segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um dia estranho

Alguns dias são simplesmente estranhos. Nem sempre os motivos que os tornam assim são nítidos. Eles simplesmente são. De modo geral a resposta está muito mais dentro de nós do que fora. Por que permitimos que isso aconteça? Talvez porque ficar sempre feliz exija um esforço sobre-humano. Talvez porque nosso organismo precise de uma certa dose de introspecção para não sair voando e cometendo loucuras eufóricas por aí. Talvez ainda porque o estranhamento vez por outra contribua para nos desvencilharmos da mesmice nossa de todo dia. Na verdade estes dias são chatos. E a chatice é tão forte que dificilmente algum acontecimento legal tenha vez nesse período "das 24 horas esquisitas".
Os dias estranhos são aqueles em que não vemos graça em muita coisa, a paisagem se reveste de cinza e uma chuvinha passa a ser até providencial para completar o cenário. Afinal, dia estranho e céu azul não combinam!
O perigo de um dia assim é ele ser seguido de outro e outro e outro dia estranho. Há pessoas que vivem assim. Eu só me permito viver um desses de vez em quando. Hoje é um deles! E olha que até começou com a promessa de ser mais um dia legal como tantos outros, mas não foi. Ele passou por mim e eu deixei. Eu não fiz qualquer esforço para que ele não tomasse conta de mim. Eu apenas deitei na minha cama e deixei. Não dormi, não saí, não me diverti. Eu tão somente permiti que este dia estranho se instalasse. 
Definitivamente não é agradável viver um dia assim, mas ele serve para que possamos dar mais valor à normalidade tantas vezes vista como "incômoda". Aí vemos que o habitual às vezes é melhor do que o extraordinário. Vemos que não receber notícias às vezes é tudo o que precisamos. Vemos que chegar à exaustão de tanta atividade é melhor do que não ter nenhuma. 
Às vezes a rotina é a melhor forma de entender o quanto se é feliz!
Mas hoje é só um dia estranho... 
Amanhã tudo volta ao normal...

Ainda bem!

Até amanhã.


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