terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Acabooooou! A-ca-bou!

Imagine a cena: Uma multidão. Você no meio dela. Seus pés mal tocam o chão e você involuntariamente caminha, levado pelo grupo que te empurra. O "alvo" é uma porta onde passam poucas pessoas de cada vez e, na verdade, você nem quer passar por ela, mas é obrigado. A porta se aproxima mais e mais, você sente um ligeiro incômodo, mas depois que passa, sente-se aliviado, pois um grande espaço se abre e você pode, então, caminhar como quer para onde bem entender.
Quem me conhece, sabe que eu uso esta imagem com alguma frequência. Sempre que preciso fazer algo que não era bem o que eu estava querendo! Por que estou falando isso? Porque é deste jeito que me sinto no momento. As férias acabaram! Encarar o primeiro dia, o retorno não é uma tarefa fácil para mim.
Nunca trabalhei em janeiro. Como trabalhei em escola a minha vida inteira, janeiro para mim sempre significou estar livre. O ano, portanto, começa amanhã! Depois que passa a "angústia" da volta (olha a lei da inércia aí de novo!) eu vou bem... muito bem. Sou envolvida, gosto de criar projetos, encarar desafios, inventar moda. O que me incomoda, na verdade, não é nem o primeiro dia de trabalho, mas o último dia das férias. Sinto-me como se pudesse agarrar entre os dedos todos os minutos dessas últimas 24 horas. Você, leitor, que tenta entender estas palavras agora, deve estar imaginando que eu detesto o que eu faço, que eu sou uma insatisfeita profissional, mas não é nada disso! É só mesmo a eterna mania do ser humano de querer permanecer onde está.
Há quem pense que férias eternas seriam o ideal, porém só sabemos o valor delas porque não as temos o tempo todo. É como aquela frase: "O doce não seria doce se não fosse o amargo!" Tudo é uma questão de referência, portanto, vamos arregaçar as mangas, fazer acontecer, produzir... assim fazemos valer a pena o momento do descanso após tanto trabalho. É como começar a girar uma engrenagem... no começo é pesado, difícil, mas depois que ela começa a girar, vai muito bem.
Amanhã começa o ano... e que ele venha cheio de conquistas, planos e desejos realizados! Amém.

Coragem! É disso que eu preciso... e você?

Até a próxima

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Paraty para comer...

Já é do conhecimento de quem vem ao blog, que ele surgiu por conta do desejo de passar adiante algumas dicas, nem sempre inéditas, mas cuidadosamente pensadas, sobre as cidades que visito. Já virou tradição nas minhas saídas procurar algum lugarzinho bacana, charmosinho, com uma comida legal ou algo diferente para se ver, e que não custe muito caro.
A dica dessa vez começa com o La Crepe. Eu e meu namorado entramos na loja apenas para fugir do calor forte que fazia naquele dia em Paraty. Pedimos um suco para refrescar e, então, seguir caminho. Porém ao perceber meu interesse pelo cardápio, ele sugeriu que voltássemos mais tarde para comer um crepe. Os nomes dos pratos são todos de estrelas da MPB. O que eu comi, e recomendo, foi o de nome "Seu Jorge", de Nutella e banana. Lembrei da minha irmã... ela ia adorar! Mas as opções são várias, tanto doces quanto salgados. Lá você vai encontrar Caetano Veloso, Marisa Monte, Ana Carolina... (rs).

A loja fica na Rua Samuel Costa, 12. Não tem erro. É bem no centro histórico.

A próxima dica fica por conta da pizza. A casa fica na pracinha principal, e é um lugar charmoso, aconchegante. Chama Punto Divino. A massa é bem fininha e o local é uma graça. Fica aberto até tarde, como a maioria dos restaurantes de lá. O endereço é Rua Marechal Deodoro, 129, na praça da Matriz. Se quiser maiores informações acesse http://www.puntodivino.com/


Na mesma rua, você pode escolher a sobremesa. Um sorvete italiano delicioso na Miracolo. O lugar não é bonito, devo advertir, mas o sorvete vale a pena! Fica bem na pracinha, é fácil de achar e tem para todos os gostos, pois além disso eles servem também alguns pratos de massas e vários tipos de café. Eu sugiro o sabor Iogurte com frutas vermelhas. Muito bom!

Outro lugar muito charmosinho por lá é o Margarida Café. O ambiente é mais sofisticado e os preços também são mais salgadinhos que os anteriores. A casa é charmosa e a iluminação é feita com pequenas luminárias nas mesas. Funciona durante o dia e à noite. Se obptar pela noite, prepare-se para esperar um pouquinho, pois há fila. Os pratos são variados, decorados com capricho e requinte. Há vários drinks e uma adega bacaninha. Tanto para ir com a família como para um jantar romântico o local é perfeito! Eu recomendo. Maiores informações, http://www.margaridacafe.com.br/

E para finalizar este post, se você quiser alguma comida mais "consistente" eu sugiro o Aconchego Grill. O lugar é tranquilo, bem arrumado e o atendimento é bom. Sua localização é atrás da Igreja Matriz. Pedimos um bobó de camarão que veio em uma panelinha de barro, fervendo. Nós dois comemos muito bem e ainda sobrou bastante. Eu diria que para quem come pouco, como eu, serve bem umas quatro pessoas. Para quem tem um pouquinho mais de fome, dá para umas três.

É isso!

Indo a Paraty, aproveite as dicas e escolha seu cardápio.

Ps.: As fotos desse post foram tiradas pelo meu namorado... o Amauri, aí do blog ao lado! Visita ele também... as fotos dele são bem legais!
Até a próxima.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Ano do Dragão

Toda vez é assim. Em 31 de dezembro vestimos uma roupa legal, nos enchemos de boas expectativas para o ano que vai começar e procuramos festejar a virada cercados das pessoas que nos fazem bem. Para outros povos, no entanto, a coisa acontece de forma diferente e em dias diferentes. Por exemplo, os judeus. Eles comemoram a sua virada do ano em uma data móvel, entre o final de setembro e o início de outubro, pois a contagem é feita em relação à fase lunar, a agricultura e as estações do ano. Para quem não sabe os judeus estão no ano 5772. Já os chineses, comemoram a sua virada do ano depois que o nosso já começou.

Dragão Chinês
Em 23 de janeiro eles entraram no "Ano do Dragão", como foi amplamente noticiado. Diz a lenda que este é um ano onde haverá muita fortuna, abundância, energia e vitalidade. É um bom ano para colocar em prática projetos engavetados, promover mudanças e ter coragem para ir além. O dragão é a própria imagem da força e da vibração, entretanto seu ano também será marcado pelas tragédias da natureza. No meu entendimento, vale a regra: Tudo virá em grandes proporções, seja para o bem ou não. Dentro do horóscopo chinês ele é o único animal mítico, e como tal, permite que qualquer coisa seja possível, afinal dragões não existem.
Todos nós temos um signo dentro da astrologia chinesa. Porém ela não é dividida em meses, mas em ciclos anuais. Segue abaixo a "previsão" para cada um dos signos. Se você ainda não sabe qual é o seu, eu encontrei um site onde é fácil fazer o seu cálculo. O link é ://www.astrologianaweb.com.br/horoscopo_chines.php

Rato: O ano do Dragão costuma ser muito bom para estes nativos. Os negócios, os empreendimentos e as viagens estarão favorecidos. Este ano possibilita o alcance de objetivos e o desenvolvimento de todos os aspectos da sua vida. O Rato deverá prestar atenção nos detalhes, evitar os excessos e não correr riscos desnecessários. Este ano promete ainda trazer conquistas e novas paixões. Não se esqueça de cuidar da alimentação e fazer exercícios.

Boi: Um ano auspicioso para os nativos de Boi que estarão mais entusiasmados e determinados. Este ano favorece o início de novas atividades e projetos, e incentiva as viagens. Precisará de flexibilidade e versatilidade, já que alguns contratempos e mudança de planos desafiarão a sua criatividade. Lembre-se de equilibrar a vida afetiva com a vida profissional, dedique um tempo maior ao amor e fortaleça o seu relacionamento afetivo. Cuide do sistema circulatório para se manter em boa saúde.

Tigre: As palavras de ordem para o Tigre ter sucesso este ano são o bom senso, o humanitarismo e a comunicação positiva. Este ano favorece o reconhecimento de suas qualidades positivas, principalmente se estiver em cargos de liderança ou de poder. Evite desentendimentos e conflitos  fugindo dos excessos e da impulsividade. No amor, haverá bons momentos, mas as conquistas serão passageiras. Atenção à saúde dos olhos e da pele.

Coelho: Um ano estimulante para os nativos desse signo. É hora de colher os frutos das sementes plantadas nos anos anteriores, que trarão progressos no âmbito profissional. Os estudos e as viagens estarão favorecidos. Cultive a afetividade e demonstre os seus sentimentos. Desenvolva a autoconfiança e supere a timidez. Deixe a ansiedade e o imediatismo de lado. Para cuidar da saúde faça exercícios de relaxamento e meditação.

Dragão: Um ano muito favorável para os nativos de Dragão.Canalize sua energia para aproveitar as boas oportunidades e não desperdiçá-las. Este será um ano de destaque, reconhecimento e de muitos progressos. Nos relacionamentos afetivos, o carismático Dragão estará atraindo novos amores, mas ele estará em busca de estabilidade e tranqüilidade. Na saúde, procure manter-se em contato com a natureza e faça exercícios ao ar livre para que a sua energia esteja sempre em alta..

Serpente: Um ano moderado com alguns imprevistos para a Serpente que deverá cultivar a reflexão e a flexibilidade. Os nativos deste signo devem aproveitar o ano para se organizar, reestruturar e corrigir os erros do passado. Os estudos e o planejamento estarão favorecidos, para se programar para o futuro. Atenção às finanças e evite os gastos excessivos. No amor, o período será de novas conquistas e muita paixão. Na saúde, cuide do sistema digestório, evite os excessos na alimentação.

Cavalo: Um ano moderado para o Cavalo que deverá desenvolver os seus recursos interiores e cultivar uma fé positiva. Este será um ano de alguns contratempos e de preocupações, mas o Cavalo poderá contar com o apoio dos amigos e, no fim, tudo será resolvido no seu devido tempo. No amor, o período favorece o romantismo, a atração e os encontros afetivos. Procure desenvolver exercícios de respiração para manter a tranquilidade e a serenidade. Nada de ansiedade!

Cabra: Este é um bom ano para o nativo de Cabra buscar a sua verdade e semear aquilo que deseja colher no futuro. O ano favorece a ação e a iniciativa com planejamento e bom senso. Evite a ansiedade e a impulsividade. Seja  cauteloso e evite os exageros ao lidar com as finanças. No amor, o período será de reencontros, novas amizades e harmonia nos relacionamentos. Na saúde, mantenha a boa energia com exercícios físicos e pensamentos positivos.

Macaco: Um ano positivo para o Macaco que será recompensado pelos seus esforços no ano anterior. O Macaco poderá iniciar uma nova atividade, mas deverá ficar atento aos detalhes e cuidar pessoalmente daquilo que é importante para ele. Para alcançar seus objetivos, aja com diplomacia e moderação  Mostre-se! A vida afetiva será repleta de novos encontros que virão a partir de viagens ou eventos sociais. Na saúde cuide da alimentação e evite o sedentarismo.

Galo: Sorte e mudanças marcarão o ano dos nativos de Galo. O desenvolvimento será crescente e gradual e o Galo poderá obter reconhecimento e destaque em sua profissão, principalmente se estiver em posição de liderança. No amor, mantenha a receptividade. O período será de harmonia e felicidade. Deverá prestar mais atenção em si, nas emoções, nos pensamentos e cuidar da sua saúde física, mental e espiritual. Faça exercícios de alongamento e meditação.

Cão: Um ano moderado e desafiante para aos nativos de Cão onde nem tudo sairá como ele deseja. O período favorece o investimento nos estudos e no aprimoramento profissional. Será um ano para se programar, se preparar. Deverá cultivar a paciência e ser claro ao comunicar-se para evitar as confusões. Cuide das finanças e de seus pertences pessoais. No amor, as aventuras e as conquistas serão passageiras. Na saúde, faça exercícios respiratórios e de meditação, recarregue as energias junto à natureza.

Porco: Um ano movimentado para o nativo de Porco que deverá priorizar as suas atividades e estabelecer os limites para não dispersar as suas energias. A família e os amigos solicitarão a sua atenção. Cautela é a palavra-chave para lidar com as finanças e controle os seus gastos. No amor, deixe a teimosia de lado, busque a harmonia através do diálogo, da leveza e o bom humor. Na saúde, faça uma alimentação mais natural e equilibrada. Atenção ao sistema circulatório.


Independente do seu signo, ou qualquer previsão para ele, faça acontecer!

Até breve.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Poeira

Costumo evitar falar de assuntos muito explorados pela mídia... por questões óbvias. Porém não há como eu me calar diante da tragédia ocorrida no Rio de Janeiro esta noite! A televisão expõe frequentemente histórias parecidas ao redor do mundo. Mas, como diz uma música do Kid Abelha "...Outras tragédias nos soam barulho!". Tudo aquilo que acontece lá longe parece banal, estampa. Mas quando acontece aqui pertinho de nós, nos vemos diretamente envolvidos na situação. Quem de nós já não esteve muito perto dos prédios que desabaram? Ainda mais eu que tenho verdadeiro fascínio pelo centro histórico do Rio!
Certamente o verão carioca ficou mais triste e cinzento depois desta noite!
Este episódio me fez ver, ainda, o quão frágil é a vida. Fugimos de situações de perigo, pois elas podem representar o fim de tudo e no entanto, viver é que é uma grande aventura! Ninguém vai para o trabalho pensando em não voltar mais. Ninguém se despede do outro imaginando que aquela pode ser a última vez. O tom desse post, sinceramente, não combina com o clima do blog, mas, como eu disse, eu não podia me calar diante disso!
Estou verdadeiramente consternada com a notícia.
Que Deus abençoe e ilumine as pessoas envolvidas, os familiares e os profissionais que trabalham no resgate!

Até a próxima

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

De outros tempos...

Estive em Paraty quando criança. Incrível como a maturidade dá outro sentido à história. Estar naquela cidade novamente foi como a primeira vez. Os caminhos que percorri não lembravam em nada algo que eu já conhecesse além das fotos guardadas na caixa de memórias da família. Era como se eu nunca tivesse estado ali. Cada rua, cada casa ou igreja, tudo era novidade para mim.
Paraty, como todos sabem, é uma cidade do período colonial do Brasil e, como tal, conserva em cada fachada um pouco dessa época. Conta a história que esta "senhora" tem quase a idade do nosso país, já que sua localização foi descoberta apenas uns poucos anos após a chegada dos portugueses por aqui. A atmosfera é encantadora. Assim como em outras cidades do mesmo período, o calçamento pé-de-moleque dá o tom do passeio. A dificuldade de andar naquelas pedras é como se arquitetassem uma forma de convidar o visitante a caminhar bem devagar, apreciando o que está à sua volta.


O clima nesta época do ano, assim como em qualquer cidade litorânea, é bastante quente e úmido. Portanto, roupas frescas, calçados confortáveis e firmes, e uma boa dose de protetor solar são itens indispensáveis para quem quer desfrutar do prazer de conhecer a cidade. (Minha irmã diz que por lá chove muito, então, um guarda-chuva também é um bom acessório. De fato, observei várias pessoas carregando-os na mão.)
Voltando ao centro histórico, Paraty apresenta em cada rua uma grande quantidade de casinhas bem ao estilo arquitetônico da época colonial. Li em algum lugar que ela é considerada a cidade que mantém a melhor conservação desse patrimônio. Como várias outras construções da época, muitos dos prédios de lá foram feitos à base de pedras, areia e óleo de baleia. Acho que nem eles que construíram imaginavam que seriam tão resistentes! Paraty foi uma cidade minimamente "programada". Suas ruas são dispostas de uma forma que permite ao mar avançar para dentro delas a cada cheia de maré. É um espetáculo que eu não tive o privilégio de ver, já que fui na lua minguante e em dias onde a chuva não caiu. A maré subiu, mas não o suficiente para encher as ruas.

O que me encanta em Paraty não é a praia, como para a maioria das pessoas, mas a possibilidade de ter contato com um tempo em que eu sequer sonhava em existir. Tempo este, entretanto, que ajudou a definir a pessoa que eu sou. Além disso, me toca, particularmente, o fato de saber que pessoas habitaram aquele lugar. Que sonhos, expectativas e planos foram feitos ali.


Estas paredes, portanto, permanecem como testemunhas "vivas" da cidade que se reiventou tantas e tantas vezes ao longo de sua existência. Nós, simples mortais, somos apenas parte disso, porque a vida (essa sim!), é transitória.


Se você quiser saber um pouco mais sobre a cidade antes de visitá-la, encontrei um site que considero bastante interessante por sua organização e qualidade do conteúdo. O endereço é: http://www.paraty.tur.br/

Até breve.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

21 de janeiro de 2012

Às vezes a gente se esquece que a vida não é como um roteiro de filme onde os fatos acontecem cada um de uma vez. Na tela as cenas não se atropelam para que o espectador não se perca na história. É claro que se pensarmos na vida de apenas uma pessoa, não é possível que ela esteja em mais de um lugar ao mesmo tempo, porém é possível que algumas coisas relacionadas a ela aconteçam independente disso.
No dia 21 de janeiro estava em Paraty com meu namorado em um simples feriado. Em meio a um dos passeios (em outro post eu conto um pouquinho da viagem!) passamos perto de uma igrejinha em frente ao mar. Sentei-me no murinho por uns instantes enquanto ele clicava suas fotos. Eu estava bem em frente à porta da igreja e notei que algumas pessoas falavam com um padre. Não parecia ser uma missa. Fiquei curiosa. Quando me dei conta, vi que uma mulher de seus quarenta e poucos anos, com um vestido bege e simples, segurava um bouquet. Não tive dúvida de que naquele momento, um casamento estava para acontecer! Cruzei o gramado e após a entrada dos noivos e convidados, fui até a igreja para ser também testemunha daquele evento. Aquele momento, portanto, foi o causador deste texto. Fiquei pensando em quantas coisas acontecem ao redor do mundo em um mesmo instante sem que delas sequer possamos tomar conhecimento. Daquele fato, porém, eu participei. É claro que não fiquei assistindo à cerimônia, logo fui embora continuar a minha exploração pela cidade. Mas certamente o que eu vi, tornou vivo o que antes era apenas uma ideia. Então, fiquei pensando que aquele 21 de janeiro, que para mim era apenas mais um dia diferente, para aquelas pessoas era "O DIA". Um dia que ficaria marcado em suas vidas para sempre e seria comemorado a cada ano. Isso me fez refletir em quantas vezes nós banalizamos o que é importante para o outro, simplesmente porque não é para nós! Quantas vezes deixamos de fazer um elogio que poderia mudar o dia de alguém, só porque achamos que não faria diferença! Para mim, aquele dia quente e ensolarado era só mais um sábado de férias... Para aquela noiva, talvez tenha sido o desejo de uma vida inteira! Quantas pessoas foram à aquela igreja compartilhar da alegria de um casal que nem mesmo parecia de noivos, mas que talvez tenha colocado a melhor roupa que podia para festejar o evento? Talvez aquele casal já fosse até uma família constituída. Talvez fossem pessoas reconstruindo a própria vida. De uma forma ou de outra, presenciar aquela cena me fez perceber como somos mesmo pequenininhos nesse universo imenso. E mesmo nem se dando conta de que eu estava ali, dedico esse post, e os meus mais sinceros desejos de felicidade, a este casal que fez o meu 21 de janeiro de 2012 um dia ainda mais especial!


Os noivos ainda estavam na porta
 Até breve.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tempo, tempo, tempo, tempo!

No outro dia falei sobre a inércia. Sobre aquela incômoda sensação de imobilidade "invisível" que nos impede de fazer o que precisa ser feito e, que na maioria das vezes, não é agradável. No entanto, se pararmos para pensar, vivemos em uma era onde as coisas mudam de maneira tão frenética que não nos damos sequer o direito de não fazer nada. Férias são "artigo de luxo" no mercado. E há quem diga, com orgulho, que não sabe o que é isso há alguns anos. Orgulho por quê? Por causa da perversa sociedade da produção. Temos que ser produtivos. Não interessa exatamente o que se está produzindo, desde que faça diferença, desde que as pessoas vejam.
Como já disse em outros posts, sou uma pessoa inquieta. Eu me sinto, com frequência, absorvida pelo passar das horas e pela necessidade de ver resultados. Muitas vezes nem me dou conta do quanto estou correndo. Vivo correndo. Nomes para definir isto não faltam. O que eu mais uso é a "síndrome da pressa". E sabe que é bem por aí? Posso não ter compromisso, mas dirijo na mesma velocidade. Posso estar de folga que programo as atividades do dia para que eu possa fazer a mágica de render as 24 horas que possuo. Uso relógio mesmo sem precisar ver as horas.
A sociedade moderna nos fez robozinhos que funcionam ininterruptamente, cujo objetivo de suas vidas úteis é produzir, fazer, construir, finalizar. Como é difícil parar para contemplar as coisas. Como é complicado fazer apenas uma coisa de cada vez. (E eu me incluo totalmente nisso... não estou falando só de outras pessoas!) Parece que vivemos em uma contagem regressiva alucinante nesse fragmento de tempo chamado "vida".
Portanto, desejo a você (e para mim, claro!) que em 2012 se possa equilibrar esta equação. Que a gente se permita fazer nada, gastar tempo sem culpa, eliminar o que não interessa para ter tempo de fazer tudo aquilo que nos move. Sugiro ainda que faça as coisas com mais calma, pois afinal depois de algum tempo, não fará diferença se em 30 minutos você produziu mais um relatório, construiu uma parede, ou simplesmente sentou e curtiu o vento. O tempo é o nosso guardião. Ele é generoso, pois quanto mais nos distanciamos cronologicamente daquilo que vivemos, mais ameno nos parece. Seria insuportável se tivéssemos a capacidade de guardar tudo em nossa cabecinha maravilhosa. Como dizia Renato Russo " O tempo é mercúrio cromo". Acho que não precisa falar mais nada.
Depois disso, só me resta desejar que você, leitor, tenha discernimento, sorte, saúde e muito tempo à toa!
Permita-se!

Até.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Dama de Ferro

Posso considerar um grande feito! Fui a Paris pela primeira vez, escrevi sete posts sobre a viagem e nenhum deles falou sobre a Torre Eiffel. Não porque ela não valesse a pena ou porque seria assunto esgotado, mas porque estava buscando maneira de falar dela com toda a importância que ela merece!
Só quem já esteve à sua frente é capaz de dimensionar a sua imponência. Fotos, vídeos ou qualquer outro tipo de registro não são capazes de tanto. É óbvio que ela é enorme, e disso, temos uma noção. Mas é apenas noção! A grandiosidade física e simbólica que ela tem impressiona. Não há como passar por ela sem notá-la e, por que não dizer, se emocionar. Lamento por quem a vê todos os dias, por quem nasceu aos olhos dela, pois não sei se ainda sente o mesmo fascínio do visitante.
A torre é uma imensa escultura de ferro... fria, rígida, estática. Entretanto, aquele monumento (que, para quem não sabe, foi feito para durar pouco tempo e então ser desmontado!) tem alma. Carrega em sua estrutura um pouquinho do coração de cada um que se dispõe a subir nela. E assim como seu lugar de origem - Paris - mostra sua generosidade ao servir de meio para que as pessoas apenas curtam o visual que ela, ao longo de seus muitos anos, contempla diariamente.
A Dama de Ferro faz justiça a seu título uma vez que consegue mostrar em sua gigantesca construção uma delicadeza que lembra os bordados mais finos. Sua estrutura é toda "rendada", toda trabalhada!
Tive medo de ir até o topo. Foi um imenso desafio para mim. Mais um desses que a gente vence para poder sentir o gostinho de desfrutar dos benefícios. A torre tem 324 metros de altura, ou seja, equivale aproximadamente a um edifício de 100 andares. Não sei se a ignorância era só minha, mas eu não sabia que havia possibilidade de ir até o topo. Tive muito medo. Mas posso assegurar que depois da incômoda sensação de se perceber em um lugar tão alto, o único cuidado a se tomar é mesmo colocar muitos casacos, já que no inverno lá em cima é ainda mais gelado e o vento, mais cortante. 
Bem, o que eu tenho para falar sobre ela se encerra aqui. Agora, as imagens dessa linda senhora. Imagens que falam por mil palavras.






Precisa falar mais alguma coisa? Acho que não...
Obrigada a você que embarcou comigo nessa viagem!
Com este post eu encerro a série de textos sobre Paris... ou não!


Até a próxima.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Aceita um cafezinho?

Gosto de café. Na verdade gosto de tudo o que envolve o café. Ver os grãos, sentir o cheiro da moagem, participar do "ritual" que envolve a sua preparação. Adoro cafeteiras, garrafas térmicas e cafeterias. É como se isso me transportasse para um tempo (e um lugar!) que não é aqui, não é agora. Sempre que conheço uma cidade, busco por uma cafeteria. Nem tanto para saborear a bebida, até porque muitas vezes a experiência nem é agradável, mas para observar de que maneira as pessoas daquele lugar confraternizam. As cafeterias, na minha opinião, são os melhores lugares para isso. Embora o café seja uma bebida rápida, as pessoas que se dispõem a ela querem mais do que isso. Querem, em geral, desfrutar da companhia de outras pessoas que compartilham do mesmo gosto. Café não é coisa para se beber sozinho. A gente até encontra, aqui e ali, pessoas aparentemente sozinhas nas lojas, entretanto estão acompanhadas de seus celulares ou notebooks, certamente interagindo com alguém... ainda que apenas com seus pensamentos!
O café agrega. É comum ver pessoas rindo e conversando em torno de uma mesa enfeitada com xícaras e seus acompanhamentos (bolinhos, biscoitinhos e chocolates!). Existe uma certa magia em torno desse "pretinho". Há quem diga que faça mal, que é proibido para as crianças (que ficam ainda mais curiosas para saber quando poderão prová-lo e, orgulhosamente dizem: "Minha mãe deixa!").
Pelo sim, pelo não, cada um tem uma relação particular com o café... mesmo que não goste dele. Eu gosto!
Quando estive em Paris, em um restaurante da Champs Élysées, após o jantar resolvi tomar um cafezinho. Meu namorado, que sabe o quanto gosto de café, me passou o cardápio e a lista de bebidas era variada. Alguns eu conhecia de nome, outros não. Geralmente eu perguntaria ao garçom do que se tratava, mas desta vez, decidi experimentar sem perguntar. Gostei tanto que em todas as outras cafeterias que entrei e que ofereciam a mesma bebida eu experimentei, mas nenhum era igual a aquele do Café di Roma. E é por isso, que eu coloco aqui a "receita" (super difícil! rs) do café que eu tomei. Aproveite!

Café Viennois

Nada mais é do que um café com creme. Mas o que eu tomei no Café di Roma era quase creme com café, pois a proporção era essa. De-li-ci-o-so!
Então eu comprei uma garrafa de chantilly (facilmente encontrado em qualquer supermercado!). O meu, depois eu vi, é produto italiano, talvez por isso fosse tão parecido com o de lá.
Eu fiz assim: Em uma xícara coloque o creme do fundo até a borda.


Em seguida, coloque o café pelas laterais do creme. Ele vai derreter um pouco, mas isso não é problema. Se preferir, adoce o café antes. Complete com creme novamente para ficar bonito. Polvilhe canela se gostar e decore com um chocolate, pedacinho de canela ou anis estrelado, como eu fiz. Fica lindo para servir após um almoço ou apenas para fazer uma "graça" para seus convidados.

Café Viennois

Desde que cheguei de viagem, já repeti a dose algumas vezes. E já servi para outras pessoas também! Sucesso garantido.

Até breve.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Lei da Inércia

A Física explica: Um corpo em repouso permanece em repouso até que uma força atue sobre ele. Essa é a Lei da Inércia (o conceito foi adaptado por mim. O texto é um pouquinho diferente!). Quando estudamos na escola e vemos objetos quadradinhos desenhados sobre um plano, onde um professor tenta, desesperadamente, fazer você entender o que aquilo significa, tem-se a nítida sensação de que aquelas informações nada têm a ver com a sua vida. E, em um olhar desavisado, não têm mesmo! Entretanto, quando pensamos em situações práticas, do dia-a-dia, podemos encontrar diversas oportunidades de observar esta lei da Física agindo sobre nós. Quer exemplos? Então vamos lá!
Quando você está confortavelmente deitado na sua cama e precisa muito matar a própria sede, mas uma "cerca invisível" separam você e a geladeira, de uma forma tão absurdamente grande para ser capaz de te "colar" no colchão, o que está acontecendo? É a inércia que não te deixa agir.
E quando você precisa muito fazer aquele trabalho da faculdade, e as imagens quase sem sentido que passam na televisão, te impedem de começá-lo? Olha ela aí de novo atuando...
Sobre fazer ginástica, então, a demonstração do quanto a inércia dificulta a vida do ser humano, fica ainda mais perfeita!
A inércia na vida prática, nada mais é do que aquela "força estranha" que te impede de tomar uma atitude, em geral, que não é prazerosa. Há quem chame de preguiça... e é isso mesmo!
Nas aulas de física, tinha sempre "alguém" empurrando os quadradinhos imaginários para que eles saíssem do lugar. E nós? Quem nos empurra a fazer as coisas que são necessárias em dado momento da vida? Qual é a força que nos move a agir?
Isso me lembra uma imagem muito comum nos desenhos do Walt Disney, em que as figuras do anjinho e do diabinho povoavam a cabeça dos personagens, impulsionando-os a fazer as coisas. A nossa consciência funciona mais ou menos assim. Ela é capaz de nos impulsionar a agir corretamente, a fazer o que é preciso (ainda que chato ou difícil!) ou a deixar que a estagnação tome conta.
É complexo! Agir por conta própria dá trabalho, é cansativo e exige vigilância constante. Há pessoas que só se mexem se tiverem uma força externa (um amigo, dinheiro, benefícios) que os motive. O segredo é buscar lá dentro a capacidade que, todos nós temos, de depender cada vez menos da "ajudinha que vem de fora" e contar, cada vez mais, com o que já está dentro de nós.
Uma coisa é certa... quando vencemos a barreira do som (som = vozes que ecoam na nossa cabeça!), descobrimos que somos capazes de qualquer coisa. E isso não tem preço!
Seja uma dieta, uma atividade física, a capacidade de terminar uma relação falida, a disposição para pedir desculpas ou concluir aquela tarefa inacabada há tempos, o prazer de poder realizar é indescritível!
Eu fiz isso hoje! E você?

Tente.

Até!

Delícia

Quem acompanha o blog desde o começo, e já leu o post "Buenos Aires" sabe que eu investi na ideia de escrever por conta de uma vontade de passar para as pessoas algumas dicas, não muito divulgadas, nas cidades onde eu visito. Tudo começou com uma fatia de pizza indicada por um taxista da capital portenha... Hoje o blog é muito mais que isso... pelo menos para mim! Meus dias são mais felizes passando por aqui, recebendo o carinho de quem vem ler alguma coisinha, ou quando fico sabendo que alguém testou uma receita ou uma ideia e funcionou! Mas por que eu estou falando sobre isso? Porque neste post eu vim falar, exatamente, sobre alguns lugares bacaninhas para se visitar (e comer!) em Paris.
Que as confeitarias/padarias (boulangeries) parisienses encantam só da gente olhar, ninguém duvida, entretanto, como eu também já disse, comer por lá não é uma tarefa das mais baratas. O lance, então, é escolher algumas das comidinhas mais conhecidas e comprar. Não há como estar por lá e não provar os macarons, por exemplo! Assim como as baguetes, os croissants e os croque monsieur.
Um dia, assistindo a um desses programas de viagem que passam na televisão em canais absolutamente duvidosos, fiquei sabendo de uma dessas lojas onde se encontram delicinhas coloridas. Assim que vi a reportagem incluí no meu roteiro uma visitinha a ela.
Só para começar, a loja é "fofa". Os donos são super atenciosos, simpáticos, e os macarons são deliciosos. A variedade de cores e sabores, assim como a delicadeza com que são preparados, tornam difícil a escolha na hora da compra. Além desses docinhos, encontra-se também uma imensa variedade de produtos feitos com açúcar... desde flores de violeta açucaradas, até amêndoas confeitadas e os próprios vidrinhos de açúcar aromatizado. Não resisti e comprei dois deles, para usar em preparações diversas ou adoçar chás e cafés.
Açúcar aromatizado de avelãs e violetas
Esta loja fica mais ou menos próxima ao Hotel de Ville, que é um prédio histórico bem bonito. O endereço exato é: 15, Rue des Archives, 75004 - Paris.
Outra dica que eu tenho a dar para quem prefere comida de verdade, é um restaurante chinês pequenininho que tem um macarrãozinho com legumes e um camarão picante deliciosos. O atendimento é apenas para levar. Você escolhe o prato (o buffet, apenas da culinária chinesa, tem umas 20 opções entre carnes, arroz, macarrão e frutos do mar), eles pesam, aquecem e embalam "para viagem". Para as refeições da noite, no hotel, são perfeitos.

Esta loja fica na Rue de la Convention, mas eu não sei o número. Fica bem perto da saída Felix Faure da Estação Boucicaut (linha 8 - Creteil/Balard). É bem gostosinho (e não é muito caro!) para quem gosta de comida chinesa.
E a última dica desse post fica para uma loja de rede, porém não menos charmosa. Ela segue o mesmo estilo das lojas de sanduíches e sobremesas encontradas em Paris. A vantagem dessa loja é ser facilmente encontrada na cidade. Chega a ter mais de uma unidade em uma mesma rua, como na Champs-Élysées, por exemplo.

Como eu disse, não posso dar o endereço porque são várias lojas. Porém, como é uma grande cadeia, há o site para quem quiser saber mais. http://www.briochedoree.fr/

É isso! Indo a Paris, não deixe de visitar uma dessas lojas...

Até a próxima.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Contrastes

Ela é complicada, questionadora e cheia de "nove horas". Ele é de poucas palavras, não busca muitas respostas, prefere não pensar muito.
Ela prefere não pensar muito em todas as coisas que ele fez durante o tempo em que estiveram separados. Ele, por sua vez, faz de conta que o tempo não passou.
Ela faz de conta que o tempo não passou quando se lembra da intimidade que os dois têm. Ele, se assusta com a intimidade dos dois, quando pensa na pouca idade da relação.
Ela pensa na pouca idade da relação e busca encontrar respostas para as coisas sem explicação. Ele tenta, muitas vezes sem sucesso, responder aos questionamentos dela.
Ela procura responder seus próprios questionamentos. Ele preferia que ela não questionasse.
Ela gosta de escrever... ele de fotografar!
E tanto ela quanto ele se amam do jeito que são.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Bege?!

Quem me conhece sabe o quanto sou fascinada pelas cores. Todas elas. Uso com frequência os nomes das cores para designar algumas coisas. Há quem ria de mim exatamente porque costumo definir com precisão os seus tons. Minha mãe, quando faz seu patchwork me pede ajuda para combinar os tecidos, e ela já aprendeu que nem todos os tons da mesma cor, são da mesma "família". Por exemplo, o verde-água, que é ligeiramente puxado para o azul, não combina com o verde-bandeira, que é um tom mais puro, ou voltado um pouquinho para o amarelo. Eu sou assim. Sou detalhista, meticulosa, observadora quando o assunto é cor. Fico extasiada quando entro em uma loja e vejo os objetos dispostos em "color code", ou seja, naquela arrumação perfeita em degradê! A vontade que eu tenho é comprar um de cada cor, para guardar na minha casa do mesmo jeitinho. Mas é só vontade! Passar disso é loucura!
As cores, para mim, ajudam a definir sensações, impressões... uso as cores até mesmo para definir sons... cheiros... pessoas. Sim, as pessoas têm cor... e isso nada tem a ver com o tom da pele ou dos cabelos, mas da "alma". Já experimentou fazer isso, atribuir cores às pessoas?
Sempre usei os tons bege e cinza como sinais de falta de personalidade, ou, melhor dizendo, sinais de alguém que não se altera com muita coisa. Como sabemos, essas duas colorações são neutras (lembra das aulas de Artes, em que a gente aprendia sobre as cores quentes, frias e neutras? Então, vem daí!) e, por isso, cores que não "alteram a paisagem". Pois qual não foi minha surpresa, quando descobri que Paris é uma cidade bege! Não no sentido figurativo da coisa, mas no sentido LI-TE-RAL! Paris é completamente bege. Suas cores variam do bege ao marrom, mas é só! Isso provocou uma mudança radical nos meus conceitos, pois, como um lugar pode ser tão impressionantemente belo e causar tantas sensações maravilhosas sendo absolutamente monocromático!? Você, leitor, que nunca esteve por aqueles lados, pode estar achando que eu estou exagerando, mas eu vou provar o que estou dizendo com algumas fotos. Observe você mesmo!

Vista do Louvre

Saída da Estação do Metrô Ópera

Prédio Residencial perto da Ile de la Cité

Vista Panorâmica da Torre Eiffel

Prédio Comercial perto do Palais Garnier (Ópera)
Percebeu? Todos as construções são em tons de bege e marrom. Até mesmo a Torre Eiffel, que eu pensava ter a cor das ferragens, é igualmente pintada de marrom claro.
É quase inacreditável, mas o fato é que Paris não é menos encantadora ou sem personalidade por ser toda em bege. O que eu concluí é que de tão generosa, ela se mostra uma tela para que cada visitante projete nela as suas próprias cores. Isso faz daquela cidade o cenário perfeito para que todo mundo construa sua própria história.

Ps.: Curiosamente, a minha cor para o réveillon desse ano, foi bege! Coincidência ou oportunidade de mudança de postura? Acho que um pouco de cada.

Até breve!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Música pra que te quero...

A música é algo mágico. Eu tenho uma relação estreita com ela. Estreita e incomum. Estudei música quando pequena. Talvez tivesse ido longe, tinha aptidão para isso. O que me faltava era disciplina e perseverança. Mas eu não estou aqui para falar dos aspectos "técnicos" da música. Eu estou aqui para falar das reações que ela provoca.
No começo do texto, disse que tenho uma relação incomum com a música. Incomum porque posso passar dias sem tocar em uma única canção que eu tenha por perto. De repente, eu me lembro de alguma frase e tenho vontade de ouvi-la. E dela vou pulando para outra, para outra e quando vejo, passo horas assim. Minha mãe diz que eu puxei isso do meu pai. Ele é igual.
Se você, caro leitor, prestar um pouquinho de atenção, verá que eu uso muitos trechos de músicas nos meus textos aqui do blog. Muitos dos títulos dos posts, são frases tiradas de uma música aqui e ali.
Assim como os cheiros, as músicas são capazes de despertar as mais diversas memórias... e um sem número de outros sentimentos e sensações que, muitas vezes, nem são conscientes.
Digamos que hoje eu tenha tirado o dia para "hibernar". Como se precisasse passar por uma espécie de "portal" entre os dias maravilhosos que passei em Paris, e a vida real... (pobrezinho do meu namorado caiu de paraquedas no trabalho... sem tempo pra se acostumar!). Tive vontade de dormir o dia todo e, de férias, tive a possibilidade de colocar isso em prática. Mas, não pense que fico feliz com isso... como já disse em outro post, dormir, pra mim, é perder tempo! O fato é que, pelo sim, pelo não, gastei quase todo o meu tempo de hoje descansando... me dando o direito de manter o desânimo, a vontade de fazer nada, a conhecida condição humana da inércia!
E, de repente, com o cair da noite (e o despertar da consciência!) me veio à cabeça uma música que eu não escuto há tempos... música esta que nem sei cantar direito, mas que me remete a um astral maravilhoso. É aquela mais ou menos assim: "tudo vai mudar, quando essa luz se acender, você vai me conhecer, vai me ver de um jeito que nunca viu." (Acabei de ver na internet que essa música se chama "Soul de Verão" e é da Sandra de Sá... na verdade é uma versão da música "Fame" do filme de mesmo título). Pois essa música me acordou... não no sentido literal de abrir os olhos, mas no sentido de perceber que o "inverno dos meus dias" tinha acabado... e, como em toda primavera, a vida flui... é hora de sair.
Como disse anteriormente, para mim, uma música leva a outra... e a outra música que me ocorreu, pois tem o mesmo astral (na verdade me lembra liberdade) é essa que eu sigo com a letra abaixo:

Eu vou torcer
(Fernanda Abreu*)

Eu vou torcer pela paz
pela alegria, pelo amor
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou

Pelo inverno, pelo sorriso
pela primavera, pela namorada
pelo verão, pelo céu azul
pelo outono, pela dignidade

Pelo verde lindo desse mar,
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou

Eu vou torcer pela paz
pela alegria, pelo amor
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou

Pelas coisas úteis que você pode comprar com 10 reais
pelo bem estar, pela compreensão
pela agricultura celeste, pelo meu irmão
pelo jardim da cidade, pela sugestão

Pelo amigo que sofre do coração,
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou

Eu vou torcer pela paz
pela alegria, pelo amor
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou

pela alegria, pelo amor (eu vou torcer pelo amor)
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou (eu vou torcer)
pelas coisas bonitas eu vou torcer, eu vou (eu vou torcer)

Eu vou torcer pela paz (2x)
Eu vou torcer pela paz, pelo amor, pela alegria, pelo sorriso
Eu vou torcer pela amizade pelo céu azul, pela dignidade

Eu vou torcer pela paz (pela paz,pela paz)
Pela tolerância, pela natureza, pelos meninos, pelas meninas
Por mim, por você, eu vou torcer
Eu vou torcer

* Esta música é de Jorge Ben Jor, mas eu a conheci cantada pela Fernanda Abreu.

Espero que te inspire como a mim!

Até

A gente quer comida, diversão e arte!

Alguém, em certo momento, disse que Paris é uma cidade de "dimensão humana". Os pontos principais da grande parte histórica podem ser acessados à pé. Se pararmos para pensar, nem é uma grande descoberta já que na época em que estes monumentos foram erguidos, os transportes não eram assim tão variados e eficientes quanto os de hoje. No entanto, não é menos impressionante que a cada "esquina" se encontre algum monumento de tirar o fôlego. São tantas estátuas e edifícios lindos, tantos museus e exposições em praça pública, que mal sabemos para onde olhar. Não conheço assim tantos lugares pelo mundo, mas me arriscaria a dizer que um dos maiores patrimônios artísticos e culturais da humanidade encontra-se lá. Talvez você, leitor, me interprete de maneira "torta", mas a questão é que Paris concentra tantas manifestações de talento que elas quase se "banalizam". Você vira a cabeça para um lado e se depara com um Van Gogh... vira para o outro e lá está um Monet gigantesco à sua frente. São tantas as obras, e tão variadas, que mal conseguimos dar o devido valor a cada uma delas.
O Museu do Louvre é, sem dúvida, a grande vedete dos museus parisienses, por sua popularidade. Eu, pelo menos, nunca ouvi dizer que alguém, ao ir para lá, estivesse louco para visitar o l´Orangerie, por exemplo. O Louvre é impressionante por seu tamanho, suas obras super famosas e pela imensa generosidade de permitir que o turista fotografe tudo (ou quase!) dentro dele. É o primeiro museu de grande importância que eu conheço, que deixa fazer isso! Mas não podemos esquecer que Paris tem outros espaços destinados às Artes. E não são poucos!
Como disse, o Museu l´Orangerie, também concentra alguns dos mais famosos quadros já feitos. Ele fica próximo ao Louvre e lá você pode encontrar as "Ninféias"... paineis gigantescos pintados por Claude Monet. Além delas, você verá algumas obras de Pablo Picasso, Paul Gauguin e Henri Rousseau. É um pequeno museu, mas vale a pena dar uma chegadinha lá.
Depois, vem o Musée d´Orsay. Este é maior e, em grau de popularidade, talvez só perca para o Louvre. É um museu mais "tradicional", com obras variadas dentro dos mais diferentes estilos. "A Ponte", do Monet, está lá. Aliás, há dois quadros delas. Além destas, há vários Renoir, Rodin, Van Gogh e muito mais. Até a "Pequena Bailarina de 14 anos" de Edgar Degas, está no d´Orsay.
Musée d´Orsay
O show já começa na entrada. Há algumas esculturas de animais no entorno do Museu. É preciso também ter paciência, pois a fila é grande. Mas vale a pena esperar!
Frente do Museu
Outro lugar que é bacana dar uma chegadinha é o Centre Pompidou. É um grande museu de arte moderna e contemporânea. Não há nomes tão famosos, nem as obras são de datas longínquas, porém há algumas coisas legais para se ver por lá. Tudo é muito colorido e os espaços são recheados de peças para lá de criativas.

Há diversas manifestações de arte. Esta, conta uma história toda com letras de metal, presas em um fio condutor. Muito legal!
Delicadeza
E esta, então, foi a que mais me chamou atenção, pela sua genialidade. Infelizmente não tomei o cuidado de registrar o nome do autor, mas certamente, rendo a ele todas as homenagens, pois é, simplesmente FA-BU-LO-SO!
Dois círculos de um material semelhante a uma fita plástica dançam no espaço, sem encostar em nada, apenas suspensas por um exaustor. Viva, simples, genial!
Inacreditável
Além destes museus há muitos outros. Não fui a todos, pois o clima não ajudou muito e, pela primeira vez em Paris, eu precisava dividir o tempo com outras atividades igualmente fascinantes. Existem ainda o Museu Rodin e o Marmottan, que juntamente com o l´Orangerie forma um conjunto de museus impressionistas. Próximo a Paris, ainda há a casa de Monet, em Giverny, onde se encontram os famosos jardins retratados por ele. Como fui no inverno, não fiz estes passeios, pois seriam mais adequados em uma estação mais amena.

Espero ter despertado (ainda mais!) sua vontade de conhecer Paris...

Até a próxima

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Comer, comer! Comer, comer!

Se você pensa que os Estados Unidos são o "lugar" dos sanduíches, é porque você ainda não conhece Paris! A cidade é movida a eles... o mais comum é encontrá-los em vitrines refrigeradas nas lojas, onde você escolhe e come. Alguns, os paninis, são os mesmos sanduíches que vão para as chapas. São uma delícia. Estes têm vantagens porque no frio ajudam a aquecer e a outra é que as famosas baguetes são extremamente duras... quando aquecidas ficam mais fáceis de comer!
A culinária francesa é conhecida no mundo inteiro pelo sabor e sofisticação. Tudo é visualmente muito convidativo. O mais interessante é que é, igualmente, muito gostoso.
Para quem não sabe, a comida na Europa é bastante cara, portanto, alimentar-se com os sanduíches é uma opção bem interessante. Além deles, outras coisinhas gostosas são facilmente encontradas, como os crepes ou os gauffres (que são uma espécie de waffles americanos). Ainda não testei todas elas, mas aos poucos eu vou fazendo e escrevendo-as aqui...
Por agora, separei uma receita bem simples de uma comida "tipicamente" parisiense... (pelo menos para o turista!). Eu encontrei várias receitas diferentes na internet. Algumas levavam ingredientes mais sofisticados como queijo gruyère e creme de leite fresco, portanto, o que você encontrará a seguir é uma versão a minha moda do Croque Monsieur. Simples, rápido, provado e aprovado!

Croque Monsieur

2 fatias de pão de forma (comprado ou feito em casa)
2 fatias de queijo forte* (pode ser emmental, provolone, ou outro de sua preferência)
2 fatias finas de presunto
2 colheres de sopa de creme de leite de caixinha (que é mais líquido)
1 colher de sopa de leite
1 colher de sopa de queijo parmesão ralado grosso
sal e tempero a gosto
queijo parmesão ralado para gratinar


Ingredientes simples e fáceis de encontrar!
 Comece a preparação pelo creme. Junte o creme de leite, o leite, a colher de sopa de parmesão e acerte o sal e os temperos. Tome cuidado, pois os queijos são salgados, portanto não exagere no sal. Em seguida, forre uma assadeira com papel alumínio ou qualquer outro que não deixe grudar e coloque uma fatia de pão dentro dela. Regue o pão com uma parte do creme. Reserve o restante para a última fatia. Em cima do pão que foi umedecido, coloque o presunto e o queijo provolone. Coloque a outra fatia de pão por cima, formando um sanduíche, regue com o restante do creme e salpique o queijo parmesão ralado por cima. Leve ao forno para gratinar até ficar dourado. Coma ainda quente.
* Se você não gostar de queijos com sabor muito forte, pode substituí-los por mussarela ou queijo prato.
Hummm!
Bon Appetit!

Até mais...

domingo, 8 de janeiro de 2012

Eu voltei...

... agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar (pelo menos até a próxima viagem!).
Tenho uma missão pelos próximos dias que é tão deliciosa quanto difícil: Reconquistar meus companheiros de blog após tantos dias sem nenhuma postagem, e contar tudo o que se calou no "longo e tenebroso inverno" que passei sem aparecer por aqui. Porém você, caro leitor, com sua sensibilidade é capaz de entender minha razão em não escrever temporariamente, afinal não é todo dia que se visita Paris e, pela primeira vez então, não acontece de novo!
Pretendo manter o mesmo "estilo"... um pouco de cada coisa... vai ser difícil, afinal, estarei falando de uma viagem... mas gostaria de abordar diferentes aspectos... digamos que seja uma espécie de "variações sobre o mesmo tema", porém, sem ser monocromático! Por falar nisso, há algo a contar sobre o assunto, mas fica pra outra hora.

Até lá...

Não me abandone, viu?