quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

L'amour

"Ela é muito nova para Paris!". Foi a frase que ouvi de uma amiga. Será que se pode ser nova demais ou velha demais para ir a algum lugar? Claro que quando há exigência física como um esporte radical ou idade mínima para ingresso isso se faz essencial, mas não é o caso. Por que, então, a pessoa em questão seria muito nova para Paris? Devo confessar que não discordo de sua afirmação. Não há idade para conhecer Paris (e se apaixonar!), mas concordo que é necessária alguma maturidade para aproveitar o que ela oferece de melhor. E acredite! Não são as grifes que fazem aquele lugar valer cada centímetro. A cidade tem espaço para todos (ou muitos!) os gostos e idades, mas se você não é naturalmente apegado às obras de artes, museus, e toda a sorte de produções humanas que realmente importam, precisará de um "mentor", de alguém que guie seus passos e ensine a apreciar essas maravilhas! Tudo bem, até o "nada" é produtivo por lá.
Paris não é lugar para se ver com pressa ou má vontade, embora eu desconfie que qualquer mau humor se desfaça naquela cidade. É conhecida como cidade luz, não pela iluminação que a torna ainda mais encantadora, mas por todas as mentes brilhantes e iluminadas que viveram lá e, com suas ideias, transformaram o mundo. Para mim é a cidade luz pois lá é onde nos sentimos mais especiais. Acho que é isso! A cidade é tão generosa que empresta o seu brilho próprio para que cada visitante se sinta igualmente incrível.
Não consigo explicar o que me faz gostar tanto de lá. O ar, o céu, os jardins, o pequeno caos de qualquer cidade grande. O engraçado é que estando naquele lugar, sinto a vida passar em câmera lenta, como se pudesse driblar o tempo. E se você nunca visitou, certamente está se perguntando se Paris é realmente isso tudo. Aproveito para advertir: Sim, meu relato é recheado de parcialidade. Não falaria mal de lá ainda que tivesse motivos. Se buscar lá no fundinho, talvez encontre alguns, mas tenho o hábito de guardar as coisas boas de um lugar e esquecer as outras. Quero deixar claro que escolhi Paris como a minha "queridinha" não por clichê, embora seja, mas por uma brincadeira do destino. Conto sempre para as pessoas que eu JAMAIS tive vontade de conhecê-la. Paris me lembrava pessoas fúteis e emergentes, cujo único objetivo era dizer que havia estado lá e comprado muitos itens de grifes. Fui a primeira vez sem qualquer expectativa e, de certa forma, até desdenhando da experiência. Foi aí o meu erro. Estava tão desarmada que fui arrebatada de uma maneira que não tive como escapar. Sinto como se voltasse para casa. Sinto saudade daquele lugar como se já me pertencesse em algum momento da vida... quem explica?
A cidade é impressionantemente bonita. Cada quarteirão reserva uma surpresa. Um edifício mais lindo que o outro, uma árvore em lugar estratégico, o Sena cortando as ruas e quando menos se espera ela aparece, majestosa, tirando o fôlego dos desavisados: La tour. Uma estrutura gigante e pesada que parece flutuar nos céus parisienses. Aquele lugar é mágico. Simples assim.
Tive vontade de falar um pouquinho mais sobre Paris. Sem razão, sem novidades. Apenas para
matar um pouquinho da saudade e alimentar o desejo de caminhar por aquelas calçadas novamente...
...Em breve!

Até lá.

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