quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Em terras portenhas...

Há cerca de oito meses atrás, estava eu em Buenos Aires quando encontrei em um letreiro luminoso e uma fatia de pizza a razão que eu precisava para aceitar a ideia maluca de criar um blog. Quando me deram a missão de escrevê-lo, não sabia muito bem como seria isso nem sobre o que falaria. Até que um taxista da cidade deu uma dessas dicas que não se encontram nos guias de viagem, e me mostrou que apesar de tantas pessoas falarem do mesmo assunto sempre havia um jeitinho de imprimir a minha marca pessoal nos relatos. Surgia então o "Kika por aí"! Você deve estar pensando que já leu sobre esta história e deve estar se perguntando por que eu estaria contando-a novamente. Eu explico: Neste último fim de semana o blog, ou melhor, a sua autora, voltou às origens. Cheguei em terras portenhas para escrever uma segunda parte dessa história. E desta vez, com um "plus": um pulinho ao Uruguai. 
Sou do tipo que gosta de ver filmes mais de uma vez, reler livros já conhecidos, e obviamente, visitar mais de uma vez um determinado lugar. Acredito que desta forma damos oportunidade ao exercício do olhar. Um olhar que não é mais de novidade, mas não é menos deslumbrado! Um olhar que se treina a buscar o desconhecido dentro de um universo do qual já se sente proprietário.
A cidade é um organismo vivo e como não podia deixar de ser, se molda e se reinventa a cada momento. Outra coisa interessante é ver o mesmo ambiente sob as diferentes luzes das estações. Da outra vez estive lá na primavera, e as árvores em sua plenitude eram de um verde que emoldurava as ruas. Desta vez, no inverno, as árvores já sem folhas e se fortalecendo para ressurgirem na próxima temporada, deixam as ruas sem cor e enaltecem o vento cortante e frio que dá o tom da estação. Cada época com a sua beleza. O céu de Buenos Aires parece não permitir que as nuvens se prendam a ele. Tanto em novembro quanto agora não se via, absolutamente, qualquer sinal que tirasse do azul, vivo e profundo, a beleza e a graça tão próprias dos dias de inverno.
Desta vez tive oportunidade de conhecer algumas coisas novas, andar de metrô, barco e fazer muitos passeios a pé. Acho que os dias em Paris me mostraram, definitivamente, que uma cidade se conhece no vagarosos passos de uma caminhada. Uma cidade se conhece no ouvir de conversas entrecortadas dos pedestres que passam ao nosso lado na calçada. Uma cidade se define pelos moradores que andam num ir e vir frenético de ternos, saltos, sacolas e crianças que vivem o dia a dia que passa alheio por aquele que está de visita. Sugiro sempre, inclusive, que se possa separar em uma viagem alguns dias de semana e outros de fim de semana, caso seja possível, afinal, de turistas não se faz a cultura de um lugar. 
Nos próximos dias, voltarei a contar as aventuras vividas nesta temporada por lá. Foram apenas alguns dias, mas de uma grande riqueza de experiências. Como de costume, vou dar algumas dicas de passeios e outras coisinhas divertidas para se fazer por lá. Você está convidado a embarcar comigo nesta viagem.
Só para dar um gostinho aí vão umas fotos!
Jardim Japonês - Buenos Aires

Rio da Prata - Colonia del Sacramento


Até breve!

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