Ainda esta semana falava com meus alunos sobre o processo de equilibração. Falava sobre a necessária adaptação do cérebro às novas informações e consequentes alterações sofridas (e promovidas!) por ele para se "reinventar". Adaptar-se ao novo não é tarefa fácil. Exige uma dose de desprendimento, de "abandono" dos padrões estabelecidos para então receber o que está por vir. Porém, ao mesmo tempo, precisa dos padrões que já possui para agregar tais estímulos, já que fazemos associações na tentativa de estabelecer relações. É complexo!
O exercício de agregar e criar novos conceitos torna-se essencial à medida que a vida muda o tempo todo. Frequentemente buscamos estabilidade. Entretanto, os terremotos são mais recorrentes do que os períodos de calmaria.
Dentre as minhas frases favoritas, uma que sem dúvida se aplica a este momento é aquela que diz mais ou menos assim: Quando penso que sei todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas!
Como é difícil permanecer na zona de conforto. Como é difícil compreender, por outro lado, quando alguém vem e nos tira de lá. A vontade que dá é fugir daquilo que causa incômodo, porém se a gente não se permite experimentar os altos e baixos, é como se passássemos pela vida sem vivê-la. E mais: no caso de um terremoto, não há nada que se possa fazer para evitá-lo. Há apenas a possibilidade de se preparar para quando ele for acontecer, criando pilares que sejam seguros, porém flexíveis.
Mas a vida é assim. Quando as coisas estão muito confortáveis não nos damos sequer o direito de pensar nela sob um ângulo diferente. Os terremotos servem para isso! Servem para nos mostrar que uma certa dose de instabilidade é necessária para que a gente aprenda a lidar com as crises. Funcionam, mais ou menos, como um exercício de salvamento, daquelas simulações que a gente vê acontecer na cidade de vez em quando. Servem para que a gente possa se testar, ensaiar reações, projetar situações desconfortáveis e escolher a melhor maneira de lidar quando for para valer!
Não é fácil e não é agradável sentir os efeitos de um terremoto, mas sobrevivendo a ele, não há como não se fortalecer após a sua passagem!
Até.
Pois é, costumava dizer que era no caos que eu me reinventava... Se pararmos para pensar, é por aí... O desiquilíbrio, a mudança, o estado de desconforto temporário nos revela tal como somos, revela um "eu" que nem sempre sabemos que existe...
ResponderExcluirÉ bacana, depois da tempestade, olhar pra trás e perceber o quanto esses "terremotos" são necessários! E que fugir deles pode ser um ato falho... Enfrentá-lo sempre será um desafio... Mas, sem desafios a vida se torna tão morna...
Adorei o texto! Vc continua arrasando!!!!
Beijocas da seguidora número!
Obrigada pelo comentário. Acho que esse negócio de terremoto está por aí... no ar... estamos todos no mesmo barco... a deriva! rs...
ExcluirAinda bem que o terremoto não dura pra sempre! Logo vem a calmaria... bjs
*desequilíbrio
ResponderExcluirxii foi tudo embora, vamos again
ResponderExcluirequilibraçao nao conheço
q tal aqueleabraçao ou milbeijos
mas to escrevendo p saber se vc recebeu algum dos dois convites q mandei p prox sabado17 no seu primeiraletraeultimonome@... qq duvida fala c irmaos. please responde no meu yahoo. bjs
foi tudo embora o q? Vou verificar o convite. Esse e-mail que vc usou é o meu secundário. Na resposta eu vou te mandar o novo.
Excluirbj
Pois é Cris, adaptar-se ao novo não é tarefa fácil.
ResponderExcluirSinceramente....achei que esse texto serviu pra mim.
nada pode ser mais gratificante para quem escreve do que saber que o seu texto serviu direitinho para a "fala" de alguém. Como disse ali em cima, acho que esse terremoto está no ar, pegando todo mundo... que a gnt saia mais forte disso td. Boa sorte, amiga! bjs
ExcluirTambém me abalei com o seu terremoto!!!! Vc não imagina como minha cabeça ficou até poder conversar direitinho com vc...coisas da vida! Se não for para nos fortalecer, sinceramente fica muuuito difícil sobreviver a eles, porque é realmente muito ruim. Outro terremoto também passou por mim naquele mesmo dia...aff! Achei que não fosse dar conta, mas graças a Deus e com muita iluminação do Espirito Santo, consegui sair dele ilesa! Conversarei sobre ele com vc, depois, com tempo...
ResponderExcluiragora quem ficou abalada fui eu. Espero que esteja tudo bem.
ExcluirSobre o meu terremoto, digamos que a minha cidade ainda não foi totalmente reconstruída, e ainda vai levar um tempo pra isso, mas apesar dele ter sido muito sentido, depois descobri que a intensidade do tremor era baixa. A vida segue e eu já me sinto mais forte depois desse "abalo sísmico"... rs... bjs