quarta-feira, 11 de abril de 2012

O preço da liberdade

Quanto custa ser livre? Depende... principalmente do conceito que se tem do que é liberdade.
Se considerar o bater de asas sem rumo de uma borboleta, custa o tempo do casulo. Sem esse confinamento, e as tentativas "dolorosas" de sair dele, uma borboleta não pode alçar seus belos voos.
A liberdade também pode ser a ausência de compromissos, mas significaria aprisionar-se na mesmice dos dias e, para isso, custaria abrir mão de uma vida de verdade.
Poderia considerar como liberdade o ato de fazer escolhas por conta própria e a isto custaria perder aquilo que não fora selecionado. Custaria, ainda, a frustração da perda.
Se considerar que ser livre é viajar ao redor do mundo, o preço é deixar para trás pessoas queridas, lugares preferidos, objetos de apreço. Exigiria desprendimento para escolher o que levar para além dos sentimentos.
A liberdade pode ter várias faces. Para cada pessoa ela representa uma importância diferente. Há quem ache que ser livre é não ter ninguém pela vida toda. Consideraria igualmente uma prisão! Há quem julgue a moda uma prisão. E talvez seja mesmo... a regra é uma prisão, pois dela extraímos os argumentos necessários para desculpar nossa falta de coragem em ser, simplesmente, diferentes. Há a liberdade de expressão, onde mostramos quem somos, o que pensamos, a que tribo pertencemos. Existe a liberdade de imprensa, da arte, de ir e vir. Para todas elas, o preço é o de arcar com as consequências dos atos cometidos. 
Há quem pense que o amor aprisiona. Em seu lugar, o que aprisiona são os sentimentos equivocadamente atribuídos a ele, como o ciúme, a desconfinça. Ao contrário, o amor liberta. Liberta o melhor de cada um, liberta o que não cabe em apenas um coração e transborda. Liberta tanto que somos capazes de desejar para o outro o que, até então, só desejaríamos a nós mesmos.
A palavra é ambígua: liberta e aprisiona na mesma medida! A palavra conforta, fere, alivia, incomoda... depende do momento e, principalmente, de quem a profere.
Qual é o preço da liberdade? Existe liberdade total, irrestrita? Há como medir o tanto de liberdade que cada um precisa para ser feliz e o quanto custa abrir mão dela?
Grades, jaulas, muros, portões... são infinitas as formas de cercear a liberdade. Mas a verdade é que nada pode ser mais prisioneiro do que a nossa consciência. Não há maior liberdade do que aquela que concede a cada um a possibilidade de viver de maneira simples, descomplicada, livre.
Desejo ser assim, para sempre!
Livre e leve...

Até mais!

9 comentários:

  1. Livre, leve....e ...solta? Rsrs

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  2. Pra eu? (afinal mim não faz nada...l)

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  3. rs... inspirado em vc... ia sinalizar pra vc no face, mas vc podia achar que era provocação! kkkk

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  4. Ter a consciência livre de qualquer prisão é viver em um estado de perfeita felicidade. Adorei... Amo a liberdade, poder ir e vir, fugir, voltar, surpreender... Ser livre, leve e até mesmo solta, sem medo das consequências. Show!

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    1. é... a liberdade é mesmo fantástica... e o preço para tê-la é o de andar com as próprias pernas e saber exatametne onde elas te levarão. Adorei o comentário... pra mim ele tem cheirinho de flores... rs... bjs

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  5. Eu amo esta palavra. Amo! Pela sonoridade, pela sensação, pelo "cheiro". Mas, apesar de já terem até definido o meu jeito como "espírito livre", não é tão simples assim... Nem sei se existe liberdade plena. Desconfio que não. Mas, o que vale mesmo é a sensação de liberdade, é o querer-se livre. Isso pra mim, que sou meio bicho solto, é fundamental!
    E como diz Carlinha, "poder ir e vir, fugir, voltar, surpreender..." Ahhhh, esses voos... São esses os que permito aqueles que me são caros, terem a oportunidade de ter, talvez, até pelo valor que eu sei que tem... Liberdade é o melhor que a gente pode oferecer e receber (como se, de fato, fosse o caso de dar e receber, né?! Liberdade, tenho a impressão, já nasce dentro da gente... E se não nasce, a gente adquire!).
    Talvez, por não saber definir, apenas sentir, a liberdade é que o meu comentário ficou tão confuso... É que tem coisa que a gente não explica... É coisa subjetiva, coisa de dentro, coisa sentida...

    Me encontrei e me perdi em seu texto, o que significa que foi um dos melhores!!!!

    Beijocas!

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    1. Ah, Patricia... seu comentário confuso, usando as suas palavras, é assim exatamente pq veio de dentro como um esgotamento temporário de ideias e que, curiosamente, por serem ideias não vieram do pensamento, mas do coração! Consegui perceber, nitidamente, em meio à confusão, os tons da sua msg! OBrigada pelo comentário e pelo elogio... bjs

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