Já diz o ditado que para ir a
Roma é preciso ver o Papa! Fui para Roma com o objetivo de fazer valer estas
palavras. Estar lá e não se programar para isto acontecer é deixar faltar
alguma coisa muito importante. É como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel, por
exemplo. Roma tem uma infinidade de atrativos, mas sem dúvida, o que mais
esperava era exatamente pelo momento de ver o Papa. O Vaticano em si, Estado
murado, já desperta algo de fascinante. É como se entrássemos em um reino mágico
e desconectado do resto do mundo.
Chega o dia tão esperado. O tempo
não ajuda muito, mas não parece que vai piorar. É preciso se apressar já que
gente do mundo inteiro espera por este momento. Chegamos à Praça São Pedro da
mesma forma que outros milhares de pessoas, ansiosas pelo que iria acontecer.
De repente, uma chuva começa a cair com tamanha intensidade que a vontade é de
desistir, mas tinha um objetivo muito claro e não iria me afastar dali até que ele
se cumprisse. Um vento cortante torna o dia já frio em uma manhã congelante. A
chuva aumenta e começa a cair granizo. Pequeninas bolinhas de gelo batem nos
guarda-chuvas e no chão representando um desafio ainda maior à espera da benção
tão especial.
Faltando apenas uns poucos
minutos para a aparição do Papa, da mesma forma repentina que começou, a chuva
parou e um lindo céu azul se abriu. Senti como se Deus quisesse “testar” a
nossa capacidade de suportar as dificuldades.
A janela do prédio se abre,
estende-se o tecido vermelho e a ansiedade aumenta. A distância é enorme, mas
os olhos do coração têm capacidade de enxergar até o que não se vê. E então, o
Papa aparece. A emoção é indescritível. Sua simpatia também.
Tive o privilégio de assistir ao
primeiro Angelus do ano de 2014. E o Papa caprichou. Estive em sua companhia por quase 15
minutos. Ele rezou, proferiu suas palavras sobre o Evangelho e, sem dúvida, saí
de lá me sentindo abençoada. Quando termina fica a sensação incômoda de desejar
ter demorado mais.
Apesar de já ter estado dentro da
Basílica no dia anterior, entrei novamente após a benção do Papa e tive a grata
surpresa de chegar bem na hora que iria começar uma missa e eu pude assisti-la.
É complicado acompanha-la em italiano, mas a liturgia não muda e, curiosamente,
a entonação na hora da leitura também não. Foi um dia muito especial, sem
dúvida.
Sei que este dia será
inesquecível para mim, mas como se não bastasse te estado com o Papa, nos dias
que se seguiram da minha viagem tive outras duas experiências igualmente incríveis:
Visitar Assis e buscar a Capela da Medalha Milagrosa em Paris.
Se tiver vontade de assistir ao
mesmo Angelus que eu vivenciei, acesse:
Até breve!
Ps.: Este texto foi carinhosamente escrito para atender a um pedido da Ana Silvia, uma amiga de longa data, para compor o Jornal da Pastoral da Comunicação de Pedro do Rio.
Ao ler me arrepiei e chorei ... Me fez recordar os momentos que estive com o Papa Francisco na JMJ, quando ouvi sua doce voz pela primeira vez e as lagrimas caíram no exato momento.
ResponderExcluirSua experiencia, da chuva, foi bem parecida com qual vivenciei, pois nos cinco dias de Jornada, a chuva não cessou, porém, quando o Papa "deu o ar da Graça" ela parava imediatamente!
Ao final da JMJ, me recordo muito bem, que o Santo Padre disse: "Primeiramente quero lhes agradecer pelo testemunho de fé que vocês estão dando ao mundo. Sempre ouvi dizer que as cariocas não gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva. Parabéns. Vocês são verdadeiros heróis!Vejo em vocês a beleza do rosto jovem de Cristo e meu coração se enche de alegria!"
Foi emocionante, cada momento em que vi, mesmo um pouco de longe, a pessoa que representa Pedro, que se faz de Pedra para construir a Igreja de Cristo! Lindo ...
Obrigada pelas palavras, por me recordar esse momento maravilhoso! Beijos :)
(Ah, é a Victória rsrs)
Ah, Victoria! Que comentário lindo... Fico muito feliz de ter te causado tão boas recordações... Obrigada pela visita! Bjs
ExcluirCristiane, me desculpe por não ter agradecido pelo texto lindo que você nós presenteou, quando a Inês me passou eu fiquei arrepiada e emocionada me transportei para a Praça São Pedro junto com você. Como Tia Aurinha me disse já pode preparar outros textos...
ResponderExcluirMuito Obrigada pela colaboração para o Nosso Pescador.
Bjsss
Imagine! Eu que peço desculpas por ter enviado o texto pela Inês e não por você, que havia me pedido. Que bom que consegui transmitir isso no texto. Será um prazer falar dos outros lugares que visitei!
ExcluirObrigada pela oportunidade de compartilhar as coisas que vivi na viagem!
bjs