sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Adeus ano velho... Feliz ano novo!

Todo fim de ano é igual! Chega o verão, fazemos um milhão de promessas para o ano que vai começar e sentimos desejos genuínos de espalhar amor e esperança. Ah! Chegam também as tão sonhadas férias...
Mas antes disso tudo, já é uma tradição aqui no blog a continha para descobrir qual é a melhor cor para passar a virada de acordo com o seu número. Superstições a parte, posso garantir que mal não faz! E se você está sem ideia, por que não? Então aí vai...
Para descobrir qual é o seu número é muito simples. Você deve somar o dia e o mês do seu aniversário, acrescentar o 9 e reduzir a um único algarismo. Por exemplo: Se o seu aniversário é dia 22/04, sua conta será: 2+2+4+9=17; 1+7=8. Sua cor para este réveillon será aquela relacionada ao número 8. Simples, não?
Então aí vai a lista de cores e sua correspondência:

01 - Seu desejo é começar o ano em grande estilo. Este é o momento ideal para pensar no futuro. Como está cheio de ideias, vai querer provocar um grande movimento. Dinamismo não falta e sua energia está no auge para tomar as decisões necessárias. Quando o ano começar se sentirá cheio de confiança e vontade de realizar seus planos. Tenha coragem! Aproveite a oportunidade para se desvencilhar de tudo que o prende. Inicie 2015 com ousadia, determinação e iniciativa. Dê um primeiro passo para a realização do que deseja. Será um dia para tomar decisões e agir.

USE O VERMELHO EM SUA ROUPA OU ACESSÓRIOS. O VERMELHO COLABORA COM A FORÇA E A ENERGIA DINÂMICA, PROMOVE A INDEPENDÊNCIA, A AÇÃO E A CONQUISTA. COMECE 2015 COM MUITA GARRA!

02 - Esta será uma noite de encantamento e amor. Aproxime-se da outra pessoa usando sua sensibilidade. Compartilhar momentos a dois é tudo o que precisa para sua noite ser completa. Serão momentos de alegria, confidências, abraços e cumplicidade a dois. A lua associada ao número 2 influencia o romantismo. Promessas de amor serão favorecidas e o clima de intimidade deve prevalecer. Criatividade em alta.

USE O LARANJA EM SUA ROUPA OU ACESSÓRIOS. O LARANJA TRAZ ACOLHIMENTO E EMOÇÃO DO ENCONTRO E DA TROCA. PROMOVE A ESPONTANEIDADE E A ATITUDE POSITIVA. COMECE 2015 COM ENTENDIMENTO E MUITO AMOR! 

03Sua noite de  Réveillon é de alegria, música e encontro com muitas pessoas. O clima da virada é
de otimismo e esperança de um futuro feliz. Este é um momento para ser comemorado com festa, muitos amigos e até mesmo novas pessoas. Uma boa pedida para a data é viajar! Nesta noite prepare-se para ser o centro das atenções. Escolha um visual bem bonito, que seja uma marca pessoal. Sua alegria e esperança no futuro irão contagiar os outros fazendo dessa data um momento de grande comemoração! 

SUA COR É O AMARELO. ELE AUMENTA A ALEGRIA DE VIVER. PROMOVE A ENERGIA JOVEM, DE DINAMISMO E ENTUSIASMO. COMECE 2015 COM ALEGRIA, VITALIDADE E VONTADE DE REALIZAR SEUS DESEJOS.




04 - Nesta noite você está decidido e cheio de objetivos para o ano que está chegando. O momento é de se dedicar à concretização de seus sonhos. Você sabe que é competente e que seus planos irão se realizar no próximo ano. Tem o desejo de segurança e poderá preferir passar essa noite em companhia de amigos, em algum lugar conhecido, como na sua casa. Nada de surpresas de última hora. Você deseja paz e harmonia nesta noite da virada. Somente família, os amigos do peito, só gente em que você confia. Muita certeza e confiança no seu futuro! 
SUA COR É O VERDE. ELE RECUPERA SUA ENERGIA, LIMPA, REFRESCA. PROMOVE UM EFEITO RELAXANTE E PROTETOR. COMECE 2015 COM EQUILÍBRIO, SERENIDADE E CONFIANÇA!


05 - O clima para a virada é de movimento. Você tem muitas ideias e deseja mudanças significativas no próximo ano. Por isso irá preferir um programa bastante diferente, em algum lugar que você nunca tenha estado e com pessoas divertidas.  O objetivo é passar a virada do ano de maneira não convencional, portanto comece pela roupa. Experimente um traje inusitado, diferente do habitual. Se possível ouse também no local.  Quanto mais novidades, mais energias positivas para o período que está começando. O momento é de muita alegria, liberdade e mudanças. 

SUA COR É O AZUL CLARO. ELE DIMINUI O CAOS, REMOVE BLOQUEIOS E FAVORECE O FLUXO DE ENERGIA VITAL. AINDA ALIVIA AS TENSÕES E ESTIMULA PENSAMENTOS CLAROS. COMECE 2015 COM UMA ENERGIA DE PAZ, CRIATIVIDADE E LIBERDADE.

06 - A noite promete ser de muito amor. Seu momento será cheio de afeto, de palavras carinhosas, junto às pessoas que você ama.  Por isso a energia será propicia para você passar esta noite com a sua cara metade, ou sua família, num ambiente de bastante calor humano. Flores, jantar a luz de velas, champanhe, musica romântica são boas opções para esta noite. Tudo para proporcionar um ambiente de sedução e paixão. Use uma roupa elegante, tecidos finos de cetim, seda, adamascados, em que o azul possa ser uma das cores. 

SUA COR É O AZUL ROYAL, QUE CONTRIBUI PARA A SENSIBILIDADE DE SUAS EMOÇÕES E FAVORECE UMA ATMOSFERA DE PROFUNDO ENTENDIMENTO ENTRE AS PESSOAS. COMECE 2015 COM MUITO AMOR NO CORAÇÃO.

07 - O ano que se inicia trará uma renovação da energia interna. Haverá um desejo de
autoconhecimento, de valorização de si mesmo. Um ambiente de quietude, mais tranquilo e sereno, é fundamental para promover um clima de reflexão e reencontro consigo mesmo. Paraísos ecológicos, spas esotéricos, um evento místico, um mergulho no mar a meia-noite, ou ainda ficar contemplando as estrelas do céu, tudo isso faz com que você se conecte com os seus desejos mais íntimos. Não fique sozinho, apenas escolha muito bem as pessoas que estarão com você. Aproveite esse dia para visualizar na sua mente o que você deseja para o próximo ano. 

O LILÁS VAI CONTRIBUIR PARA AMPLIAR A SUA INTUIÇÃO E ASSIM PERCEBER O QUE NÃO É VISÍVEL AOS OLHOS. IMPORTANTE É A SUA CONEXÃO COM VOCÊ MESMO. E DAÍ A CONEXÃO COM O MUNDO. COMECE 2015 COM CONSCIÊNCIA DE SI MESMO, ATRAINDO TODA A ENERGIA POSITIVA E DE PROTEÇÃO.

08 - A virada do ano será marcada pelo planejamento das suas metas para o próximo período. Sim, você sabe que se depender de vontade e determinação seu ano será maravilhoso! Na noite de réveillon você se sentirá capaz de tomar grandes decisões. Você estará transbordando de energia e vontade. Vai escolher a dedo o lugar e a companhia para passar esta noite. É bem provável que escolha  um ambiente sofisticado, com boa comida, muito bem decorado, e ótimo serviço, à altura da sua exigência e ambição. Aposte também no dourado para compor o visual. 

SUA COR É QUALQUER TOM DE BEGE, MARROM OU DOURADO. OS TONS DE TERRA INTENSIFICAM A ENERGIA DE AUTOCONFIANÇA E PODER. PROMOVE A RESISTÊNCIA FÍSICA E MENTAL. COMECE 2015 COM GRANDE VITALIDADE, DINAMISMO E CERTEZA DE QUE IRÁ CONQUISTAR O QUE DESEJA.

09 - Esta virada de ano marcará o término de um ciclo, portanto haverá uma reflexão sobre o que
passou e o que se deseja para os próximos períodos. Com grande motivação você deseja ampliar o seu horizonte com novos desafios. Você vai fazer uma retrospectiva e irá colocar um ponto final em tudo o que vem impedido que você viva o futuro de maneira livre. Vai ser muito bom estar com amigos antigos, colegas de escola, da vizinhança, comentando e dando boas risadas ao lembrar dos micos que vocês passaram juntos. Viaje para um lugar que marcou a sua vida, reviva o passado, chame parentes distantes e promova um reencontro. Resolva pendências, esclareça fatos e perdoe.

A COR ROSA CONTRIBUI PARA LIBERAR TODO O AMOR QUE EXISTE EM VOCÊ NESSE DIA. PROMOVE A COMPREENSÃO, O DIÁLOGO E O ENTENDIMENTO. COMECE 2015 PERMITINDO-SE ABRIR SEU CORAÇÃO!


Agora que você já sabe o significado de cada uma das cores cabe escolher se irá seguir alguma das dicas. Não precisa vestir essa cor dos pés à cabeça. Basta um detalhe, uma peça, um acessório. Não precisa nem mesmo aparecer! Experimente...

Desejo que independente disso sua virada seja incrível, cheia de momentos espetaculares e inesquecíveis!

Feliz Ano Novo!

Que venha 2015...

Até lá.


Fonte: www.aparecidaliberato.com.br

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

L'amour

"Ela é muito nova para Paris!". Foi a frase que ouvi de uma amiga. Será que se pode ser nova demais ou velha demais para ir a algum lugar? Claro que quando há exigência física como um esporte radical ou idade mínima para ingresso isso se faz essencial, mas não é o caso. Por que, então, a pessoa em questão seria muito nova para Paris? Devo confessar que não discordo de sua afirmação. Não há idade para conhecer Paris (e se apaixonar!), mas concordo que é necessária alguma maturidade para aproveitar o que ela oferece de melhor. E acredite! Não são as grifes que fazem aquele lugar valer cada centímetro. A cidade tem espaço para todos (ou muitos!) os gostos e idades, mas se você não é naturalmente apegado às obras de artes, museus, e toda a sorte de produções humanas que realmente importam, precisará de um "mentor", de alguém que guie seus passos e ensine a apreciar essas maravilhas! Tudo bem, até o "nada" é produtivo por lá.
Paris não é lugar para se ver com pressa ou má vontade, embora eu desconfie que qualquer mau humor se desfaça naquela cidade. É conhecida como cidade luz, não pela iluminação que a torna ainda mais encantadora, mas por todas as mentes brilhantes e iluminadas que viveram lá e, com suas ideias, transformaram o mundo. Para mim é a cidade luz pois lá é onde nos sentimos mais especiais. Acho que é isso! A cidade é tão generosa que empresta o seu brilho próprio para que cada visitante se sinta igualmente incrível.
Não consigo explicar o que me faz gostar tanto de lá. O ar, o céu, os jardins, o pequeno caos de qualquer cidade grande. O engraçado é que estando naquele lugar, sinto a vida passar em câmera lenta, como se pudesse driblar o tempo. E se você nunca visitou, certamente está se perguntando se Paris é realmente isso tudo. Aproveito para advertir: Sim, meu relato é recheado de parcialidade. Não falaria mal de lá ainda que tivesse motivos. Se buscar lá no fundinho, talvez encontre alguns, mas tenho o hábito de guardar as coisas boas de um lugar e esquecer as outras. Quero deixar claro que escolhi Paris como a minha "queridinha" não por clichê, embora seja, mas por uma brincadeira do destino. Conto sempre para as pessoas que eu JAMAIS tive vontade de conhecê-la. Paris me lembrava pessoas fúteis e emergentes, cujo único objetivo era dizer que havia estado lá e comprado muitos itens de grifes. Fui a primeira vez sem qualquer expectativa e, de certa forma, até desdenhando da experiência. Foi aí o meu erro. Estava tão desarmada que fui arrebatada de uma maneira que não tive como escapar. Sinto como se voltasse para casa. Sinto saudade daquele lugar como se já me pertencesse em algum momento da vida... quem explica?
A cidade é impressionantemente bonita. Cada quarteirão reserva uma surpresa. Um edifício mais lindo que o outro, uma árvore em lugar estratégico, o Sena cortando as ruas e quando menos se espera ela aparece, majestosa, tirando o fôlego dos desavisados: La tour. Uma estrutura gigante e pesada que parece flutuar nos céus parisienses. Aquele lugar é mágico. Simples assim.
Tive vontade de falar um pouquinho mais sobre Paris. Sem razão, sem novidades. Apenas para
matar um pouquinho da saudade e alimentar o desejo de caminhar por aquelas calçadas novamente...
...Em breve!

Até lá.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Frenético - Parte II

Cai a tarde.
Olhares impacientes no relógio para contar regressivamente o tempo que falta para sair. Arruma a bolsa, confere o batom, guarda o que falta.
Confere a chave do carro, encontra o chiclete perdido.
Toca o apito da fábrica. O turno acabou. Logo começa outro.
Saio cansada. Lista de compras na cabeça.
Estacionamento. Mercado.
Oba! Um carro sai. Ocupo a vaga.
Tomate, leite, cebola, iogurte. Revejo a lista mentalmente, não falta nada.
Fila. Parece que todas as pessoas vão ao mercado ao mesmo tempo.
A moça do outro lado do balcão conta os minutos para acabar o trabalho.
Conversas paralelas com o empacotador.
Pago. Saio.
Impaciência.
Lembro aliviada que as tarefas do dia já foram cumpridas.
Entro no carro. Som alto.
Trânsito. Buzinas.
Todos querem chegar a algum lugar.
Enquanto dirijo penso em tudo o que deveria fazer.
Academia. Barulho de metais dos pesos batendo uns contra os outros. Engrenagem. Esteira.
Desvio o pensamento e cantarolo a música que vem do rádio.
Estrada. Enfim trânsito livre.
Túnel.
Portas de lojas vão lentamente abaixando.
É hora de parar.
Vendedoras saem com ar de pressa.
Longo caminho até em casa. Ônibus lotado.
Entro em casa. Estaciono.
Sinto uma sensação de alívio percorrer o meu corpo.
Posso agora relaxar.
Outros estão ainda no meio do percurso, mas não eu.
Penso em como sou agraciada por todas as coisas que pertencem ao meu mundo.
Tiro os sapatos.
Jogo meu corpo no sofá.
Respiro. Respiro profundamente.
Descanso.
Amanhã começa tudo outra vez.
Que bom que é assim!

Até lá.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Frénetico

O dia mal clareou e a cidade já se mostra em uma intensa movimentação.
Despertador toca.
Levantar da cama.
Quero mais cinco minutos.
Perco a hora.
Enquanto decido entre a blusa branca ou o vestido verde pessoas andam para cima e para baixo tentando equilibrar a equação entre a distância que falta percorrer até o ponto e os poucos minutos para a chegada do ônibus.
Enfim me apronto para sair. Nesse instante parece que a única pessoa acordada sou eu.
Ledo engano. Outros tantos já estão no trabalho.
Porta da escola. Carros.
Dinheiro para merenda.
Mochila pesada.
Acaba o turno da fábrica.
Apito.
Outro começa.
Alguns aguardam sua vez na calçada.
Cigarro como companhia.
Crianças dormem sentadas esperando a van escolar.
Mães, enquanto isso, já aprontaram o almoço.
A cidade ferve.
E nem são sete horas da manhã.
O sol dá sinais de que a temperatura vai subir.
O asfalto exibe suas ondas quase invisíveis de calor.
Corredores dedicados ocupam os cantos da rua.
Bicicleta.
Uma moto corta os carros como se fosse seis da tarde.
Estresse.
Buzinas.
Árvores que assistem incólumes o caos a sua volta.
Passarinhos cantando.
Olho para eles.
Respiro.
Por um instante esqueço do ritmo frenético em torno de mim.



(...)


Até mais.



sábado, 1 de novembro de 2014

Manhã de sábado

Hoje eu acordei com gosto doce de baunilha. Sábado de manhã tem cheiro de lavanda, de roupa lavada, de sol e calor. Manhãs de sábado não combinam com céus nublados. Gosto de frio. Mas não na manhã de sábado.
Hoje eu acordei querendo que a manhã não acabe. Acordei com sensação de primavera. Sábado de manhã é sinônimo de primavera. Também é sinônimo de juventude. Não há pessimismo que resista a um sábado de sol. Dia de reunir pessoas, de sair para arejar, de planejar todas as coisas quanto é possível executar em uma única manhã. 
Se pudesse traduzir em uma palavra, esta manhã seria chamada de flor. Flores. Todas as cores e perfumes estão presentes nesse momento. Se pudesse guardava em um potinho e me abasteceria um pouquinho a cada dia até chegar a próxima manhã de sábado. 
Manhãs de sábado têm barulho de passarinho cantando, criança gritando, risadas. Têm cara de corrida de rua, patins, bicicleta. Ah! Os passeios de bicicleta são a atividade perfeita para os sábados de manhã. 
Essas manhãs têm jeitinho de férias. Parece que as 48 horas que compreendem o fim de semana se multiplicam quando a gente valoriza o sábado de manhã.
Dia de cuidar da pele, dos cabelos, de fazer as unhas e colocar aquele esmalte vermelho que contrasta com o céu azul. Dia de bronzeado, de piscina, de cultuar o "Deus Sol"!
Sábado de manhã dá vontade de ouvir música alegre, de dedicar um tempo a si mesmo, de começar a ler aquele livro guardado na prateleira. Dia de tomar um café da manhã demorado e caprichado.
Para os solteiros representa o começo dos preparativos para a noite que virá. Para os casados o dia de aproveitar cada minuto com o seu amor depois de uma semana pra lá de ocupada.
Manhãs de sábado não foram feitas para dormir, nem trabalhar. Foram feitas para respirar. Não um respiro de todo dia. Um respiro de alívio, de descanso, de relaxamento. Hora de agradecer.
Desejo ter mais manhãs de sábado. 
Que possamos aproveitá-las.

Até mais!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Algumas linhas...

Mais um mês chega ao fim. Só agora me dei conta de que eu não atualizo o blog há mais de 30 dias. Seria a hora de encerrá-lo? Será que já passou da hora? Não sei. Às vezes acho que só eu ainda venho aqui. Já outras vezes me surpreendo quando alguém que conheço menciona algum texto que leu. Aí eu me encho de coragem, abro a página e busco inspiração para escrever umas poucas linhas. Gosto mesmo de escrever quando o texto vem pronto na minha cabeça e sinto tanta urgência em colocar no "papel" que quase não tenho dedos para digitar em tamanha velocidade. Mas na maioria das vezes o processo é lento, pensado, e porque não dizer, doloroso. É. Escrever dói. Mas dói uma dor que liberta. Tanto é que pessoas absolutamente felizes e descomplicadas não dão bons poetas. Os bons são complexos, reflexivos e têm uma boa dose de introspecção. A inspiração pode até vir de fora, mas só se torna texto quando vem de dentro, quando brota do mais íntimo de cada um.
Escrever pode refletir um pensamento ou pode se distanciar dele. Pode expressar uma opinião ou recusar-se a falar. Pode calar incômodos, ditar regras, pode acalmar ou simplesmente exercitar a imaginação. Tudo depende do que e como se escreve. 
(...)
Não vou me alongar. Assim como em outros longos invernos estou retomando a minha caminhada por aqui. Agora não é hora de produzir. É hora apenas de esticar as palavras no sol e esperar que amadureçam.

Até breve.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ideias. Muitas ideias.

Hoje senti vontade de fazer algo genial. Mas o que eu poderia fazer? O que poderia ser genial? Tive algumas sugestões. Algumas por carinho, outras por brincadeira. A ideia brilhante que eu gostaria de ter tem a ver com mudar o mundo. Que atitude, palavra ou situação poderia eu provocar com a intenção de causar uma grande mudança? Uma mudança em proporções descomunais? Desde pequena tive o desejo de fazer algo pela humanidade. As coisas miúdas nunca foram para mim. Eu gostava mesmo era das grandes causas. Sempre tive inveja de quem deixou sua marca. A inveja não era propriamente de pessoas que fizeram um bem. Era muito mais da capacidade de realização e, sem dúvida, da perseverança. Falando em ideias, considero este blog uma das minhas mais significativas realizações. Não porque seja um sucesso estrondoso, mas porque tive perseverança de escrever. Com mais ou com menos frequência isso não importa. Importa mesmo que eu não desisti, coisa comum na minha trajetória.
Quando pequena eu sonhava em ser grande. Não em estatura, mas em criações. Sou uma pessoa de criações. Isso eu sou! Mas com a mesma facilidade que crio, desisto das minhas "invencionices". Não lido bem com o fracasso. Não pela decepção em si, mas porque na tentativa de me proteger acabo resolvendo que aquilo em que investi energia e muitos sonhos não é assim tão vital e aí, abandono o projeto.
A vontade de fazer algo genial permanece. Assim como a certeza de não saber o que fazer. Criar uma ONG, adotar alguém, ensinar um ofício, construir um negócio. Ser voluntária em um projeto, buscar a solução para um problema social, investir em um programa de aperfeiçoamento... dos outros.
Volto a falar no blog porque nos seus "tempos áureos" em que a cada mês havia um sem número de novos textos eu sentia que era capaz de ajudar aos outros. Isso me levava a acreditar que talvez o feito não viesse em ações, mas em palavras e isso bastava para me deixar plenamente feliz e satisfeita. Agora eu quero mais. Talvez a chave para resolver o enigma seja unir esforços. Encontrar uns poucos loucos que como eu sejam capazes de realizar também. Sejam capazes, sobretudo, de me incentivar a continuar. Mas continuar o quê? Para dar continuidade é preciso começar e eu sequer sei o que quero fazer.
Que angústia! Que necessidade de encontrar respostas...
Aceito sugestões. E mãos trabalhadoras!

Vamos criar?

Até.

domingo, 14 de setembro de 2014

Top 5 - Onde comer em Cartagena

"Antes tarde do que nunca" - essa frase se aplica tão bem a mim. Sempre deixo as coisas para última hora. Acho que eu gosto do prazo apertado, do minuto final. Gosto da adrenalina de não dar tempo... e às vezes não dá mesmo!
Essa introdução é apenas para explicar que apesar de já se passarem 3 meses que eu estive em Cartagena na Colômbia, achei que ainda valia a pena listar o "top five" de locais para se comer por aquelas bandas.
Assim como assim sempre é tempo de viajar, pode ser que este post ainda ajude a alguém que esteja indo para lá.
Então vamos ao que interessa:
Cartão de visitas do bar
# 5 - El Corral - Com cara  e cardápio de lanchonete fast food, o local oferece um hamburguer bem gostoso, com gosto de carne fresca e de tamanho bastante satisfatório. O preço não é dos mais baratos, mas como pechincha não é o forte da cidade, o "El Corral" não é dos mais caros. É uma boa opção para quem estiver cansado da comida típica caribenha.
# 4 - Demente - Este é um bar de tapas. Fica em uma pracinha super movimentada, cheia de restaurantes e barzinhos, onde se reúne uma gente animada e alternativa. Sempre "rola" um som e alguém dançando. O lugar é super escuro e o clima é meio "balada". O teto da casa se abre nas noites enluaradas. Vale pela comida, mas vale também pelo contexto.
Deliciosa! Já comi...
# 3 - Restaurante Karib - Este é o restaurante do hotel onde eu me hospedei, o Allure Chocolat, mas ele atende a outras pessoas também. Oferece comida étnica, tipicamente "cartagenera". Muito peixe, banana e salada fazem parte do cardápio. Todos os pratos que experimentei eu gostei bastante. A apresentação dos pratos é bonita e o ambiente é bastante convidativo. É mais formal um pouco, porém não faz restrições de traje, já que atende também aos hóspedes. O atendimento, por sinal, é o forte da casa. Os garçons não medem qualquer esforço para agradar.
# 2 - Crepes & Waffles - É um restaurante grande, com cara de família. Os moradores da cidade costumam frequentar como um programa de fim de semana. Não é um local turístico. O cardápio é muito variado e tanto os pratos quanto as sobremesas são deliciosos. O preço não é dos mais caros e as porções são bem satisfatórias.
# 1 - Di Silvio - Escondidinho em uma rua estreitinha e próxima da pracinha onde fica o Demente, este restaurante com cara de casa do interior oferece pratos bem servidos e deliciosos da culinária italiana. Ele é pequenininho, tem poucas mesas e, por isso, forma fila com rapidez. Não abre todos os dias, portanto sugiro verificar antes se estará aberto.
Fachada do restaurante
Não consegui ir a todos os restaurantes indicados na cidade, mas certamente estes dão um panorama do que se pode encontrar por lá. Indo a Cartagena não deixe de visitá-los e, conhecendo outros melhores, avise!

Boa jornada gastronômica!

Até mais.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Meio Alice, meio Pollyanna!

Tenho uma amiga que me chama de Pollyanna. Uma outra, muito ironicamente me chama de Alice, aquela do País das Maravilhas. Pollyanna, para quem não sabe, é um livro que conta a história de uma menina que apesar de sua vida difícil e sofrida aprendeu a ver sempre o lado bom das coisas. Ela chamava isso de "jogo do contente". O título concedido a mim diz respeito à mesma coisa. Não sei se sou a pessoa mais otimista do mundo, mas de alguma forma, as pessoas me veem assim. Nunca tive - ou pelo menos não me lembro de ter! - amigos imaginários. Sempre tive facilidade de me relacionar e, por isso mesmo, nunca precisei inventar pessoas que me aceitassem. No entanto, depois de grande, não lido bem com as dificuldades que a vida faz questão de mostrar - e com lentes de aumento! Tenho minhas próprias "penúrias", mas prefiro ficar com as coisas boas.
Alice talvez seja um título mais apropriado para o meu momento. Assim como a personagem de Lewis Carroll, tenho mergulhado cada vez mais em um mundo de fantasia. E é de propósito. Se a realidade é dura, não quero saber dela. Prefiro o colorido da fantasia às letras cinzas do jornal. Há quem possa dizer que não dá para viver assim. Digo que dá. Embora eu esteja entrando em um outro tipo de alienação. Dia desses fiquei sem a minha caixinha mágica de sonhos - os canais a cabo! - e me vi angustiada por ter que ver a TV aberta e toda a sua maneira sangrenta de enxergar as coisas. Na hora do telejornal comecei a me sentir incomodada com todas aquelas notícias tão bárbaras quanto inúteis para a vida de qualquer pessoa. Muito além de uma impressão, a sensação de estar tensa era real. Comecei a sentir os ombros se encolherem, as palavras ecoarem na minha cabeça, a vontade de tapar os ouvidos. E assim, cada vez mais, me vejo voltar para o meu mundinho colorido onde as coisas são bonitinhas, fofas e alegres. Às vezes isso me causa alguns problemas. Fico no meio de pessoas falando sobre assuntos dos quais absolutamente não tenho qualquer pista. Mas aí faço cara de paisagem e, se me interessar, busco na internet a resposta para as minhas perguntas. Na maioria das vezes fica o "dito pelo não dito". O que é incrivelmente certo é perceber como as pessoas, de uma forma ou de outra, vivem em torno dos programas que assistem. Como os que eu assisto poucas pessoas (com as quais convivo) veem, guardo-os apenas para mim. E está bom assim! Não sei quem está na novela, não vi o último capítulo, não sei quem são os atores e atrizes que estão fazendo sucesso. Não sei qual é o corte ou o esmalte da moda, ou ainda quem matou o vilão no capítulo anterior. Não sei quem são os políticos, não sei dos acidentes, nem dos assassinatos ou catástrofes do momento. Deleto imagens chocantes, pessoas irritantes e não entro em discussões que não vão me levar a lugar algum. É, quem me conhece há tempos pode não estar me reconhecendo. Pois então, me apresento novamente.
Muito prazer! Sou meio Alice, meio Pollyanna! 
Estou muito feliz assim...

Até mais.

domingo, 17 de agosto de 2014

Gosto! Gostos!

Quantos gostos alguém pode ter? Se não gosta de nada, é um chato, alguém que não tem gosto pela vida. Se gosta de tudo, é sem foco, é "em cima do muro". Não se pode gostar de muitas coisas. A profissão deve ser escolhida cedo. E é bom que se tenha gosto por ela... o resto da vida. Os amores também têm que ser escolhidos uma única vez. Ou poucas. Não se pode gostar do múltiplo. O gostar é uno. Há que se eleger o "mais". Se gosta do branco, desgosta do preto. Se gosta do começo, há que se desgostar do final. Gosta-se do pop ou do clássico, do ballet ou do futebol. Gosta-se de praia ou montanha. Meninos ou meninas. Inverno ou verão. Fondue ou salada de frutas.
Tenho um problema. Sou do grupo que gosta de tudo. Gosto de cheiros, sabores, texturas e cores. Não gosto de outras tantas coisas. Tenho dificuldades por gostar demais. Gostando, quero. E querendo, nunca se é suficiente. Não gosto de acampamento. Ah! Isso eu não gosto mesmo. Gosto de sair. E gosto de ficar. Aliás, quando saio, não quero voltar. Mas quando volto, é lá que eu quero ficar... por um bom tempo.
Gosto de música. Músicas. De vários tipos. Não gosto de rock pesado. Dói os ouvidos. Tenho ouvidos sensíveis. Escuto até o que não quero. Gosto de falar também. Falo muito mais do que precisaria, ou deveria. Mas continuo falando porque gosto. Falo do que sei, do que não sei e convenço. Sim, porque convencer também é uma das coisas que gosto. Tento de todas as maneiras. Mas chega uma hora que desisto, porque desistir também faz parte de mim quando vejo que é causa perdida. Gosto de dança. Ver e fazer. Gosto de ler. Livros, revistas, roteiros, rótulos, jornais. Não, jornais não. Têm um cheiro forte. Não gosto de cheiro forte. Gosto de cheiro de banho. E frutas cítricas. Não gosto de cheiro doce. A não ser o cheiro de frutas vermelhas, que também são cítricas. Mas gosto de comida doce. Salgado eu não gosto muito. Amargo, azedo, gosto de quase todos os gostos. Texturas para mim são problemas. Macio, áspero, suave, liso, sempre me causam mais incômodo do que o próprio gosto que possam ter.
Gostar é sempre uma escolha. É mais do que a razão pode explicar. Normalmente se tem critérios para gostar ou não, mas algumas vezes a sensação vem antes da compreensão sobre o nos fez "gostar" disso ou daquilo. Gosto de frio e isso em geral é mal visto. Mas eu gosto, fazer o quê? Assim como em geral gosto do que ninguém gosta. Os "gostares" habituais não fazem parte do meu cardápio. Gosto do incomum. Mas de repente me descubro gostando também do que todo mundo prefere. Gosto de grades de ferro antigas. Gosto de gatos. Gosto de comida crua e não gosto de carne. Prefiro não comer carne. Mas prefiro mesmo não me indispor. Já em outras vezes prefiro brigar pelo que gosto mesmo sabendo que é opinião só minha. Mas gosto. E sigo gostando, aqui e ali, das coisas que nem sempre são escolhidas pelos outros.
Gosto.
Gostos.
Fazem parte do que eu sou!

E você? Gosta de quê?

Até.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Lista de pequenas memórias da infância

Um grupo de amigos meus estudou na mesma escola. Não a minha. Dia desses relembravam pessoas, lugares e passagens vividas naqueles tempos. Fiquei com inveja. Não tinha com quem compartilhar. Já que eu não pertencia àquelas memórias, resolvi listar aqui as minhas próprias. Sei que são só minhas. A mim pertencem. Mas sei também que muitas outras pessoas podem se apropriar delas, já que talvez tenham passado pelos mesmos lugares nesse tempo que insisto em chamar de meu.
A primeira lembrança que tenho é do pátio monumental para os meus poucos seis anos. Todo de paralelepípedo era um convite a um joelho ralado, fato ignorado por todos que se dispunham a correr por ali. Lembro do vento que batia no meu cabelo. 
Lembro da cantina e do pão com queijo ou só com manteiga na chapa. Lembro das fichinhas de plástico para comprá-las. Lembro do copo de refrigerante de papel encerado com a marca do fabricante e dos famosos selos que recortávamos em troca de io-iôs. E a febre do io-iô? Como esquecer? Passeio com o cachorrinho, torre e balanço eram apenas algumas das muitas manobras que tentávamos fazer... em vão.
Lembro do "santo", nome dado ao ponto de encontro sob uma estátua de São José, se não me engano. Do tucano, outro ponto importante da escola, onde um viveiro trazia majestoso um tucano que tentávamos chamar atenção durante todo o recreio. Pobrezinho!
Lembro do parquinho aberto onde ficava esperando minha mãe me buscar. Adorava o brinquedo de girar. 
Da minha primeira escola lembro ainda da fila, da oração na entrada e das músicas que eram cantadas antes de irmos para a sala. Lembro do dia em que a professora nos trocava de lugar. Ficávamos todos encostados no quadro, em fila, enquanto ela ia nos chamando e distribuindo nos novos assentos. Achava divertido. Talvez porque isso tomasse um tempo da aula. Lembro dos desenhos do mural que eu copiava sempre que terminava o meu dever. 
Lembro da primeira folha dos meus cadernos onde minha mãe, muito habilidosa, enfeitava com uma figura de revista em quadrinho e completava com desenho dos dois lados de forma que era quase impossível perceber onde terminava a gravura, onde começava o seu desenho. Lembro de ficar em pé ao seu lado enquanto ela fazia isso. E o dia de encapar os cadernos? Ah! Esse dia era especial. Sempre fui apressada e quando acabava o ano eu já queria o material do ano seguinte. Talvez porque eu destruísse o meu todos os anos! Das provas me lembro muito pouco. 
Lembro mesmo dos ensaios do coral, das festas juninas e até do teatrinho que algumas mães resolveram encenar para nós na semana da criança. Aquela semana, aliás, foi um sonho! Uma semana inteira só de atividades legais. Provavelmente não foi o que aconteceu, mas é como me lembro e isso basta.
Lembro de uma festa do dia do soldado onde nos vestimos de roupa de papel crepom verde, representando o exército, e fui para casa, orgulhosa, vestida daquele jeito. Todo mundo me olhando na rua e eu achando o máximo!
Lembro da capela, lugar onde vivi tantos momentos felizes e importantes da minha vida que, até hoje, me transmite serenidade, força e representa um porto seguro. Vou lá sempre que preciso me encontrar.
Lembro de tantas coisas que poderia ficar aqui por horas escrevendo. E isso é apenas da minha primeira escola, onde estudei do pré até a segunda série. 

Tempo bom. Tenho amigos daquela época até hoje. Outros fui fazendo pelo caminho e só depois descobri que também fazem parte deste período da minha vida. Coincidências... ou não!

Desejo que suas memórias sejam tão ricas e felizes como as minhas...

Até mais.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Em terras colombianas...

É apenas mais um comercial da televisão. O produto que ele vende é uma cidade. Começo a prestar atenção no anúncio e solto, quase como um pensamento alto, um "quero ir lá!". Assim começou o planejamento da minha mais recente viagem. O destino, desta vez, é um lugar que antes da propaganda jamais havia chamado a minha atenção. Cartagena de Índias, na Colômbia, ganhou outro sentido após descobrir suas ruazinhas bem cuidadas e sua história tão bem cultivada ao longo de todos esses anos, segundo a promessa mostrada na televisão. Todas as vezes que dizia a alguém que estava indo para lá, podia ler em seus rostos (e algumas vezes em palavras!) um "o que você vai fazer na Colômbia?"
E assim embarquei, sem saber muito bem o que veria por lá. Pesquisei aqui e ali os pontos turísticos e, carregava comigo o desejo de conhecer os cenários tantas vezes lidos e criados na minha imaginação, através das histórias do meu escritor favorito: Gabriel Garcia Márquez.
Sempre disse, sobre seus livros, que sua descrição era tão bem feita que eu conseguia sentir até os vapores das terras colombianas.
Cheguei a Cartagena após uma longa e cansativa viagem. O voo, que passava pelo Panamá, levava 7 horas para concluir o primeiro trecho e mais 1 hora até o destino final. Após esperar o "tempo regulamentar" exigido pelos hotéis (até as 3 da tarde) entrei no quarto e dormi até o dia seguinte. Sim, o cansaço era tanto que o primeiro dia foi todo de descanso. No dia seguinte, no entanto, estava nova em folha.
Saí animada para conhecer o que a cidade me oferecia. Caminhei até o portal que dividia o mundo real daquele que havia parado no tempo e, por isso mesmo, meu principal objetivo turístico.
Cartagena é um misto das cidades coloniais brasileiras com uma grande cidade qualquer. Podemos observar dois espaços bastante distintos no mesmo território: o Bairro de Boca Grande com seus edifícios altíssimos e modernos, e o Centro Amuralhado, que concentra todos os monumentos históricos.
São 11 quilômetros de muralha protegendo a história que povoa cada rua estreita. Em vários locais parece uma cidade cenográfica, com fachadas muito coloridas e bem cuidadas. Quase se espera encontrar o vazio por trás delas, mas são de verdade. O passeio é de puro encantamento. A vontade é de clicar cada casa, cada rua, cada pé de bougainville que orna as entradas. Do primeiro ao último dia da viagem agradeci mais e mais a ousadia de ir aonde quase ninguém vai!
Há muito para contar sobre a viagem, mas neste momento as imagens falam melhor!



                                                




Até!



domingo, 6 de julho de 2014

Caminhos...

Os desvios é que tornam a nossa vida interessante. Ouvi esta frase e fiquei pensando no que ela representava. Buscamos o caminho reto. De preferência aquele que podemos ver longe. Assim podemos nos programar, pesar prós e contras de tudo, tomar a melhor decisão. Os desvios, em geral, são imprevisíveis e por isso mesmo causam desconforto em uma primeira olhada. Mas será que faríamos as mesmas coisas se tivéssemos oportunidade de escolher sempre? Acho que não! Deixar que a vida se encarregue de ditar todas as regras é imprudente, despretensioso ao extremo, mas não permitir também que ela use de seus artifícios e artimanhas é medíocre. Medíocre porque não nos damos a oportunidade de pensar "fora da caixinha". E, desta forma, vamos mostrando a nós mesmos nossa incapacidade de ver além. 
Já reparou que as melhores histórias, daquelas que temos prazer em contar depois de algum tempo, são fruto de situações não planejadas? São especiais exatamente pelo "fator surpresa". 
Pessoas entram em nossas vidas por causa de um trabalho, por causa do colégio. Por causa de um infortúnio conhecemos outras tantas. Temos filhos sem planejar, saímos apenas por uma obrigação social, nos comprometemos sem querer. Casamos e nos separamos. Depois descobrimos que era o melhor que poderíamos ter feito. Era um presente de nós para nós mesmos. Mudamos o percurso sem motivo como se algo nos induzisse a fazer desta e não daquela forma, e no fim das contas o resultado é melhor que o esperado.
Sempre gostei dos desvios. Sempre fui de optar pelos caminhos secundários. Acertei todas as vezes? Claro que não! E que bom que é assim... Digamos que exista uma "linha mestra". Aquela que define o roteiro principal. Assim como as novelas a vida é uma obra aberta. Ou seja, é conduzida para um lado ou para outro de acordo com os acontecimentos. E, assim como as novelas, tem fim. Porém não podemos escolher de que maneira ele será. O importante, no caso da vida, é não resistir às mudanças de percurso. Isso custaria energia demais e, muito provavelmente, seria em vão.
Para se acostumar com as mudanças é preciso exercitar. Sim! Não se aprende a lidar com as mudanças sem vivenciá-las. Por isso provoque as modificações antes que elas venham sem aviso.
Sempre que tiver oportunidade desvie seu caminho! Não hesite em conhecer um novo lugar, ou uma nova forma de fazer as coisas. Ouse passar por algum percurso desconhecido. Gaste algum tempo experimentando. O que é o mundo senão um grande laboratório? Não se aprende a ser mãe lendo livros. Não se aprende a dirigir vendo filmes. Não se aprende a se conhecer apenas ficando sozinho. A gente se constrói nas tentativas, nos erros, nos desvios. Nada é mais experimental do que conhecer suas reações frente ao imprevisto! Quem nunca passou pela situação de encontrar a resposta perfeita 5 segundos depois de ter dito a primeira coisa que veio à cabeça? Quem sabe na próxima você a utilize...
Depois de tantas palavras reafirmo a primeira frase. São realmente os desvios que tornam a vida interessante. Todas as mudanças de casas, todos os amigos que fiz - e continuo fazendo! - , todas as ousadias que já me permiti hoje fazem com que eu seja quem eu sou.
De desvio em desvio vou colocando, aqui e ali, as pedrinhas do meu caminho... e também as flores, as casinhas, cercas e árvores... vou construindo minha paisagem.
Se sentir vontade eu paro para apreciá-la.
Se for preciso, construo outra passagem.
E assim sigo a minha trilha.

Até mais!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Uma procissão e muito tempo de espera

Mais uma vez fui convidada por uma amiga a contar minhas aventuras religiosas mundo afora para o jornal da sua paróquia.. Desta vez, embora decorrido um ano de lá para cá, o relato foi a minha experiência em Fátima - Portugal. Segue o texto.

Uma procissão e muito tempo de espera

Quando pequena mudei para Teresópolis. Um dia, assim que cheguei lá, soube que haveria uma procissão. Quis acompanhá-la após a missa, mas minha mãe, cautelosa pelo excesso de pessoas, decidiu que seria melhor apenas observá-la. Eu nunca esqueci isso! Queria ter ido. O dia era 13 de maio de 1983. A procissão era de Nossa Senhora de Fátima.
Exatos 30 anos depois disso surge na minha vida, também em maio, a possibilidade de visitar Portugal. Um dos destinos pretendidos era exatamente a cidade de Fátima. Fui sem muitas expectativas, pois apesar de conhecer a história, nunca fui devota. A procissão de outros tempos representara no momento muito mais um evento que despertou minha curiosidade do que, propriamente, uma questão religiosa.
Chegando a Fátima não pude deixar de notar o imenso pátio ligando as duas basílicas. Entre elas a capela que foi construída no local das aparições. Porém o que, de fato, me chamou atenção foi a quietude do lugar. Como as festividades em sua homenagem já haviam acontecido semanas antes, tudo o que preenchia aquele imenso espaço era silêncio.
Quem me acompanhava já conhecia a cidade. Disse-me que precisávamos voltar à noite para participar do Rosário. E assim foi. Chegamos à capela pouco antes das 21 horas. Sentamos em um dos bancos que, ainda vazios, nos davam muitas possibilidades de escolha. A noite fria não dava sinais do que iria acontecer em breve. Poucos minutos mais tarde o espaço começou a encher de tal forma que os bancos já não davam mais conta de tantas pessoas. A capela aberta e convidativa a toda gente já se mostrava saturada. Começa o rosário. Alguns peregrinos de várias partes do mundo são convidados a rezar no microfone a primeira parte da Ave Maria em sua língua materna. Confesso que alguns idiomas não oferecem qualquer pista sonora de que o trecho rezado está terminando. Em seguida, na segunda parte da oração, cada pessoa presente reza em voz alta, cada um em sua língua e todos juntos. É de arrepiar! Fico emocionada só de lembrar. Não há palavra capaz de explicar o que se sente. Não fosse o suficiente, ao final do Rosário todos os presentes são convidados a participar da procissão das velas. Uma volta em torno do pátio, todo iluminado pelas velas dos peregrinos, cantando o hino que me recordava desde Teresópolis... “A treze de maio na Cova da Iria, no céu aparece a Virgem Maria...” 

E aquela participação frustrada na procissão de 30 anos atrás tomou outro sentido, afinal eu estava agora no lugar onde tudo isso começou...
Indescritível! Inesquecível!

Se quiser saber um pouquinho do que eu vi, acesse:


Até a próxima...

terça-feira, 3 de junho de 2014

Bandeirinhas ou Bandeirões?

Junho chegou... e com ele muitas promessas! Promessa de dias mais frios e ao mesmo tempo mais quentes perto das pessoas queridas.
Promessa de céus mais azuis e muitas nuvens de chuva. Mudanças de estação sempre trazem esses contrastes!
Promessa de riso fácil durante os encontros de amigos. 
Promessa de diversão com os jogos da Copa do Mundo e de muita confusão pelo excesso de gente e programas.
Junho chegou com gostinho de férias, mesmo para quem terá que trabalhar agora. Veio com cheirinho de amendoim, mas veio também com o som de cornetas.
Sou feliz tendo festas juninas para ir, mas agora quero mesmo é me divertir em frente à TV.
Este junho, sem dúvida, não será como os outros. Somos os donos da festa. Discute-se por aí se haverá comida para todos e se os nossos muitos quilômetros quadrados darão conta de tantos convidados. Agora não é hora para isso! A data já está marcada e os convites enviados. Agora é hora, simplesmente, de tomar um banho, colocar uma roupa bonita - verde e amarelo são as tendências da estação! - enfeitar a casa e preparar a mesa para receber. Se somos especialistas em grandes festivais, como o Carnaval, a JMJ e tantos outros, não podemos decepcionar. Não agora!
Deixe para "lavar a roupa suja" depois que os convidados saírem. Deixe para decidir o que você quer para o país quando for consultado em outubro. Não se discute relação na frente de visitas. É feio!
Espero que a partir do dia 12 de junho o brasileiro faça o que ele sabe fazer de melhor... comemorar! Somos festeiros por natureza! Gostamos da brincadeira. E se pensarmos apenas no evento, e não em tudo o que o o envolve, haveria país mais gabaritado para promover a festa? Claro que não. O Brasil tem muitos problemas e disso sabemos bem, mas não é com um evento a mais ou um a menos que os resolveremos. Tampouco este texto tem o propósito de fazer protesto. Gosto de Copas do Mundo independente de onde elas acontecerão. Eu me lembro que na Copa do Japão, em 2002, eu e minha avó acordávamos de madrugada para assistir aos jogos. Nosso código era telefonar para a outra quem acordasse primeiro. E assim foi. Assistíamos a tudo e comentávamos depois. Isso é memória pessoal. Faz parte da minha história! Não dá para não lembrar de episódios vividos durante as Copas. Lembro da primeira em que eu participei, 1982, que descíamos para a praça com uma bandeira enorme quando o Brasil vencia, ou em 1986 que, empolgada com as vitórias, minha amiga Daniele comprou um monte de bandeirinhas de plástico que seriam rasgadas horas depois de penduradas em função de uma derrota. E assim foi, até que em 2014, veremos da janela o futuro da seleção. Se perderemos ou seremos hexacampeões só o tempo dirá! Mas uma coisa é certa: temos condições de fazer uma festa sem precedentes! Como temos...! Se as nossas falhas na organização são enormes, nossa hospitalidade pode ser ainda maior... basta querermos!

Que venham os gringos...

Fair Play

Até mais!

sábado, 24 de maio de 2014

Autorresgate

Há tempos atrás decidi que queria virar "mulherzinha". Isso soa mal para a maioria das pessoas. Parece pejorativo, depreciativo, menor. Na ocasião queria dizer que estava cansada da mulher profissional que havia me tornado. Queria cuidar da casa, daquele que escolhi para passar o resto da minha vida junto, queria cozinhar e me dedicar aos afazeres domésticos. E assim foi! Porém as exigências do cotidiano me fizeram dar as costas para a minha casa e voltar a caminhar fora dela. Na verdade eu nunca consegui me dedicar somente à casa. Acho que nem conseguiria porque não se muda uma essência da noite para o dia, mas queria poder usar mais tempo com isso. No entanto quando dei por mim já estava novamente esquecendo do que havia escolhido como felicidade. Foi aí que um comentário simples, porém doloroso, me fez ver o que já sabia, mas não estava dando a devida atenção. Disseram-me: Antes você fazia questão das refeições elaboradas e agora nem à mesa nos sentamos mais! - Talvez isso tenha sido dito assim meio sem propósito quase como uma provocação. Para mim caiu como uma bomba...
Desde então voltei a tomar o gosto pelas coisinhas do fogão e tudo tomou outro sentido na minha vidinha louca. Fazer aquilo que dá prazer deve ter sempre espaço garantido na nossa rotina. Seja o que for!
Com isso, então, resolvi compartilhar aqui uma receitinha espetacularmente gostosa e fácil, cujo nome (e algumas partes da receita!) foi alterado por mim.
Apresento agora a você, meu leitor e fiel escudeiro, a receita do momento.

Quase Brownie

Ingredientes:

120g de manteiga
1 barra de chocolate meio amargo (150g)
3 ovos
1/2 xícara de açúcar
1 colher cheia de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 punhado de nozes picadas (opcional)

Coloque a manteiga em uma panela e derreta em fogo médio. Desligue o fogo e acrescente o chocolate em pedaços. Cubra com um guardanapo e reserve. Coloque em uma tigela grande os ovos e o açúcar. Bata até ganhar volume. Esta parte pode ser batina na mão ou na batedeira, você escolhe! Misture o chocolate com a manteiga para ficar uniforme e acrescente aos ovos batidos com o açúcar mexendo com uma colher. Acrescente o sal, a farinha, as nozes. E coloque em uma assadeira untada com manteiga e polvilhada de farinha. Asse em forno médio (180°) pré-aquecido por cerca de 18 a 20 minutos. É tão gostoso que nem precisa de cobertura.
Importante: Como a receita é pequena convém colocar em uma assadeira não muito grande. Entretanto é um bolo para ficar bem baixinho.
A sugestão é comer junto com sorvete, mas é bom de qualquer jeito. Não deixe de experimentar. É fácil, delicioso e rápido! Não leva mais do que 30 minutos para ficar pronto.

Este é o meu...



Até mais!


domingo, 4 de maio de 2014

Autocolantes

Letrinhas douradas
Qual é a graça de montar álbum de figurinhas? Só faz esta pergunta quem nunca teve um! Como acontece sempre, lançaram recentemente o álbum da Copa do Mundo. Participando da vida dos meninos na família, comecei também a me envolver no troca-troca e na expectativa de encontrar aquelas figurinhas mais difíceis. Meu amado, criança grande, resolveu também fazer a sua coleção e o meu papel tornou-se ainda mais ativo. Agora me vejo procurando números, trocando jogadores e escudos, observando os times e suas particularidades. Durante minha infância fui uma grande fã dos álbuns de figurinhas e todo tipo de diversão em papel. Colecionava, trocava e me enchia de alegria cada vez que estava perto de completar o álbum.
Consegui apenas uma vez! E já foi na adolescência. Entretanto isso nunca foi motivo de desânimo, pois na infância frustração não tem lugar por muito tempo. Logo é substituída por coisa mais interessante. Não gostaria de ser criança para sempre, mas conservar alguns hábitos seria de grande utilidade. Pena que na vida adulta a gente substitua as coisas com a mesma rapidez, no entanto, não por coisas mais legais. Simplesmente somos empurrados por aquilo que vem pela frente... só isso!
Os desenhos eram lindos!
Quando somos crianças corremos sem parar, tudo parece mágico e o tempo não é o senhor das coisas, nós somos! Eu me lembro das férias renderem e, depois de tantos anos, as aulas ficaram mesmo no esquecimento. As brincadeiras e visitas recebidas hoje fazem muito mais sentido. Como fui criada em apartamento minhas histórias talvez não sejam em quintais ou coisas do tipo, mas quem precisa de um quando se tem a escada do edifício para se fazer piquenique? Sim, eu e uma amiga comprávamos todo tipo de besteiras à venda e comíamos escondidas nas escadas entre um andar e outro. Quem nunca brincou de detetive em uma aula vaga? No colégio em que eu estudava, em Teresópolis, fazíamos isso na capela, que era um espaço livre no corredor das salas de aula. Lembro que era um vão, com uma imagem de Jesus Cristo (ou talvez algum santo que já não me lembro), um tocos que serviam de bancos e um carpete azul royal. Tinha ainda uma porta sanfonada que às vezes fechávamos para nos esconder. Lugar sagrado? Ah, crianças não se preocupam com isso! Apesar do "mau uso" a energia que corria ali era absolutamente do bem! Éramos crianças...
Brincávamos de pique esconde com os meninos da mesma rua, acreditávamos em príncipes encantados, dávamos uma voltinha na rua antes, durante e depois das chuvas de verão. Tínhamos amores platônicos, colecionávamos papeis de carta (sim, porque trocávamos cartas!) e nos imaginávamos muito adultos aos dezoito.
Este eu completei...
Minha infância foi feliz! Talvez não oferecesse muitos atrativos para as crianças de hoje, mas acredito que cada coisa tenha seu tempo. E se perguntarem aos mais velhos estes dirão, igualmente, que a deles é que era boa.
(...)
Ainda bem que os álbuns de figurinhas permaneceram...

Até mais!

domingo, 20 de abril de 2014

Top 5 - Itália

Todas as vezes que viajo prometo escrever sobre todas as dicas, passeios imperdíveis e comidas maravilhosas que experimentei. Da Itália falei pouco. Não por falta de belezas ou atrativos. Muito pelo contrário. A Itália é meu berço, minha segunda pátria. Trago no sangue as heranças de lá. Cada passo naquela terra teve significado mais do que especial. Por que, então, não escrevi muito? Sei lá! Talvez por não ter tido tempo, talvez por ter visto coisas demais. Resolvi então me redimir e destacar as melhores 5 experiências da Itália para dar ainda mais gostinho a quem estiver indo para lá ou, simplesmente, a quem queira conhecer um pouquinho mais.

Pietà, Michelangelo
# 5 - As obras de arte -  Pietà e David de Michelangelo, e a Última Ceia de Leonardo da Vinci. Não há como não ficar maravilhado com elas. O problema é que você precisa percorrer boa parte do país para conseguir ver estas três. a Pietà fica dentro da Basílica de San Pietro, no Vaticano. O acesso a ela é tão simples que surpreende. Chegamos a duvidar se é ela mesmo. Fica ali humilde, em um cantinho da igreja, recatada, quase passando despercebida a olhos menos atentos. O David, ao contrário, mostra-se imponente, gigantesco e com uma precisão anatômica que fica fácil esquecer que é todo feito de pedra. Tem um realismo que impressiona. Mas não se engane! O verdadeiro David fica dentro da Galleria dell"Academia e não em praça pública como muitos pensam. Há sim uma réplica lá, mas apenas para lembrar onde ficava originalmente a estátua quando foi feita. Para admirá-la, terá que ir à Florença. Por lá também vale a pena visitar na Galleria degli Uffizi os quadros Nascimento da Vênus e A Primavera, ambos de Botticelli. E por último, mas não menos importante, a Última Ceia de Leonardo da Vinci. Espetacular! Fica em Milão e para vê-la é necessário ter muita antecedência, já que os ingressos para visitação encerram-se, em média, 2 meses antes da própria visita. Vale a pena se programar para comprar pela internet, caso contrário não será possível chegar até lá.
Davi de Michelangelo
# 4 - Os trens - viajar pela Itália é, sem dúvida, muito mais fácil de trem. Estacionar nas suas ruas estreitas não é tarefa muito fácil e além disso você não precisa se preocupar em localizar estradas e cidades. Assim como em muitos outros países da Europa, a malha ferroviária italiana é admirável. Há trens em vários horários, muitos deles com cara de metrô (e até com integração para eles!) e as passagens são relativamente baratas. Para os trechos mais extensos é interessante comprar antecipadamente pela internet. Já para viagens mais curtinhas há uma infinidade de máquinas nas estações onde você compra o bilhete por conta própria. A maioria dos trens têm banheiro e alguns, os frecciargento e frecciarosso, têm também acesso à internet por um preço quase simbólico pelo período de 24 horas. 
# 3 - Comida - se você está de dieta e vai viajar para a Itália, desista! Não da viagem, mas da dieta! Eu sou fã assumida de massas, mas este prato lá se eleva a outro patamar. Muitas pessoas me disseram que as porções não eram generosas e o cozimento deixava a desejar. O macarrão aldente seria quase um "quebra dente". Mas as minhas experiências gastronômicas na Itália apenas confirmaram o que eu já sabia. Eles seguem várias etapas nas refeições e as quantidades são substanciais. O sabor é divino e eles fazem jus ao título de "inventores" dessa brincadeira. Mangia che ti fa bene... literalmente!
cioccolato e pistacchio
# 2 - Gelato - embora também seja de comer, o sorvete italiano merece um lugar de destaque. É tão gostoso que mesmo no inverno se toma todos os dias. Os meus favoritos são os de chocolate e o de pistache. Chocolate está no plural porque há uma boa variedade de sabores à base dele. A cremosidade do sorvete é inacreditável. Outra coisa curiosa é que sempre são servidos dois sabores ou mais, due gusti, como eles falam. Nunca é uma única bola. Além disso, não utilizam concha para servir, mas pás, assim batem o sorvete antes de colocar na casquinha tornando-o ainda mais cremoso. Experimentei em todas as cidades que visitei e em todas foi espetacular!
Vista de Assis
# 1 - Assis - a cidade de São Francisco de Assis é para mim o número 1 da Itália. Independente de crença ou religião o lugar é mágico, lindo, especial. É fácil chegar lá de trem indo de Roma. Dá para ir e voltar no mesmo dia. Há uma boa estrutura para o turista com bons restaurantes e algumas pousadas. É toda medieval, com paredes de pedra e uma atmosfera de harmonia muito convidativa. Vale a pena conhecer. Estando na Itália é destino obrigatório. Foi o lugar onde mais tirei fotos! Se der a sorte do céu estar azul, fica perfeito!  

É isso. Falar da Itália é "chover no molhado" mas eu não podia deixar de registrar estas impressões... mesmo que muito tempo depois!
Nascimento da Vênus, Botticelli

Ps1: A ordem dos tópicos não é por importância. Eu não colocaria o sorvete mais importante que as obras de arte! É pelo fato desse ser muito mais acessível e agradar a todos os públicos.
Ps2: Os inventores do macarrão foram os chineses, mas os italianos, sem dúvida, aperfeiçoaram e popularizaram, por isso a citação.

Até mais.

Mudanças em curso!

Nesta Páscoa desejo aos meus amigos que o sentido de renovação não se perca no dia seguinte.
Desejo ainda que entre chocolates e presentes não possam esquecer que se o dia é de celebração, a razão da festa não pode passar em branco. Desejo ao mundo mais tolerância, generosidade, partilha e amor.
Nesta Páscoa quero que a passagem da morte para a vida seja sentida no menor dos gestos. No abraço, nas palavras, na simples escolha de fazer o bem.  Que "vida nova" não seja apenas modo de falar.
Espero que o momento de descanso sirva como tempo de reflexão e não apenas de comemoração. Desejo que os erros do passado não venham fazer visita e não sirvam de referência para os atos futuros. Mais discernimento no pensar, mais cautela no agir. Mais gentileza no trato com o outro e menos necessidade de dar sempre a opinião. Na maior parte das vezes as pessoas só precisam ser ouvidas... com atenção!
Desejo, nesta Páscoa, que a serenidade faça parte de todos os dias trazendo consigo a habilidade de conviver. Escute mais, fale menos. Sorria mais, assim terá menos motivos para reclamar. Ao invés de criticar, apenas agradeça.
Independente de crença, desejo que o seu Deus faça morada em seu coração. Que o sacrifício sofrido sirva de exemplo real para uma mudança de vida. Que Cristo renasça em nós e nos permita agradecer sempre pela oportunidade de aprender.

Que possamos viver uma eterna Páscoa...

Feliz Renovação

Até mais!