sábado, 27 de julho de 2013

Comida = aconchego

Que sou de família italiana todo mundo que me conhece sabe. O tipo físico, o sobrenome e os gostos não negam. O que muita gente não acredita é que eu goste (e saiba!) cozinhar. Não adianta! Minha cara não convence... 
Mas voltando às raízes, acho que nenhuma comida no mundo é mais aconchegante do que a italiana. É uma comida com cara de casa-de-vó, uma comida que aquece, conforta e remete a boas sensações. Não conheço ninguém que não goste de, pelo menos, um prato da cozinha italiana. Eu adoro! Há quem não viva sem um arroz com feijão. Eu não vivo sem macarrão. 
Quando associamos massas com o frio fica ainda mais perfeito. Foi por isto que hoje, neste inverno gostoso que não dá vontade nem de abrir a janela ainda que tenha sol, resolvi fazer um risotto para acompanhar a beleza do dia. Para quem não sabe, o risotto verdadeiro precisa de um arroz específico (arbóreo ou carnaroli) para ser feito. Por conter mais amido do que o arroz-nosso-de-cada-dia ele torna o prato muito mais cremoso. A receita é muito simples, como a de qualquer risotto. Basta os ingredientes certos, uma dose de paciência, dedicação e voilà, seu risotto está pronto! Dá para impressionar bem com esta receita... mãos a obra!

Risotto de Gorgonzola

2 xícaras de arroz arbóreo* (ou carnaroli) sem lavar
130g de queijo gorgonzola
1 cebola pequena cortada em cubinhos
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de manteiga
1/2 taça de vinho branco seco
1,5 litro de caldo de legumes
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
cheiro verde a gosto

Faça o caldo de legumes. O ideal é fazer o caldo com ingredientes naturais, mas se não puder ou não souber dissolva um cubinho de caldo de legumes na água fervente. Como o cubinho já tem muito sódio eu optei por temperar um pouco mais apenas com ervas finas desidratadas e pimenta do reino. Se preferir, coloque 2 cubinhos.
Em uma panela aqueça o azeite. Frite a cebola e o alho. Acrescente o arroz e mexa sempre até fritar levemente. Acrescente umas duas conchas do caldo, que deve estar fervendo, e continue mexendo. Acrescente o vinho e mexa mais um pouco. O ideal é usar o fogo baixo. Coloque a gorgonzola picada, mas reserve um pouquinho para acrescentar no final do preparo. Vá acrescentando o caldo de legumes mexendo sempre. O arroz demora a cozinhar, portanto a quantidade sugerida do caldo deve ser toda utilizada para esta quantidade de arroz. Quando o arroz estiver no ponto ideal de cozimento, que deve ser aldente (nem muito cru, nem muito cozido), acrescente o restante da gorgonzola. Mexa e, se necessário, corrija o sal. Em seguida desligue o fogo e coloque a manteiga e o parmesão. Acrescente o cheiro verde, mexa e tampe a panela. Deixe descansar por uns 3 minutos. Sirva a seguir.

Importante: O risotto é um prato que deve ser consumido na hora em que é feito. Não fica bom se deixar guardado. O arroz carnaroli é tão apropriado quanto o arbóreo, porém é mais difícil de ser encontrado. Esta receita serve bem de 2 a 3 pessoas. Pode ser consumido como prato único ou ser acompanhado de carne vermelha ou salada.

Experimente! Será um sucesso com certeza...

Bom Apetite.

Até a próxima.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Boa Ação!

Assim como há um sem número de canais de televisão - e programas - destrutivos, há os que nos brindam diariamente com belas imagens. Só para situar, quem convive comigo já me ouviu comentar nos últimos tempos que não assisto mais os canais abertos. E por que? Bem, primeiro porque eu gosto bastante daqueles programas que não acrescentam muito à vida de ninguém, entretanto não interferem negativamente. E segundo porque a tevê aberta, exatamente por ter um público que dá eco aos acontecimentos, explora de maneira massacrante qualquer mísera notícia que aparece. E eu estou simplesmente farta disto. Estou me tornando uma alienada por gosto e opção. Estou cansada de más notícias e optei por viver no "país das maravilhas". Se estou certa ou errada eu não sei, no entanto também não estou esperando aprovação da minha atitude.
Voltando ao começo desta história, tenho visto algumas coisas bastante interessantes, principalmente nos intervalos dos programas. São pequenas demonstrações de pessoas que pensam exatamente como eu! Pessoas que se cansaram de esperar por dias melhores e resolveram, por conta própria, fazer alguma coisa para mudar isto. A historinha que, na verdade, preenche os intervalos comerciais chama-se "Cenas Urbanas". Ele mostra pessoas comuns com ideias um tanto incomuns. Devo dizer que sinto até uma "invejinha" por eles terem coragem de fazer o que eu só tenho no pensamento. O episódio que acabei de assistir falava de uma mulher que aprendeu a fazer tricô com sua avó e faz capas para os postes de São Paulo. Louco, né? Mas foi a forma que ela encontrou de despertar reação nas pessoas. Foi uma maneira de desligar o piloto automático de quem passa por ali. O interessante é que ela mesma teve que aprender a lidar com a frustração de ver arrancada sua peça por alguém que não compreendeu a beleza do gesto. Talvez ela também tenha que ter ligado o seu piloto automático para continuar insistindo na ideia. A questão é que de fato a paisagem fica mais bonita e colorida. Achei importante ela explicar que como o tricô é feito para vestir remete ao cuidado, ao carinho que se deve ter, também, com a cidade.
O meio utilizado para transmitir a mensagem que se deseja nem sempre é a melhor, mas neste caso acho que o fim justifica. Um casal espalha pela cidade, embaixo dos viadutos e nos muros abandonados, gigantescos cartazes com a frase "Mais amor, por favor!". Simplesmente genial. Transmite duas mensagens em uma só. Fala do sentimento que é tão amplo que abraça a todos os seres do mundo, e fala da gentileza que é a única coisa capaz de fazer mudanças neste mundo tão louco em que estamos vivendo. E por fim, mas não menos interessante, um outro episódio que mostra um grupo de educadores que sai pelas ruas da cidade cantando e distribuindo rosas. O curioso disto é que quando eles entregam as flores deixam claro que ela deve ser dada a outra pessoa. E esta pessoa deve ser desconhecida. Quem não gosta de ser presenteado com uma flor? Ainda mais gratuitamente, sem motivos aparentes! Eles ainda explicam que o gesto de ganhar a rosa deixa a pessoa feliz, porém, a alegria de quem passa o presente adiante é maior e mais duradoura.
Fico realmente tocada por estas ações...
Que possamos ter muito mais exemplos como estes mundo afora.
 
 
Até...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Top 5 - Portugal

Às vezes me surpreendo com a quantidade de pessoas que me pedem dicas de viagem. Primeiro porque eu não viajei tanto assim e segundo porque acham que eu já viajei tanto que me pedem informações de lugares até que eu nunca fui. Mas pensando nisso eu resolvi fazer um "top 5" de Portugal. Já tem um tempinho que voltei de lá, mas algumas coisas são memoráveis.
É claro que as coisas que agradam a uma pessoa nem sempre vão agradar a todas. Isto depende da circunstância, do gosto, da sorte... de modo geral separei algumas situações que são comuns a todos os turistas. Então, aí vão 5 coisas que eu considero interessantes por lá.
#5 - Transporte - O transporte em Portugal é bastante eficiente. Ônibus, taxis, metrô - no caso de Lisboa - e os charmosos "elétricos", que se assemelham aos nossos bondes de "Santa Tereza", são ótimos meios de se chegar onde quiser. Para os mais aventureiros tem até os "tuk-tuk", aqueles carrinhos indianos que sobem e descem as ladeiras do Porto e de Lisboa levando os turistas. É só escolher a melhor opção de acordo com o trajeto, o espírito de aventura e o bolso.
#4 - Pastel de Nata - São docinhos tipicamente portugueses feito de massa folhada assada e recheada com um creme de ovos e natas. Eu não sabia, até ir para lá, que o Pastel de Nata e o Pastel de Belém são a mesma coisa. O que torna o nome diferente é a região de procedência, sendo o segundo mais usado em Lisboa. O tal pastelzinho é uma das coisas imperdíveis por lá. Mesmo quando é ruim, ainda é bom! Facilmente encontrados em qualquer loja de comida, os pastéis de nata encantam os visitantes - e os moradores -  tornando os passeios pela cidade muito mais saborosos (e calóricos, claro!). Altamente recomendados...
#3 - Banheiros - Nas minhas andanças europeias nenhum outro lugar ofereceu tantos banheiros públicos como as cidades que visitei em Portugal. Tanto na rua quanto nos parques, shoppings e monumentos em geral, os banheiros por lá são um caso a parte. Tudo bem que não se trata de uma atração turística, mas só quem viaja e passa o dia todo na rua sabe a sensação de encontrar um banheiro limpo depois de beber muita água (ou até uma cervejinha!). Os banheiros de Portugal (e coloco o país todo porque nas cidades que visitei a situação foi a mesma) estão sempre limpos, com papel, sabonete e muitos deles com protetor de assento. Aliás, isto me chamou tanto a atenção que resolvi escrever este post quando saía do banheiro do Castelo dos Mouros em Sintra. É claro que não entrei em todos os banheiros do país, e pode acontecer de você que está lendo este texto tenha vivido situação diferente, mas a questão é que na maioria dos lugares que visitei encontrei condições bastante favoráveis no quesito "banheiro"!
#2 - Frutas - Sou uma confessa apaixonada por frutas vermelhas e silvestres de todo tipo. Quase enlouqueço com um punhado de morangos, cerejas, framboesas, amoras ou mirtilos. A Europa é o paraíso para estas frutas e seus admiradores, como eu. Pois em Portugal isso ganha um significado ainda mais especial. Morangos e cerejas lá são vendidos por peso. Sim, há bancas destas frutas e você escolhe as que quer comprar como se fossem laranjas ou tomates. Além de lindas, enormes e cheirosas, têm um sabor espetacular. Enquanto caminhava nas ruas do Porto sempre carregava comigo um saco de morangos que ia comendo pelo caminho. Alguns deles chegavam quase ao tamanho da palma de minha mão.
Além destas, havia um monte de outras frutas, mais comuns por aqui, mas igualmente bonitas e bem cuidadas à disposição de quem quisesse levá-las para casa. O  melhor disso tudo é que o preço de algumas é infinitamente mais convidativo do que aqui. Lembro-me de um exemplo que era uma caixa de 2 kg de cereja pelo equivalente a R$10,00. É ou não é para se fartar de comer?

#1 - Passeios de barco - Os rios em Portugal são um atrativo a parte. São limpos, de cor azulada e representam um verdadeiro convite a um passeio. Para se ter uma ideia, a Torre de Belém, que é tão famosa, fica à beira do Rio Tejo, e não do mar como muita gente imagina. Há passeios para todos os gostos e bolsos. Eu experimentei uma voltinha no Rio Douro, na cidade do Porto e outra, mais demorada, no Tejo em Lisboa. Achei que os dois valeram a pena. Mas se me permite um conselho: leve um bom casaco, pois o vento é cortante. E se ficar na área descoberta, um bom protetor solar também é recomendado.

De um jeito ou de outro, em Portugal há programa para todo tipo de pessoa.

Faça seu roteiro e divirta-se!

Até mais...