quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Frénetico

O dia mal clareou e a cidade já se mostra em uma intensa movimentação.
Despertador toca.
Levantar da cama.
Quero mais cinco minutos.
Perco a hora.
Enquanto decido entre a blusa branca ou o vestido verde pessoas andam para cima e para baixo tentando equilibrar a equação entre a distância que falta percorrer até o ponto e os poucos minutos para a chegada do ônibus.
Enfim me apronto para sair. Nesse instante parece que a única pessoa acordada sou eu.
Ledo engano. Outros tantos já estão no trabalho.
Porta da escola. Carros.
Dinheiro para merenda.
Mochila pesada.
Acaba o turno da fábrica.
Apito.
Outro começa.
Alguns aguardam sua vez na calçada.
Cigarro como companhia.
Crianças dormem sentadas esperando a van escolar.
Mães, enquanto isso, já aprontaram o almoço.
A cidade ferve.
E nem são sete horas da manhã.
O sol dá sinais de que a temperatura vai subir.
O asfalto exibe suas ondas quase invisíveis de calor.
Corredores dedicados ocupam os cantos da rua.
Bicicleta.
Uma moto corta os carros como se fosse seis da tarde.
Estresse.
Buzinas.
Árvores que assistem incólumes o caos a sua volta.
Passarinhos cantando.
Olho para eles.
Respiro.
Por um instante esqueço do ritmo frenético em torno de mim.



(...)


Até mais.



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