quarta-feira, 27 de novembro de 2013

É tóxico!

Sabe quando você tem certeza de que algo não te faz bem, mas mesmo assim insiste em manter um determinado hábito? Isto acontece porque a motivação para a mudança pode não ser tão grande quanto o trabalho que isso vai dar! Ocorre um certo "boicote", uma "autossabotagem" que se é cômodo, não é confortável. Enquanto o comodismo de não ter que mexer, não ter que pensar no assunto faz com que simplesmente o tempo passe, o desconforto faz com que uma pontadinha fique cutucando seus pensamentos. É como aquela "bolinha de costura da meia sobre o dedinho mindinho" que não te deixa pisar direito.
Ando vivendo isso de certa forma.
Estou de dieta. E fiz tudo direitinho. Com nutricionista, mudança de alimentação, reeducação e disciplina. E não é que nos últimos tempos, talvez cansada de tanto policiamento e de todas as tarefas que envolvem o quase esgotamento pré-férias, eu tenho me deixado levar por todas as coisas que eu não devo comer? E por que eu permito isso se eu sei que eu não devo? Por que eu estou em uma espécie de "relação tóxica". 
Já parou para pensar a quantas relações tóxicas você se expõe? Que atire a primeira pedra quem nunca se viu em uma situação dessas! Chamo assim toda relação com você mesmo, com a comida, com o outro, com a tecnologia, dinheiro ou qualquer coisa que te faça mal apesar de parecer fazer bem. Todas são difíceis de lidar, mas acho que a pior é aquela que envolve outras pessoas. E por que? Porque além de você ter que administrar os efeitos da "dita cuja" em você, ainda é necessário romper com o outro. Neste caso há duas formas diferentes de toxicidade. Tem aquela que a outra pessoa não vale grande coisa, mas por alguma atração estranha você não consegue se desvencilhar, mesmo sabendo do quanto é prejudicial; e tem aquela quando a outra parte envolvida é boa, te trata bem, te valoriza e traz boas coisas, mas por alguma razão esquisita você não consegue retribuir. Isso faz igualmente mal! A melhor solução em ambos os casos é "cortar o mal pela raiz". Não há sofrimento que dure mais do que o doloroso arremedo de uma relação. E se ela não é inteira, é apenas uma sombra do que poderia ser. Não existe fórmula para resolver a situação, mas é seguro que ela precisa ser resolvida. O que se pode dizer é que uma vez que isto acontece, o alívio é quase instantâneo. E isto vale para qualquer uma das situações. Quando você consegue se dominar e não comer o que não deve, quando você consegue não gastar aquele dinheiro com mais um objeto inútil, quando você deixa de passar mais uma hora no computador para estar com pessoas queridas... o alívio é o mesmo. E, como todos aqueles hábitos que faziam parte da relação tóxica, os bons costumes também se tornam rotineiros. É uma questão de prática!
Não sei dizer a quantas destas relações ainda me envolverei pela vida afora, mas ter a consciência de que elas existem é o primeiro passo para cortá-las... 
Que comecemos, então, a cultivar as boas relações. 
As que nos fazem crescer, florescer, frutificar.
Que cultivemos arco-íris ao invés de tempestades.
Que iniciemos agora!

Até breve...

8 comentários:

  1. Nada na vida acontece por acaso... hoje pensei muito em todas as relações que estabeleci e que permiti estabelecerem comigo... uma delas em especial está me atormentando porque não sei como desfazê-la sem sofrer o incomodo da falta que acho que vai fazer. Na verdade não devemos lamentar por incômodos perdidos e sim festejar o alívio recebido... obrigada por escrever...

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  2. Seja você quem for, desejo que possa sentir o alívio das soluções e festejá-lo, sem dúvida! Fico feliz por ter ajudado... espero que a motivação seja maior que o incômodo! Obrigada pelo comentário. Venha sempre que quiser!

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  3. Como eu disse, você sempre sabe o que dizer. O texto é maravilhoso e foi exatamente o que eu precisava! Obrigada por me ajudar a transformar o que eu sinto em algo mais concreto..

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    1. Que bom que gostou, Julia! Às vezes precisamos mesmo que alguém nos leia e traduza o que pensamos, né? Obrigada pelo carinho. Bj

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  4. Nada a dizer... Simplesmente maravilhoso! Bem assim mesmo, me vi no meio desse texto, ahah. Beijos, parabéns!

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  5. Assim eu acabo acreditando... Rs... Brincadeira! É bom qdo a gnt se identifica com o q le, mas é ainda melhor qdo a gnt consegue escrever algo com que os outros se identifiquem... Bjs, querida!

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  6. É isso aí...
    Adorei o texto, amiga. Estou nesta fase de mudar a minha relação com as relações que estabeleço com as pessoas - especialmente em família (rs.rs.rs) Olhar para si mesmo e não colocar-se como o centro das atenções é um bom começo para mim.
    E dá-lhe chá verde!!!! Desintoxica.
    Adoro seus textos, depois que vc os escreve a gente se apodera deles.
    Bj da Roseli

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    1. Que bom que gostou, minha amiga! Reflexões são sempre positivas e quando acompanhadas de mudanças, são ainda melhores...
      Use e abuse dos textos! O grande barato (e perigo!) das palavras é que depois de proferidas se espalham no vento e são de quem pegar... obrigada pelo carinho... bjs!

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