quarta-feira, 27 de junho de 2012

Caprichos...

O destino - ou qualquer nome que isso tenha -  é mesmo caprichoso! Este assunto dos "seis graus de separação" surgiu na minha cabeça sem mais nem menos. Terminei de escrever o texto e fiquei com uma sensação de que o mesmo teria sido desnecessário. Logo depois eu saí de casa com meu namorado, e de forma muito despretensiosa fomos comer alguma coisa. Não é que ao chegar no local em questão a atendente era uma ex-aluna minha? Olhei aquela carinha e na hora o nome me veio. Sem acreditar muito na coincidência, resolvi conferir no crachá. Dito e feito! Tive que falar com ela. Citei o nome da escola, ela lembrou de ter estudado lá quando pequenininha. Mas a lembrança morreu aí. Ficou feliz por eu ter me lembrado dela, mas na sua cabeça, muito pouco restou... já era de se esperar que fosse assim. Sempre é! Não culpo os outros por isso. Talvez a minha cabeça é que seja "elástica" demais! Mesmo assim, valeu a pena o reencontro...

Até mais!

Seis graus de separação

Já ouviu falar nos "seis graus de separação"? Já falei sobre isso aqui. Trata-se de uma teoria que diz que podemos conhecer qualquer pessoa com uma diferença de seis pessoas entre uma ponta e outra. Dizem, inclusive, que com a internet e as redes sociais, este grau já caiu de seis para quatro e qualquer coisa. Conheço muitas pessoas. Não porque eu seja popular, mas porque dificilmente me esqueço das que conheço. Às vezes o nome me falha, mas a fisionomia, frequentemente fica gravada na memória. Como morei em vários lugares, estudei em escolas diferentes, e participei de diversos grupos sociais, vou agregando aqui e ali, no meu arquivo particular os rostos que vão passando pela minha vida. Histórias também me dizem muito. Na verdade, os rostos, sem as histórias não fazem muito sentido. Costumo dizer que memória é associação. Ao menos comigo funciona assim. Crio uma verdadeira teia de fatos que me fazem lembrar de pessoas mesmo quando as vejo poucas vezes e muito tempo já se passou. Sou capaz de identificar alunos que ainda estavam na infância e que, em algumas situações, nem mesmo se lembram de mim, depois que se tornam adultos. Faço isso não só porque minha memória é boa (aliás, sou referência entre os amigos como aquela que se lembra de tudo!), mas porque para mim, o que vale da vida, são as relações que estabelecemos. Sou fã das redes sociais, sobretudo, pela questão humana e pela possibilidade de estreitar laços que ela proporciona. Algumas pessoas que têm dificuldade de estabelecer vínculos, ou que têm incompatibilidade com a coletividade dizem que gostariam de viver sozinhas. Engraçado, que eu sempre fui muito independente e, em grande parte do meu tempo, eu me "viro sozinha", mas eu sou um ser social por essência! Não saberia não conversar, não trocar ideias, não emitir opiniões. Acho que escolhi minha profissão pela possibilidade que eu tenho de conhecer pessoas e entrar em contato com as cabecinhas loucas e maravilhosas dos seres humanos. Nunca fui uma boa aluna no sentido disciplinar e acadêmico da coisa. Sempre frequentei a escola no intuito de criar laços. Gostava muito mais dos intervalos. Não porque aulas eram chatas, tinham regras insanas e conteúdos irrelevantes, mas porque eu não podia conversar. Eu me lembro de não ter guardado um só caderno, mas tive durante muitos anos os bilhetinhos (sms´s arcaicos!) trocados com os colegas de sala durante as aulas.
Sou uma pesquisadora desde sempre. Adorava ver outras crianças brincando, as regras que criavam, enquanto exercitava a minha capacidade de fazer associações. Quando na casa dos meus avós, meus irmãos e primos, todos mais velhos que eu, debochavam de mim por ficar no meu canto, fazendo qualquer coisa que na brincadeira não tinha a menor relevância, mas mal sabiam eles que eu estava fazendo a minha cabeça funcionar. Imaginava mil coisas, inventava mundos só meus, e os observava muito. Tanto, que me lembro com vários detalhes, de episódios vividos naquela época.
O barato de se viver em meio a um mundo tão lotado é ter infinitas possibilidades de conhecer pessoas. Pessoas estas que não sabemos, no momento em que as conhecemos, que papel elas terão na nossa vida. Algumas passam. Outras ficam e nos transformam de alguma maneira. Mas todas elas, certamente, estarão gravadas de mãos dadas com suas histórias, na minha memória. Todas dentro do seu espaço, maior ou menor, mais acessado ou não, mas jamais esquecidas.
Você faz parte deste acervo... tenho certeza!

Até mais...

domingo, 24 de junho de 2012

Açúcar e afeto

Conheci a Nancy pela internet. Para ser sincera, não me lembro se foi em um grupo de discussão sobre algum assunto específico ou em uma simples sala de bate-papo. Sim, eu frequentei essas salas em uma época da minha vida, mas como muitas outras coisas, já passou. Houve um tempo em que era possível estabelecer uma conversa interessante e amigável com desconhecidos que, por alguma razão, estavam presentes naquele "local", naquele momento... em muitos momentos. Pois como ia dizendo, foi num desses "canais virtuais" que eu a conheci. Uma pessoa que já passou por inúmeros desafios e que o acordar todos os dias já era, por si só, um grande enfrentamento. Ela é uma dessas pessoas, porém, que mantêm a esperança de que cada dia será melhor e que se as coisas não estão lá tão boas, as experiências positivas possam se sobressair às ruins. Nunca estive pessoalmente com ela, mas posso imaginar que a doçura e a serenidade da sua origem nipônica confiram a ela uma incrível capacidade de enxergar o mundo de maneira especial. Em compensação sua brasilidade traz para o seu humor um olhar afiado, de quem não perde um único lance, de quem é rápida na tarefa de tirar do mundo sempre uma nova lição.
Pois não é que nos últimos tempos a Nancy deu de colocar no Facebook fotos de comidinhas irresistíveis? A mais recente eu não resisti. Pedi a receita e a autorização para colocá-la aqui no blog. Como é de costume, executei-a  primeiro, para então postá-la como dica. Quem gosta de cozinhar, sabe que as receitas originais a gente só faz pela primeira vez, pois, a partir da segunda, já modificamos uma coisinha aqui e ali e colocamos do nosso jeitinho. Tirando a parte do licor, eu executei como ela está, mas em virtude do resultado eu tenho duas sugestões a dar: o creme pode ser feito apenas meia receita. A proporção está desigual. Se quiser, faça a receita toda para comer depois... é muito gostoso! (rs). Mas para o bolo, basta a metade. Outra dica é deixar o creme na geladeira por algumas horas antes de usar, porque a consistência fica melhor. Como eu adoro inventar moda, pretendo dar uma mexida neste creme, mas agora, vai a receita original. Sugiro que faça, porque é muito prático, rápido e delicioso.


Bolo de Chocolate com Creme e Morangos

Massa:
1 xícara de chá de leite morno
3 ovos
4 colheres de sopa de margarina derretida
2 xícaras de chá de açúcar
1 xícara de chá de chocolate em pó
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
 
Bata bem todos os ingredientes da massa no liquidificador
Coloque em uma fôrma redonda, untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo
Asse por cerca de 40 minutos em forno médio (180º graus), pré-aquecido.

Recheio e cobertura
200g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
3 colheres de sopa de açúcar
1 lata de leite condensado
10 colheres de sopa cheia de leite em pó
1 caixa de creme de leite
1 caixa de morangos
 
Bata na batedeira a manteiga, o açúcar, o leite em pó e o leite condensado. Quando ficar bem homogêneo, adicione o creme de leite e misture bem com uma colher. Corte o bolo ao meio, molhe com leite e licor Amarula, recheie com uma parte do creme e com morangos frescos picadinhos. Coloque a outra metade do bolo por cima, molhe novamente e cubra o bolo com o restante do creme. Decore com morangos frescos. Leve para gelar por no mínimo 4 horas e sirva.

Importante: A massa do bolo fica bem líquida. Parece que está errado, mas não está. Se você tiver duas formas iguais e pouca habilidade para cortar bolos ao meio, asse em duas assadeiras. Vai ficar pouca massa no fundo, mas ele cresce. Eu reguei os bolos com creme de leite, apenas. Fica menos doce, mas é de acordo com o critério de cada um.


Faz aí... é bom demais!

Até.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Bons e maus momentos

Não sei dizer se a neurose é só minha ou se isso acontece com mais gente. Uma vez disse à minha psicóloga algo que parece loucura - e talvez seja mesmo! Disse a ela: Como é difícil ser feliz! Na hora ela me respondeu: Difícil coisa nenhuma! Para com isso. Talvez eu não tenha me expressado bem. Por que eu acho difícil ser feliz? Porque quando tudo está muito bem, bem demais, bate aquela sensação de que algo de ruim tem que acontecer. É como se quase fosse proibido estar assim. Não é possível que algumas pessoas sofram tanto enquanto outras são irremediavelmente felizes. Na minha cabecinha "condenada" penso logo que algo vai acontecer para me tirar da minha zona de imenso conforto. E aí, quase fico procurando razões para tentar entender porque eu sou a escolhida para ter tantos privilégios. Não é possível! Talvez a neurose seja só minha, mas a situação que eu acabei de descrever realmente faz parte dos meus pensamentos. É como se de tanto medo de perder a benignidade do meu momento feliz, cavasse alguma adversidade para então as coisas entrarem nos eixos.
É ainda mais louco, mas quando algo ruim acontece, parece que tudo volta ao normal e aí sim é possível desfrutar dos benefícios concedidos a mim. Por outro lado, como é difícil aceitar que alguma coisa ruim aconteça...
Costumo pedir a Deus que me mostre o caminho certo. Que as coisas que eu desejo só devem acontecer se assim for o melhor. Minha mãe sempre me diz que na hora em que somos contrariados nos revoltamos ou entristecemos e tentamos entender porque aquilo aconteceu logo conosco. Porém, passado algum tempo, uma outra situação vem e nos mostra a razão das coisas terem sido resolvidas daquele e não de outro jeito. A aceitação é o fator fundamental. Se deixamos as coisas na "mão de quem resolve" não há porque nos incomodarmos se a resolução fugir das nossas expectativas. E assim é com tudo. Tudo bem que existe o livre arbítrio, e quem acredita em Deus sabe do que eu estou falando, mas no instante em que eu entrego o meu momento a Ele, devo, igualmente, aceitar o que vem para mim.
Não sei se acredito em um Deus punitivo, tantas vezes mostrado pela Igreja. Um Deus justo, certamente. O que fizemos ontem fatalmente definirá os rumos do hoje. Mas sempre é tempo de redesenhar um novo amanhã.
Por isso, neste momento, eu me limito a desfrutar das boas coisas que vêm para mim e procuro não pensar no lado "não bom" dessa vida. Sei que sou merecedora! E os maus pensamentos? O medo de tudo de repente acabar? Ah... dá uma topada em uma pedra e pronto... alguma coisa ruim já vai ter acontecido. (rs)

Viva a vida e seja feliz!

É isso!

Até breve.

domingo, 17 de junho de 2012

Entre coleiras e asas...

Sexta-feira passei por uma experiência interessante. Tive que me submeter a um exame em que eu deveria permanecer por 24 horas com um medidor de pressão no braço e um aparelhinho que registrava as medições. Saí do hospital como um gato que coloca coleira pela primeira vez... só mexia os olhos. Parecia até que eu estava completamente imobilizada. Não estava. Fico imaginando como seria quebrar um braço ou uma perna e ter os meus movimentos limitados por um longo tempo. Tirei o tal medidor no sábado de manhã e a sensação de alívio fez parte, rapidamente, de mim. Uma bobagem, eu sei! Sei perfeitamente que eu não sou a única pessoa do mundo a passar por isso e, muito provavelmente, não será a única vez em que eu terei que fazê-lo! A questão é que somente quando não estamos totalmente bem conseguimos perceber o que é estar bem. Infelizmente!
Fiquei pensando no quanto dependemos de algum momento de "baixa" para perceber os momentos de "alta". Não damos o devido valor à saúde, à capacidade plena de movimentos, à facilidade de ir a todos os lugares. Precisamos ter, esfregados na nossa cara, histórias tristes e pessoas que passam por dificuldades reais, para perceber que não temos problemas de verdade!
Eu me considero privilegiada por conseguir perceber que sou uma pessoa que não tem problemas. Isto é tão raro de se ouvir de alguém, que causa, em um primeiro momento, uma reação de estranhamento, de prepotência. O primeiro pensamento que passa pela cabeça das pessoas é de que eu estou dando uma de superior, mas não é isso! A questão é que, para mim, problema é caso de saúde... e casos em que não dependem de nós mesmos para serem resolvidos. Uma gripe, uma dor de cabeça, ou uma unha encravada não são problemas reais. Quer ver uma coisa que eu odeio? Gente que tem sempre na ponta da lingua como resposta um "ah! Não tá bom não, mas vai ficar...". De modo geral, nem mesmo elas sabem o que não está bem. Já virou uma frase básica!
Há uma música que diz, lindamente, que "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que se é". Concordo, mas devo dizer que criamos muito mais empecilhos do que precisamos. É claro que cada um sabe a dor que se sente por não conseguir alguma coisa. Cada um sabe o tanto que sofre por não ter a vida que gostaria. Mas nessa, deixa de aproveitar os bons momentos. Conheço várias mulheres que gostariam de se casar e não encontram um par que lhes complete, e com isso, perdem as oportunidades de se conhecerem, de se divertirem com elas mesmas, de saberem realmente se querem estar com alguém ou apenas satisfazer a um desejo momentâneo e, muitas vezes, social.
Há um tanto de mulheres que desejam engravidar e não conseguem, e com isso, perdem os bons momentos com seus parceiros, não vislumbram a possibilidade de adotarem uma criança que só precisa de uma casa e um pouco de amor, ou de aceitarem o que a vida lhes reservou.
Em resumo, quando a gente não valoriza o que tem de bom, na hora em que acontece, a gente deixa escapar tantas oportunidades de ser feliz mais um pouquinho, que a coisa, em si, perde o sentido. E o que é a vida senão um amontoado de pequenos pedacinhos de alegria?
Por isso, pense realmente se você tem problemas ou se eles são apenas um argumento vazio para não levar a vida que você merece ter?

A vida não é uma conjunção de fatores perfeitos, mas um olhar inspirado que faz com que pareçam assim!

Inspire-se...

Até.

sábado, 16 de junho de 2012

Raiou o dia...

Respeito quem dorme até tarde. Mas sinceramente, temo que elas percam o melhor das coisas. Tudo bem, eu posso estar exagerando, só que há determinadas situações que simplesmente acontecem no início do dia. Quem me conhece sabe que eu não sou muito fã de dormir, mas de verdade, a campanha é pelo bom da vida. Só isso!
Várias concepções apontam para a melhoria da saúde quando se acorda muito cedo e tal. Dizem que o organismo faz uma autolimpeza e que isso, segundo elas, só acontece no raiar do dia. Nem estou indo tão longe. Não sou assim tão filosófica. Muito menos ortodoxa.
Estou falando de coisas simples. Você já experimentou tentar ouvir os passarinhos cantando antes mesmo de abrir os olhos? Só pelo canto deles eu já sei se está chovendo ou se o dia está claro. Ora, se você deixar para acordar às onze os pobrezinhos já estão calados.
Hoje eu estava pegando a estrada quando me deparei com o lindíssimo dia de sol que fazia. O tom de azul do céu era de uma profundidade tão grande, e, ao mesmo tempo tão viva que não havia como não se encantar. Se você acorda ao meio-dia, o sol já está no mais alto de sua trajetória, e pela intensidade da luz, já não se faz mais azul, mas de um branco amarelado, como quando um farol se vira na sua direção. E aí, eu me dei conta, ainda mais, de como são lindos os dias de outono. Aliás, eles me lembram a minha adolescência. Curioso que se eu tivesse que comparar a adolescência a uma estação seria o verão, dada a sua efervescência, mas não comigo. Para mim, adolescência lembra outono. Dias lindos, noites frias, rito de passagem. Saudade.
Mas o texto não tem um tom nostálgico. Tem, ao contrário, um caráter de alerta, de chamado para aproveitar coisas simples e igualmente maravilhosas.
Já disse aqui, em outro texto, que sábado de manhã para mim tem cara de todas as possibilidades. Parece que o tempo é suficiente para se fazer de tudo um pouco. Uma caminhada no parque, lavar aquela blusa que você adora e precisa de um cuidado especial, começar a ler aquele livro que está a espera, fazer as unhas, combinar passeios com amigos ou com o seu amor. Mas se a gente acorda tarde, parte desse tempo já se foi e a preguiça que invade o corpo não nos deixa pensar em muitas coisas. Quando vemos, já é noite. Quando acordamos cedo, sobra um tempão para fazer coisas antes do almoço. E mais, pode até sobrar um tempinho para dar uma cochilada no meio da tarde. Uma delícia!
Por isso, para não me estender demais, sugiro que acorde cedo mais vezes. Se não for esta a sua "praia", o seu hábito, experimente pelo menos para fazer diferente!
O dia raiou, os passarinhos estão cantando, o sol começa a invadir todos os cantinhos... aproveite e curta cada minuto... porque estes momentos não voltam mais!

Até a próxima

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de junho

O mundo precisa de amor! Já ouvi esta frase milhões de vezes e em contextos diferentes. Em um tempo onde pessoas se beijam sem nem mesmo saberem os nomes uns dos outros, conservar um namoro é algo (quase!) de outro mundo! Os jovens buscam um par que lhes complete, lhes traga alegrias, lhes confira um novo status. Parece tão importante revelar nas redes sociais que estão em um relacionamento sério, que o próprio se extingue à medida que consumado. Quando acompanhados, percebem que manter-se unidos dá trabalho. Ter olhos para um único parceiro quando há tantos outros igualmente interessantes ao redor, exige um poder de escolha que não costumamos ter na pouca idade. Namoro deveria ser para os mais velhos. Mas não há, tampouco, como aprender a namorar, sem namorar! É preciso exercitar a capacidade de estar com o outro.
O amor que o mundo precisa, talvez não seja, propriamente, o amor romântico. O mundo precisa de um olhar apaixonado sobre ele. Um olhar que só é capaz de ter aquele que se entrega, o que é próprio de quem ama. As pessoas andam tão presas às coisas fúteis, que não sobra tempo - e disposição - para se apaixonarem.
Em tempos de comemorações como esta de hoje, todos querem pertencer ao grupo dos "comprometidos". Poucos querem, porém, continuar pertencendo a este grupo no dia seguinte. Por que permitimos que a banalidade do cotidiano nos tire a poesia das relações? Amar não é ter um namorado, marido, ou par constante. Amar é ter um olhar de contemplação, de novidade, de condescendência.
Amar é ver que dentre todas as possibilidades, ainda assim, é aquela escolha que te faz feliz... todos os dias.
Um certo dia, um professor disse: Amar não é achar que aquela pessoa que está com você é a mais linda que existe. É saber que mesmo não sendo, é com ela que você quer ficar. Eu achei a coisa mais romântica e realista do mundo! A beleza está nos olhos de quem vê. E se pararmos para pensar, nessas coisas de amor, agimos feito crianças. O que é bom, é belo!
Eu me considero uma apaixonada pelas coisas da vida. Sinto-me privilegiada por conseguir conservar esse espírito infantil de quem descobre novas coisas a cada dia. Tudo me encanta. E é de verdade! Tudo me fascina, faz brilhar meus olhos, me faz um pouquinho mais feliz. O amor é uma dessas coisas. Mesmo se as coisas não vão bem,  há sempre um jeito delas ficarem... (tudo bem, eu também tenho meus dramas, meus momentos de baixa, minhas inconstâncias, mas passa rapidinho, rapidinho!)
O amor que o mundo precisa é presente bem pertinho de mim. O amor tolerante, pacificador, construtivo.
Por isso, neste 12 de junho, dedico este texto aos belos exemplos de que, apesar de todos os pesares, ainda vale a pena acreditar no amor...
Meus pais, namorados há 49 anos.
Minha irmã e meu cunhado, namorados há 20 anos.
Meus avós, namorados há 74 anos.

Precisa mais?

Que a minha história de amor, que recomeçou após longos 17 anos de separação, possa ir tão longe, e maravilhosamente, como estas...

Feliz Dia dos Namorados!

Até breve.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Talvez...

... Se eu tivesse pensado melhor, não teria falado tudo aquilo!
... Se eu fosse mais tolerante, não teria brigado aquela hora.
... Se o carro tivesse passado um segundo depois eu não teria perdido a carona!
Se... se... se...
"Se" é um tempo que não existe! Então por que insistimos em lamentar pelo que fizemos de determinada forma, em determinado momento?
Não sabemos que o que passou, passou e não tem volta? Da mesma forma que saber como teria sido a mesma situação com outro desfecho é algo impossível!
Isto parece atormentar tanto a humanidade que um sem número de filmes já foi criado abordando o tema. Seria perfeito se pudéssemos simplesmente testar todas as possibilidades de viver para, então, escolher a melhor! Mas não podemos. Não podemos porque isso nos dá a sensação, diga-se de passagem, bastante verdadeira, de que pensar antes de agir não tem importância já que todas as ações tem um "UNDO", um desfazer. Não podemos porque o legal da vida é não saber o que vem depois. É saber, apenas, que cada ação gera uma reação, que por sua vez leva a outra e outra e outra. Como é engraçado, por exemplo, quando "ensaiamos" as verdades que queremos falar para alguém e programamos o que o outro vai falar em resposta, mas quando vamos à prática, a resposta do outro é tão diferente do previsto que nos deixa desconcertados! Ficamos como bobos, que surpreendidos pelo inesperado não temos estoques de "respostas-perfeitas-para-argumentos-não-pensados"!
Que graça teria se tivéssemos o poder de dirigir cada passo e, no erro de um deles, voltar atrás e fazer tudo de novo... tudo diferente?
A vida não é feita de "ses". A vida é feita de "issos e aquilos" que nos concedem a participação nessa aventura maravilhosa. Quando estou aqui, não posso ficar pensando como teria sido se estivesse lá. Quando estou lá, manter o pensamento no "aqui" é pedir para se aborrecer. Quando elejo um caminho, deixo todos os outros para trás, mas isso é a vida! Não há como saber onde dariam os outros caminhos. Não há como querer participar de todos eles, igualmente. Se ficamos sozinhos, nos ressentimos pelos momentos não partilhados com o outro. Se estamos comprometidos em um relacionamento afetivo, tampouco, não podemos pensar no que faríamos quando sozinhos. Cada coisa em seu devido lugar. Cada situação em seu devido tempo. E é assim porque é. Escolha seu destino e seja feliz. Simples assim!
"Se" é um tempo que não existe. E isso, não há como questionar.
Sofrer por isso é um erro tão grande quanto dizer que sua vida teria sido melhor se optasse por outro rumo.
Remoer as renúncias é apenas uma forma de desconsiderar as escolhas felizes!
Só para descontrair, pense aí: Se minha mãe fosse homem, seria meu pai...

Deixe o "se" no papel e viva os riscos!

Até.

domingo, 3 de junho de 2012

Em tempo!

Acho que meu comentário gerou interpretações diferentes das que eu imaginava. É interessante ver como as pessoas entendem coisas distintas sobre um mesmo fato! Curioso...
Mas só para esclarecer, no post "Verdades nem sempre absolutas" eu quis dizer que a cor dos cabelos, loiros, morenos, ruivos ou brancos não definem, por si só, a inteligência de alguém. Ao contrário do que possa sugerir, eu estou exatamente defendendo que loiras não são burras simplesmente pelo fato de serem loiras, assim como morenas não são inteligentes só por serem morenas. É isso!
O resto é o resto...

Até mais

sábado, 2 de junho de 2012

Verdades nem sempre absolutas!

Algumas verdades são simplesmente reproduzidas. Não estou dizendo que parte delas não é pertinente. Muito do que é dito acaba mesmo sendo verdade, mas a questão é que nós sequer questionamos se aquela afirmação serve para todos os casos. Olha só:
Governo é sempre ruim.
Adolescente é sempre rebelde, encrenqueiro.
Homens traem.
Gatos são traiçoeiros.
Professor ganha mal.
Loiras são burras. As bonitas também.
Futebol é coisa de macho.
Há mulheres para casar e outras para se divertir.
Transgredir é legal.
Mulheres são "barbeiras".
Homens sensíveis são gays.
Meninos brincam de bola. Meninas, de casinha.
(...)
Por que tem que ser assim? Por que assim parece ser para sempre?
O mundo não está preparado para quem anda fora da linha.
É mais fácil repetir a informação que encontra eco nas outras bocas, do que se levantar contra a multidão e admitir que você não pensa do mesmo jeito. Com isso, vamos entoando um coro que se perpetua sem que alguém pare para pensar se aquilo realmente faz algum sentido. Será que de vez em quando não podemos entender que alguns políticos podem ter boas ações? Que adolescentes são questionadores da realidade instituída ao invés de seres que passam o dia com o objetivo único de criticar suas atitudes?
Professores podem não ser os profissionais mais bem remunerados do mundo, mas me revolta ver que alguns de nós denigrem a própria atividade. (e que ninguém me ouça, mas há uns professores por aí que são tão ruins que além de me envergonharem  - como colega -, ainda ganham muito pelo pouco que fazem!).
As loiras nem sempre são burras. Há muitas morenas aqui e ali que fazem asneiras piores. Futebol não é só para os homens, assim como nem todos os homens dirigem bem. Conheço homens fieis e acredito neles até segunda ordem. Ingenuidade? Eu me recuso a condenar antes de ter provas para isso!
Meninas brincam de casinha, como brincam de bola, corda e corrida. Futebol também pode ser uma das opções. Quando pequena, minha brincadeira favorita na escola era "polícia e ladrão", de preferência com os meninos.
Homens sensíveis são aqueles que já entenderam que não desmerece em nada ter um olhar contemplativo, delicado e afetivo, porque assumir seu lado mais emotivo é, sim, coisa de macho! E um conselho? Funciona muito bem com as mulheres...
Gatos não são traiçoeiros. Eles apenas não fazem só o que você quer. Não há mais mais gostoso do que fazer carinho em um gato e ouvir o ronquinho de satisfação que ele faz. Eu suuuuper recomendo!
E, antes que eu me esqueça, se você quer continuar falando o que todo mundo quer ouvir, é um direito seu, mas induzir alguém a pensar como você, é covardia!

Até mais.