domingo, 25 de novembro de 2012

Quattro Stagioni

Após muito tempo e desculpas, resolvi pegar um livro para ler. Adoro ler, mas por alguma razão (chamada computador!) argumentei minha falta com os mais diversos títulos por um longo tempo. Hoje decidi que isso iria mudar. Peguei de forma bastante despretensiosa um livro que havia comprado no início deste ano e que, na ocasião, confesso ter me sentido seduzida pelo título. Sabia que era uma "trilogia" de bestsellers, mas se tantas pessoas leem, pensei que seria interessante. Por que não?
Comecei minha leitura tentando me apropriar das palavras, uma vez que para se mergulhar em uma história é preciso fundir-se a ela. Entretanto, nem sempre a forma de escrever de um autor torna isto uma tarefa fácil. Há pessoas que escrevem como quem conversa. Há pessoas que buscando algo mais lírico ou, simplesmente por dificuldade de sintetizar, tornam as histórias morosas. Mas sou uma pessoa perseverante e fui em frente. Confesso que ainda não avancei muito. Embora leia rápido, é impressionante o que faz a falta de treino. Leio tanto para o trabalho que acabo deixando o prazer em segundo plano. E não precisa ser especialista para saber que textos técnicos exigem outro tipo de compreensão daquilo que se lê. 
No entanto, após passar o dia inteiro buscando um assunto para desenvolver aqui no blog, encontrei nesta leitura uma frase que me fez pensar e querer escrever sobre ela. A frase em questão é: "Algo que o tira de você mesmo também o restitui a você com uma liberdade maior." Parei uns instantes para entender o que aquilo queria dizer. E dentro da minha interpretação significa apenas que quando você se permite ousar, você se liberta dos vícios que te aprisionam e, ao se desvencilhar, volta-se para si mesmo, porém alheio aos seus medos de outrora. Fugir do nosso comportamento padrão é tão difícil que quando conseguimos fazer isso ganhamos uma força extra ao mesmo tempo que nos livramos daquilo que nos impede de ir adiante. Temos tantas manias que nos castram, que vencê-las é como evoluir mais um pouquinho. E então, no reencontro com o nosso "eu" reinventado não nos reconhecemos mais como éramos antes. Diante disso, só nos resta mudar. Não sei se consegui me explicar. Talvez você, leitor, tenha uma visão diferente desta mesma frase. Talvez ela não faça qualquer sentido para você agora, mas certamente em algum momento isso te fará refletir. Pode não parecer, mas sou uma pessoa de muitos medos. Talvez tenha mais coragens que medos, mas tenho muitos medos. E percebo que quando me permito "pensar fora da caixinha" vejo maravilhas acontecerem. Não porque o mundo inteiro tenha mudado em apenas um instante, mas porque a forma como eu percebo o mundo se tornou diferente depois que eu  me modifiquei...
É, sem dúvida, libertador! Esta é, definitivamente, a palavra. Palavra esta que me remete imediatamente à imagem de alguém andando de bicicleta com os braços abertos tendo o pôr-do-sol ao fundo. Totalmente clichê, eu sei, mas eu não sou tão isenta assim dos padrões instituídos!

Se o restante do livro valerá a pena eu ainda não sei, mas certamente estas poucas palavras já valeram por todo ele!

Até.

*Quatro Estações

Ah! Para você que está curioso, o livro de que falei se chama Todos os dias na Toscana, de Frances Mayes.


2 comentários:

  1. Também estou meio assim, amo ler e ultimamente não estou conseguindo, estou tentando ler um livro desde o meio do ano e ainda não consegui chegar nem no meio do livro... Nesse final de ano, Graças a Deus, consegui recomeçar a ler o livro e espero ir até o final agora... Desde pequena sempre gostei de ler, me sinto muito bem lendo, sinto uma calma, uma paz, me imagino nos livro, entro nas histórias!
    Beijinhos e até a próxima... LeehValente

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    1. é, Leticia, são tantos os acontecimentos que nem nos damos conta do tempo que passa. Que bom que vc tem arrumado um tempinho para vir ler o blog! Tenho certeza que em breve terminará de ler o seu livro... eu tb! bjs

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