
Antigamente o casamento era encarado de uma forma diferente. Os casais permaneciam unidos, ainda que só da porta para fora, pois uma separação poderia ser o passaporte para o ostracismo, sobretudo para as mulheres. Isto quando elas podiam se dar o direito de se separarem, já que muitas dependiam economicamente de seus maridos. Com isso, passavam anos e anos de suas vidas amargando uma relação que de "relação" restava muito pouco. Não sou a favor da traição, mas existe um filme que retrata essa situação de maneira tão bonita, que quase a torna perdoável. Acabei de me lembrar dele e, sinceramente, está na lista dos meus favoritos. O filme em questão é "As Pontes de Madison". Lindo!
Mas, voltando ao casamento, hoje em dia as coisas estão diferentes e, ao invés do casal ser composto por duas metades que se unem, ele é feito de duas pessoas inteiras que decidem ficar juntas. Costumo dizer - e ser mal interpretada! - que para um casamento dar certo precisa de mais do que amor. O amor, sozinho, não é suficiente para manter uma relação duradoura. Eu explico! Ninguém é capaz de viver em permanente estado de amor pelo outro, quando este outro é tão diferente de nós. Somos criados de maneiras diferentes, com personalidades bem diferentes, gostos, rumos e histórias de vida muito diferentes. Há os momentos de irritação, de discórdia, de decepção, de desconforto. E, nessas horas, não conseguimos lembrar do amor que sentimos. Logo depois, pode até ser, mas na hora, não tem como! E aí, o que faz com que o casamento dê certo, além do amor (claro!) é a vontade de dar certo, vontade de construir algo maior: uma família! Só para esclarecer, isso não quer dizer, necessariamente, ter filhos, afinal hoje em dia, cada vez mais, as famílias são compostas por animais de diferentes tipos: humanos, gatos, cães, pássaros... enfim! Construir uma família é o objetivo maior que faz um casal querer ficar junto. É este objetivo que mantém de pé o compromisso firmado, seja ele perante um sacerdote, juiz, amigos ou apenas os dois envolvidos.
Casamento não tem receita. E não tem mesmo! A única coisa que parece fazer parte de todas as relações é a cumplicidade. Isto inclui, claro, a confiança. Sem estas duas, não há amor ou família que resistam. Porque os opostos até podem se atrair, mas não se sustentam. Se não houver companheirismo, vontade de ficar junto e de dividir a sua vida com o outro, para então, somar, não há como - e nem porquê! - levar a relação adiante.
Ontem fui testemunha de um desses momentos. Um casal começando uma vida juntos, o olhar de cumplicidade e admiração de um pelo outro e a crença de que aquele é um desses casais que se complementam e se amam... verdadeiramente!
Parabéns a João Caetano e Sabrina pelo começo de caminhada!
E que possamos encontrar por aí mais e mais casais tão especiais assim...
Até a próxima.
Quando a gente entende o Amor como algo além de sentimento, penso que faz mais sentido. Eu entendo Amor como atitude: respeitar, ouvir, falar, calar, entregar, "solidarizar"-se(existe issim?), doer-se... Enfim quando agimos assim estamos amando. Por isso, entendo o Amor como atitude!!! Bjo Kika
ResponderExcluirsim, tb entendo o amor como atitude... palavras são bonitas, mas só fazem efeito quando embrulhadas em abraços, carinhos, cumplicidade, companheirismo, parceria... concordo plenamente!
Excluirbjs, Fê
ate vc??? poxa chama ele de joao caetano rsrs
ResponderExcluirdiz ai, quase nao falamos no wedding, vc vai mudar? mesmo? qdo?
ResponderExcluirmudar? sempre...rs...
Excluirquando? frequentemente... rs
bjs
Tudo lindo: o texto...o casamento...estar casada...ser feliz!!!! Casar é tudo de bom...
ResponderExcluirDe fato, casamento é td de bom... com a pessoa certa! rs... que o seu, que em breve faz aniversário, possa durar muitos e muitos anos, pq vcs dois fazem um desses casais muito especiais... bjs
ExcluirNossa, Kiki, seu texto é lindo e verdadeiro. Enquanto lia suas palavras pude reviver momentos da minha relação com JC e fui me emocionando a cada vírgula. Realmente, casamento, bem como qualquer relacionamento, não é fácil de se manter, mas é nele que se aprende a arte sutil de amar, ou melhor, de desenvolver esse amor, que passa por diversas fases. Casamento é mais prosa do que poesia e nem sempre estamos prontos somente para a prosa sem enfeite, mas é aí que a gente percebe que amor mais bonito é aquele sem glamour, é aquele capaz de ser demonstrado num abraço depois de um dia cansativo de trabalho, ou na gargalhada compartilhada quando um descobre a meia furada do outro. Enfim estou me estendendo muito, mas fiquei inspirada pelo seu texto. Obrigada! Vou mostrar pro João! Beijos!!!!
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