quinta-feira, 5 de abril de 2012

Uma ação... duas reações!

No post anterior acabei entrando na questão da diferença entre homens e mulheres. Embora a gente busque socialmente uma igualdade, sabemos o quanto somos desiguais. Ainda agorinha estava vendo um desses seriados sem maiores consequências e a cena em questão era sobre revelar uma traição. Ela havia dado um beijo em alguém e ele tinha feito um passeio com outra. Daí iniciou-se uma pequena discussão entre o casal e foi possível perceber que, assim como na vida real, na ficção os comportamentos também são opostos. Ela, andava atrás dele dentro da casa como se pudesse forçar uma conversa. Ele, por sua vez, mostrava-se extremamente desconfortável com o fato dela segui-lo por todos os cômodos. Ela queria falar e discutir os pontos obscuros como se fosse capaz de diluir o incômodo dele nas palavras. Já ele preferia se calar e demonstrava impaciência a cada tentativa dela de falar. Ele resolveu dar uma volta. Nitidamente precisava desse tempo para digerir o que acabara de ouvir. Ela queria respostas imediatas. Queria que ele fosse capaz de analisar friamente a situação para, então, perdoá-la do deslize cometido. Ele queria sair dali. Ela queria que ele respondesse imediatamente o que iria acontecer em seguida...
Esta cena foi a demonstração fiel do que acontece na vida real. Mulheres gostam de falar e acham que podem resolver tudo na base da conversa. Mulheres não têm tempo a perder. Suas muitas tarefas lhes ensinaram a ser imediatistas. O problema é agora, e a resolução idem. Fazendo novamente (novamente porque no post anterior eu falei sobre isso!) um paralelo com os homens de outros tempos, dizem que na volta das caçadas eles ficavam longos períodos na frente da fogueira, como se pudessem se transportar para outro tempo, revendo seus atos, pensando em como tinha sido ou simplesmente se calando até voltar para o seu mundo. Hoje em dia o ritual permanece, porém de outra forma: na frente da tv, passando descontroladamente por todos os canais disponíveis no controle remoto. Interrompê-lo nesse momento é não dar chance para que ele elabore seus questionamentos internos, e sendo assim, ele não volta inteiro para o convívio com os outros.
Por que é tão difícil para nós, mulheres, respeitar esses momentos? Ao mesmo tempo, por que é tão difícil para os homens entender que precisamos de mais do que silêncios confusos?
Quantas questões podem conter em um silêncio? Que recusa é essa de conceder ao outro uma resposta para as suas perguntas? Talvez nunca tenhamos uma resposta para isso. Talvez nem os homens a tenham!
O que resta a todos nós nesse caso é aceitar a individualidade e a necessidade de cada um de aprender a lidar com o que causa incômodo. O problema disso é que falar ou calar, nesse momento, é necessariamente se moldar um pouco ao formato do outro. Talvez seja essa a resposta: adaptação!
E como termina a cena do seriado? Sem solução...
Talvez seja a "deixa" de que entre casais não há receita. Não há forma correta de lidar com os conflitos. É viver e aprender com o outro, porque certamente na próxima relação aquela receita já não servirá mais!

Até breve.

8 comentários:

  1. Pois é... esta é mesmo uma característica feminina muito forte... Não sossegamos... Precisamos das análises dos fatos pra ontem! E somos incansáveis em alcançar este objetivo (e qualquer outro rs!)... Existe um vídeo, interessantíssimo, que talvez esclareça (ou confunda mais ainda rs)a razão das diferentes reações entre homens e mulheres... É que os homens têm "caixas temáticas" no cérebro... E nós, uma espécie de "teia", em que interligamos tudo... Bom, o homem tem a caixa branca ou vazia, não me lembro o nome, mas é esta caixa que provoca no homem este "autismo" momentâneo... Quando o homem fica trocando de canal sem razão, é esta caixa que está em ação... Quando a gente briga, questiona e ele parece nem ouvir... a culpa é da tal caixa... rs Vou ver se acho o vídeo, no youtube, e passo pra vc. É divertidíssimo rs! Beijocas!

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  2. ah, eu quero ver sim... sao muitas as teorias que falam sobre a diferença de funcionamento dos cérebros masculino e feminino em momentos de discussão... difícil é a gnt aceitar isso na hora né? rs... adorei o comentário! bjs

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  3. Verdade, é tudo muito difícil, ou será que complicamos mais? Relacionamentos são complicados msm. Mas acho que quando há amor e respeito até uma briga boba tem solução. A grande verdade, que hoje em dia estão banalizando tudo. E só mesmo vivendo e aprendendo para não cometer deslizes com outros relacionamentos, ou com o mesmo.

    Mais uma vez, adorei seu texto!

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    1. Pois é, Carla! Acho q depois q passa a gente até consegue ver que exagerou exigindo respostas imediatas quando poderia ter dado um tempo pra eles... o problema disso é que no calor da discussão tudo o que a gente não quer alguém mudo olhando pra vc como se vc estivesse falando o maior absurdo do mundo! O negócio é aceitar que eles são assim... assim como nós aceitamos que estamos de um determinado jeito por TPM. Apenas constatamos e deixamos passar... acho que é mais ou menos por aí né! Que remédio? rs...
      Que bom que gostou do texto... apareça sempre! bjs

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  4. Esses... silêncios confusos. é que me dá agonia rsrsrsrs
    Adaptação... ufaaa difííícillll... mas também acho uma resposta ideal.
    Mas... ainda vou aprender a ficar em silêncio... rsrs quem sabe eles ficam na mesma agonia e... se divirtam com várias questões???
    Bjos.
    JakJak

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    1. É, Jak... esses silêncios confusos e premeditados por eles nos matam mesmo! Quem sabe um dia a gente consiga lidar com isso sem causar incômodo! rs...
      Adorei ver seu comentário aqui!
      bjs

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