentro de uma casa. Se estão com vontade, estão perto de você, mas se não estão, preferem ficar quietinhos no seu canto. Gatos brincam até consigo mesmos. Adoram rolar por aí, correr atrás de um reflexo, desenrolar novelos de qualquer coisa.
Há alguns anos atrás tive a infeliz surpresa de encontrar um rato bem na minha casa. Poucos dias antes havia visto na televisão que a simples presença de um gato era suficiente para espantá-los. Foi aí que, de maneira absolutamente desesperada, resolvi adotar um gato. Liguei para o GAPA rapidamente e sem nem mesmo vê-la pessoalmente escolhi a minha "filhinha". A única informação que tinha sobre ela era seu nome "Clarinha", que segundo constava era, também, a sua pelagem. Marcado o dia para a entrega fui ao encontro da minha preciosidade, então com pouco mais de um quilo e uns 3 meses. Hoje é uma deliciosa gata bege rajada de cinza com bem pesados 5,2 quilos. Alguns meses depois, uma outra gata entrou em conflito com ela no quintal. Qual não foi a nossa surpresa uns dias a mais, quando a "brigona" que veio enfrentar a minha Clarinha, teve filhotes no porão.
Bartolomeu /enfeite de árvore de Natal
Agora eram 5: Clarinha, a gata intrusa e seus três filhotes. Decidimos dá-los. Apenas um se foi. Os outros, bem, estão aqui até hoje. O que era apenas um se transformou em quatro. Os filhotes ficaram, a mãe veio se chegando de vez e ainda tinha a dona da casa. Dizem que quando se dá nome aos animais os tornamos parte de nós. E não dá outra. Nomeamos e eles passaram a fazer parte do ambiente. Hoje vivem aqui a Clarinha, a Bela, o Bartolomeu e o Edgard. Todos lindos, felizes e muito arteiros. Nossos dias são mais animados por causa deles. São como crianças aprontando bobagens por todo canto. Preenchem o espaço, nos fazem tomar conta o dia inteiro, conversam através de olhares e miados irresistíveis. Elegem seus donos e convivem "quase" pacificamente! Uma delícia.
Bela/preguiçosa de carteirinha...
A foto do Edgard ficarei devendo, pois como ele é o mais assustado não se deixa clicar com facilidade, mas posso garantir que é lindo tanto quanto os outros.
Se você nunca experimentou conviver com gatos por puro preconceito vale a pena dizer que ao contrário do que falam eles não são traiçoeiros e egoístas. São animais encantadores, cheios de amor e muito inteligentes. E se ainda assim você não se convencer, sugiro que leia a reportagem do link aqui embaixo.


http://www.anda.jor.br/20/05/2012/quem-convive-com-gatos-vive-melhor-segundo-estudo

Miau!

Até.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O que você tem feito...?

O que você tem feito para cuidar bem de você? Esta pergunta pode dar a impressão de que é inútil, afinal se eu não cuido de mim, quem vai? Mas pense friamente no assunto. Você tem realmente cuidado de você pensando no futuro? Tudo bem que não sabemos exatamente quanto futuro teremos, mas o fato é que independente do tempo de vida, é de consenso que se quer viver bem. A gente ouve falar tanto ultimamente no aumento da expectativa de vida que considero este um assunto importante para se pensar. Sobretudo porque eu li, em algum lugar, que as gerações que estão começando a viver agora podem ser as primeiras que viverão menos do que os próprios pais. Isto é muito sério, uma vez que a medicina tem avançado tanto. Chega a ser cruel. Mas voltando à pergunta inicial, o que você tem feito para cuidar bem de você? É importante dizer que cuidar bem não inclui apenas o corpo, mas a alma, a mente e o coração. Não o coração que é um músculo, mas o coração no sentido figurado, aquele que reúne em si todas as emoções que somos capazes de sentir. Isto é tão significativo que da última vez que eu fui ao cardiologista, um senhor muito simpático, ele falou pra mim da importância de estar feliz para ser saudável. Olha que coisa? Geralmente os médicos são tão técnicos e tão voltados para o que é comprovado cientificamente que chega a ser engraçado ouvi-lo falando do coração de maneira tão poética. Na ocasião falou-me da importância de estar apaixonado, não só por alguém, mas pelas coisas vida. Falou-me dos aborrecimentos e das tristezas que afetam o coração, desta vez o músculo. Achei bonita a sua compreensão sobre a relação tão direta e estreita entre os "dois" corações. Dentro desta perspectiva, buscar a alegria, a serenidade, a contemplação que eu tanto falo, passam a ter um sentido novo... como um remédio para o corpo. 
Cada vez mais eu me convenço dos efeitos do estresse na nossa vida. Ele sempre me pareceu tão distante, tão "dos outros" que não dei a devida importância. Alguém estressado para mim era alguém aborrecido, sisudo, mal humorado até. Sendo assim, eu sempre tão sorridente e, aparentemente, distante da turbulência do mundo, estaria imune a esta praga dos novos tempos. Qual não foi minha surpresa quando comecei a perceber em mim os efeitos de um estresse que eu desconhecia? Ele veio na minha direção através do trabalho em excesso, da falta de sono, da vida um tanto desregrada. Não que eu seja uma louca varrida a esta altura do campeonato, mas devo considerar que disciplina nunca foi muito o meu forte. Então, de maneira insana, sempre lutei contra a mania que a vida tem de nos tornar rotineiros,  o que, sem a menor dúvida, é estressante! 
Fiquei pensando, a partir disso, no que eu tenho feito para cuidar bem de mim. A meu favor tenho a terapia (que eu voltei, ainda bem!), tenho os sorrisos frequentes, a prática de exercício e a alimentação que não é completamente de se jogar fora. Tenho a companhia dos amigos, a família, o meu blog que me ajuda a exorcizar minha cabeça louca, e tenho o amor da minha vida.
Contra mim eu tenho a dificuldade de me disciplinar, o que faz muitas vezes os pontos positivos serem quase esporádicos, o sono deficitário, a dificuldade de esquecer o que me atormenta. Tenho a paixão por doces, a imensa vontade de fazer nada e a mania de achar que tudo de ruim acontece comigo. 
Coisas tão contraditórias, tão próprias de mim...
Coisas que eu preciso melhorar, e tantas outras que eu preciso simplesmente deixar passar...
Coisas que me fazem bem lutando incessantemente contra as que não fazem...

Projetos para uma vida inteira, afinal, cuidar-se bem é algo para se fazer todos os dias!

Até mais.

domingo, 11 de novembro de 2012

Realidade nua e crua...

Chega de desculpas! Chega de tanta autoindulgência... é isso mesmo! Chega de arrumar desculpas para explicar o inexplicável. Por que tentar encontrar justificativa para o que não tem? 
Você reclama que não consegue emagrecer, mas enche a "cara" de chocolate. Costuma se queixar de não ter mais o corpo que tinha, mas se esquece que naquela época não ficava colado no sofá como agora. Chega de inventar problema onde não existe!
Isto vale para o corpo, as relações, o trabalho, a falta de grana. Já se perguntou qual é a sua verdadeira responsabilidade sobre esta situação?
Então vamos lá! Se você responder "sim" às perguntas seguintes, realmente você é uma vítima da natureza. Mas se a sua resposta for "não", trate de parar de se lamentar e faça alguma coisa!
Você só come alimentos saudáveis, mantém uma rotina de exercícios, dorme bem e bebe água o suficiente?
Seu dinheiro é usado para as necessidades, as compras são planejadas e você não se rende aos apelos das propagandas?
No trabalho se dedica ao máximo, vai atrás de todas as oportunidades e se qualifica sempre mais para exercê-lo?
Aposto que a maioria das suas respostas foi negativa. E sabe por quê? Porque é muito mais fácil se lamentar do que assumir a responsabilidade sobre seus resultados. A questão é que quando nos responsabilizamos, nos damos oportunidade de agir diferente. Difícil, mas não impossível. E por que eu estou falando sobre isso? Porque eu me encaixo neste perfil. Porque muitas vezes eu me esqueço que tenho o poder de mudar tudo. Porque como tantos outros eu me desculpo sempre que não ajo como deveria. E no que isso interfere? Em tudo! Assim, eu me permito errar o tempo todo e achar que é um descaso do universo comigo quando a consequência é bem diferente do meu desejo. A culpa é minha, a falta de iniciativa é minha e a solução para o problema, também me pertence. Ninguém pode me ajudar a não ser eu mesma!
Um bom banho é um grande remédio, já dizia um farmacêutico conhecido da família. E ele tinha razão. Foi durante o banho que tive a ideia de escrever sobre este assunto. O banho leva embora a capa que nos esconde de nós mesmos e, ao olhar-nos no espelho de cara limpa não nos permitimos mentir para o nosso reflexo. Chega de fugir da realidade. Chega de acreditar que o universo conspira contra nós... o nosso maior adversário, quase sempre, somos nós mesmos. 
Então, aproveite a segunda-feira, o dia mundial das promessas, para colocar em prática o seu plano de ação... seja para o que for! Assim, na próxima vez que se olhar no espelho, verá o orgulho estampado no rosto!

Quem quer faz! Mexa-se... agora!

Até breve.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Felicidade hoje e sempre!

Uma aluna me pediu que escrevesse um texto. Sim, as pessoas me "encomendam" temas. Digo que aceito a sugestão, mas não sei quando ela será posta em prática. Pediu-me com toda a delicadeza que a define: - Professora, escreve um texto sobre pessoas felizes? - Na hora respondi que já havia feito isso, mas que como o tema era interessante e inesgotável, pensaria em algo apropriado quando a inspiração viesse me visitar. Pois bem. Como sou uma pessoa que gosta de desafios, resolvi escrever o tal texto justo no dia em que me sinto menos adequada para isso. E por quê? Ora, se devo falar de pessoas felizes deveria escolher um momento onde este sentimento, em mim, estivesse transbordando, certo? Errado. Ainda hoje de manhã eu perguntei a um grupo de alunos que falava sobre namoro, bem próprio da adolescência, se eles achavam possível ser feliz com alguém todos os dias. As respostas, obviamente divergentes, fizeram suas atenções se virarem para mim em busca de uma sentença única, indiscutível, capaz de convencê-los. E a minha resposta, para surpresa de alguns, foi: Sim. É possível. E complementei dizendo que eu sou feliz todos os dias. Os rostos se dividiram entre a esperança e a dúvida. 
Ainda agora postei no meu mural, no Facebook, uma frase que denotava um certo incômodo, indefinido porém perceptível, sobre este finzinho de sexta-feira, dia habitualmente tão festivo. E por que escrever um texto sobre pessoas felizes quando não está se sentindo na sua melhor forma? Simples. Exatamente para mostrar que ser feliz independe de pequenas oscilações do dia-a-dia. Ser feliz é um estado da alma. Pode-se estar triste, desanimado, inquieto, angustiado, mas quando se é feliz, tão logo passe esta onda de desconforto, retoma-se a forma original.
Ser feliz não é estar sempre com um sorriso no rosto aconteça o que acontecer, porque isso é insanidade. Ser feliz é entender que nem sempre as coisas estão bem, mas de uma forma ou de outra, depois da tempestade o céu se acalma novamente e tudo volta ao seu lugar. Ser feliz é aceitar quando tudo parece ir na contramão dos seus planos, mas você sabe que lá no final você chega ao seu destino. Ser feliz é perceber, inclusive, que mesmo quando contrariado, quando tudo a nossa volta parece feito para nos tirar do eixo, sabemos que é uma fase e vai passar. Acho que a serenidade é uma aliada da felicidade. Apesar da palavra nos remeter à festa, fogos de artifício e pessoas efusivas, a felicidade verdadeira está muito mais associada à calma do que à ebulição. Ser feliz é ter um olhar contemplativo para além - e apesar - de todo o  tumulto que nos cerca. É ver o mundo passar em câmera lenta enquanto se admira um por-do-sol. Ser feliz é esperar não que dias melhores virão, mas que os melhores dias são aqui e agora.
A felicidade é compreender, independente do humor do dia,  que a vida é a única oportunidade que nós temos de exercitá-la... sempre!

Seja feliz... seja você... seja como for.

Até a próxima

domingo, 4 de novembro de 2012

Afeto puro!

Queria escrever. Às vezes me imponho tarefas como esta. Achei que era hora de ter um texto novo. O segundo passo seria, então, escolher sobre o que iria escrever. Ontem assisti a um filme que me fez querer escrever sobre ele. Mas hoje pela manhã recebi uma mensagem que me fez desejar falar sobre, igualmente. Só depois de pensar sobre os dois assuntos cheguei à conclusão de que eles eram correlatos. 
O filme em questão foi o "Até que a sorte nos separe". Muito mais do que uma comédia bastante divertida e sem maiores consequências, o filme mostra a capacidade de um casal de passar por cima das dificuldades, das adversidades e permanecer junto. E a mensagem que eu recebi hoje, tão despretensiosa e, aparentemente, fora de contexto também falava sobre a importância de se dar e ter apoio quando é necessário. Todos nós passamos por problemas, maiores ou menores, que nos afetam diariamente. Alguns nos atingem mais e por isso mesmo são mais difíceis de solucionar. A diferença entre o tempo que levamos para nos reerguer, rápida ou lentamente, assim como a intensidade do golpe, ficam por conta do suporte que recebemos para combater as adversidades.
Muitas vezes quem nos apoia nem mesmo se dá conta da importância do gesto. Há pessoas que são tão generosas que percebemos claramente como gostariam de dividir conosco a nossa dor. Tenho certeza que a intenção de quem consola é apenas se doar um pouco. Entretanto sei que uma atitude dessas não passa impune. Quem apoia são pessoas dotadas de grande sensibilidade apesar de muitas vezes nem demonstrarem. Tomam para si o que nem é de sua responsabilidade, só para nos mostrar que estão do nosso lado aconteça o que acontecer. São pessoas que sabem a hora de criticar, de dar um conselho, uma bronca, mas sabem especialmente aquele momento em que a nós só importa ouvir um "vai ficar tudo bem!".
Receber uma palavra, um toque, um olhar ou um "eu te entendo!" quando não esperamos tem o efeito de um bálsamo. Vai direto na alma e restabelece o ânimo. Quando é feito com o desprendimento que a doação exige, vem como um sopro de esperança de que dias melhores virão. Não precisa acontecer uma grande tragédia para precisarmos de apoio. Cada um sabe o que fere, o que incomoda e o remédio para curar a dor.
E o que este assunto tem a ver com o filme? É simples. Só quem sabe o que é dar e receber apoio é capaz de ver que a vida é muito mais do que as pedras no caminho. Aliás, quem apoia não é alguém ausente de dificuldades. É alguém que se desvencilha momentaneamente das próprias, para dar sustentação à parte mais fragilizada. E as relações que sobrevivem às intempéries são exatamente aquelas que se alternam e se complementam quando necessário... que não crescem sem trazer junto consigo seus parceiros.
O que posso dizer é que a demonstração de apoio que eu tive hoje é a maior manifestação de afeto que se pode desejar... na verdade foi um complemento de um abraço dado na hora certa, na hora em que estava precisando e que hoje, depois de muito tempo, veio também em forma de palavra.
Desejo apenas que o mundo seja feito, cada vez mais, de pessoas que se apoiam e que mostram o tempo todo que vale a pena acreditar que nenhuma tempestade dura para sempre!

Até mais.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

E novembro chegou...

Novembro é um mês especial. É aquele mês que a gente reúne as últimas forças, respira fundo e acredita que o fim do ano realmente está próximo! Acho até que o exame de consciência feito habitualmente nessa época começa mesmo em novembro.
Tradicionalmente, este mês era o nono do calendário romano que começava em março. Para nós que baseamos frequentemente as contagens em dez, é bastante significativo que o penúltimo mês do ano seja o nono, não? Pois é, mas a verdade é que em se tratando de ano a base é doze... de um jeito, ou de outro, sendo o nono ou o décimo primeiro, o que não muda é que novembro é a porta de entrada para o ano novo. Pode reparar que nas ruas a decoração de Natal já começou a aparecer, as pessoas já estão entrando no clima de férias, os afazeres já começam a redobrar em virtude do término de mais um ciclo. E sabe de uma coisa? Eu A-DO-RO isso! Esse é o tipo do estresse que não me incomoda nem um pouco. 
Novembro é aquele mês que o horário de verão já começou, o calor já está "bombando" e o ritmo é frenético. Parecemos formiguinhas correndo de um lado para o outro buscando sabe-se lá o quê! Novembro nos lembra diariamente que muito tempo já se foi, que grande parte deste tempo passou despercebido e que é necessário fazer alguma coisa enquanto dá. E se temos 30 dias pela frente até o "início oficial" do fim do ano, aí vão algumas dicas para usá-los a seu favor.
Semana de 1 a 10 - Aproveite para adiantar algumas coisas que você puder. Algum trabalho para entregar, planejamento para fazer, colocar pautas e notas em dia (no caso dos meus colegas professores), encontrar alguns amigos que você não vai ter tempo quando ficar mais próximo das festas. 
Semana de 11 a 20 - Aproveite para pensar sobre presentes que você precisa comprar, para definir de que forma vai comemorar o Natal e o Ano Novo, veja se precisa encomendar algo ou se vai precisar de alguma roupa especial para os eventos do fim do ano. Desta forma, as tarefas não se acumulam no último mês. Ah! E ainda dá tempo de perder uns quilinhos para caber melhor na roupa que você quiser. 
Semana de 21 a 30 - Hora de tirar os papeizinhos de todos os sorteios de amigo oculto que você for participar. Nesse momento também é bom organizar as lembrancinhas que você vai dar para as pessoas que não vão passar as festas com você. Se você vai receber as pessoas na sua casa é hora de escolher os cardápios e fazer a lista do supermercado. Parece precipitado, mas deixar as compras para depois do dia 15 de dezembro é arriscado. Além dos preços subirem, alguns itens não são mais encontrados nas gôndolas. E ainda tem as confraternizações, formaturas e outras festas que vão tomar ainda mais o seu tempo, portanto, faça o que puder nessa última semana do mês.

Ah! E não se esqueça de curtir os momentos... todos eles. O fim do ano é para ser comemorado, celebrado e aproveitado. Não permita que a correria tome conta do bom humor e da sensibilidade. Viva cada momento como único... porque é assim que ele é!

E que venha novembro... 

Até mais.