terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Envelheço na cidade

Hoje estou fazendo aniversário. Mas não é um aniversário qualquer. É uma grande marca na vida de qualquer pessoa, tanto que várias citações foram feitas a respeito disso. 
Cheguei aos quarenta e estou gostando da brincadeira... é claro que a cada ciclo, a cada aniversário temos a oportunidade de repensar uma série de coisas, de rever o que fizemos até então, de prometer não repetir um tanto de erros. O que muda desta vez? O acumular do tempo. Cada vez mais, no entanto, a idade parece significar menos do que há algumas décadas. Já ouvi dizer que os 40 são os novos 30. E agora que cheguei neles tenho exatamente a mesma sensação. Não se trata de um recusar-se a envelhecer. Mas de que atualmente as pessoas de quarenta estão realmente chegando à metade da vida, já que temos uma expectativa maior do que poderíamos pensar tempos atrás.
Quero agora, então, planejar os próximos quarenta. O que passou, passou. Construiu minha história, definiu quem eu sou, mas é passado. E de nada me serve, como não serve a ninguém, ficar lamentando os ocorridos. As cicatrizes, físicas ou não, desenharam um novo padrão em mim. Impossível ser a mesma pessoa depois delas. As marcas positivas, porém, combinam mais comigo.
Daqui por diante quero rir ainda mais das coisas da vida. Quero me preocupar menos, colocar menos responsabilidade no que está do lado de fora e assumir mais "culpa" naquilo que acontece, porque quando somos os responsáveis temos oportunidade de traçar um caminho diferente. Se somos vítimas temos que contar com a boa vontade do destino. E, definitivamente, não sou do tipo que vê a vida passar... eu passo junto!
Quero ter mais tempo para mim. Ter menos preguiça também. Aproveitar melhor o tempo está nas minhas metas para o futuro que está começando. Isto não significa produzir cada vez mais. Significa, apenas administrar melhor o tempo que me cabe. Se é para ficar a toa, é para ficar a toa, contemplando o nada... preciso disso às vezes.
Quero reclamar menos, ter menos expectativas. Aceitar de bom grado o que vier para mim. Não se trata de ser conformada, mas de usar de modo inteligente os recursos que me forem dados. Mas quero tudo que tenho direito.
Quero mais dias significativos e menos contagem vazia de tempo.
Quero aproveitar mais os processos ao invés de focar somente nos resultados.
Mais sim. Mais não quando necessário.
Quero brincar um pouquinho todos os dias, ainda que o faz-de-conta esteja apenas na minha cabeça.
Quero passar o tempo todos os dias e não envelhecer nunca.
As rugas fazem parte do contexto. Se me incomodarem, dou um jeito. Que o colágeno, no entanto, não me abandone!
A alma (ah! a alma) tem que se manter como há 20 anos atrás. Que o meu interior possa se manter vivo, infantil, ativo e vibrante...
Que venham os próximos quarenta.

Até lá!



domingo, 16 de fevereiro de 2014

Um dia de bênçãos!

Já diz o ditado que para ir a Roma é preciso ver o Papa! Fui para Roma com o objetivo de fazer valer estas palavras. Estar lá e não se programar para isto acontecer é deixar faltar alguma coisa muito importante. É como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel, por exemplo. Roma tem uma infinidade de atrativos, mas sem dúvida, o que mais esperava era exatamente pelo momento de ver o Papa. O Vaticano em si, Estado murado, já desperta algo de fascinante. É como se entrássemos em um reino mágico e desconectado do resto do mundo.
Chega o dia tão esperado. O tempo não ajuda muito, mas não parece que vai piorar. É preciso se apressar já que gente do mundo inteiro espera por este momento. Chegamos à Praça São Pedro da mesma forma que outros milhares de pessoas, ansiosas pelo que iria acontecer. De repente, uma chuva começa a cair com tamanha intensidade que a vontade é de desistir, mas tinha um objetivo muito claro e não iria me afastar dali até que ele se cumprisse. Um vento cortante torna o dia já frio em uma manhã congelante. A chuva aumenta e começa a cair granizo. Pequeninas bolinhas de gelo batem nos guarda-chuvas e no chão representando um desafio ainda maior à espera da benção tão especial.
Faltando apenas uns poucos minutos para a aparição do Papa, da mesma forma repentina que começou, a chuva parou e um lindo céu azul se abriu. Senti como se Deus quisesse “testar” a nossa capacidade de suportar as dificuldades.
A janela do prédio se abre, estende-se o tecido vermelho e a ansiedade aumenta. A distância é enorme, mas os olhos do coração têm capacidade de enxergar até o que não se vê. E então, o Papa aparece. A emoção é indescritível. Sua simpatia também.
Tive o privilégio de assistir ao primeiro Angelus do ano de 2014. E o Papa caprichou. Estive em sua companhia por quase 15 minutos. Ele rezou, proferiu suas palavras sobre o Evangelho e, sem dúvida, saí de lá me sentindo abençoada. Quando termina fica a sensação incômoda de desejar ter demorado mais.
Apesar de já ter estado dentro da Basílica no dia anterior, entrei novamente após a benção do Papa e tive a grata surpresa de chegar bem na hora que iria começar uma missa e eu pude assisti-la. É complicado acompanha-la em italiano, mas a liturgia não muda e, curiosamente, a entonação na hora da leitura também não. Foi um dia muito especial, sem dúvida.
Sei que este dia será inesquecível para mim, mas como se não bastasse te estado com o Papa, nos dias que se seguiram da minha viagem tive outras duas experiências igualmente incríveis: Visitar Assis e buscar a Capela da Medalha Milagrosa em Paris.
Se tiver vontade de assistir ao mesmo Angelus que eu vivenciei, acesse:


Até breve!

Ps.: Este texto foi carinhosamente escrito para atender a um pedido da Ana Silvia, uma amiga de longa data, para compor o Jornal da Pastoral da Comunicação de Pedro do Rio.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Depende...

Você pode aproveitar o dia de sol e se alegrar com isso ou pode se queixar pelo excesso de calor.
Pode aliviar a temperatura com as nuvens ou se aborrecer com a iminência de chuva.
Tudo depende do jeito que você vê.

Você pode ficar feliz por ter um trabalho ou amaldiçoar cada despertar cedo
Agradecer por ter comida todos os dias ou reclamar porque ela te faz engordar
Tudo muda quando você muda a sua forma de ver.

O dia pode ser curto para tantas coisas boas ou longo demais quando o que se quer é o dia seguinte.
A noite de sono pode passar mais devagar. A noite em claro parece não terminar nunca.
A forma de ver depende do momento.

Você pode agradecer pelas crianças em casa ou reclamar por elas darem tanto trabalho.
Pode ficar feliz porque o horário de verão torna os dias mais longos
Ou se incomodar por acordar de madrugada.

Você pode celebrar a sua vida ou se entristecer porque um dia ela acabará
É uma escolha sua...

A vida é assim!

Positivo e negativo
Bom e mau
Certo e errado
Alegre e triste

Tudo depende da forma como você a vê!

Que saibamos ser mais positivos, bons, certos e alegres... a cada dia!

Até mais...