quinta-feira, 4 de outubro de 2012

É de chocolate...

Estava pensando em quanto o mundo anda politicamente correto... e chato! Importante que se diga que a retidão é muito mais "para inglês ver" do que para ter algum efeito real. Por isso mesmo é chato! Que devemos ter respeito pelas diferenças, não julgar pelas aparências nem pré-julgar por uma impressão, eu não tenho dúvida, mas mudar os termos da nossa língua por conta de um pretenso direito igualitário que não sai do papel, é hipocrisia. Pretenso não porque os direitos não sejam iguais, mas porque vem de uma intenção vazia. É uma questão tão arcaica, tão provinciana que já está pra lá de fora de moda. Isto nem deveria mais fazer parte de uma discussão... já deveria estar internalizado em todos nós. Costumo dizer que muito mais significativo do que a palavra que é dita, é a forma como é dita. Um exemplo que eu dou sempre é que vale mais um "sai da frente" educado, do que um "dá licença" impregnado de grosseria. E assim vale para tantos outros termos que de proibidos  tornaram-se quase palavrões, porque estão longe de obsoletos.
Acabei de me dar conta de que toda esta introdução se deveu, simplesmente, ao fato da minha cabecinha louca pensar demais. O que eu vim aqui escrever nada tinha a ver com isso, mas talvez você, leitor, entenda um pouco mais adiante...
Como é de conhecimento geral, decidi que este espaço não teria uma cara única, o que o torna particularmente meu, mas que dá um trabalhão, porque quando se percebe caindo na mesmice, precisa de supetão mudar seu rumo. Então, estava pensando no quão reflexivos têm sido os últimos textos e decidi que era a hora de uma receitinha. Neste mês que comemoramos, entre outras coisas, o dia das crianças, pensei que seria interessante postar a primeira receita (de verdade!) que me recordo de ter executado, quando tinha ainda 10 ou 11 anos. Só que ao me lembrar do nome, veio toda esta discussão. A receita em questão é de um bolo. O nome? Nega Maluca... ou teria que ser "Afrodescendente com transtornos psíquicos"? Definitivamente não tem a mesma graça. Definitivamente a forma original não agride, nem desmerece a quem quer que seja. E se querem saber? Por que eu ser chamada de branquela não é, igualmente, ofensivo? A mim, soa tão pejorativo quanto o contrário. O que muda não é a palavra dita... é a forma como é usada...
Mas, chega de divagações, porque eu estou aqui para passar a receita. É para fazer (e comer!) amanhã mesmo. E nem precisa de batedeira... tudo de bom!

Bolo Nega Maluca

Massa:

1 xícara de água fervendo
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de Nescau ou chocolate em pó
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
1 pitada de sal
4 ovos
1/2 xícara de óleo

Cobertura:

10 colheres (sopa) de leite
1 colher (sopa) de margarina
4 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de chocolate em pó

Misture todos os ingredientes fazendo um furo no meio para jogar a água fervendo. Mexa com uma colher ou espátula até incorporar toda a água ao restante da massa. Coloque em um tabuleiro untado com margarina e polvilhado com farinha. Asse em forno médio. Para fazer a cobertura, leve todos os ingredientes ao fogo, misture bem e deixe ferver até engrossar. Com o bolo ainda quente, coloque a cobertura.



Simples assim! Este não tem desculpa de que é difícil ou que dá errado, porque não tem como... Experimente! Tem gostinho de infância...

Até

Ps.: Esta foto eu "roubei" da rede. Ando preguiçosa. Mas vou fazer em breve e posto aqui. O resultado é bem parecido com este. Vale lembrar que não é um bolo para desenformar, porque ele esfarela. 

2 comentários:

  1. Já que você afirmou com tanta convicção que não tem como dá errado, vou tentar...kkkk. Jonas vai amar. Saudades. Bjs!!! Marcinha

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    1. ah, Marcinha! Que delicia ter vc de volta por aqui... pode tentar q não tem como errar... depois me conta como ficou, viu? bjs... obrigada pelo carinho...

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