domingo, 9 de setembro de 2012

To pee or not to pee! *

Diz minha mãe que não há um ser mais ridículo do que turista. E ela tem razão. Por que será que o anonimato, o fato de estar rodeado de pessoas estranhas, nos permite fazer coisas que não faríamos em um lugar que é nosso? Confesso que sou uma pessoa tímida e até mesmo em viagens não dá para negar que fico visivelmente desconfortável com a situação de estar posando para fotos. Porém, devo admitir que já fui bem mais contida neste quesito. Atualmente não tenho tanto problema em passar vergonha em algumas situações embaraçosas, tanto é que já protagonizei algumas, além é claro, de ter os devidos registros das ocasiões! (rs).
No começo deste ano, como todo mundo já sabe, estive em Paris. Cheguei a comentar, inclusive, sobre a falta de pudor que os franceses têm quando o assunto é banheiro. Parece que o mesmo acontece em toda a Europa. Ao contrário de nós, brasileiros, que somos rotulados de sensuais e belos, os europeus não consideram o próprio corpo como fator primordial de sedução. Com isso, não existe uma supervalorização dele e, consequentemente, a divisão, tão declarada quanto aqui, sobre o que é vergonhoso ou não. Em uma situação específica, estávamos eu e meu namorado em um restaurante e ao entrar para o banheiro feminino avistei no caminho um mictório, bem ao lado da pia e separado por uma meia parede. Pensei ter entrado no lugar errado e retornei me certificando com o garçom de não ter me confundido. Não tinha! Para ir ao banheiro, que era de uso comum, passava-se pelo mictório. Assim como em outros locais da mesma cidade, mulheres entram nos banheiros masculinos para limpá-los, bem como os homens, nos femininos. E não há qualquer interdição prévia.
Não é charmoso?
Mas o episódio que eu ia contar aconteceu comigo no último dia de viagem. Antes de viajar, fiquei sabendo de um banheiro público, estilo banheiro químico, que se lavava inteiro após cada uso. Obviamente fiquei curiosa para conhecê-lo. Procuramos por toda a cidade, mas não vimos nenhum até esse dia. Quando o vimos, sem pensar duas vezes resolvi experimentar. Aventura total! A instalação era bonita, uma casinha oval, em metal pintado de verde escuro e não se destacava em nada do restante da paisagem. Do lado de fora um mapa da cidade e um letreiro escrito apenas "Toilettes" que, por si só, já é uma palavra chique! Apertei o botão que abria a porta automaticamente, como a de um elevador. Por dentro, um banheiro como outro qualquer, com piso de alumínio e todo o resto escondido em compartimentos, já que um chuveiro é acionado periodicamente para lavá-lo. A única coisa que eu sabia era que em 20 ou 30 minutos ele abria automaticamente. Tudo o que acontece dentro dele é avisado por uma "voz". Confesso que, devido ao nervosismo não me lembro se a narração é em francês ou em inglês, porque o pânico de tomar um banho lá dentro era tanto que eu nem consegui entender o que foi falado. Há alguns botões por dentro que, admito, tive medo de apertar. Imagine só! Já havíamos feito o check-out do hotel. Fazia muito frio. Um banho, ainda mais com desinfetante, não seria a coisa mais agradável naquele momento... resumindo, fiz o que tinha que fazer e, neste meio tempo, a "voz" começou a dar um aviso incompreensível! Não perdi tempo: saí correndo, porta afora, para deleite do meu namorado que estava a postos para clicar o momento!
Olha a cara de desespero!
Como era esperado, assim que saí a porta se fechou novamente e a lavagem começou... ainda bem que eu escapei! (rs)
Devo concordar com a minha mãe! Turista é o ser mais ridículo que há!

Até a próxima

* Fazer ou não fazer xixi!

4 comentários:

  1. Fiquei imaginando a cena ao vivo...kkkk...bjos. vanessa

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  2. Parece uma arara azul, de braços abertos, voando!!!! Kkkkkkk...turista é ridiculo mesmo. rsrsrsrs

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    1. kkkkkkkkkkkk... nunca tinha visto por este ângulo... mas tem razão! Fora q eu to horrorosa!kkk... mas vale o mico! bjs

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