quarta-feira, 9 de maio de 2012

Autoindulgente, eu?

Ontem fui dormir cheia de motivação para ir à academia hoje. Ia aproveitar o dia tranquilo para dar uma "turbinada" na ginástica. Acordei com preguiça, pensando se realmente seria necessária aquela pressão toda e confesso que precisei de muita força de vontade - e uma olhada insatisfeita para o espelho - para me convencer de que, sim, eu precisava ir.
Saí rumo ao meu objetivo ainda não muito certa do que estava fazendo. É mais simples pensar que uma vez sem fazer o que se deve não pode ser assim tão mau. Comecei a me dar conta de que usar o argumento do "só esta vez! é mais comum do que se pensa. Vejo pessoas fazerem a coisa errada pelo simples fato de que tomar uma resolução importante dá trabalho, doi, exige desprendimento.
Quantas pessoas mantêm-se em um relacionamento falido por não conseguirem tomar uma atitude? Quantas vezes comemos aquele doce mesmo sabendo que estamos de dieta? E a compra imprevista daquele sapato da vitrine em um mês que suas contas não permitiam adqurir sequer um grampo?
O nome disso é autoindulgência. No dicionário é definido como tolerância, condescendência. Neste caso, tolerância e condescendência consigo mesmo. Em outras palavras, isto quer dizer "adiar sofrimento".
A mecânica da autoindulgência é mais ou menos assim: "eu me satisfaço agora porque eu mereço!". Ou então "Vai que as coisas mudam sozinhas! Deste jeito eu não preciso fazer nada!". Só depois é que a cobrança chega. A fatura entra embaixo da porta. Há quem a ignore, mas de modo geral, ela é paga em débito automático... e sem autorização!
Ser tolerante com as próprias falhas é necessário em vários momentos. Sofreríamos demais se não pudéssemos nos perdoar de vez em quando. O que não podemos é aceitar todos os nossos erros como parte da nossa personalidade. Eu mesma tenho um hábito, que acaba sendo uma forma de condescendência: falo com frequência que sou indisciplinada. É quase como retirar a responsabilidade sobre os meus ombros no caso de não conseguir atingir meu objetivo. Quase como uma advertência. É mais fácil agir assim do que tentar mudar. Logo eu que gosto tanto das mudanças...
Fazer o que é certo é difícil, mas não é impossível! Comprometer-se consigo é a melhor forma de ir além. Avançar quando o que se quer é recuar dá trabalho, mas igualmente dá um alívio... uma sensação de capacidade que não tem preço! A recompensa demora, mas vale a pena. Muitas vezes nos aprisionamos no argumento de que é a nossa essência e isto não muda, mas tomar uma atitude que vai contra a própria natureza é um passo enorme para a libertação de si mesmo! 
Tenho experimentado me reinventar. Tem sido maravilhoso! Sugiro que tente...
E a academia? Arrasei... treinei, corri e ainda melhorei meu tempo! Bom né? Eu acho!

É isso...

Até mais!

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