domingo, 18 de novembro de 2012

Hello Kitty!

O homem convive com os gatos há cerca de 3000 anos. Parece muito, mas não é quando comparamos com os 10000 anos que os cachorros têm perto de nós humanos. Gosto de cachorros, mas eu e os gatos temos uma relação quase de "espécies iguais"... eu os entendo, eles me entendem. Desde pequena convivo com os bichanos, pois na família eles sempre estiveram presentes em casas de avós, primos e outros parentes. Na minha casa, o primeiro "exemplar" foi quando ainda tinha meus dentes de leite, mas assim como a pouca referência que eu tinha na época, acho que sua presença entre nós foi bastante curta. Tenho a sensação, inclusive, que ele não chegou a virar adulto. Seu nome era Fofinho, como tantos outros gatos que vemos por aí. Desde então, passamos a curtir apenas os gatos alheios, já que viver em apartamento nem sempre nos possibilitava mais do que isso. Na adolescência tentamos novamente. Desta vez veio a Cindy, uma siamesa linda que esteve entre nós por 4 anos e se foi de maneira inexplicável, mas isso já faz muitos anos. Superar a perda de um animal de estimação não é uma tarefa fácil. Prometemos que nunca mais os teremos, dizemos que desta vez será a última, mas tão logo passe a dor - e até como uma homenagem aos nossos queridos - vem a vontade de tê-los por perto novamente. 
Clarinha/curiosa de plantão!

O brasileiro tem predileção declarada pelos cachorros. Com eles se pode sair de casa, nas lojas há uma infinidade de produtos, além do que, dos cães se tem uma fidelidade única. Costumo brincar dizendo que somos um povo muito carente e precisamos de alguém literalmente babando por nós seja do jeito que for. Sinceramente, acho linda esta relação, porém, não daria conta dela. Os gatos são perfeitos para mim: independentes, cheios de personalidade e representam um grande desafio na tentativa de domá-los... entretanto, são afetuosos, muito sensíveis e companheiros. São como pessoas dentro de uma casa. Se estão com vontade, estão perto de você, mas se não estão, preferem ficar quietinhos no seu canto. Gatos brincam até consigo mesmos. Adoram rolar por aí, correr atrás de um reflexo, desenrolar novelos de qualquer coisa.
Há alguns anos atrás tive a infeliz surpresa de encontrar um rato bem na minha casa. Poucos dias antes havia visto na televisão que a simples presença de um gato era suficiente para espantá-los. Foi aí que, de maneira absolutamente desesperada, resolvi adotar um gato. Liguei para o GAPA rapidamente e sem nem mesmo vê-la pessoalmente escolhi a minha "filhinha". A única informação que tinha sobre ela era seu nome "Clarinha", que segundo constava era, também, a sua pelagem. Marcado o dia para a entrega fui ao encontro da minha preciosidade, então com pouco mais de um quilo e uns 3 meses. Hoje é uma deliciosa gata bege rajada de cinza com bem pesados 5,2 quilos. Alguns meses depois, uma outra gata entrou em conflito com ela no quintal. Qual não foi a nossa surpresa uns dias a mais, quando a "brigona" que veio enfrentar a minha Clarinha, teve filhotes no porão.
Bartolomeu /enfeite de árvore de Natal
Agora eram 5: Clarinha, a gata intrusa e seus três filhotes. Decidimos dá-los. Apenas um se foi. Os outros, bem, estão aqui até hoje. O que era apenas um se transformou em quatro. Os filhotes ficaram, a mãe veio se chegando de vez e ainda tinha a dona da casa. Dizem que quando se dá nome aos animais os tornamos parte de nós. E não dá outra. Nomeamos e eles passaram a fazer parte do ambiente. Hoje vivem aqui a Clarinha, a Bela, o Bartolomeu e o Edgard. Todos lindos, felizes e muito arteiros. Nossos dias são mais animados por causa deles. São como crianças aprontando bobagens por todo canto. Preenchem o espaço, nos fazem tomar conta o dia inteiro, conversam através de olhares e miados irresistíveis. Elegem seus donos e convivem "quase" pacificamente! Uma delícia.
Bela/preguiçosa de carteirinha...
A foto do Edgard ficarei devendo, pois como ele é o mais assustado não se deixa clicar com facilidade, mas posso garantir que é lindo tanto quanto os outros.
Se você nunca experimentou conviver com gatos por puro preconceito vale a pena dizer que ao contrário do que falam eles não são traiçoeiros e egoístas. São animais encantadores, cheios de amor e muito inteligentes. E se ainda assim você não se convencer, sugiro que leia a reportagem do link aqui embaixo.


http://www.anda.jor.br/20/05/2012/quem-convive-com-gatos-vive-melhor-segundo-estudo

Miau!

Até.

4 comentários:

  1. Miau, miau, miau...que delicia! Delicia de gatos, delicia de texto...senti um apertinho no coração lembrando da minha querida Maria Flor. Minha vida hoje é muito melhor porque ela existe. Adorei!

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    1. Ah... ela é td de bom... tão pretinha, tão lindinha... os gatos tornam a nossa vida mais feliz... sem dúvida alguma! bjs

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  2. Cris, te mandei um link no face de um conto que fala da independência e do mistério dos gatos! Adorei o estilo e o conto em si!

    Que bom que seus gatos lhe fazem tão bem!

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    1. Ah, Fernanda, fazem bem mesmo...!
      Não prometo ler hj, mas assim q terminar de ler te retorno! Bj e obrigada pelo carinho!

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