domingo, 23 de junho de 2013

Dos relacionamentos...

Você já parou para pensar no quanto filtra as suas relações? Então vamos lá! Que todo mundo (ou quase!) é dependente de tecnologia ninguém duvida. Observe como se sente paralisado cada vez que a energia elétrica acaba! Ficamos como que engessados, sem saber muito bem o que fazer. Mas isto nem é o pior. Estamos habituados a ter uma casa totalmente dependente desta energia. Televisão, forno, batedeira, chuveiro e tantas outras coisas que precisam dela para funcionar, então é normal que fiquemos sem saber como agir.
A questão a que me refiro, e que me assusta, é a facilidade que as pessoas vem tendo, cada vez mais, para se relacionar com máquinas e menos com outras pessoas. Hoje vemos mais aparatos tecnológicos e menos famílias. É claro que quando escolhemos nossos pares, sejam eles amigos ou amores, optamos pelas afinidades, pelos iguais. O que não podemos perder de vista é que ser igual o tempo todo, além de monótono é impossível. E é aí, quando nos tornamos diferentes aos olhos do outro, que as relações começam a ficar difíceis. Mas o que é a relação senão a negociação das diferenças? Desconfio de quem fala que nunca briga. Para mim é muito mais uma desistência de se relacionar do que uma relação perfeita! E é neste momento que as pessoas estão desistindo de quem está ao seu lado para ficar com quem está do outro lado da tela de um computador. Quando damos prioridade a elas em detrimento das pessoas reais, do nosso mundinho real, estamos optando pelo que é confortável. Relacionar-se assim é abrir mão do conflito. É mais fácil jogar palavras na "rede" e esperar que alguém que pense como nós possa se pronunciar, curtindo ou comentando alguma coisa. Dificilmente fala alguma coisa aquele que discorda! Em geral se aproximam de nós aqueles que pensam do mesmo jeito. E com isso vamos evitando nos indispor, vamos fazendo com que as relações pareçam mais fáceis do que são. 
Será que esta é a melhor maneira de lidar com nossas dificuldades? Será que crescemos como pessoas quando deixamos de testar nossas próprias limitações? Sinceramente acho que não. Para crescer é preciso discordar, argumentar, brigar, se entender novamente, ter um outro ponto de vista, se desculpar e ser desculpado. É preciso compreender (e se sentir bem com isso) que divergências fazem parte da vida e que somente através da negociação construimos relações. Se o grande barato da vida é aprender a cada dia, é nos relacionando que aprendemos a conviver. Cedendo, nos impondo quando necessário, querendo estar com o outro, querendo fazer com que dê certo... isso é viver!

Relacione-se mais com quem está por perto. Ouça o que tem a dizer e acrescente à sua vida quando for bom para os dois lados! Desafie-se...

Até mais.

2 comentários:

  1. Oi, Cris!
    Muito bom, adorei...
    Estava em falta de dar uma passadinha por aqui.
    Saudades...
    Bjosss
    Jaque

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  2. Pois é... estava mesmo sentindo falta! Que bom que gostou do texto... fico feliz.. apareça mais vezes! bjs

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